A CPI da Privataria Tucademo vem aí

É uma vitória dos " doidos " e " sujos " do Brasil

A “Folha” levou uma semana para falar no livro de Amaury. Talvez esperasse as orientações do “comitê central”. As orientações parecem ter chegado sem muita clareza. O jornal da família Frias, num texto opaco que nenhum jornalista teve coragem de assinar, levanta suspeita não contra Serra e sua turma de especialistas em “offshore” – mas contra o premiado repórter Amaury Ribeiro Jr.

A “Folha” não se preocupou com a “ficha” do Bob Jefferson antes de noticiar o chamado “Mensalão”. O que importava ali era a denúncia. Bob falou e a mídia correu para “provar” o roteiro que ele indicou (sem nenhuma prova, diga-se). Havia verdades na fala de Bob, mas tambem alguns exageros. O “Mensalão” propriamente dito (que a Globo tentou transforma no “maior escândalo da história”) não existia no sentido de um pagamento mensal a deputados governistas. Mas havia, sim, um esquema subterrâneo, que o PT parece ter herdado dos tucanos de Minas. 

Da mesma forma, a “Folha” não se preocupou em saber se o homem que denunciava o Ministro Orlando Silva era ou não um bandido. Valiam as acusações, sem provas. O roteiro estava pronto. O ministro que provasse a inocência.

Com Amaury e a Privataria Tucana, há provas aos montes. Há documentos no livro. Mais de cem páginas. E há o currículo de um repórter premiado. Mas a “Folha” faz o papel de advogada do diabo. Quem seria o “coiso ruim” que a “Folha” quer defender?

Outro dado curioso. Lula foi ao poder e jamais investigou as privatizações. Havia um acordo tácito (e tático) para não promover caça às bruxas. Na Argentina, no México, na Bolívia, a turma dos privatas foi demolida. Aqui no Brasil, eles dão consultoria e palestras. Coisas do Brasil. Feito a jabuticaba.

Dez anos depois, a história das privatizações ressurge, pelo esforço e a coragem de um jornalista que alguns consideram “doido”, por mexer com “gente tão poderosa”. Amaury tem aquele jeito afobado, e o olhar injetado que só os sujeitos determinados costumam mostrar. Agora, querem desqualificá-lo. Covardia inútil.

Até porque um outro sujeito chamado de “doido”, o delegado e deputado federal Protógenes, botou o livro debaixo do braço e saiu coletando assinaturas para a CPI da Privataria. Nessa quinta-feira, dia 15 de dezembro, Protógenes anuncia ter atingido mais de 171 assinaturas.

A CPI da Privataria vem aí. Contra a vontade de Otavinho, Ali Kamel, Civita e dos colunistas histéricos que servem a essa gente. Meia dúzia de blogueiros sujos (obrigado, Serra) avisou o público: há um livro sobre as privatizações na praça. A brava “CartaCapital” – de Mino Carta, Sergio Lirio e Leandro Fortes – publicou 12 páginas sobre o livro. E os leitores nas redes sociais espalharam a notícia.

Verdade que setores da grande imprensa furaram o bloqueio – a notícia saiu na Record, Record News, Gazeta, Portal Terra… Mas e na Globo e na CBN que convocam “marchas contra a corrupção”? Silêncio dos cemitérios sicilianos.

Não importa. O barulho foi feito pelos blogs, pelas redes sociais e pelos poucos jornalistas que não se renderam ao esquemão do PIG. É uma turma que colegas mais bem estabelecidos costumam chamar de “gente doida da internet”.

Pois bem. A conexão dos “doidos” e “sujos” ganhou o primeiro round nesse episódio da Privataria. Como já havia ganho no caso da bolinha de papel em 2010.

Receita do dia

Peito de frango com pêssego e champanhe
Ingredientes
  • 1 embalagem do tempero MEU FRANGO ASSADO sabor Limão e Orégano
  • 1 quilo de peito de frango cortado em cubos médios
  • 6 metades de pêssego em calda cortado em cubos médios
  • 1/2  xícara (chá) de champanhe
Como fazer

Preaqueça o forno em temperatura média (180ºC). Abra a parte superior da embalagem do tempero Meu Frango Assado sabor Limão e Orégano e retire o saquinho plástico. Coloque, dentro do saquinho, o peito de frango e os pêssegos. Abra a parte inferior da embalagem do tempero Meu Frango Assado sabor Limão e Orégano e coloque o tempero dentro do saquinho. Adicione o champanhe. Feche-o bem com o lacre e misture suavemente, até que o peito de frango e os pêssegos fiquem cobertos pelo tempero. Coloque em um refratário, leve ao forno e asse por 1 hora. Retire do forno, corte o saquinho plástico e volte ao forno por mais 10 minutos ou até reduzir o líquido. Coloque em uma travessa. Sirva em seguida.

Mensagem da noite


Tenha sempre presente que a pele se enruga, 
o cabelo embranquece, os dias convertem-se em anos...
Mas o que é importante não muda;
a tua força e convicção não têm idade.
O teu espírito é como qualquer teia de aranha.
Atrás de cada linha de chegada, há uma de partida.
Atrás de cada conquista, vem um novo desafio.
Enquanto estejas viva, sente-te viva.
Se sentes saudades do que fazias, volta a fazê-lo.
Não vivas de fotografias amarelecidas...
Continua, quando todos esperam que desistas.
Não deixes que enferruje o ferro que existe em ti.
Faz com que em vez de pena, te tenham respeito.
Quando não consigas correr através dos anos, trota.
Quando não consigas trotar, caminha.
Quando não consigas caminhar, usa uma bengala.
Mas nunca se detenhas!!!"

FHC fala sobre o que?

Acabo de ler matéria postada no UOL, onde o nosso ex-presidente ataca um jornalista, não citando seu nome, acusando-o de "fabricar" dossies. Confesso que fiquei totalmente atônito. Do que será que ele está falando. Sou leitor assíduo da mídia pátria, bem como telespectador ávido da Globo e não estou sabendo nada do que está acontecento. Fiquei sabendo que o Sr. Fernando Henrique está indignado, mas não sei o porque. Alguem poderia me passar a informação? Do que se trata? Que jornalista é esse? Onde ele fez essa graves denúncias aos nosso ex-presidente e aos seus queridos amigos? Vou assitir ao Jornal Nacional hoje para ver se consigo ficar por dentro. Ou então amanhã, dever sair alguma matéria esclarecedora na Folha, Estadão ou Globo.

indagação do internauta Wagner

Folha obrigada a falar sobre Pivataria Tucana

[...] ataca o livro e defende tucanos. Quem pensou que seria diferente?

por Zé Dirceu

A Folha de S.Paulo muda completamente hoje a forma como vem tratando todas as denúncias de irregularidades e corrupção. Dá, assim, um tratamento inédito a "A Privataria Tucana", o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., lançado desde o fim de semana passado e considerado o mais completo levantamento das falcatruas e desvios de dinheiro ocorridos nos anos de privatização tucana (1995-2002).
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José Serra
Especialmente nos casos relacionados a parentes, contra parentes e amigos de José Serra, o presidenciável da oposição duas vezes derrotado na disputa pelo Planalto (2002-2010). O jornalão de Barão de Limeira, além de mudar a forma como trata denúncias desse tipo, questiona a credibilidade e os antecedentes do jornalista Amaury Ribeiro Jr., o que não faz com nenhum outro denunciante dos casos recentes envolvendo ministros do governo federal.

Lembremo-nos, por exemplo, só de casos recentes, como os do ex-ministro do Esporte, Orlando Silva (PC do B), denunciado por um ex-policial investigado e processado, e do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), vítima de uma campanha articulada em sua maior parte por grupos ligados a deputadas e a pessoas a elas ligadas que atuam nos subterrâneos da política de Brasília.

Jornal reconhece que as provas existem e procura desqualificá-las

O Folhão, quando falou disso o fez en passant. Já no caso de Amaury Ribeiro Jr... Ao publicar a matéria sobre "A Privataria Tucana", hoje, o jornalão dá o espaço de direito aos acusados (para resposta). Mais do que natural. Chega, inclusive, a reproduzir declarações de 2002 de um deles se defendendo, o ex-diretor do Banco do Brasil, Ricardo Sérgio Oliveira. Ricardo, ligado a José Serra, é apontado no livro como beneficiário de depósito em paraísos fiscais feito pelo empresário Carlos Jereissati quando da privatização das teles. 

Ao mesmo tempo em que recorre a declarações de nove anos atrás de Ricardo, como elas e as dos demais acusados não conseguem contestar as provas, o próprio jornal assume a defesa dos acusados. Diz que, de fato, há documentos de que houve depósito de Carlos Jereissati em nome de Ricardo Sérgio, mas que o livro não apresenta prova de que isso tenha a ver com privatização; e confirma que entrou dinheiro na conta de Verônica Serra (filha de José) na sociedade com Verônica Dantas, mas que não há evidências que esses recursos tenham origem ilícita.

Mesmo defendendo-os por conta própria, de forma editorializada, o jornal dá aos acusados, registre-se, o espaço de defesa que costuma negar aos demais. O centro da argumentação da matéria do jornal é a falta de provas. Isto é esgrimido pelo Folhão de forma direta e clara, contrastando com todas as matérias que fez nestes últimos meses, quando jamais usou esse critério da ausência ou não de provas.

Ajuda ao eterno candidato do Folhão à presidência da República


Na prática, com seu material de hoje, o jornal procurou desqualificar o livro e as denúncias. Mais do que isso, desqualificar o jornalista, que não denunciou nada, apenas faz uma reportagem, reconta a história como o próprio jornal avalia. Na realidade, a matéria de hoje da Folha apenas serve de gancho para que o jornal ouvisse e desse espaço ao seu político predileto e eterno candidato a presidente da República, José Serra.

Predileção, aliás, que ela nunca escondeu ou fez questão de esconder. Tanto que o material publicado não é assinado, quer dizer, é o próprio jornal deixando claro que ele, numa posição editorial, assume a defesa de José Serra e cia. Pela própria prática recente e reiterada do PSDB e da própria Folha, a se considerar a postura que adotam diante do assunto - desde que os envolvidos  sejam do governo - as denúncias relacionadas em "A Privataria Tucana" deveriam ser investigadas e os denunciados afastados de suas funções.

Ou os métodos do jornal e do PSDB, de denúncia e linchamento público, só valem para os adversários?

Escultura de vidro

do vidreiro
Large Paradise Vase with bloom
David Golhagen

Tudo junto e misturado

Vamos lá arautos da étitica de galinha himoralidadetupigcanalhadada... me processem!