Alianças inorgânicas só reforçam a necessidade da reforma política

1. As manifestações de junho de 2013 colocaram em cima da mesa a necessidade da reforma política. Seguindo a tradição política brasileira, de que o tempo gera esquecimento, foram criadas comissões e apresentadas propostas que, no mínimo, exigiriam meses para tramitar. O plebiscito proposto cinicamente pelo ”Planalto” era uma delas.
    
2. A legislação de cláusula de barreira aprovada pelo Congresso no sentido de impedir a pulverização partidária foi bloqueada na justiça mais de 10 anos depois de aprovada, em nome da liberdade de organização. Uma decisão que parecia consensual e que teve passagem pelo Senado de impedir coligação nas eleições proporcionais ficou arquivada no corredor de acesso à Câmara.
    
3. A lógica de que o voto para eleger deputados pertence ao partido que os elegeu e com isso o acesso ao fundo partidário e tempo de TV, foi alterada no judiciário criando o conceito de portabilidade. Ou seja, cada deputado representa 1/513 da Câmara independente de ter tido uma votação pífia e ter sido arrastado pela legenda. As “bancadas” dos novos partidos legalizados são todas do “baixo clero”. O Congresso teve que legislar a respeito, corrigindo, mas a eficácia virá só após a atual eleição.
    
4. O debilitamento partidário e a individualização da representação parlamentar impulsionam os deputados a buscarem no processo eleitoral a melhor fórmula política para se reeleger independente de qual seja. Os partidos, para fortalecerem suas campanhas majoritárias (presidente, governadores), atraindo tempo de propaganda eleitoral, devem se submeter à lógica da reeleição dos deputados, seja por necessidade, seja por concordar.
    
5. O que aparece como oportunismo e inorganicidade político-eleitoral são, na verdade, efeitos de uma legislação eleitoral que estimula tais comportamentos ao gerar riscos eleitorais desproporcionais. Alguns reduzem esse risco com campanhas caríssimas. Outros com máquinas governamentais que, para isso, exigem a adesão prévia, pura e simples.
    
6. As críticas que surgem de todos os lados, a começar por aqueles que foram eleitos dois anos atrás por essa mesma lógica (e que se assustam quando avaliam quem serão seus adversários dois anos mais tarde), e sendo ornamentadas por analistas políticos, politólogos e jornalistas políticos com argumentos racionais abstratos, deveriam levar todos a uma reflexão.
    
7.  E só uma: é hora da Reforma Política. É hora de compromissos abertos dos candidatos a presidente, aos governos estaduais e dos líderes partidários, de colocar como primeiro momento da nova legislatura em fevereiro de 2015, a Reforma Político-Eleitoral.

by Cesar Maia

Amor online

Lu, era assim, lembra?...
Amor, quando você não vem... 
Meu coração não se contém. Chora de tristeza, Por estar nesta solidão intensa Procuro por você na rede... 
De um site a outro De uma janela a outra Cadê você? É hora... 
A hora marcada E nada! Você não vem? Minha respiração para. Pensar que você não vem...
O que será que tem? É o servidor novamente? Conexão falha... 
As luzes lá fora vão se ascendendo... 
Meu coração batendo... 
O luar chega devagar, sentindo que pode vagar, tranqüilo e sedutor... 
Faz-me lembrar suas palavras de amor. 
Os primeiro raios começam a se arriscar, Por sobre meus cabelos através da janela, a brilhar... 
É ele...
Chegou! Com um cumprimento de amor, trás todo o seu ardor e desejos incontidos, antes reprimidos. Agora num chat declarado. Nosso amor vai ficar grudado. Denso, como às vezes penso. Amor, to morrendo... 
De vontade de você!
Rosy Beltrão

Gilmar Mendes, um indecoroso acima da Lei

No dia em que caiu a casa de Demóstenes Torres, com a denúncia sobre suas ligações com Carlinhos Cachoeira, o Ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal) estava em seu apartamento, consolando o amigo. São relações antigas, pessoais.

Gilmar ignorou todas essas relações e não se declarou impedido para conceder uma liminar reintegrando Demóstenes ao Ministério Público de Goiás.

A alegação foi a da eternização do julgamento – a demora do CNMP (Conselho Nacional do Ministério Público) em julgar Demóstenes.

Com essa decisão, Gilmar não apenas atropelou princípios de impessoalidade no julgamento, como os próprios ensinamentos do IDP (Instituto Brasiliense de Direito Público), de sua propriedade.

No IDP se aprende o princípio da proporcionalidade. Por ele, o interesse da sociedade deve sempre prevalecer sobre o interesse das partes. Deve-se impedir abusos contra os réus, mas levando-se em conta a gravidade das acusações e, a partir dela, o chamado interesse público.

O caso Demóstenes é cristalino. Ele é alvo de denúncias gravíssimas, muitas dela devidamente comprovadas. Quando existem provas de tal naipe, há que se cuidar do prazo de julgamento, mas não sendo julgado de imediato não pode significar a retomada dos direitos. Trata-se de uma aberração jurídica, devolvendo as atribuições de procurador a alguém com tal volume de suspeitas.

Vingando a tese de Gilmar, qualquer advogado conseguiria a libertação dos réus meramente recorrendo a práticas procrastinatórias.

É hora de se saber se esse país têm contrapontos institucionais ou não, ou se, mesmo após a saída de Joaquim Barbosa, o STF continuará permitindo abusos dessa ordem.

Qual vai ser a atitude do CNMP ante essa arbitrariedade? E da Ordem dos Advogados do Brasil? E do próprio CNJ?

By  Luis Nassif

Boa noite

Ao longo das nossas vidas muitos castelos e sonhos irão ruir. E conviver com os destroços nunca será tarefa simples. Nos apegamos às ruínas como parte de nossas identidades. Para seguir em frente, precisamos nos reconciliar...
  • Reconciliar com o adulto que trabalha de segunda a sexta numa repartição pública quando o trato era ser músico, surfista ou veterinário; 
  • Aceitar o adulto que lhe deu somente um filho ao invés dos dois que haviam combinado; 
  • Perdoar o adulto que se embebeda num sábado à noite pra disfarçar a solidão quando jurou que ia ser livre e dono de seu próprio nariz;
  • Reconciliar com o adulto que se divorcia pela terceira vez quando o trato era ser feliz para sempre ao lado da mesma mulher; 
  • Aceitar o adulto que combinou fazer bodas de ouro com o amor de sua vida mas não chegou nem às de prata; 
  • Aceitar o adulto que sofre com a perda do filho quando o certo era não haver luto pelo caminho; 
  • Reconciliar com o adulto que envelhece dia após dia diante do espelho apesar da promessa de que seria jovem para sempre _ sem rugas, cabelos brancos ou dores pelo corpo.
Você se cobra demais, se exige demais, se envergonha demais. Suas expectativas estão nas mãos de uma criança, por vezes tirana, que vive dentro de você. Está na hora de renegociar os contratos, rever as promessas, afrouxar as exigências. O futuro ainda reserva boas surpresas mas perceber que o merecemos sem dividas é o melhor jeito de curtir a viagem, nos aceitando com todas as dificuldades, impossibilidades e limitações; nos enxergando mais humanos e menos heróis...

by Fábio Simões
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Patriotismo não é viralatice

A Aloysio o que é de Aloysio
confiançadataQue apurou também um tal “índice de orgulho de ser brasileiro”, uma coisa meio estranha que, vá lá, eu reproduzo aí ao lado,
Vamos admitir que o tucano tenha razão..
Falta, pelo mesmo raciocínio, afirmar que a exacerbação do “espírito de vira-latas” também, segundo esta lógica, fosse o responsável pelos resultados anteriores, negativos.
Porque não foi isso que andaram repetindo, a torto e a direito, com o “vai ter crise” e o “não vai ter Copa”?
Um paisinho de m…, governado por incompetentes, que não ia dar conta de fazer uma Copa, não ?
Uma nação “porquera”, onde o cenário de pleno emprego, num mundo assolado pela desocupação, não valia nada, porque eram“empreguinhos de dois salários mínimos”, não é, Aécio?
Um lugar de gente incapaz, vagabunda, diferenciada, que não pode pegar o metrô em Higienópolis e quer se aposentar com “só” 35 anos de trabalho.
Enfim, uma “racinha” que “vota com o estômago” e está mais interessada em que haja financiamento para a casa própria do que com o superávit primário.
E que não entende que gastar R$ 1,7 bi (R$ 2,26 em dinheiro de hoje)  em uma nova sede administrativa para o Governo de Minas é mais importante que subsidiar moradia para os pobres.
Aliás, gente interessada também naquele salários  que estão “muito altos”, segundo as contas do aspirante a Ministro da Fazenda de Aécio, Armínio Fraga.

Paulo Henrique Amorim - a raiva Santa

O olhar de Dirceu vale mais que mil palavras

Uma foto de Dirceu na portaria do prédio onde começou a trabalhar conta tudo.

Ele tem as cicatrizes do sofrimento.

Em tem também o olhar do desafio, da resposta, do combate.

Um mês de alimentação normal, um pouco de sol, e esse aspecto frágil vai embora.

Sobrevive o político militante, que tem uma causa: a dos pobres e oprimidos.

Joaquim Barbosa o atingiu, o enfraqueceu, mas vai embora em opróbrio.

Como herói dos que fizeram dele um instrumento político.

Queriam quebrar o PT e encarcerar o Lula.

Perderam nos dois rounds.

Barbosa tornou-se dispensável.

Barbosa é um homem oco, vazio.

Os adversários de Dirceu tem nome, sobrenome e endereço.

Não são como os de Barbosa, que ele não teve coragem de denunciar, na saída melancólica.

Dirceu tem dentro dele uma raiva santa: o acerto de contas.

Como um condenado injustamente.

José Dirceu ganhou.

Ele passa esse fim de semana em casa, com a filha de três anos, o ponto mais agudo de sua tristeza.

Mensagem da Vovó Briguilina

Paixão é sentimento que fica por pouco tempo.
Amor é sentimento que permanece a vida inteira!

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