Dona População quer discutir a relação com o Estado, o marido prevaricador


Sabem aquele sujeito que no boteco é bom de papo, gentil, querido pela turma, que paga para todo mundo, e em casa trata mal a mulher, bate nos filhos, reclama de tudo e é sovina ao extremo? Com certeza todos conhecemos uma figura assim, não é? Vai aprontando até que um dia, após anos de sofrimento e humilhação, a mulher explode, se manda e o safardana fica sem entender nada, ou ainda se faz de vítima.

Pois é mais ou menos isso que está acontecendo no Brasil, nossa população é essa mulher cansada de ser maltratada por seu "marido", um Estado que trata bem seus amigos, enchendo-os de mimos, como excelentes empregos, aposentadoria integral, gratificações e outras mordomias e dá à sua família as migalhas que restam. Com o agravante, que no caso do Estado, é a família que trabalha para sustentar sua prodigalidade com os amigos.

A mulher e os filhos cansaram de ficarem em segundo plano, mendigando carinho e afeto, além de serem maltratados pelo traste, e deram o primeiro aviso: "Ou muda ou rua!" Se o orgulhoso e prepotente Estado não se mexer, o segundo aviso pode ser mais radical e fatal: a mulher e os filhos, mais revoltados e cheios de ódio, podem perder a paciência de vez e resolver cortar as cabeças do Bon Vivant e seus amigos.

Mulheres são amorosas, carinhosas e suportam com galhardia muito mais humilhações que nós, homens, mas são muito mais ladinas e sabem se vingar como ninguém.

Detesto discutir relação, mas, no caso, sou obrigado a concordar com dona População e sua prole, ou o safado se emenda ou...

Fica o aviso.

Para calar os fofoqueiros

A Dilma é a mais importante candidata que nós temos, a melhor. Não tem ninguém igual a ela para ser candidata à Presidência da República. Portanto ela será a minha candidata.
Lula

Egoísmo diagnosticado


Por Marcelo Fernandes

Ricos e classe média preferem que pobres morram do que sejam atendidos por médicos estrangeiros
Egoísmo diagnosticado
Paulo Moreira Leite

Pesquisa do DataFolha mostra aquilo que todos poderiam adivinhar. A aprovação e rejeição ao projeto de trazer médicos estrangeiros obedece a um critério básico.

Quem reside em regiões pobres e carentes é a favor da contratação de médicos estrangeiros.

Quem se encontra do outro lado da pirâmide é contra.

No fundo, se há alguma revelação espantosa no levantamento, ela diz respeito ao egoísmo das classes que se situam nos patamares superiores da pirâmide. Segundo o DataFolha, a turma que é contra a importação de médicos leva uma vantagem de 2 pontos sobre aqueles que são a favor.

Os dados objetivos mostram que o país tem a metade dos médicos que uma nação civilizada necessita. Não há o que discutir, não é preciso investigar nem apurar mais. O ponto básico é: faltam médicos. Mesmo que todos eles resolvessem, de uma hora para outra, ocupar os postos existentes, na periferia violenta de São Paulo e no interior da Amazônia, no Piauí e no sertão da Bahia, ainda assim a população não estaria bem atendida.

A experiência mostra que outros países conseguiram resolver o problema abrindo o mercado para profissionais estrangeiros. Na Europa e nos Estados Unidos, a parcela de médicos estrangeiros passa dos 20% e muitas vezes supera 30%.


No levantamento, aprendemos o seguinte. Uma maioria de pessoas que tem um doutor ao alcance do plano de saúde ou, quando o serviço particular fica travado, da conta bancária, não consegue reconhecer a necessidade urgente de quem não tem uma coisa nem outra. Não estamos falando de aeroportos lotados, de transito insuportável, da PEC das Domésticas. O assunto é de vida ou morte -- literalmente.

Eles defendem o direito à própria vida e de suas famílias, muitas vezes com muito sacrifício, sem dúvida, mas não conseguem compreender as necessidades de quem não dispõe do mesmo conforto.

Também enxergo, nessa postura, um elemento de xenofobia, aquela reação irracional e preconceituosa contra estrangeiros – que muitos brasileiros já enfrentaram em suas imigrações pela Europa e Estados Unidos, e podem estar manifestando agora, quando se encontram do outro lado do balcão.

Compreendo que essa lógica é causa e efeito de um mundo de valores privados e responsabilidades que foram individualizadas.

O sujeito que compra por um serviço que um outro pode obter de graça sente-se tratado injustamente, e até prejudicado. Compreende-se a razão material desse sentimento: o Estado brasileiro cobra, em impostos, muito mais do que retribui.

É uma situação lamentável, que só pode ser enfrentada com uma ampliação do Estado de Bem Estar Social, capaz de oferecer serviços bons para todos – inclusive para a classe média.

Neste momento, eu imaginava, honestamente, que num terreno tão delicado, onde a presença de um médico pode representar a fronteira entre a vida e a morte, da própria pessoa, ou de seus parentes, muitas vezes de seus filhos, seria possível encontrar espaço para uma solidariedade um pouquinho maior.

Obrigar as pessoas carentes a pagar pela própria carência é como responsabilizar doentes pela própria doença, pobres pela pobreza, os órfãos pelo abandono dos pais e assim por diante. 

Claro que tem gente que pensa assim. Margareth Thatcher, por exemplo, formulou essa ideologia de forma crua quando disse que não existe essa “coisa que chamam de sociedade.” Existe o quê? Os indivíduos, as famílias. Um de seus autores preferidos, Adam Smith, dizia que o progresso da humanidade é produto da soma dos egoísmos individuais. 

Mas essa é a Turma dos Outros que se danem Futebol Clube, como se dizia em teatros de vanguarda dos anos 1960. 

Deixando de lado patologias desse tipo, que dificultam o simples convívio social entre pessoas e classes sociais diferentes, com necessidades diferentes, acredito que o cidadão que nasceu no lado mais confortável da pirâmide não precisa achar ruim quando o Estado reserva uma parcela de recursos para auxiliar os mais fracos e mais prejudicados. A diminuição da desigualdade é benéfica para todos, ainda que muitas pessoas fiquem incomodadas quando sentem que sua posição na hierarquia social tornou-se menos valorizada.

Quem frequenta as excelentes casas de chouriço argentino de São Paulo não deveria ficar revoltado porque, de vez em quando, as crianças da merenda escolar da rede pública consomem caldo de carne em suas refeições, certo? 

Quem tem um carro para cada membro da família não precisa reclamar dos com subsídios para o transporte público, certo?

Não faltam notícias periódicas sobre as mazelas da saúde pública, que concluem com uma revelação monótona: o médico responsável não apareceu no plantão – ou que estava tão atarefado que deixou pacientes graves em macas pelo corredor.

É claro que quase sempre se individualiza o problema e o comportamento de cada um, como se fossem, invariavelmente, casos isolados de delinquência, preguiça ou, como está na moda, de deficiência “na gestão.”

É sempre conveniente transformar os dramas sociais numa narrativa de mocinhos e bandidos, certo?

(Nos diagnósticos de “gestão”, abre-se o caminho para grandes consultorias privadas. Você entende, né?)

Qualquer cidadão que se der ao trabalho – por exercício cívico – de visitar o posto de saúde de seu bairro, experiência que recomendo vivamente, irá entender que os fatores decisivos estão além da responsabilidade de cada indivíduo. Não faltam apenas médicos. Faltam remédios, equipamentos de exame e também outros profissionais. Surpresa: muito provavelmente, vamos encontrar pessoas que fazem o que podem – e até o que não podem – para assegurar um atendimento decente. Nem sempre dá, é claro. Mas eles tentam.

Claro que a saúde pública só atingirá um patamar decente, capaz de atender cidadãos necessitados e também aqueles que já pagam pelo atendimento com seus impostos, a partir de muitos investimentos e melhorias.

Mas o debate sobre os médicos estrangeiros envolve o protagonista, o artista do filme. Fingir que a presença de um médico não é o fator principal na melhora imediata da saúde numa rua, num bairro, ou mesmo numa cidade, e, no fim das contas, do país, é como imaginar uma partida de futebol com estádio, um bom gramados, juízes excelentes, gandulas treinadíssimos – mas sem os jogadores.

Quem viu a espetacular vitória brasileira, ontem, no Maracanã, sabe do que estamos falando.

O debate sobre médicos estrangeiros envolve o direito de pobres e ricos de usufruir da própria vida.

Qual a diferença entre Plebiscito e Referendo

Pinçado do livro Contos fora de moda de Aluizio Azevedo (1894) e finalizado com colaborações do Facebook (2013)
A família está toda reunida na sala de jantar.
O senhor Rodrigues palita os dentes, repimpado numa cadeira de balanço. Acabou de comer como um abade.
Dona Bernardina, sua esposa, está muito entretida a limpar a gaiola de um canário belga.
Os pequenos são dois, um menino e uma menina. Ela distrai-se a olhar para o canário. Ele, encostado à mesa, os pés cruzados, lê com muita atenção uma das nossas folhas diárias. 
Silêncio.
De repente, o menino levanta a cabeça e pergunta:
- Papai, qual é a diferença entre plebiscito e referendo?
O senhor Rodrigues fecha os olhos imediatamente para fingir que dorme.
O pequeno insiste:
- Papai?
Pausa:
- Papai?
Dona Bernardina intervém:
- Ó seu Rodrigues, Manduca está lhe chamando. Não durma depois do jantar, que lhe faz mal.
O senhor Rodrigues não tem remédio senão abrir os olhos.
- Que é? Que desejam vocês?
- Eu queria que papai me dissesse qual a diferença entre plebiscito e referendo.
- Ora essa, rapaz! Então tu vais fazer doze anos e não sabes ainda qual a diferença entre referendo e plebiscito?
- Se soubesse, não perguntava.
O senhor Rodrigues volta-se para dona Bernardina, que continua muito ocupada com a gaiola:
- Ó senhora, o pequeno não sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito!
- Não admira que ele não saiba, porque eu também não sei.
- Que me diz?! Pois a senhora não sabe?
- Nem eu, nem você; aqui em casa ninguém sabe qual a diferença entre referendo e plebiscito.
- Ninguém, alto lá! Creio que tenho dado provas de não ser nenhum ignorante!
- A sua cara não me engana. Você é muito prosa. Vamos: se sabe, diga qual é a diferença! Então? A gente está esperando! Diga!...
- A senhora o que quer é enfezar-me!
- Mas, homem de Deus, para que você não há de confessar que não sabe? Não é nenhuma vergonha ignorar qualquer palavra. Já outro dia foi a mesma coisa quando Manduca lhe perguntou o que tinha sido a sonegação da Globo. Você falou, falou, falou, e o menino ficou sem saber!
- Sonegação da Globo - acudiu o senhor Rodrigues - foi o blogueiro sujo - Miguel do Rosário - que revelou.
- Sim, agora sabe porque foi ao Google; mas dou-lhe um doce, se me disser o qual é a diferença sem usar o notebook!
- Que gostinho tem a senhora em tornar-me ridículo na presença destas crianças!
- Oh! Ridículo é você mesmo quem se faz. Seria tão simples dizer: - Não sei, Manduca, não sei qual a diferença; vai buscar o notebook, meu filho.
O senhor Rodrigues ergue-se de um ímpeto e brada:
- Mas se eu sei!
- Pois se sabe, diga!
- Não digo para me não humilhar diante de meus filhos! Não dou o braço a torcer! Quero conservar a força moral que devo ter nesta casa! Vá para o diabo!
E o senhor Rodrigues, exasperadíssimo, nervoso, deixa a sala de jantar e vai para o seu quarto, batendo violentamente a porta.
No quarto havia o que ele mais precisava naquela ocasião: algumas gotas de água de flor de laranja e um tablet...
A menina toma a palavra:
- Coitado de papai! Zangou-se logo depois do jantar! Dizem que é tão perigoso!
- Não fosse tolo - observa dona Bernardina - e confessasse francamente que não sabia!
- Pois sim - acode Manduca, muito pesaroso por ter sido o causador involuntário de toda aquela discussão - pois sim, mamãe; chame papai e façam as pazes.
- Sim! Sim! Façam as pazes! - diz a menina em tom meigo e suplicante. - Que tolice! Duas pessoas que se estimam tanto zangaram-se por causa do plebiscito!
Dona Bernardina dá um beijo na filha, e vai bater à porta do quarto:
- Seu Rodrigues, venha sentar-se; não vale a pena zangar-se por tão pouco.
O negociante esperava a deixa. A porta abre-se imediatamente. Ele entra, atravessa a casa, e vai sentar-se na cadeira de balanço.
- É boa! - brada o senhor Rodrigues depois de largo silêncio - É muito boa! Eu! Eu ignorar a diferença entre plebiscito e referendo! Eu!... A mulher e os filhos aproximam-se dele.
O homem continua num tom profundamente dogmático:
- Plebiscito, referendo...
E olha para todos os lados a ver se há ali mais alguém que possa aproveitar a lição.
- Plebiscito é quando você escolhe o que vai comer na hora do almoço.
- Referendo é quando você não escolhe o que vai comer e lhe servem gororoba que eles fizeram.
- Ah! - suspiram todos, aliviados.
- Entenderam a diferença? 


José Dirceu: Nossa candidata é Dilma

Como em 2009, quando vozes isoladas no PT -  e muitas na mídia - tentaram levantar a tese do 3º mandato, agora de novo estamos diante de outro erro banal que é essa história que começa a ser levantada, de trazer novamente a proposta da volta do ex-presidente Lula à eleição presidencial de 2014.

Em 2009, queriam e fomentavam para que que cometêssemos aquele equívoco. O 3º mandato nunca foi aceito pelo então presidente da República, mas foi muito por certa mídia para nos levar a cometer um erro grosseiro. Tanto falaram, tanto insistiram, que era quase uma provocação.


Ressurge de novo, agora, a história do queremismo, a volta de Lula como candidato à política e ao Planalto em 2014. Erro grosseiro, primeiro porque o ex-presidente não deixou a política e nem a disputa social. Sempre foi, continua e é a maior liderança do PT e popular do pais. Age e atua como tal, junto às direções do PT e aos aliados.


Apoia e ajuda a presidenta Dilma e está sempre articulando e viajando pelo país e pelo mundo, já que é também uma das grandes lideranças do cenário internacional. Nossa candidata no ano que vem a continuar no Planalto é a presidenta Dilma Rousseff.

Não há razão para não ser e não devemos nos guiar por pesquisas, e sim pela urgente e necessária mudança em seu governo e na relação dele com a sociedade. Não há absolutamente nada que não possa ser alterado, sem que se mude o rumo e sem abandonar nosso projeto político de desenvolvimento nacional, o que melhor atende aos interesses nacionais e as  aspirações do nosso povo.

Vamos nos concentrar no principal, nada de tergiversação. Vamos dar uma resposta às demandas expressas nas ruas e voltar para as ruas.

A Globo pagou? Cadê o DARF?

A repercussão em torno da multa milionária aplicada à Rede Globo, pela sonegação de impostos sobre direitos da Copa de 2002, parece que ainda não acabou. Por meio de sua assessoria, o grupo confirmou o pagamento da quantia e disse ter havido um “entendimento diferente do Fisco”, em relação à legalidade das operações contábeis da empresa.
O assunto foi amplamente divulgado na mídia e nas redes sociais. E a pergunta que não quer calar é a seguinte: Se a Globo pagou, então onde é que está o Darf? O povo quer saber. Darf, como todo bom pagador de imposto sabe, é o documento da receita onde o contribuinte registra o pagamento de uma dívida tributária.
Convidamos todos a lerem e compartilharem os links sobre o assunto, que foi um dos mais comentados nas redes sociais na última semana. Vamos pressionar a emissora a mostrar o comprovante de pagamento, já que ela disse que pagou. 
#GloboMostreoDarf

Frase do dia

"Em 89 teve um dia que eu queria desistir de ser candidato porque eu tinha caído tanto que ia sair devendo para o ibope"
Lula