Iguatu - CDL entrega prêmios

 A ação promocional movimentou o comércio local. A instituição também premiou alunos com concurso cultural

A Câmara de Dirigentes Lojistas deste município começa o ano com força total. Depois do período de vendas mais esperado pelo comércio com as festas de fim de ano, a entidade local colhe os bons resultados da campanha de Natal. Segundo o presidente da CDL de Iguatu, Ariosto Vale, alguns segmentos tiveram um grande aumento nas vendas, superando a expectativa, que era de 7% de crescimento em relação a 2012.

O carro 0Km foi entregue à Simone da Silva Severino que participou da Campanha no comércio local

Ele destaca o setor de perfumes e cosméticos que, sozinho, teve uma alta de 18% nas vendas. Destaque também para produtos eletrônicos e eletrodomésticos com crescimento de 8 a 10% em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com um levantamento realizado pela própria instituição.

Ariosto Vale, no entanto, revela que nos demais setores o crescimento foi de 5%, ou seja, dois a menos que o índice esperado. Segundo ele, fatores externos são os possíveis responsáveis por essa diferença. "Podemos atribuir esse número inferior ao esperado a três grandes problemas que enfrentamos em 2013, o aumento da inflação, a redução do crédito e a estiagem". Apesar disso, as ações da instituição fizeram o diferencial.

Natal de Prêmios

A CDL do município divulgou nos meses de novembro e dezembro a campanha "Iguatu Natal de Prêmios", que aqueceu as vendas e movimentou o comércio local. Vários comerciantes de segmentos diversos aderiram à campanha, que foi considerada pela instituição um sucesso. Entre os prêmios ofertados para os consumidores estavam um carro Gol 0km, bicicletas, eletrodomésticos e eletrônicos. No total, foram sorteados 21 clientes. O Presidente da CDL/Iguatu completa que a campanha chegou à 12° edição consolidada como uma grande ação comercial muito aguardada por todos.

"O objetivo principal da campanha é impulsionar as vendas nos meses de novembro e dezembro e tem como principal função estimular o cliente a comprar no comércio de Iguatu, não sendo necessário se direcionar para os centros comerciais de outros municípios", frisa.

Além da movimentação comercial, a Câmara de Dirigentes Lojistas premiou Luana Borges Trigueiro. Ela tirou o primeiro lugar no concurso de redação

Ele garante que a campanha "Iguatu Natal de Prêmios" já é vista como um acontecimento que faz parte do calendário da cidade e quando esse período se aproxima, os clientes já começam a buscar informações e a movimentar o comércio.

Além da ação comercial, a CDL criou há dois anos, dentro da "Iguatu Natal de Prêmios", o concurso de redação, onde os alunos de escolas públicas estadual do município participam produzindo redações com o tema sugerido. Nesta edição o tema foi "O Brasil e as Copas". Com o ano de 2014 em destaque pela Copa do Mundo, os estudantes relataram em suas produções o que este evento representa.

O presidente da CDL de Iguatu afirma ainda que o concurso é uma boa oportunidade para esses alunos expressarem seus posicionamentos sobre um assunto que está presente no cotidiano. "O foco é promover o lado social e cultural e envolver os alunos das escolas públicas em ações que visam o seu desenvolvimento. Desafiamos esses alunos a pensar sobre um determinado assunto, além de estimular a leitura e, indiretamente, conseguir chegar às famílias do município", completa.

O Concurso de Redação foi lançado em 2012. Foi idealizado para ocorrer paralelo à mobilização do varejo no último trimestre do ano, como forma também de incentivar os estudantes no gosto pela leitura e a escrita.

Cerca de 100 trabalhos foram escritos. Os prêmios foram entregues em uma solenidade na sede da instituição. Os quatro primeiros colocados foram contemplados com um Tablet (1° lugar), um Smartphone (2° lugar) e uma bicicleta (3° e 4° lugar).

Boas expectativas

Com o início do ano o comércio também precisa se movimentar para manter a boa temporada de compras. Com o foco principalmente nas vendas neste primeiro semestre, a CDL de Iguatu já se organiza para lançar mais campanhas e ações que possam manter o setor aquecido. O presidente afirma que, nesse período, o foco da instituição é promover para os associados cursos de capacitação, visando o crescimento desses comerciantes e seus segmentos.

Ariosto Vale ressalta que tem como meta ofertar cursos em todos os meses do ano, em parceria com o Sebrae, tanto para os associados como para a comunidade. Segundo ele, já existe uma ação sendo elaborada para movimentar o comércio no período da Copa do Mundo.

"A CDL está se organizando para criar uma ação juntamente com os associados, a fim de aquecer as vendas nos períodos que antecedem os jogos. O objetivo principal é que seja realizada de forma local, o próprio comerciante irá criar sua campanha".

Mais informações:

CDL de Iguatu
Centro Sul
Email:cdliguatu@hotmail.com
www.cdliguatu.com.br
Telefone: (88) 3581.1818

Ao Povo de Deus e a todas as pessoas de boa vontade

"Justiça e paz se abraçarão" (Sl 85,11)"

Ainda estão vivas em nós a forte emoção e dor, provocadas pelos últimos acontecimentos no Estado do Maranhão – a morte violenta da Ana Clara, criança de seis anos que faleceu após ter seu corpo queimado nos ataques a ônibus; os cruéis assassinatos no Complexo Penitenciário de Pedrinhas; o clima de terror e medo vivido na cidade de São Luís.

A nossa sociedade está se tornando cada vez mais violenta. É nosso parecer que essa violência é resultado de um modelo econômico-social que está sendo construído.

A agressão está presente na expulsão do homem do campo; na concentração das terras nas mãos de poucos; nos despejos em bairros pobres e periferias de nossas cidades; nos altos índices de trabalhadores que vivem em situações de exploração extrema, no trabalho escravo; no extermínio dos jovens; na auto-destruição pelas drogas; na prostituição e exploração sexual; no desrespeito aos territórios de indígenas e quilombolas; no uso predatório da natureza.

Esta cultura da violência, aliada à morosidade da Justiça e à ausência de políticas públicas, resulta em cárceres cheios de jovens, em sua maioria negros e pobres. O nosso sistema prisional não reeduca estes jovens. Ao contrário, a penitenciária transformou-se em uma universidade do crime. Não nos devolve cidadãos recuperados, mas pessoas na sua maioria ainda mais frustradas que veem na vida do crime a única saída para o seu futuro.

Vivemos num Estado que erradicou a febre aftosa do gado, mas que não é capaz de eliminar doenças tão antigas como a hanseníase, a tuberculose e a leishmaniose.

É verdade que a riqueza no Maranhão aumentou. Está, porém, acumulada em mãos de poucos, crescendo a desigualdade social. Os índices de desenvolvimento humano permanecem entre os mais baixos do Brasil.

Não é este o Estado que Deus quer. Não é este o Estado que nós queremos!

Como discípulos missionários de Jesus, estamos comprometidos, junto a todas as pessoas de boa vontade, na construção de uma sociedade fraterna e solidária, sem desigualdades, sem exclusão e sem violência, onde a "justiça e a paz se abraçarão" (Sl 85,11).

A cultura do amor e paz, que tanto almejamos, é um dom de Deus, mas é também tarefa nossa. Nós, bispos do Maranhão, convocamos aos fieis católicos e a todas as pessoas que buscam um mundo melhor a realizarem um gesto concreto no próximo dia 2 de fevereiro, como expressão do nosso compromisso com a justiça e a paz.

Neste dia – Festa da Apresentação do Senhor, Luz do mundo, e de Nossa Senhora das Candeias –, pedimos que se realize em todas as comunidades uma caminhada silenciosa à luz de velas, por ocasião da celebração. Às pessoas comprometidas com esta causa e às que não puderem participar da celebração sugerimos que acendam uma vela em frente à sua residência, como sinal do seu empenho em favor da paz.

Invocando a proteção de Nossa Senhora, Rainha da Paz, rogamos que o Espírito nos oriente no sentido de assumirmos nossa responsabilidade social e política para construirmos uma sociedade de irmãs e irmãos que convivam na igualdade, na fraternidade e na paz.

Dom Armando Martin Gutierrez
Dom Carlo Ellena
Dom Élio Rama
Dom Enemésio Lazzaris
Dom Franco Cuter
Dom Gilberto Pastana de Oliveira
Dom José Belisário da Silva
Dom José Soares Filho
Dom José Valdeci Santos Mendes
Dom Sebastião Bandeira Coêlho
Dom Sebastião Lima Duarte
Dom Vilsom Basso
Dom Xavier Gilles

Fernando Brito do Tijolaço é muito malvado com a Ofélia da política brasileira

CRÉDITO PARA IMÓVEL DE CLASSE MÉDIA É RECORDE. 529 MIL UNIDADES, 18 VEZES MAIS QUE COM FHC

Para quem fala em retração da economia: a Associação das Empresas de Crédito Imobiliário e Poupança anunciou que foram vendidos financiados, ano passado, 529,8 mil imóveis, 17% acima das 453,2 mil unidades contratadas no mesmo período de 2012.

Em valor, o volume dos financiamentos concedidos subiu a R$ 109,2 bilhões , 32% superior aos R$ 82,8 bilhões registrados em 2012.

O número é – atenção! –  mais de 18 vezes maior que as 28,9 mil unidades financiadas com recursos da poupança no último ano do governo Fernando Henrique Cardoso.

Isso, não custa repetir, não inclui os financiamentos do Minha Casa, Minha Vida.

Os do Governo FHC também não incluem o "Minha Toca no Viaduto".

Segundo a Abecip, 95% são para moradia própria e apenas 5% para investimento.

Entra a prestação, mas sai o aluguel.

E fica o patrimônio.

Luís Nassif - Alguns pontos para entender o significado da indicação de Aloizio Mercadante para a chefia da Casa Civil.

1.     Não se trata de mandato tampão visando apenas o período eleitoral.

Na reforma ministerial, Dilma Rousseff está lançando as bases do ministério do seu próximo governo – caso seja reeleita.

É o caso de Mercadante e da provável indicação de Josué Gomes da Silva para o MDIC  (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que entrarão para ficar. Em alguns Ministérios chaves – como o da Educação e da Saúde – serão colocados quadros de carreira para facilitar a troca no segundo mandato.

2.     Não é mera troca de nomes, mas uma mudança radical na forma de atuação da Casa Civil.

Mercadante teve atuação importante nos terremotos de junho de 2013 por ser dos raros Ministros que não se submetem ao "sim, senhora", que caracteriza o ministério atual. Dilma o respeita e leva em consideração suas observações.

Por isso mesmo, sua ascensão à Casa Civil pode ser um sinal de mudança no estilo extremamente proativo de Dilma.

A presidente tem uma ânsia enorme de fazer e deixar sua marca. Tem enorme capacidade de decisão que, muitas vezes, atropela os tempos de preparação e estudos das medidas propostas.

Para um perfil como esse, é importante ter debaixo de si auxiliares de envergadura, que apontem caminhos e, principalmente, pedras no caminho. O pior assessor é o que aceita prontamente as ideias do chefe e coloca em prática sem um planejamento mais adequado, por medo de contraria-lo. É o caso do Ministro da Fazenda Guido Mantega, do Secretário do Tesouro Arno Agustin e de grande parte do Ministério.

3.     Dificilmente Mercadante falará sobre economia para o público externo.

Mas internamente será um interlocutor privilegiado da Presidente, não apenas por seus conhecimentos específicos da matéria mas, principalmente, por sua intimidade com o alto mundo empresarial brasileiro.

AS VULNERABILIDADES DE GLEISE
Mais que isso, a Casa Civil é o funil que filtra todas as demandas antes que cheguem ao presidente da República. É o pulmão da presidência e, também, o filtro jurídico para os decretos e projetos que chegam para a sanção presidencial.

A função de Gleise era apenas operacional, mas esbarrava em duas vulnerabilidades: a falta de pique operacional e a falta de informação básica sobre temas contemporâneos.

Provavelmente Dilma nem sabe, mas na 3o Tribunal da Justiça Federal, em São Paulo, a sensação dos desembargadores é que a presidente não gosta deles. Isso porque o decreto para nomeação de novos desembargadores dormiu 8 meses na Casa Civil, sem conseguir a assinatura de Dilma.

O mesmo aconteceu com o Plano Inova Empresa, que demorou mais de 6 meses para ser sancionado. Ou a troca de diretores de estatais, que demora meses e meses por falta de um fluxo adequado na Casa Civil.

Teve muito mais.

O Brasil é signatário da Convenção da ONU para Pessoas Com Deficiência; e a Constituição considera direito intransferível da criança com deficiência o acesso à rede básica de educação.

Em pleno site da Casa Civil, Gleise colocou uma nota destinada às APAEs (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) do Paraná, informando que pressionou diretamente o senador Vital do Rego para derrubar essa obrigatoriedade na Meta 4 do Plano Nacional de Educação. Uma falta de noção total sobre a relevância da Casa Civil e sobre os compromissos internacionais do país.

Antes disso, Gleise trabalhou intensamente para derrubar a educação inclusiva do programa "Viver Sem Limite". Foi tamanho o lobby pelas APAEs, tamanho o disparate contra as políticas inclusivas do MEC, que o ex-Ministro da Educação Fernando Haddad recusou-se a assinar o programa. Ele foi lançado sem sua assinatura.

Ou seja, o maior formulador de políticas do Ministério, autor de um plano educacional que conseguiu incluir 800 mil crianças com deficiência na rede básica, perdeu o embate para uma Ministra com interesses paroquiais nas APAEs no Paraná.

4.     Mercadante não é um formulador de programas, mas tem discernimento para identificar o que é relevante.

Mercadante deixou ótima impressão no Ministério de Ciência e Tecnologia (MCT) pelo espaço que abriu junto ao governo e aos grandes grupos empresariais para o tema inovação. Deixou menos no MEC, por lançar um programa atrás do outro, sem a devida consolidação.

Mas, em ambos os Ministérios, sua formação intelectual e rapidez de raciocínio permitiram assimilar rapidamente as linhas centrais de cada programa, identificar os principais, as ideias contemporâneas, os avanços.

Esse discernimento será importante à frente da Casa Civil, especialmente nas negociações com os empresários e com o Congresso. A falta de traquejo de Gleise produziu problemas de monta nos programas de concessão: metade do tempo foi colidindo com as empresas; a outra metade, cedendo às suas pressões.

Outro ponto relevante da atuação de Mercadante será na articulação política do governo. Embora não seja propriamente um Senhor Simpatia, conhece os meandros do Congresso e é respeitado por seus pares.

Serasa - inadimplencia do consumidor eh a menor em 14 anos

Foi o que Luiza Trajano falou ontem ao pretensioso Diogo Mainardi, que repetia a cantilena – de toda a mídia –de que a inadimplência estaria crescendo. (assista aqui o vídeo desmoralizante)

Mainardi invocava o Serasa para desmentir Luiza.

E o Serasa, hoje, deixa Mainardi pendurado em seu papel ridículo

"A queda de 2,0% na inadimplência dos consumidores em 2013 foi puxada pelo recuo de 9,4% no volume de cheques devolvidos (2ª devolução por falta de fundos) e pela queda de 4,8% na inadimplência das dívidas não bancárias (cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços como telefonia e fornecimento de energia elétrica, água, etc.). Já junto aos bancos, a inadimplência em 2013 subiu 0,6%, ao passo que o ano passado também presenciou uma alta de 5,8% no volume de títulos protestados."

Mainardi, como se sabe, emigrou do Brasil e de seu blog na Veja, diz ele que para fugir do dilmismo.

Luiza Trajano disse que ia mandar um e-mail para Mainardi, para ele se convencer de que estava errado.

Não precisa, basta mandar um link.

Já deixo aqui prontinho para a dona Luiza.

http://noticias.serasaexperian.com.br/inadimplencia-anual-do-consumidor-registra-a-primeira-queda-em-14-anos-revela-serasa-experian/

Luis Nassif - é hora de Dilma olhar para o novo

Em seu artigo na Carta Capital desta semana, o cientista político Wanderley Guilherme dos Santos alerta para o vácuo de crítica consistente ao governo.
Ao criar o que ele denomina de “centro estendido”, o PT jogou a oposição para perto da extrema direita.  Restou a ela "a encenada indignação moral e acenos genéricos de eficiência".
Por seu lado, com esse centro-baleia o governo Dilma Rousseff conseguiu se fortalecer parlamentarmente, mas à custa do enfraquecimento da relação com a  sociedade em mudança. Nas hostes do governo, “qualquer opinião divergente, autônoma, em relação à cadeia de comando dos líderes do centro-baleia é atacada como reacionária”.
O que move a democracia é a lógica das inclusões sucessivas, que ocorrem à medida em que grupos minoritários vão se organizando e ganhando voz através dos votos – e, mais que isso, à medida em que as elites nacionais se civilizam.
O princípio da igualdade tornou-se cláusula pétrea na consciência jurídica nacional. Mas não consiste apenas em assegurar patamar mínimo de dignidade a todos os cidadãos, mas dar-lhes a oportunidade de se integrarem à sociedade em todos os seus níveis.
É esse alargamento do conceito que vem movendo as grandes transformações sociais da humanidade.
Nas políticas raciais, criminalizou-se a proibição de locais públicos impedirem a entrada de  pessoas por cor. Na saúde, inspirou os movimentos de desospitalização de pessoas com problemas mentais. Na educação, significou conferir  às pessoas com deficiência o direito de estudarem na rede básica com colegas sem deficiência. Na vida em comum, significou reconhecer o direito de casamento gay.
Há uma consciência modernizadora atuando em todas essas áreas. É essa vanguarda que representa o novo. O velho é defendido pela rede dos sanatórios garantida pela política de internação compulsória de viciados, pelas escolas especiais (tipo APAE) e por outras formas de apartheid.
É por aí que se entende a repercussão da operação Cracolândia, trabalho meticuloso da Prefeitura de São Paulo montado durante 6 meses, envolvendo diversas secretarias de governo, visando atender a apenas 300 pessoas.
Do ponto de vista quantitativo não se compara a programas massificadores, como o Bolsa Família, Brasil Sem Miséria, Luz Para Todos etc.
Do ponto de vista simbólico, foi uma explosão, que conferiu uma legitimidade inédita ao prefeito Fernando Haddad.
Nos últimos anos, esses movimentos modernizantes foram deixados à deriva por uma oposição sem nenhuma sensibilidade social e por um governo que abdica do moderno por alianças políticas menores. A operação Cracolandia foi um respiro nesse oceano de anacronismo. 
Uma das maiores vitórias modernizadoras – a política de inclusão de crianças com deficiência na rede básica, responsável pelo atendimento de 800 mil crianças– está prestes a sofrer um golpe tremendo, devido aos interesses eleitorais paroquiais da Ministra-Chefe da Casa Civil Gleisi Hoffmann e da Secretaria de Direitos Humanos Maria do Rosário.
Seria bom que, de vez em quando, Dilma Rousseff olhasse para baixo, para as transformações que estão ocorrendo em uma sociedade em movimento, e incluísse a consolidação do novo como peça política central.

Josias de Souza - O PSB atravessa uma fase paradoxal

A cúpula da legenda trabalha para confirmar Marina Silva como candidata a vice de Eduardo Campos. Mas receia que os vetos impostos pela aliada reduzam a competitividade do cabeça da chapa.
Tenta-se no momento superar a paralisia política que resultou da mistura do pragmatismo do PSB com o purismo da Rede. Atribui-se a Marina o bloqueio das negociações para a formação dos palanques estaduais e da coligação nacional.
Nos Estados, Marina torce o nariz para as alianças que o PSB pretendia firmar com o PSDB em Estados como Paraná, Minas e São Paulo. A encrenca é maior em São Paulo, onde o partido de Campos planejava indicar o candidato a vice na chapa reeleitoral do tucano Geraldo Alckmin.
A resistência de Marina não se restringe ao tucanato. No Rio Grande do Sul, por exemplo, o PSB costurava o apoio à senadora Ana Amélia, uma respeitada candidata ao governo do Estado pelo PP. Marina levou o pé atrás. E a negociação azedou.
No plano federal, Marina resiste à ideia de admitir na coligação outras legendas além do PPS, que já sinalizou o desejo de aderir. O diabo é que, para elevar o seu tempo de propaganda na tevê, Campos quer atrair o PV e, sobretudo, o PDT.
Marina se mantém aferrada ao seu bordão: “é melhor perder a eleição presidencial ganhando do que ganhar a disputa perdendo”. Para ela, ganhar perdendo é chegar ao Planalto enganchado a logomarcas da “velha política”.
O PSB tornou-se uma panela de pressão. Para administrar a válvula, Eduardo Campos diz que todos os que apostarem no seu desentendimento com Marina vão perder. Mas os correligionários do governador pernambucano chiam em privado. O repórter recolheu dois desses chiados.
Eis o primeiro: “Em 2010, a Marina fez 20 milhões de votos com um minuto de propaganda na tevê. Ela achou um espetáculo. Todos nós achamos. Mas ela perdeu. Do que adianta fazer um espetáculo fabuloso e não levar a bilheteria?”
Agora o segundo: “O PSB vive um momento crucial. Dependendo do rumo que o partido tomar, Eduardo Campos pode disputar 2014 para ganhar ou pode participar da eleição como figurante para projetar seu nome para 2018.”
Nesta terça-feira (21), o alto-comando do PSB reúne-se com Eduardo Campos em Recife. Sem Marina. Deseja-se traçar os próximos passos da campanha. Os participantes não têm a pretensão de dissolver todos os seus dilemas nessa reunião.