Resolução em defesa da Petrobras

A Comissão Executiva Nacional reafirma a posição histórica do PT em defesa da Petrobrás, que neste momento está sendo atacada pelos mesmos que, no passado, chegaram a mudar seu nome para Petrobrax e tentaram privatizá-la.
A ofensiva da oposição, que se voltou contra o sistema de partilha e contra o pré- sal, tem um único objetivo: fazer prevalecer interesses privados numa empresa que é, acima de tudo, patrimônio do povo brasileiro.
O PT assume a defesa incondicional da Petrobrás e adverte: 
Quem agride a Petrobrás, agride o Brasil
São Paulo, 10 de abril de 2014.
Comissão Executiva Nacional

Reflexões

Sobre liberdade, perigo e medo

Já faz quase 8 meses que comecei minha travessia. Eu era um consultor de tecnologia, atendendo principalmente grandes empresas e governo. O trabalho não era ruim, a empresa era boa e me fornecia benefícios que não encontramos normalmente por aí. Só que faltava algo, um motivo, produzir dentro do que acredito. Assim, pedi para sair do universo corporativo e decidi enfrentar uma longa jornada, buscando realizar coisas que façam sentido para mim e tenham potencial de favorecer o mundo.
Não sei ao certo como será o resultado de tudo isso, mas sei de uma coisa: a transformação que sofri ao longo do processo valeu por muitos anos de experiência.
O caminho não está sendo simples e não vou mentir: todos os dias representam um novo desafio, um bloqueio a ser vencido. Para quem não leu, este texto é uma continuação prática do texto que escrevi quando pedi demissão para buscar meu próprio caminho.
Antes de começar minhas reflexões, é importante deixar bem claro que, sim, eu li o texto que afirma: “O mantra de fazer o que ama é ruim para o trabalho”, inclusive, traduzido aqui no PdH.
Acho esse discurso sobre o tema bem bonito, uma clara demonstração de como tudo pode ser racionalizado para nos convencer que estamos bem em nossa bolha e não precisamos ficar chateados por passar 8 horas por dia fazendo algo que não nos representa nada. No meu caso, porém, não quero mais fazer parte disso. Não me leve a mal.
Aos que certamente vão comentar, como no primeiro texto, sobre o quanto é irreal esse tipo de atitude, cito o meu atual autor favorito, Nassim Nicholas Taleb, em seu livro Antifragile. Esse trecho me gera bastante identificação, por isso, faço questão de destacar:

A diferença de tratamento entre um tucano e um petista

Artigo de Paulo Moreira Leite publicado na IstoÉ

Mais um exemplo gritante que o Judiciário é o mais corrupto dos poderes. E só condena, mesmo sem provas, ps: "pobres, pretos, putas e petistas"!

Poderosos, o Judiciário Protege! 

1 PIMENTA DA VEIGA = 6 JOÃO PAULO CUNHA
Tratamento desigual para ex-ministro tucano e ex-deputado petista é mais escandaloso do que se imagina

Onze anos depois de receber R$ 300 000 de Marcos Valério, o tucano Pimenta da Veiga, candidato ao governo de Minas Gerais, foi chamado pela Polícia Federal para explicar-se.

Ex-ministro das Comunicações no governo de Fernando Henrique Cardoso, Pimenta recebeu uma quanta seis vezes maior do que os R$ 50 000 que a mulher do deputado João Paulo Cunha foi buscar no Banco Rural.

A quantia recebida por João Paulo foi considerada uma prova de que ele  havia sido corrompido pelo esquema,  elemento  essencial para demonstrar sua culpa num caso em que foi condenado, inicialmente, a 9 anos e quatro meses de prisão.

Mas o ex-deputado recorreu de uma das condenações, aquela tese absurda de que a própria mulher fora usada para lavar dinheiro – a denuncia da AP 470 foi bastante criativa, nós sabemos

Até que ponto chega à obsessão de uma pessoa sobre a outra


A perseguição que vem sofrendo José Dirceu, por Joaquim Barbosa e seus aliados tornou-se pública e disso ninguém tem mais dúvida. O ex-ministro José Dirceu completou na quarta-feira (09), 145 dias às espera do regime semiaberto a que tem direito desde à primeira hora que se entregou às autoridades na Polícia Federal (PF) em São Paulo, no dia 15 de novembro.
E até agora nada. Ele também espera  a liberação para que seja concedida o direito dele trabalhar, mas o juiz Bruno Ribeiro da Vara de Execuções Penais do Distrito Federal ainda expediu e cometeu mais uma arbitrariedade; pediu uma quebra indiscriminada de sigilos telefônicos, que atinge até o Palácio do Planalto.
O que ele pretende com isso?

Crônica semanal de Luis Fernando Veríssimo

Arrependimento
Ironia climática: em meio a uma das maiores estiagens da nossa História, estreia no Brasil o filme “Noé”, sobre o Dilúvio.

Noé, filho de Lameque, é uma das figuras mais controvertidas da Bíblia. Na verdade, a Bíblia mal começa e já nos apresenta seus dois personagens mais intrigantes, Caim e Noé.
É evidente, pelo que se lê em Gênesis, que Deus tinha outros planos para Caim, não o de ser o primeiro vilão e o primeiro desterrado do mundo, mas um dos fundadores da aventura humana sobre a Terra.
Deus amaldiçoa Caim com uma marca que o identifica como assassino do seu irmão, mas também o protege dos vingadores de Abel (“Qualquer que matar a Caim”, avisa o Senhor, “sete vezes será castigado”) e permite que ele se case (até hoje nenhuma exegese da Bíblia conseguiu explicar de onde, de que criação paralela, saiu a mulher de Caim) e procrie, e construa uma cidade, a que dá o nome do seu primogênito Enoque, e inicie uma prole que incluirá Jabal, “pai dos que habitam em tendas e têm gado”, e Jubal, “pai de todos que tocam harpa e órgão”.
Nada mal para um fratricida: acabar como patriarca, construtor de cidades e precursor da pecuária e das artes. Abençoado por Deus, pode-se dizer, com a marca da maldade.



Se o Deus da Bíblia camuflou seu apoio a

Dilma Invocada - sobre a tal queixa que eu fiz a João Roberto Marinho

Quero esclarecer: 
Não fiz queixa nenhuma, a João Roberto Marinho ou qualquer outro responsável pelo conteúdo editorial da Globo ou outra empresa de comunicação.
Que cada um se responsabilize pelo que publicar. 
Tenho responsabilidade é com a publicidade, propaganda e marketing do meu governo.
Se, reeleita, vou economizar bastante nessa rubrica. 

A imprensa e o judiciário poderiam ajudar a combater a corrupção, se não fosse parte dela

Do Observatório da Imprensa, por Luciano Martins Costa

Os limites da indignação da imprensa
 
A crise suscitada no interior do governo federal pelas denúncias envolvendo o deputado André Vargas (PT-PR) tem como epicentro o doleiro chamado Alberto Youssef. Trata-se de personagem esquivo dos bastidores do poder, atuante em variadas instâncias, com aparições fantasmagóricas aqui e ali, sempre em papel de coadjuvante, mas definidor da trama. Por alguma razão, as investigações sobre suas atividades nunca chegaram a um ponto conclusivo.
 
No presente episódio, Youssef aparece novamente como suspeito de ser o nó central de transações obscuras envolvendo políticos. Mas pode-se apostar que, seja qual for o desfecho do caso que envolve o deputado Vargas, o doleiro seguirá agindo nas sombras do sistema, com mais um processo nas costas e disposto a inventar novas maneiras de continuar prestando seus serviços.
 
Nem a imprensa, nem os partidos políticos parecem ter interesse em aprofundar as investigações que agora apontam para o deputado André Vargas, porque mexer com Youssef é revirar um lixo que ninguém quer ver exposto.
 
Um inquérito destinado a documentar a movimentação financeira de Alberto Youssef desde os anos 1990 poderia trazer a público evidências de que a lavagem de dinheiro é prática que extrapola os quadrantes de Brasília, alcançando não apenas o mundo político, mas também empresários, executivos, jogadores de futebol, artistas, chefes de igrejas e até mesmo organizações jornalísticas e celebridades da televisão. Antes dele, o mesmo esquema foi tocado por outros protagonistas, hoje inativos ou mortos, e a pista vai se diluir na obscuridade dos tempos.
 
O noticiário indica que a renúncia do deputado André Vargas parece ser a melhor solução para todos, inclusive a imprensa. Entre acusados e acusadores que frequentam as páginas dos jornais, há um limite claro para o escândalo: a participação do doleiro no chamado caso Banestado.
 
No entanto, o leitor ou a leitora atenta dificilmente vai ter o privilégio de ler uma reportagem que apanhe essa ponta e destrinche o novelo. Simplesmente porque, em algum momento, o acusador poderá se ver sentado no banco dos réus. Por isso, até mesmo a indignação manifestada por uns e outros na imprensa é relativa.
 
As confrarias do poder
 
Um repórter suficientemente obstinado, com tempo e recursos, poderia limpar essa trilha, destrinchando os empreendimentos tocados por Youssef em variados setores, por onde, segundo tem sido divulgado nos últimos anos, trafegaram muitos milhões de reais, transacionados no sistema de financiamento de campanhas eleitorais ou simplesmente levados para abrigos seguros em contas no exterior.
 
Youssef tem todas as características de ser um homem profundamente honesto no campo restrito das ações delinquenciais que lhe são atribuídas: sempre absorveu os golpes, sem nunca apontar o dedo para seus sócios. Por isso, caro leitor, cara leitora, leia com espírito aberto tudo que sai nos jornais por estes dias sobre o escândalo da hora.
 
O deputado André Vargas vai fazer um enorme favor ao governo federal, ao Partido dos Trabalhadores, à oposição e à própria imprensa se aceitar a oferta de renunciar ao mandato. O noticiário das edições de quarta-feira (9/4) indica que nem mesmo a acirrada disputa pelo poder central é capaz de quebrar aquilo que define a teleologia da política, ou seja, a finalidade, o propósito, da política, que é manter a própria política.
 
Há, evidentemente, o risco de a Polícia Federal insistir em levar às últimas consequências essa investigação, quebrando o pacto silencioso que une acusadores e acusados e determina o ponto até onde os atores da contenda sabem que podem conduzir um escândalo sem matar a galinha dos ovos de ouro. Mas essa hipótese só tem valor se a imprensa estiver disponível para manter o assunto nas primeiras páginas, ou se estiver disposta a dedicar a ele o horário nobre dos telejornais.
 
Portanto, estamos assistindo a um episódio emblemático na história de um país que conseguiu superar a ditadura mas não foi capaz de construir sobre ela um sistema que fosse ao mesmo tempo democrático, eficiente e provido de defesas contra a corrupção.
 
A imprensa poderia contribuir para romper esse círculo de confrarias, se não fosse parte delas.