O “novo Brasil” pós “Mensalão” cheira a naftalina

O escândalo percorre as páginas de jornais, revistas e sites ligados à velha mídia brasileira: o relator (um deputado petista) da CPI do Cachoeira teve o desplante de pedir indiciamento de jornalistas que teriam ligação com o bicheiro; entre eles, Policarpo Jr, da revista “Veja”.


O país, as liberdades, a democracia estão em risco!  Isso é coisa dos “radicais” do PT (e, por acaso, ainda os há?), inimigos da imprensa “independente”.

Sim, sim… É preciso explicar melhor a público tão dileto: colunistas, editorialistas, comentaristas de rádio e TV dizem que se trata de “revanchismo” do PT.

Hoje mesmo, pela manhã, ouvi numa rádio paulistana um veterano jornalista estrebuchando de raiva: “nesses partidos de esquerda há muita gente revanchista”. Ele não quer um colega investigado… Aliás, no mesmo comentário apoplético, berrava também o veterano contra “esse blá-blá-blá” de lembrar a superação do racismo no Brasil, toda vez que se fala em Joaquim Barbosa. Menos mal que tenha sido prontamente apartado por outro comentarista, bem mais jovem: “há racismo, sim, basta olhar em volta, existem quantos negros trabalhando com você?”; e disse, ainda, o jovem comentarista - ”tem muito revanchista de direita também”.

Hum… Onde estão os revanchistas? Aqueles que perderam 3 eleições presidenciais, perderam a batalha das quotas raciais, e não conseguiram convencer o país que Bolsa-Família era “bolsa esmola”? Esses seriam os revanchistas? Usam a velha mídia e a tribuna do Judiciário para a revanche?  É o que lhes resta, diria dona Judith Brito (dirigente da ANJ, Associação Nacional de Jornais), ao lembrar já em 2010 que, dada a fragilidade dos partidos de oposição, a imprensa se transformava oficialmente em oposição (esquecendo-se, ela, do papel que o Judiciário também poderia gostosamente encenar, como vemos agora).

Curiosa guerra de palavras.  Não tínhamos ingressado numa “nova fase” do país, depois do julgamento do “Mensalão”? Agora, não haveria mais lugar para proteger poderosos! Agora, as instituições mostravam força para punir “poderosos”! Certo?

Mais ou menos. Jornalistas não podem ser, sequer, investigados

Banqueiros não podem ser algemados (lembram? era “Estado policial”?), e tucano não deve ser investigado de forma muito enfática (seria de mau gosto…). O Procurador-geral que sentou em cima da investigação do caso Cachoeira também não pode ser fustigado. Não! Tudo isso seria  ”revanchismo”, bradam os colunistas e comentaristas.

Vamos combinar, então, as regras nesse novo país, refundado após o “Mensalão”:

Quanto a empresários e banqueiros, analisemos caso a caso. 

Dependendo de quem estiver ao lado deles em ações judiciais ou investigações, pode se tratar de “Revanchismo” ou “Combate à impunidade”. Separemos o joio do trigo. Com rigor.

Só assim, conseguiremos fazer do velho Brasil um novo país!

Na caquética Inglaterra (como se sabe, um país dominado por bolivarianos revanchistas), jornalista e imprensa podem – sim!!!! – ser investigados. Mais que isso, na Inglaterra (país dominado por petistas mensaleiros e inimigos da imprensa livre), ninguém acha estranho que a imprensa seja regulamentada. Sim. É  o que se discute, lá, depois do escândalo estrelado por Robert Murdoch. 


O título da matéria: “Após escândalo das escutas, primeiro-ministro terá de decidir destino da imprensa britânica”.  Chavez e Cristina Kirchner chegaram a Londres? Não. É apenas o óbvio. A Inglaterra sabe que a mídia é poderosa demais para ser mantida como “poder autônomo” – sem nenhum tipo de regulação.

Aqui no Brasil, nossos Roberts, Marinhos, Mervais e outros que tais acham-se acima da lei. Berram, esperneiam, seguem a agir como velhos patronos da Casa Grande midiática.

O “novo Brasil” pós “Mensalão” cheira a naftalina.

Gurgel, improbo e prevaricador

É sinal positivo o clamor da oposição, em coro com trêfegos parlamentares da base governista, contra o texto do deputado Odair Cunha (PT-MG), relator da CPMI sobre as atividades  criminosas e as afinidades eletivas do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Cunha incomodou muita gente e contrariou variados interesses. Não se sabe se o relatório conseguirá cruzar a tempestade provocada pelos contrariados e chegar a porto seguro. Na partida, se assemelha a um barquinho navegando sob bombardeio. E pode afundar antes de ancorar.
Moroso. Há cem dias, Gurgel guarda um processo que ameaça Roseana Sarney. Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF
A lista de indiciados e de responsabilizados, elaborada por Cunha, é uma carga pesada. O relator julgou suficientes as provas colhidas que, em princípio, são capazes de derrubar o governador tucano Marconi Perillo (GO); de incriminar jornalistas que, ao romper limites éticos, transitaram do campo da investigação para o da associação, e de provocar danos graves ao empresário Fernando Cavendish, da Delta, entre outros casos. Notadamente, o relatório pode desestabilizar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Gurgel é peixe graúdo. A contrariedade da mídia, com a inclusão do nome dele na lista de Cunha, comprova. Ele tornou-se um procurador heterodoxo. Virou peça do jogo político de curto e de longo prazo. Em linhas gerais, passou a atuar afinado com a oposição a Dilma, a colaborar com o esforço de neutralização de Lula e, por fim, mas não menos importante, a agir com o objetivo de encerrar o ciclo do PT no poder.
Caso aprovado, o relatório de Cunha pode abalar Gurgel e, inclusive, interferir na própria sucessão dele, na PGR, em julho de 2013.
Roberto Gurgel é acusado por crimes constitucional, legal e funcional. A aprovação do relatório, nesse ponto, levará a questão à Comissão de Constituição e Justiça do Senado, competente para processar o procurador-geral por crime de responsabilidade. No STF, Gurgel seria julgado por improbidade administrativa e por prevaricação.
O procurador-geral foi fisgado porque manteve engavetadas as denúncias da Operação Vegas. Assim atraiu a suspeita de ter sido conivente com as atividades criminosas de Cachoeira, apuradas pela Polícia Federal. Ele alegou à CPI que tinha detectado somente desvios no “campo ético”, insuficientes para abrir ação penal.
Gurgel, no entanto, mantém outros problemas na gaveta. Há quase cem dias guarda o processo enviado ao Ministério Público, no qual a governadora Roseana Sarney (MA) é acusada de assinar convênios com as prefeituras, no valor aproximado de 1 bilhão de reais. Cabe a ele dar um parecer que pode levar Roseana a perder o mandato.
Há quem veja nessa morosidade um conluio entre o senador Sarney, pai da governadora, e Gurgel. Sustentam essa hipótese renitentes coincidências. José Arantes, assessor parlamentar do procurador-geral foi assessor parlamentar de Sarney na Presidência da República. Seria apenas um detalhe curioso?
Mas há problemas concretos. Um deles, já denunciado nesta coluna, levou o presidente da Câmara quase à exasperação. Na terça-feira 20, o deputado Marco Maia criticou pública e duramente o Senado pela morosidade em votar a indicação do professor Luiz Moreira, já aprovada pelos deputados, para o Conselho Nacional do Ministério Público (CNPM).
Seria “morosidade gurgeliana”?
Ou seja, a indicação estaria bloqueada por Sarney em favor de Gurgel? Gurgel teria bloqueado o processo de Roseana em favor de Sarney? Finalmente, haveria nessa história uma vergonhosa troca de favores?
Mauricio Dias

Pijugracia expõe "poderosos" e protege Poderosos

PF vasculha escritório da Presidência da República em São Paulo.
PF vasculha escritório da AGU - Advogacia Geral da União - .
PF vasculha escritório da ANA - Agência Nacional de Águas -.
PF vasculha escritório da ANAC - Agência Nacional de Avião Civil -.
PF investiga, vasculha e prende funcionários públicos "poderoso". 
A mídia divulga os nomes dos funcionários públicos "poderosos", que foram investigados e presos.
O judiciário não concede "segredo de justiça", para impedir a exposição dos funcionários públicos "poderosos".
Isto é bom. Isto é muito bom. 
Mas...
Onde estão os Poderosos? 
Quais empresas corromperam  os funcionários públicos "poderosos"?
A PF vasculhou os escritórios de quais empresas corruptoras?
Por que o Judiciário concede "segredo de justiça", aos corruptores?
Por que a mídia não divulga os nomes das empresas corruptoras e os nomes dos seus proprietários corruptores?
Respondo: 
Estão protegidos embaixo do manto da impunidade.
Estão protegidos pelo silêncio cúmplice da mídia venal.
Para os Poderosos não existe o domínio do fato.
Os mesmos ínfimos mininistros que condenaram réus - sem provas, com base nessa teoria -, seeeee um dia tiverem de julgar este processo, com certeza não condenarão nenhum Poderoso. Porém os "poderosos" funcionários públicos serão condenados.
O nome da operação tem tudo a ver com a impunidade dos Poderoso, garantida pelo judiciário:

Viajei


Viajei  léguas e léguas no lombo da minha égua a procura do fim do mundo. Passei por lugares esplendorosos, com muita beleza natural, rios, montanhas, cachoeiras e pessoas de bom caráter e hospitaleiras. Outros lugares eram inóspitos, sem belezas adequadas, pessoas de fisionomia rústicas e mal educadas.

Viajei dias e dias no lombo da minha égua mimosa que caminhava lentamente a fim de descansar, comer e tomar água.

Depois de léguas notei a distância um pequeno poço de água,  ao chegar desmontei do lombo da coitadinha mimosa e deixei-a a vontade, imediatamente ela saiu como louca para se fartar de água, a infeliz quase morre afogada. Logo adiante havia um pouco de sua comida preferida, ou seja, capim, comeu e comeu, depois tirou uma soneca.

Quanto mais viajava nada de encontrar o fim do mundo, estava disposto a desistir, porém não poderia deixar uma má impressão aos meus poucos amigos. Continuei  no meu destino que era chegar no fim do mundo, mas depois de anos pensei bem e desisti  de procurar algo que não existe.

Fim do mundo só tem na mente de quem  tem fantasia na sua forma de entender  este universo que é só mistério.

Marco Antonio Leite da Costa

Frase do dia

"Teria sido infame não arrolá-lo [Policarpo Junior]. Isso teria reforçado a ideia de que jornalista é uma categoria à parte, acima do bem e do mal, acima da lei."
Paulo Moreira Leite

A paixão da extrema direita brasileira por Joaquim...

Blog do Charles Bakalarczyk: A paixão da extrema direita brasileira por Joaquim...: Por Juremir Machado


A direita e a extrema direita brasileiras estão apaixonadas por Joaquim  Barbosa.
Passaram a valorizar até o que sempre condenaram em outros: a questão racial.
Já o transformaram em candidato à presidência da República em 2014.
Por antipetismo visceral, imaginam ter encontrado, enfim, um candidato capaz de derrotar Dilma, Lula, o PT,  a esquerda, o bolsa-família, o ProUni e até as cotas, que Barbosa apoia.
Outro dia,  a Folha de S. Paulo publicou uma entrevista de...
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Azirilhante


Um solo de muitas mãos
E se hoje fosse realmente o seu último dia na Terra, o que pensaria? O que faria? Azirilhante é uma peça solo empreendida pela atriz-produtora Flávia (Xaxa) Melman A peça abre os olhos das pessoapra discutir como a consciência da nossa finitude pode servir como  uma grande aliada quando tocada sem mistificações.

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