Cesar Maia: O choque de ordem era só para mendigos e camêlos?


A memória e o Google, sobre o Rio, nos ajudam a lembrar das turmas de fiscais, guardas municipais e policiais que saíam às ruas com frotas de carros com sirenes e sinalizadores, com o secretário de ordem pública –de antes e de depois- e sua equipe, com coletes e letras enormes... Pareciam tropas de assalto.
        
Prendiam mendigos, reprimiam camelôs, derrubavam barracos, fechavam lojinhas, prendiam flanelinhas (um dia 120 de uma vez, com direito a foto panorâmica), rebocavam carros, multavam a torto e a direito, prendiam mijões..., enfim, operações e blitzes para pôr ordem na casa.
        
Os secretários ganhavam capas de revistas, primeira página nos jornais e amplos espaços nos noticiários na TV. E posavam de machões, cruzando os braços e fazendo caras, e bocas, de maus. Criaram até bairros de ordem total, começando pelo Méier e, em seguida, Leblon.
        
Hoje, o cotidiano da cidade é mais do que de desordem: é de descontrole. O prefeito alega que é problema da polícia. Pode ser em confrontos com grupos armados. Mas em tantas outras questões de ocupação de espaço público, se assemelham ao que antes as forças do ‘choque de ordem’ combatiam, com grupos mistos de policiais do Estado, fiscais da prefeitura, e comissionados, como secretário e equipe.
        
Onde estão os paladinos da ordem? O prefeito não trata do assunto e empurra para o governador. Não fala nada sobre esse descontrole. Afinal, a cidade não tem comando, não tem governo, não tem liderança? Qualquer coisa que aconteça na cidade envolve o prefeito, mesmo que ele não tenha –em casos específicos- os instrumentos de ação.
       
Mas tem voz e responsabilidade e deve se pronunciar a respeito. É de sua competência política ser o primeiro responsável pela cidade a orientar os cidadãos, convocar os poderes públicos em nível estadual e federal e..., agir. Mas está escondido, calado, acuado... A cidade –neste momento- não tem prefeito. 
        
A sensação dos cariocas é de abandono. Votaram pensando que elegiam uma autoridade para cuidar da cidade e dos cidadãos. E agora se apavoram com o marasmo. E se lembram do slogan de campanha: “Somos um Rio”. Somos? Quem, cara pálida?!

PM que massacra nas ruas e mata nas favelas invade plenário de uma Câmara minada pela corrupção

Meia volta volver
Quando policiais militares invadem o plenário da Câmara Federal para exigir a votação de um projeto do seu interesse a  gente tem de dar uma paradinha para refletir, mesmo sabendo que a corrosiva deterioração da classe política está na raiz dessa desmoralizante invasão à instituição parlamentar  por agentes pagos para defendê-la. 
Essa inesperada "operação" de policiais regidos por regimes disciplinares rigorosos, invadindo um plenário parlamentar como se meninotes fossem, afigura-se como uma provocação de encomenda, com os ingredientes da má fé que em nada pode se comparar aos protestos juvenis,  apesar de excessos que tenham ocorrido.
Se não tivesse tanta culpa no cartório, o presidente da casa, ao invés de patéticos apelos, daria voz de prisão aos policiais militares, que estão pondo lenha na fogueira por descabido oportunismo, tentando limpar sua barra, já que a PM está muito mal na fita  por sua agressividade  numa repressão eivada de abusos e sadismo.
20 anos de desvios de conduta
As manifestações populares iniciadas em maio contra os abusivos aumentos das passagens dos ônibus não seriam episódicas, como esperavam os ditos cientistas políticos e os analistas de gabinete.
Eram mais de 20 anos que estavam entalados na garganta do povo, obrigado a conviver com todo tipo de estelionato político e de favorecimentos escandalosos comprados a propinas de ouro por interesses insaciáveis.

Mais dia, menos dia, aconteceria o estouro da boiada - só não via quem estava embriagado pelo poder paradisíaco e afrodisíaco,  que só sabe puxar brasa para a sua sardinha na maior sem cerimônia, em cenas insolentes protagonizadas por políticos de todos os partidos, cada um cuidando de si na maior cara de pau.


Ninguém aguentava mais conviver com a promiscuidade de governantes fanfarrões com fregueses e prestadores de serviço do Estado, com a sordidez do "dá lá, toma cá" e  com o cinismo do "farinha MUITA meu pirão primeiro".


Na hora que a primeira tribo redescobrisse a rua e soltasse o grito que estava parado no ar, a fila ia andar e cada cidadão humilhado por esses anos de desvios de conduta, entreguismo e desmonte das conquistas sociais em nome de uma democracia dosada pelas elites iria querer tirar o atraso e botar seus clamores em dia.


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Carta de uma Mãe para Outra


Vi seu enérgico protesto diante das câmeras de televisão, contra a transferência do seu filho, menor infrator, das dependências da FEBEM em São Paulo para outra dependência da FEBEM no interior do Estado.

Vi você se queixando da distância que agora a separa do seu filho, das dificuldades e das despesas que passou a ter para visitá-lo, bem como de outros inconvenientes decorrentes daquela transferência.

Vi também toda a cobertura que a mídia deu para o fato, assim como vi que não só você, mas igualmente outras mães na mesma situação que você, contam com o apoio de Comissões Pastorais, Órgãos e Entidades de Defesa de Direitos Humanos, ONGs, etc...

Eu também sou mãe e, assim, bem posso compreender seu protesto. Quero com ele fazer coro.

Enorme é a distância que me separa do meu filho.

Trabalhando e ganhando pouco, idênticas são as dificuldades e as despesas que tenho para visitá-lo. Com muito sacrifício, só posso fazê-lo aos domingos porque labuto, inclusive aos sábados, para auxiliar no sustento e educação do resto da família...

Felizmente conto com o meu inseparável companheiro, que desempenha para mim importante papel de amigo e conselheiro espiritual.

Se você ainda não sabe, sou a mãe daquele jovem que o seu filho matou estupidamente num assalto a uma vídeo-locadora, onde ele, meu filho, trabalhava durante o dia para pagar os estudos à noite.

No próximo domingo, quando você estiver abraçando, beijando e fazendo carícias no seu filho, eu estarei visitando o meu e depositando flores no seu humilde túmulo, num cemitério da periferia de São Paulo...

Ah! Ia me esquecendo, e também ganhando pouco e sustentando a casa, pode ficar tranquila, viu, que eu estarei pagando de novo, o colchão que seu querido filho queimou lá na última rebelião da Febem.

Nem no cemitério, nem na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante destas "Entidades" que tanto lhe confortam, para me dar uma palavra de conforto, e talvez me indicar: Os meus direitos"!

Peço a quem receber este e-mail, se concordar, circule meu manifesto!

Talvez a gente consiga acabar com esta inversão de valores que assola o Brasil.

Prá desopilar

Pinçado do:
O Corno

O telefone toca, à noite...
Marido: 
- Se for pra mim, diga que eu não estou em casa.
Mulher atende e diz: - Ele está em casa.
Marido: - Pôrra, mas o que foi que eu acabei de te dizer, mulher?
Mulher: - Era pra mim.

Recordando

Tempos que não voltam mais

Frase do dia

O problema de viver uma vida vida dupla, é por um instante se esquecer em que lado está

Médico cubanos estão chegando

Nesta quarta-feira, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anuncia a formalização do acordo com Cuba para a vinda de 450 médicos ao Brasil. Outros 1.500 profissionais  cubanos  devem desembarcar no país um pouco mais adiante. 

A decisão reflete um novo momento do programa ‘Mais Médicos' que ,progressivamente, furou o bloqueio duplo da má vontade conservadora e do elitismo corporativista. Lançado em oito de julho, a iniciativa ataca fatores emergenciais e estruturais que explicam o elevado número de áreas desassistidas no país.