Caro titio: aecioporto custa tanto quanto aeroporto comercial no Ceará

por Fernando Brito no Tijolaço

O “aecioporto” construído no município de Cláudio, junto à fazenda de Aécio Neves, custou, como está publicado, R$ 13,4 milhões, isso na data da licitação, em dezembro de 2008.
Como se viu, ele consiste quase que exclusivamente numa pista de 30 metros de largura com 1 km de extensão.
Não tem estação de passageiros, área de carga, apenas um “quadradão” asfaltado para o estacionamento de aeronaves e automóveis.
O valor, corrigido de janeiro de 2009 para maio de 2012, pelo IGP-M, equivale a R$ 17,9 milhões.
Fora o “milhãozinho” que o titio de Aécio achou pouco pelo terreno, sem contar a valorização da área não desapropriada.
No Ceará, um aeroporto comercial – o de Aracati – voltado para o turismo, com uma capacidade para atender Boeings 737 em até 1200 vôos por ano (o de Cláudio, segundo a Folha, recebe um avião pequeno por semana) custou R$ 19 milhões em obras civis, em valor de 2013.
Tem pista de 2200 metros de extensão (incluindo 400 m de área de escape), capaz de suportar aeronaves pesadas. Tem área de taxiamento e pátio de estacionamento de aeronaves de 13 mil metros quadrados, o que, sozinha, já equivale a quase metade da pista de Cláudio. Tem posto para bombeiros. Tem, sobretudo, uma estação de passageiros para atender o movimento turístico.
O custo total da obra, operada por parceria com a TAM, ficou em R$ 19 milhões, em valores de 2012.
Quem diz é a Globo, não eu.
Depois de exigências de equipamentos, o aeroporto de Aracati foi homologado pela ANAC e, além dos vôos turísticos ou regulares para aquele trecho do litoral cearense, vai receber as aeronaves para o Centro de Manutenção da TAM, ali ao lado.
Quem sabe algum jornal se interessa pelo assunto?
Se quiserem, procurem a Anac, que tem planilhas de custo padrão para aeroportos. É só pedir que eles dão.


#Aécioporto - choque de indigestão

por Ricardo Melo na Folha de São Paulo

Aécio Neves presenteou a família com um aeroporto; a conta, R$ 14 milhões, foi espetada no lombo do contribuinte

"Os equívocos em relação à Petrobras foram muitos. E taí. Hoje a empresa frequenta mais as páginas policiais [...] do que as páginas de economia." As palavras são do candidato tucano Aécio Neves em sabatina realizada na quarta (16), ao criticar o governo Dilma Rousseff.

Nada como um dia depois do outro. Graças ao repórter Lucas Ferraz, ficamos sabendo neste domingo (20) que, antes de deixar o cargo de governador, nosso impoluto Aécio presenteou a própria família com um aeroporto no interior de Minas Gerais, na cidade de Cláudio. Deu de presente é modo de dizer. A conta, R$ 14 milhões, foi espetada novamente no lombo do contribuinte. Tudo dinheiro público.

O Brasil conhece à exaustão obras e estradas construídas perto de propriedades de políticos, sempre sob o argumento de pretensos interesses rodoviários e sociais. Cinismo à parte, para não dar muito na vista, ao menos se permite a circulação de anônimos pelas rodovias.

No caso do aeroporto de Cláudio dispensaram-se maiores escrúpulos. "Choque de gestão" na veia. A pista é de uso praticamente privado da família Neves e seus apaniguados. Um diálogo esclarecedor: perguntado pelo repórter se alguém poderia usar o aeroporto, o chefe de gabinete da prefeitura local foi direto. "O aeroporto é do Estado, mas fica no terreno dele. É Múcio que tem a chave." O dele e o Múcio citados referem-se a Múcio Tolentino, tio-avô de Aécio e ex-prefeito do município. Pela reportagem, descobre-se ainda que Aécio é figura frequente no lugar --a cidade abriga um de seus refúgios favoritos.

Pego no escândalo, o candidato embaraçou-se todo. Alega que a área do aeródromo particular foi desapropriada. O que, vamos e venhamos, já é discutível: no mínimo não pega bem um governador indenizar sua própria família para uma obra de utilidade social mais do que duvidosa.

Mas a coisa só piora: o processo de desapropriação está em litígio, ou seja, a propriedade permanece sob controle do clã Neves & Cia. Talvez uma ou outra aeronave de conhecidos, ou algum Perrella da vida, tenha acesso à pista. Fora isso, ignoram-se benefícios econômicos gerados pela empreitada ao povo mineiro. Questionado pela reportagem sobre quantas vezes esteve no estacionamento aéreo familiar e o motivo pelo qual uma obra custeada com dinheiro público tem uso privado, Aécio não respondeu. Ou melhor: o silêncio equivale a uma resposta. E a campanha mal começou.

CHEIRO DE QUEIMADO NO AR

Um avião civil é fulminado a 10 mil metros de altura, matando centenas de inocentes. Israel volta a atacar Gaza sem piedade. No Iraque, os anos de intervenção americana resultaram na criação de um califado. Na ausência de lideranças convincentes, a primavera árabe desembocou no inverno de outra ditadura sanguinária no Egito. A direita avança na Europa.

Com a economia mundial em pandarecos, guerras são sempre uma válvula de escape para lubrificar a engrenagem do capital, fazer a máquina girar. A extensão dos conflitos é imprevisível, principalmente quando a ONU mostra-se cada vez mais uma entidade decorativa. Mas que há um odor muito forte de queimado no ar, isto há.


Rui Falcão: Aécio não distingue o público do privado

A notícia de que o governo de Minas Gerais construiu um aeroporto numa fazenda de um tio do Aécio Neves – candidato do PSDB à Presidência –, ao custo de R$ 14 milhões, repercutiu no cenário político. O comitê da campanha da presidenta Dilma Rousseff (PT) à reeleição estuda mover uma ação judicial por improbidade administrativa contra o presidenciável tucano.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão.O presidente nacional do PT, Rui Falcão. A questão virou alvo do Ministério Público de Minas Gerais. O promotor Eduardo Nepomuceno anunciou que irá analisar os fundamentos da desapropriação e por que parentes de Aécio controlam na prática o aeroporto, que deveria ser público. Eles teriam as chaves do espaço.

Leia mais:
Altamiro Borges: Folha bombardeia aeroporto de Aécio
Paulo Nogueira: O aeroporto de Aécio e o comportamento da mídia

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, afirmou que o senador tucano não distingue o ''público do privado". "Ele usou o governo de Minas Gerais como extensão de suas propriedades", afirmou.

Já o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, classificou a construção do aeroporto como um "escândalo" e um "absurdo". "Mostra a hipocrisia do PSDB e do Aécio que a qualquer evento gritam CPI e apontam dedo. Agora, fazem um negócio desses."

O deputado estadual Rogério Corrêa (PT) também disse que começará a colher assinaturas nesta semana para abertura de uma CPI no Estado sobre o governo Aécio.

Governo de Minas Gerais construiu aeroporto em terra de tio de Aécio Neves

O governo de Minas Gerais construiu, em 2010, um aeroporto dentro de uma fazenda de um parente do senador e candidato à Presidência Aécio Neves (PSDB), na cidade de Cláudio. A obra, que custou R$ 14 milhões, foi feita no fim do segundo mandato do tucano como governador do estado. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, o aeroporto é administrado por familiares de Aécio. A família de Múcio Guimarães Tolentino, 88 anos, que é tio-avô do tucano e ex-prefeito do município de Cláudio, guarda as chaves do portão do local.

Orçado em R$ 13,5 milhões, o aeroporto foi feito pela construtora Vilasa, responsável por outros aeroportos incluídos no programa mineiro. O custo final da obra, somados aditivos feitos ao contrato original, foi de R$ 13,9 milhões, segundo a Folha de S. Paulo.

O jornal afirma que, para pousar no aeroporto, é preciso pedir autorização aos filhos de Múcio. Segundo um deles, Fernando Tolentino, a pista recebe pelo menos um voo por semana, e seu primo Aécio Neves usa o aeroporto sempre que visita a cidade. Múcio é irmão da avó de Aécio, Risoleta Tolentino Neves, que foi casada por 47 anos com Tancredo Neves.

Segundo a publicação, a pista do aeroporto tem um quilômetro e pode receber aeronaves de pequeno e médio porte, com até 50 passageiros. Sem funcionários, o local é considerado irregular pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que afirmou que ainda não recebeu do governo estadual todos os documentos necessários para a homologação do aeroporto.

A obra foi executada pelo Departamento de Obras Públicas do Estado (Deop) e faz parte de um programa lançado por Aécio para aumentar o número de aeroportos de pequeno e médio portes em Minas.

Segundo o jornal, o governo do estado desapropriou a área de Múcio Tolentino antes da licitação do aeroporto e até hoje eles discutem na Justiça a indenização. O estado fez um depósito judicial de mais de R$ 1 milhão pelo terreno, mas o tio de Aécio contesta o valor.

De acordo com a Folha, antes de o aeroporto ser construído, havia no local uma pista de pouso mais simples, de terra, construída em 1983, quando Tancredo Neves era governador de Minas Gerais e Múcio era prefeito de Cláudio, terra natal de Risoleta.

Ao jornal, Aécio afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que a construção do aeroporto seguiu critérios técnicos, e que o governo de Minas Gerais não levou em consideração o fato de o proprietário do terreno ter parentesco com ele.

Contudo, segundo a Folha, Aécio não respondeu quantas vezes usou o aeroporto, e o motivo pelo qual o local, construído com dinheiro público, tem uso privado.

Fonte: Jornal do Brasil
Com Brasil 247



Wenden: Esquizofrênio, sim!

É um caso único: mídia aecista comemora há três dias a margem de erro do DataFolha.

A conta parece simples. Num segundo turno, Dilma teria 44 e Aécio 40% dos votos (logo ele que não passa dos 20%...). Parece pouco, mas, para votos válidos, isto significa algo em torno de 52,5 a 47,5%.

Mas era preciso apostar no erro. E o Datafolha apostou num erro bem específico, diria um erro preciso: Dilma poderia também estar´abaixo, com 42%, e Aécio, acima, com o mesmo percentual. O curioso é que qualquer outra das dezenas de combinações precisavam ser descartadas (46 a 38, por exemplo).

Não só isso. Para que a tão sonhada margem de erro aconteça é fundamental que nenhuma ou quase nenhuma outra margem de erro se dê no primeiro turno. Por exemplo: se qualquer dos nanicos - a que se atribui 1% - não pontuar, Dilma crava.

Se, também, a candidata à reeleição tiver, na margem de erro, um pontinho a mais, ela vence. Portanto, não é qualquer margem de erro que salvaria Aécio. Mas uma específica, bem definida, diria, cirúrgica, ou quem sabe a margem de erro certa...

E não venham me falar de curva de tendência. Uma simples inversão na margem de erro no primiero turno e a tendência muda...

Esquizofrênico, não?



Nossa oposição não é mais descarada porque é um Aécio só

Abaixo a manchete do O Globo e o desmentido do mineroca.
Nossa oposição é uma comerdia rsss.
Divirtam-se com a semvergonhice deles:

Aécio nega que durante seu governo(?) tenha liberado dinheiro para aeroporto da família

"Tudo feito com a mais absoluta transparência e correção. Aliás, como sempre faço".kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Esses tucanos ainda vão me matar de rir. Mas por favor, que ninguém invente de processa-los por isso. Sou petista. Porém, não filiado. Ano que vem posso até se filiar, se José Dirceu for candidato a presidente do partido.
Oraite?





Canalhice desse nível eu publico

Sei que receberei e-mails e mais e-mails me criticando por publicar uma porcaria dessa (texto abaixo). Me desculpem, mas o que é ruim eu publico. Não escondo o bom porque de jorna-lista nunca vem coisa boa.

Divirtam-se com a mulecagem do Simlat:

Quem disse indignado na semana passada: “A política está apodrecida no Brasil”?

E quem disse: “É preciso acabar com partidos laranjas, de aluguel, que utilizam seu tempo [de propaganda eleitoral no rádio e na TV] para fazer negócio"?

Por último, quem disse que deveriam “ser consideradas crime inafiançável doações de empresas privadas para partidos”?

Está de pé? Melhor sentar. Foi Lula quem disse. Acredite!

Estou de acordo: não é de hoje que Lula diz o contrário do que faz. Ou afirma algo que nega amanhã. Ou simplesmente reescreve fatos conhecidos.

Procede assim porque acha que a política é para ser feita assim. Aprendeu de tanto observar os costumes alheios quando era líder sindical ou político novato.

Aprendeu, também, depois de perder três eleições presidenciais seguidas.

Agora, chega! – concluiu em 1998 ao ser derrotado pela segunda vez por Fernando Henrique. Deve ser por isso que sempre o trata mal. Parece esquecido de que foi cabo eleitoral dele.

Adiante.

Lula mandou chamar à sua presença o presidente do PT, à época José Dirceu. E ordenou-lhe que jogasse as regras do jogo para elegê-lo. Não estava mais disposto a bancar o bobo.

A semente do escândalo do mensalão caiu em terra fértil quando Lula, na companhia de José Alencar, seu futuro vice, assistiu à compra por pouco mais de R$ 6 milhões do apoio do PL do então deputado Valdemar Costa Neto.

O negócio foi fechado em um apartamento de Brasília. Lula e Alencar ficaram no terraço. Dirceu, Delúbio Soares, tesoureiro do PT, e Valdemar, se trancaram num quarto.

O efeito devastador sobre o governo do escândalo do mensalão obrigou Lula a convocar uma cadeia nacional de rádio e de televisão para pedir desculpas aos brasileiros.
Uma vez terminado o julgamento do mensalão, disse que ele jamais existiu. E acusou o Supremo Tribunal Federal, cuja maioria dos ministros foi nomeada por ele, de ter se curvado à pressão da mídia.

Incoerência? Que nada. Esperteza!




Em 2005, Severino Cavalcanti (PP-PE), presidente da Câmara dos Deputados, renunciou ao cargo e ao mandato para escapar de ser cassado. Recebera um mensalinho pago pelo dono de um restaurante.

Lula saiu em defesa dele três anos depois. Afirmou que o respeitava muito. E culpou parte da “elite paulista” pela queda de Severino. Ainda não existia a “elite branca” capaz de vaiar Dilma.

A um amigo, em conversa recente, Lula referiu-se a Dilma como “aquela mulher”. Lamentou não ter combinado abertamente com ela que a substituiria já este ano como candidato a presidente.

Dilma conta a história de que consultou Lula sobre seu desejo de voltar ao poder. E diz que ele negou o desejo.

Antes de se lançar candidato do PSB à vaga de Dilma, Eduardo Campos ouviu de Lula que não disputaria a eleição.

O “Volta, Lula!” esfriou. O “Me acode, Lula!” só faz esquentar. Para tristeza de Dilma.

Ela imaginou que chegaria às vésperas da eleição deste ano menos dependente de Lula. Mas não. Em primeiro lugar, depende de Lula para se reeleger. Em segundo, do engenho e arte do seu marqueteiro.

O tempo de propaganda eleitoral de Dilma será três vezes maior que o de Aécio e cinco vezes maior que o de Eduardo. Por que?

Porque Lula costurou uma aliança de 10 partidos, a maioria de aluguel, que doou a Dilma seu tempo de propaganda em troca de dinheiro e de cargos no governo.

Se tudo der certo, Lula promete acabar com os meios reprováveis que teriam ajudado Dilma a se reeleger.

Você acredita?


Bessinha

"Desde que o Dêmonioste foi enxotado (renunciou)...Sou a bancada do dem.
A maioria do partido e o líder dessa "maioria".
Recebo um bom trocado por isso.
Eu mereço!!!"

Agripino Maia