Num asilo para idosos

Um ancião pergunta a outro:
- O amigo prefere sexo ou Natal?
- Sexo, claro. Natal enjoa, tem todo ano.

10 conselhos para o casal


  1. Os dois não devem se irritarem no mesmo momento
  2. Quando um não quer, dois não brigam
  3. Não gritar um com o outro
  4. Sempre deixar o outro ganhar a discussão 
  5. Quando chamar a atenção do outro, fazer com carinho
  6. Não relembrar os erros cometidos pelo outro
  7. Não descuidar do parceiro
  8. Reconhecer os erros e pedir desculpa
  9. Todos os dias ser carinhoso
  10. Jamais ir dormir sem que tenham resolvido o problema

Blog do Charles Bakalarczyk: Impunidade para o Capo da Veja?

Blog do Charles Bakalarczyk: Impunidade para o Capo da Veja?:   Se a chapa esquentar, capo da Veja terá como fugir da lei Por Eduardo Guimarães Apesar da afetação de arrogância de seus paus-ma...

Dois reinos

[...] o deste mundo e o outro

Um Rei conversando com um ermitão disse:
- Invejo um homem que se contenta com tão pouco.
- Invejo Vossa Majestade, que se contenta com menos que eu.
- Como pode dizer isto? Sou dono deste Reino!
- Exatamente por isto. Eu tenho as estrelas, os rios, as montanhas, a lua, o sol, o mar porque tenho Deus. Vossa Majestade, tem apenas este reino.

Ossos dos ancestrais

 Havia um rei da Espanha que se orgulhava muito de seus ancestrais, e que era conhecido por sua crueldade com os mais fracos.

Certa vez, caminhava com sua comitiva por um campo de Aragón, onde - anos antes - havia perdido seu pai em uma batalha, quando encontrou um homem santo remexendo uma enorme pilha de ossos.

- O que você está fazendo aí? - perguntou o rei.

- Honrada seja Vossa Majestade. Quando soube que o rei da Espanha vinha por aqui, resolvi recolher os ossos de vosso falecido pai para entregar-vos. Entretanto, por mais que procure, não consigo achá-los: eles são iguais aos ossos dos camponeses, dos pobres, dos mendigos e dos escravos.


Carta de Amor

por A. Capiberibe Neto

Jovens não escrevem cartas de amor. Nem e-mails. Não que não amem, eles se amarram e se curtem. A linguagem é outra. É a vida. Outros contextos, outras épocas. Tudo diferente, muito diferente. Nós, mais velhos e tentando segurar o tempo para ele não correr assim, tão depressa, conseguimos nos atualizar, entender a razão de eles não entenderem muita coisa. É isso mesmo. Somos de outro milênio, de outro século, vejam só! Não adianta querer que eles sejam diferentes. Diferentes nos tornamos para eles: "caretas", por exemplo... 
Interessante, eles imaginam que serão sempre assim. Que pena! Que curtam a sua ilusão. No fundo, no fundo, a gente sente alguma inveja dos sonhos deles, do viço da pele, da alegria moleque, da algazarra e de certas doses de desrespeito e sua forma perigosa de serem afoitos. Aqui e ali morre um, prematuramente, vítimas de si próprios e porque ousaram ultrapassar a tênue linha que separa a ousadia do perigo iminente, imediato e aí, a dose a mais, a experiência com uma dessas drogas que engordam os bolsos dos traficantes, uma curva, um poste e a luz da vida se apaga. Não se pode fazer nada. Jovem não gosta de sermões, de lições, de que se lhes tolha a irresponsabilidade da sua testosterona ou se lhes imponha um limite para a saia curta, para a calcinha aparecendo, para o sutiã cheio de forros para aumentar o volume do peito pequeno e transformar a menina em mulher feita que ainda não é. É isso mesmo...
 Os tempos são outros. Quem é jovem pode, quem apenas já foi fica assim mesmo, de olho comprido, cheio de saudade e uma sadia e respeitada frustração...
Jovens não sabem o que é reumatismo, artritismo, gripe que mata, falta de fôlego no último degrau de escada nem tão alta assim. Jovem não entende nem liga para o significado de ruga. Ruga é coisa de velho. Quem pode, estica, esconde, raspa, joga fora, fica com aparência pouco mais jovem, mas nem por isso menos ridícula, mas continua com falta de ar se subir escada. Tudo em nome da autoestima tão em moda. 
Não, não, não é uma crise de saudosismo dos meus tempos de menino afoito, correndo contra o vento, sem ainda precisar de documentos, cabelo espalhado no rosto, boca suja de manga derrubada a estilingue. Não é tão difícil aceitar que o tempo não não faz curva nem espera por ninguém. Este hoje, este aqui, este exato momento daqui a pouco será ontem, semana passada, mês passado e vira "um dia, nem lembro mais...
" porque os segundo são vorazes, os minutos têm fome, as horas insaciáveis, os dias apressados e os meses passam muito depressa. Vocês já se deram conta que logo será maio e o mês seguinte já anuncia a chegada do meio do ano? Pois é. Quando éramos criança, queríamos que logo chegasse o fim do ano por conta do sonho de Papai Noel. Hoje, queríamos que o Natal só acontecesse daqui a mil dias e que o nosso corpo tivesse preguiça em envelhecer, em apresentar as mazelas que acontecem com o passar dos anos. 
Esta crônica é dedicada a uma jovem que me pediu para escrever uma carta apaixonada para um namorado "desligado": 
"Tu pode escrever uma carta para mim? "E contou lá a sua história, nascida numa paixonite aguda e fulminante numa festinha dessas. "Não sei escrever como vocês escrevem, essa coisa de "kd", de "vc", por aí. "Escreve do teu jeito, depois eu traduzo". Escrevi. Escrevi poucas linhas e expliquei para ela o que significavam e que ela traduzisse lá do seu jeito. Ela traduziu e me mostrou: 
"Tô amarradona em você, tá ligado? Tô afinzona de você. Topa uns amassos", segundo a minha tradução do que consegui entender. E eu não escrevi nada disso. As cartas de amor são bem diferentes...

Hipocrisia aritmética

por Rangel Cavalcante no Diário do Nordeste
Todo esse imenso tsunami de corrupção e sujeira com que o caso Carlinhos Cachoeira inunda o Brasil teria sido evitado se não fosse a teimosia de todos os governantes brasileiros - a cumplicidade de alguns - desde o marechal Dutra até hoje. Nada disso existiria se o ingênuo marechal não tivesse posto na ilegalidade o jogo-do-bicho, numa das mais gaiatas e nocivas decisões governamentais dos últimos tempos. Tornar o bicheiro contraventor fez surgir no País uma das maiores fontes de corrupção de todos os tempos. Não é preciso detalhar os efeitos disso. 

O jogo ilegal passou a ser a grande fonte de renda de governantes, políticos de todos os matizes, administradores e, principalmente, de policiais. Temos, hoje, um dos maiores índices de corrupção policial do planeta. Mas, vejamos a hipocrisia de tudo isso. Uma hipocrisia aritmética. O bicho foi proibido por ser jogo de azar. O mais gaiato é que jogo deixa de ser de azar se for autorizado pelo governo, como ocorre com as muitas loterias exploradas pela Caixa. Ora, todos os jogos do governo são mais de azar do que o do bicho. A prova disso está nos dados fornecidos pela própria Caixa Econômica. Quem faz uma fezinha no jogo-do-bicho tem uma chance em 10 mil de acertar na milhar. Parece muito, mas não é. Pois quem faz uma aposta na Mega-Sena tem apenas uma chance em mais 50 milhões (exatas 50.063.860) de acertar os seis números. Cinco mil vezes menos do que na loteria zoológica. Na Timemania, a chance é de uma em mais de 26 milhões. Na quina, o apostador tem uma oportunidade entre mais de 24 milhões. A coisa se repete na Lotomania que paga a um entre 11 milhões. O menos azarado de todos os jogos oficiais é a Loto-Fácil, pagando a um entre 3 milhões de apostadores, 300 vezes mais azarado do que o bicho. Ora, a hipocrisia do Estado nesse caso é aritmética. 

A corrupção na política e nas polícias existe simplesmente porque o jogo-do-bicho é proibido. E tem que pagar caro para existir. Hoje, o aparato político e policial corrompido é tão poderoso que impede a legalização desse jogo. Legalizar é fechar a torneira dos bilhões que sustentam a proteção à clandestinidade. Livre, o bicheiro não precisa pagar para não ser preso. Por que a própria Caixa não explora o "bicho", o menos azarento de todos os jogos de azar do País? Seria dar emprego digno a milhares de pessoas, arrecadar bilhões em impostos e cortar pela raiz um dos mais importantes focos de corrupção do Brasil.