Miguel do Rosário - Dirceu e o declínio da globo

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O jovem Dirceu sustenta um braço esticado, mãos abertas, como se mandasse uma mensagem de “pare aí” para um interlocutor que não vemos. Por uma dessas coincidências enigmáticas da vida, me parece uma correspondência perfeita com o que ele vive hoje. O interlocutor invisível são as forças que hoje lhe perseguem, também algo invisíveis, escondidas sob o manto obscuro de um moralismo de ocasião, com rosto mascarado por editoriais anônimos. A expressão facial de Dirceu também é curiosa. Nos olhos se vê um pouco de apreensão, perplexidade, até mesmo medo, mas a boca sugere um levíssimo sorriso desafiador, como se tivesse consciência de seu papel, ou como se o temor visto em seus olhos fosse um disfarce.

Artigo semanal da *Ofélia da política brasileira

Falando francamente
Não é preciso muita imaginação, nem entrar em pormenores, para nos darmos conta de que atravessamos uma fase difícil no Brasil. Mas comecemos pelo plano internacional.
Os acontecimentos abrem cada vez maiores espaços para a afirmação de influências regionais significativas.
O próprio "imbróglio" no Oriente Médio, do qual os Estados Unidos saem com cada vez menos influência na região, aumenta a capacidade de atuação das monarquias do Golfo, que têm dinheiro e querem preservar seu autoritarismo, assim como a do Irã, que lhes faz contraponto. A luta entre wahabitas, xiitas e sunitas está por trás de quase tudo. E a Turquia, por sua vez, encontra brechas para disputar hegemonias.
Enquanto isso, nós só fazemos perder espaços de influência na América do Sul. Nossa diplomacia, paralisada pela inegável simpatia do lulopetismo pelo "bolivarianismo", ziguezagueia e tropeça.

Alguns motivos porque a globo reconheceu "erro"

 – o avanço das grandes corporações internacionais de mídia, que chegam ao Brasil com a força da internet, especialmente o Google;

2 – o fato de a Globo ter-se transformado em alvo de manifestações populares em todo o Brasil (o laser no rosto do apresentador em São Paulo é um símbolo de que o povo ameaça, simbolicamente, "invadir" os estúdios globais; e o estrume lançado contra a porta da Globo em São Paulo é também metáfora dos novos tempos malcheirosos para os Marinho);

3 – as denúncias de Miguel do Rosário, no blog "O Cafezinho", sobre o processo contra a Globo por milionária sonegação fiscal (o processo foi roubado do escritório da Receita no Rio, já sabemos; mas sob ordem de quem? e o que havia de tão comprometedor ali?);

4 – as denúncias contra Ricardo Teixeira (elas ameaçam o produto mais rentável no jogo de poder das comunicações – o futebol).

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Briguilinks

Mensagem da tarde

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Poetas
Ainda não sabemos tudo sobre Marte, mas sabemos o bastante para dizer que ele nos decepcionou. Marte foi um blefe. Os tais canais vistos pelas lunetas antigas, provas de que haveria alguma forma de vida inteligente no planeta, mesmo que fosse só de engenheiros, não eram canais.

Nenhum vestígio de qualquer tipo de vida apareceu em Marte, muito menos o de uma civilização de homenzinhos verdes, ou de qualquer outra cor, com a capacidade para invadir a Terra. Anos e anos de literatura premonitória e previsões terríveis foram desperdiçados. Nos apavoraram por nada. Como no Iraque, também não havia armas de destruição em massa em Marte.
Mas, se Marte revelou ser um imenso parque de estacionamento, que não ameaça a Terra, isso não quer dizer que não existam civilizações lá fora que cedo ou tarde entrarão em contato conosco, exigindo nossa submissão ou anunciando a invasão.

Chargista Chico Caruso acometido de mal de alzheimer

Politicamente incorreto: Ele tá caducando.
Será apenas um surto ou é irreversível?