Tudo neste julgamento é uma farsa

Mas será possível que ninguém ainda percebeu que a lei que alterou o Código Penal, tornando mais severas as penas para corrupção ativa foram votadas justamente pela Câmara dos Deputados que os imbecis togados disseram que foram "comprados"? Será que ninguém ainda se deu conta de que a nova lei é de novembro de 2003, exatamente na mesma época em que foram votadas as reformas da previdência do setor público e tributária? 

De onde o Ministério Público tirou que os parlamentares foram "comprados" para votar as reformas previdenciária e tributária e que não foram "comprados" para alterar o Código Penal? Os mesmos parlamentares "comprados" votaram quase 200 leis em 2003! Todas foram "compradas"? Porque o MPF não denunciou a "compra" da alteração do Código Penal, feita em novembro de 2003? É inacreditável o grau de fantasia, de loucura coletiva, de idiotia sem nexo que guia a fictícia denúncia do MPF e que foi covardemente aceita pelos verdugos togados! É de uma imbecilidade tão ilógica essa tese da "compra" de votos que chega a dar vergonha. É um absurdo completo!

É um acinte à inteligência humana. Nunca houve compra de apoio político no Congresso Nacional, isso é a maior farsa que já vi em toda a minha vida. Que as Polianas e os inocentes úteis acreditem numa idiotice como essa até passa... Mas como entender que pessoas minimamente esclarecidas compactuem com tamanha e tão escancarada farsa? Não há explicação lógica para isso, a não ser a má-fé oceânica  a burrice amazônica ou o monumental complexo de Poliana! Todos os cidadãos brasileiros estão sendo enganados, estão sendo ludibriados por uma farsa. Uma farsa que atende pelo nome de vingança. Vingança dos fracassados que o povo abomina nas urnas.

As consequências dessa farsa, desse linchamento público e desse circo de horrores movido a cinismo e hipocrisia, movido a ódio ideológico e de classe, serão péssimas para o futuro do país. Muito em breve as pessoas se darão conta da farsa que é esse processo inquisitório feito num tribunal de exceção. Aí eu quero ver quem é que vai segurar a revolta popular dos que estão sendo enganados agora. Os que hoje aplaudem essa ignomínia farsesca e medieval poderão se arrepender amargamente amanhã...
Diogo Costa

Você é meu

E agora Barbosa?

José Dirceu não pretende declarar-se "prisioneiro  político de um julgamento de exceção", como um jornaleco noticiou.

O que ele e seu advogado ainda não decidiram são os termos dos embargos infringentes que apesentarão ao Supremo. 

Uma coisa porém é certa, caso o tribunal insista na farsa de "compra de votos", o ex-ministro exigirá que os ministros indicados pelo presidente Lula, quando ele era chefe da Casa-Civil, renunciem ao mandato no STF, visto que as nomeações sofrem de vício de origem, foram "compradas".

Tem mais, não será seu advogado que fará isto. Será ele mesmo, como advogado de outro réu.

O que fará o "comprado" Joaquim Barbosa, renunciará?...


Tudo que sei é que não sou marxista!

Blog do Charles Bakalarczyk: Tudo que sei é que não sou marxista:

Tudo que sei é que não sou marxista". A frase, que se presta com título do post, é do próprio Marx, a propósito dos marxistas franceses do fim dos anos 70, séc. XIX que, segundo Engels, se serviam da concepção materialista da história como "pretexto para não estudar a história"

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O que incomoda a maioria dos eleitores do PSDB

[...] é a empregada que comprou um carro,  o filho do porteiro vai fazer faculdade, o povo que viaja de avião, tanta gente de mão calejada agora compra carne de primeira no hipermercado da madame, e isto é culpa do PT.

Bento Monteiro

O ínpigmo e os bodes expiatórios


por Mauro Santayana

Levar carneiros e cabritos ao fogo, a fim de expiar os próprios pecados, era uma astúcia dos tempos bíblicos, na negociação com a transcendência. Talvez em razão da banalização do recurso, o Senhor tenha pedido a Abraão que levasse ao holocausto o próprio filho Isaque e, na hora fatal, tenha tolhido a mão que brandia o cutelo. Não houve o sacrifício humano, segundo o relato bíblico, e o próprio Senhor providenciou um cordeiro, a fim de que a pira fosse aproveitada, e a metáfora é ainda válida. Há sempre o recurso de descarregar em alguns os próprios pecados, para que os purguem. Quando se trata do poder, o expediente é rotineiro. Basta lembrar o caso dos alemães com os judeus e do Estado de Israel com os palestinos.

O publicitário foi mais do que um lobista comum, porque, ao que se vê, é dotado de invulgar inteligência e grande ousadia. Na Ação 470 – e há outro processo em que se envolveu – seu objetivo frustrado, de acordo com os autos, era  obter um negócio excepcional para o Banco Rural, tendo como objeto o Banco Mercantil de Pernambuco. Eram todos, no fundo, amadores, até mesmo Valério, não obstante sua audácia. A movimentação de recursos, quase à luz do sol, chega a sugerir  ato deliberado de auto-sacrifício, uma espécie de suicídio político coletivo, aos moldes de Jim Jones, na Guiana.

Tudo bem. O que não se compreende é que Valério seja o bode expiatório da velha corrupção política nacional, logo ele que não se encontrava entre os corruptores, nem entre os corrompidos, e, sim, no meio da ação – como dezenas ou centenas de outros lobistas, menores e maiores, que operam entre as empresas e o poder público no país. Não se pune com pena maior o adultério: recolhe-se o sofá ao guarda-móveis. Um fato é fora de dúvida: os maiores corruptores são os banqueiros, muitos dos quais começam a conhecer a cadeia, como é o caso de Madoff, nos Estados Unidos. Sem eles não haveria intermediários como Valério, como não haveria lavagem de dinheiro nem remessas para o Exterior, como as realizadas pelo Banestado, sob a confessada cobertura do Banco Central. 

Quarenta anos de prisão, conforme a soma das penas a ele cominadas, é  notório exagero. Valério, segundo se sabe, esteve preso e foi espancado pelos outros prisioneiros. Se for colocado em uma prisão comum, como determina a lei, sua sobrevivência estará ameaçada. Ainda que a pena possa ser reduzida, como prevê a legislação, a sua condenação será muito mais dura do que a simples prisão. 

Há os que exultam com os resultados do julgamento. Talvez lhes conviesse colocar as barbas no molho da cautela. Não poderá o STF julgar os outros casos de corrupção em andamento, e outros que fatalmente lhe chegarão, com menos rigor do que o endereçado aos réus da Ação 470. Os  que pedem a cabeça dos envolvidos no denominado mensalão, provavelmente ficarão estarrecidos quando conhecerem os detalhes do processo de privatização das empresas estatais brasileiras, a partir do governo Collor – sob o comando do Sr. Eduardo Modiano – até o ato final de entrega, na administração de Fernando Henrique Cardoso.

Depois de penas tão duras contra os réus da Ação 470, será um estapafúrdio se a Justiça não reabrir o caso da Operação Satiagraha, que o STJ, em decisão escandalosa, decidiu trancar. Afinal, Marcos Valério é apenas um menino de recados, diante de quem obteve seguidos  e estranhos hábeas-corpus, do próprio STF,  e sempre foi amigo e comensal das mais altas autoridades da República, em tempos recentes – o banqueiro Daniel Dantas. 


*Mininistros do stf a serviço do pig

A irresponsabilidade dos ínfimos


1- concordo integralmente com a análise posta. a irresponsabilidade do decano e de outros de triste figura já começam a gerar consequências jurídicas.
2- juízes de primeira instância, de foram apressada, já julgaram, incidentalmente,  como NULA a reforma da previdência social,  por vício de origem. o discurso político e despropositado  de alguns do senhores ministros dão suporte a estas primeiras decisões do judiciário. outras virão, certamente, para negar validade à reforma tributária e da nova lei de falências, diplomas legais votados em 2003/2004  e colocados sob suspeição pelo julgamento estapafúrdio perpetrado pelo STF.  
3- considerando que o Congresso Nacional foi colocado como sendo um balcão de negócios e antro de corrupção, pelo discurso dos ministros, a própria escolha pelo Governo Lula  e aprovação pelo Senado dos ministros Ayres Britto, Joaquim Barbosa, Peluzzo, Carmem Lúcia, Lewandovski e Toffoli  não deveria  prevalecer. que renunciem todos pois o mesmo governo que os indicou foi declarado, nos discursos dos ministros, como sendo governo de criminosos, quadrilheiros, antidemocrático e outros e piores adjetivos desqualificadores.
4- que renunciem também a ministra Rosa e o triste figura Fux,  visto que a base parlamentar de Dilma, governo de continuidade do Lula, é basicamente a mesma e, por consequência lógico-jurídica,  também maculada com a pecha de venal, segundo o STF.
5- perdoai-lhes SENHOR, por não saberem o que, na essência, decidiram.  atiraram no que lhes pareceu VER e acertaram no que não VIRAM, a DEMOCRACIA brasileira com suas imperfeições partidárias mas, ainda assim, a melhor para se viver.
6- o aperfeiçoamento da democracia brasileira  não deve e não merece  passar pelo STF. os ministros NÃO foram escolhidos pelo POVO, base única e suficiente para um  governo democrático, sem sentido estrito. tal tarefa cabe ao LEGISLATIVO, em primeiro, e ao EXECUTIVO FEDERAL, únicos PODERES legitimados pelo POVO BRASILEIRO. 
Autor: Roberto das Graças Alves