Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Arrependimento
Ironia climática: em meio a uma das maiores estiagens da nossa História, estreia no Brasil o filme “Noé”, sobre o Dilúvio.

Noé, filho de Lameque, é uma das figuras mais controvertidas da Bíblia. Na verdade, a Bíblia mal começa e já nos apresenta seus dois personagens mais intrigantes, Caim e Noé.
É evidente, pelo que se lê em Gênesis, que Deus tinha outros planos para Caim, não o de ser o primeiro vilão e o primeiro desterrado do mundo, mas um dos fundadores da aventura humana sobre a Terra.
Deus amaldiçoa Caim com uma marca que o identifica como assassino do seu irmão, mas também o protege dos vingadores de Abel (“Qualquer que matar a Caim”, avisa o Senhor, “sete vezes será castigado”) e permite que ele se case (até hoje nenhuma exegese da Bíblia conseguiu explicar de onde, de que criação paralela, saiu a mulher de Caim) e procrie, e construa uma cidade, a que dá o nome do seu primogênito Enoque, e inicie uma prole que incluirá Jabal, “pai dos que habitam em tendas e têm gado”, e Jubal, “pai de todos que tocam harpa e órgão”.
Nada mal para um fratricida: acabar como patriarca, construtor de cidades e precursor da pecuária e das artes. Abençoado por Deus, pode-se dizer, com a marca da maldade.



Se o Deus da Bíblia camuflou seu apoio a

Dilma Invocada - sobre a tal queixa que eu fiz a João Roberto Marinho

Quero esclarecer: 
Não fiz queixa nenhuma, a João Roberto Marinho ou qualquer outro responsável pelo conteúdo editorial da Globo ou outra empresa de comunicação.
Que cada um se responsabilize pelo que publicar. 
Tenho responsabilidade é com a publicidade, propaganda e marketing do meu governo.
Se, reeleita, vou economizar bastante nessa rubrica. 

A imprensa e o judiciário poderiam ajudar a combater a corrupção, se não fosse parte dela

Do Observatório da Imprensa, por Luciano Martins Costa

Os limites da indignação da imprensa
 
A crise suscitada no interior do governo federal pelas denúncias envolvendo o deputado André Vargas (PT-PR) tem como epicentro o doleiro chamado Alberto Youssef. Trata-se de personagem esquivo dos bastidores do poder, atuante em variadas instâncias, com aparições fantasmagóricas aqui e ali, sempre em papel de coadjuvante, mas definidor da trama. Por alguma razão, as investigações sobre suas atividades nunca chegaram a um ponto conclusivo.
 
No presente episódio, Youssef aparece novamente como suspeito de ser o nó central de transações obscuras envolvendo políticos. Mas pode-se apostar que, seja qual for o desfecho do caso que envolve o deputado Vargas, o doleiro seguirá agindo nas sombras do sistema, com mais um processo nas costas e disposto a inventar novas maneiras de continuar prestando seus serviços.
 
Nem a imprensa, nem os partidos políticos parecem ter interesse em aprofundar as investigações que agora apontam para o deputado André Vargas, porque mexer com Youssef é revirar um lixo que ninguém quer ver exposto.
 
Um inquérito destinado a documentar a movimentação financeira de Alberto Youssef desde os anos 1990 poderia trazer a público evidências de que a lavagem de dinheiro é prática que extrapola os quadrantes de Brasília, alcançando não apenas o mundo político, mas também empresários, executivos, jogadores de futebol, artistas, chefes de igrejas e até mesmo organizações jornalísticas e celebridades da televisão. Antes dele, o mesmo esquema foi tocado por outros protagonistas, hoje inativos ou mortos, e a pista vai se diluir na obscuridade dos tempos.
 
O noticiário indica que a renúncia do deputado André Vargas parece ser a melhor solução para todos, inclusive a imprensa. Entre acusados e acusadores que frequentam as páginas dos jornais, há um limite claro para o escândalo: a participação do doleiro no chamado caso Banestado.
 
No entanto, o leitor ou a leitora atenta dificilmente vai ter o privilégio de ler uma reportagem que apanhe essa ponta e destrinche o novelo. Simplesmente porque, em algum momento, o acusador poderá se ver sentado no banco dos réus. Por isso, até mesmo a indignação manifestada por uns e outros na imprensa é relativa.
 
As confrarias do poder
 
Um repórter suficientemente obstinado, com tempo e recursos, poderia limpar essa trilha, destrinchando os empreendimentos tocados por Youssef em variados setores, por onde, segundo tem sido divulgado nos últimos anos, trafegaram muitos milhões de reais, transacionados no sistema de financiamento de campanhas eleitorais ou simplesmente levados para abrigos seguros em contas no exterior.
 
Youssef tem todas as características de ser um homem profundamente honesto no campo restrito das ações delinquenciais que lhe são atribuídas: sempre absorveu os golpes, sem nunca apontar o dedo para seus sócios. Por isso, caro leitor, cara leitora, leia com espírito aberto tudo que sai nos jornais por estes dias sobre o escândalo da hora.
 
O deputado André Vargas vai fazer um enorme favor ao governo federal, ao Partido dos Trabalhadores, à oposição e à própria imprensa se aceitar a oferta de renunciar ao mandato. O noticiário das edições de quarta-feira (9/4) indica que nem mesmo a acirrada disputa pelo poder central é capaz de quebrar aquilo que define a teleologia da política, ou seja, a finalidade, o propósito, da política, que é manter a própria política.
 
Há, evidentemente, o risco de a Polícia Federal insistir em levar às últimas consequências essa investigação, quebrando o pacto silencioso que une acusadores e acusados e determina o ponto até onde os atores da contenda sabem que podem conduzir um escândalo sem matar a galinha dos ovos de ouro. Mas essa hipótese só tem valor se a imprensa estiver disponível para manter o assunto nas primeiras páginas, ou se estiver disposta a dedicar a ele o horário nobre dos telejornais.
 
Portanto, estamos assistindo a um episódio emblemático na história de um país que conseguiu superar a ditadura mas não foi capaz de construir sobre ela um sistema que fosse ao mesmo tempo democrático, eficiente e provido de defesas contra a corrupção.
 
A imprensa poderia contribuir para romper esse círculo de confrarias, se não fosse parte delas.

Essa notícia você não assistiu no Bom dia Brasil

Pimenta na Veiga dos outros é colírio, de @AmoralNato 

Candidato do PSDB ao governo de Minas, o ex-ministro das Comunicações Pimenta da Veiga foi indiciado por lavagem de dinheiro.

Pimenta teria recebido R$ 300 mil das agências de Marcos Valério, operador do mensalão tucano. Segundo a PF, o dinheiro foi desviado no mensalão tucano, o esquema pelo qual o Ministério Público Federal apontou desvio de verbas públicas do estado de Minas para abastecer a campanha de reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), em 98.

O caso

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Faça como Eduardo Campos, "contrate" robôs para retwittar-lo - ele contratou mais de 2000 -, coisas da nova política.
O problema é que você talvez não tenha bufunfa para isso. 
Verdinhas e reais à vontade tem a oposição. 
Blablarina Silva, tem até fada madrinha - herdeira do Itaú - por que será?...

Olhar Digital - Google tenta atrair órfãos do XP com descontos em Chromebooks


Com o fim do suporte oficial ao Windows XP, muitas empresas se viram obrigadas a fazer a migração para uma outra plataforma. A escolha mais óbvia é o Windows 7, mas no que depender do Google, a Microsoft pode ter problemas, já que a empresa está tentando atrair os clientes corporativos órfãos do XP para os Chromebooks.

Em seu blog, a empresa lembra com carinho das novidades do XP, mas diz que “é hora de uma mudança real”. Em seguida vem a jogada: a empresa oferece um desconto de US$ 100 para cada dispositivo comprado do pacote “Chromebooks for Business”.

Para quem ainda não conhece os Chromebooks, são laptops muito básicos que rodam o sistema operacional Chrome OS, criado pelo próprio Google. Ele traz para o centro do sistema o navegador Google Chrome e confia muito no armazenamento em nuvem, já que estes aparelhos quase não tem espaço em disco físico.

Os pilares do Chrome OS são os Web Apps do Google, principalmente o Google Drive, que concorre diretamente com o Office da Microsoft. A empresa inclusive faz questão de ressaltar que as ferramentas também funcionam offline, contrariando uma crença comum de que seu sistema operacional não funciona sem internet.

Resta saber se os Chromebooks têm apelo para este público. Principalmente considerando que o Windows XP foi criado em uma época onde o conceito de “nuvem” ainda era muito distante. Em 2001, arquivos eram guardados em um computador e, no máximo, tinham um backup em CDs ou DVDs. O salto pode ser grande demais para algumas empresas.

Mesmo assim, o Google tenta atrair com mais alternativas. A empresa oferece um desconto de US$ 200 nos Chromebooks for Business para quem comprá-los com o VMWare Desktop as a Service, que permitirá emular o Windows caso o sistema da Microsoft ainda seja necessário. Além disso, os clientes ganham 25% de desconto no Citrix XenApp Platinum, serviço de virtualização de aplicações.

Porcalismo golpista

A atuação entusiasmada das famílias midiáticas - Marinho, Frias, Mesquita, Civita - e seus capachos pena-paga no terrorismo contra a presidente Dilma Roussef, Lula e o PT, não impedirá que o povo reeleja a presidente - quiça no primeiro turno -.

PSDB na presidência?... 
Nunca mais!