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A Cidade da Artes será aberta ao público em Dezembro

A Cidade das Artes, complexo cultural na Barra da Tijuca, vai finalmente ser aberta ao público em dezembro, com uma temporada de ensaios do musical "Rock in Rio", dirigido por João Fonseca.  O complexo, projetado pelo francês Christian de Portzamparc, tem duas salas de espetáculos (uma com 1.650 lugares, outra com 456) e 21 espaços multiuso que abrigarão cinema, galeria de arte, restaurante e salas de ensaio. 
        
Para administrá-lo, o prefeito reativou a fundação RioArte e escolheu para presidi-la o gaúcho Emilio Kalil, ex-secretário municipal de Cultura.  "A primeira coisa que eu quero fazer é abrir a Cidade das Artes para a população do Rio conhecer esse prédio de que tanto se falou nos últimos dez anos", diz Kalil.  Os ensaios de "Rock in Rio" serão abertos a alunos da rede pública. O musical estreia em janeiro e, em março, ocorre a abertura oficial da temporada 2013. 
        
Segundo Kalil, seis OS mostraram-se interessadas, dentre elas o Instituto Tomie Ohtake. "A fundação pode ser muito mais competente para fazer a gestão, por isso propus ao prefeito, ele acatou e eu estou nessa nova função."  Sérgio Sá Leitão, que assume a vaga de Kalil como secretário municipal de Cultura, diz que a saída da Cidade das Artes de sua pasta é um movimento lógico. "É um equipamento cultural de tal complexidade que precisa de uma gestão específica, é como o Lincoln Center [em Nova York]."

Folha de SP,

Tecnologia: a aposta da Microsoft

Segunda-feira 29, a Microsoft mostrou o Windows Phone 8, nova versão do seu sistema operacional, em São Francisco, com Steven ­Sinofsky, CEO da companhia, no comando da cerimônia. “A gente não vê a hora de o mundo conhecer o Windows Phone 8, o smartphone mais pessoal que existe. E ele virá em uma gama de telefones que são bonitos, coloridos e únicos”, disse Terry Myerson, vice-presidente da divisão Windows Phone na Microsoft.
A empresa colocou todas as suas fichas no lançamento, tanto que Steve Ballmer, o CEO, usou a expressão all in, usada no jogo de pôquer para descrever o que o Windows Phone 8 representa. Em termo de vendas, os telefones com Windows representaram somente 3,5% do mercado, no terceiro trimestre de 2012, ante 17% de iPhones e 68% de telefones com alguma versão do sistema Android, do Google. O restante das vendas é composto por uma mistura de Blackberries e smartphones com sistemas operacionais menos expressivos.
Parte da aposta da Microsoft concentra-se na apresentação gráfica do sistema. Distinto dos concorrentes, ele oferece ao usuário uma interface recheada de quadrados coloridos de diferentes tamanhos, compondo um mosaico de informações diferente do encontrado em telefones com Android ou iOS. O problema do Windows Phone 8 segue sendo atrair o interesse de desenvolvedores de software que preferem as plataformas rivais. Nem mesmo o Skype, de propriedade da Microsoft, está disponível para o sistema. Tem previsão de chegada somente em janeiro.
Horas depois, ao sul de São Francisco, a Apple anunciava mudanças importantes no seu quadro de executivos. Saíram ­John Browett, que cuidava das lojas físicas da companhia, e Scott Forstall, responsável pelo sistema operacional iOS. A saída do inglês Browett deu-se dez meses depois da sua entrada na empresa. Ele vinha de chefiar a rede britânica Dixons, renomada pelo seu péssimo ­atendimento ao consumidor. Browett pretendia fazer cortes no número de empregados em cada loja da Apple, o que poderia minar a experiência dos consumidores que as visitavam. O corte foi vetado por Tim Cook, CEO da Apple, e a sua demissão sinaliza a percepção do erro cometido.
A saída de Scott Forstall é muito mais significativa. O executivo havia chegado a Apple em 1996, quando Steve Jobs retornou à companhia. A partir daí ele foi responsável pelo desenvolvimento de seguidas versões do sistema operacional ­Mac OS, além da criação e desenvolvimento do iOS, presente em iPhones, iPods e iPads. Seu erro imediato foi não admitir os sérios problemas do novo aplicativo de mapas, recusando-se a assinar uma carta de desculpas aos consumidores.
Ao longo dos anos surgiam, porém, rumores de tensões dentro da Apple entre Forstall e Jonathan Ive, responsável pelo desenho industrial dos produtos da empresa. Forstall desenhava aplicativos que copiavam a aparência de seus pares físicos. O aplicativo de agenda no iOS, por exemplo, simulava uma capa de couro. Mas Forstall era sempre defendido por Steve Jobs. A morte do fundador da Apple tirou a proteção, e agora todo o desenho da companhia, tanto em hardware quanto em soft­ware, passa a ser supervisionado por Ive.
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Luiz Fernando Veríssimo 

O sonho da tucademopiganalhadagolpista

Invisibilidade LGTBesteira pouca é bobagem

Nada há de mais perverso do que condenar alguém à invisibilidade. Tanto é assim que a indiferença, ignorar a existência, é a forma de maltratar alguém. É o que acontece com gays, lésbicas bissexuais, travestis e transexuais deste país. Como não existe uma legislação que reconheça seus direitos e criminalize os atos homofóbicos de que são vítimas, estão à margem do sistema jurídico e tornam-se reféns de toda a sorte de violência e agressões. E isso que se vive em um Estado que se diz democrático e de direito, cuja Constituição assegura a todos o respeito à dignidade, o direito à liberdade e a igualdade.

 Apesar do enorme preconceito de que são alvo, das perseguições que sofrem, mantem-se omisso o legislador. Por medo de ser rotulado de homossexual, de não se reeleger invocam preceitos bíblicos para pregar o ódio e a discriminação. Nada mais do o preconceito disfarçado em proteção à sociedade. Não é por outro motivo que, até hoje, não foi aprovada qualquer lei que criminalize a homofobia ou garanta direitos às uniões homoafetivas.
 Como a Justiça não consegue conviver com injustiças, há mais de uma década, passou a assegurar direitos à população LGBT.Estes antecedentes em muito contribuíram para o Supremo Tribunal Federal reconhecer as uniões homoafetivas como entidade familiar. Com isso foi admitido acesso ao casamento. A decisão, além de ter efeito vinculante e eficácia perante todos, desafiou o legislador a cumprir com o seu dever de fazer leis.
 Mas ninguém mais poderia aceitar este grande desafio do que a Ordem dos Advogados do Brasil que criou Comissões da Diversidade Sexual em todos os Estados e muitos Municípios, bem como uma Comissão no âmbito do Conselho Federal. Um grupo de juristas elaborou o Estatuto da Diversidade Sexual e propostas de emenda constitucionais. O projeto também contou com a colaboração dos movimentos sociais. Tem a estrutura de um microssistema, como deve ser a legislação voltada a segmentos sociais vulneráveis. Estabelece princípios, garante direitos, criminaliza atos discriminatórios e impõe a adoção de políticas públicas.
 Diante da enorme repercussão alcançada pela Lei da Ficha Limpa, foi desencadeado um movimento para angariar adesões para apresentar o Estatuto por iniciativa popular. Para isso é necessária a assinatura de cerca de um milhão e meio de cidadãos.
 Certamente é a forma de driblar a postura omissiva dos legisladores que não poderão alegar que a iniciativa desatende ao desejo do povo.
 Não há outra forma de a sociedade reivindicar tratamento igualitário a todos, independente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
 Não é uma proposta que deve contar com a participação somente dos homossexuais. É um projeto de cidadania para garantir direitos humanos.
 É a primeira vez que ocorre uma movimentação social pela aprovação de uma lei que assegure direitos a lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais.
 Assim, todos que acreditam que o Brasil é um estado livre e democrático precisam aceitar este desafio e aderir à campanha pelo site: www.estatutodiversidadesexual.com.br
 Maria Berenice Dias é advogada, Presidenta da Comissão da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB

Bom dia