Para de dourar a pílula Nassif, por Vera Lucia Venturini

A candidatura de Marina seria um avanço se ela acreditasse e defendesse o seu programa de governo.
Marina é uma fraude. 
Na questão social seu programa de governo está calcado no lema "se Dilma e o PT não fez eu vou fazer". 
Só que em alguns tópicos sua posição a faz perder votos então ela volta atrás. 
Quem dá mais votos, gays ou pastores evangélicos? 
É política do mais baixo estrato. 
Quem está criminalizando a política mas só é figura pública porque fez política? 
Quem está ao lado de sonegadores como Itaú e Natura, mas vem com aura de honestidade? 
Ela viajou no avião do Eduardo e nunca perguntou a quem pertencia? 
Quem é verde mas é a favor dos transgênicos? 
E o seu vice defensor dos ruralistas? 
Onde esta sua sensibilidade social se acena com o tripé econômico e entrega o Banco Central para a banca? E essa idiotice de unificar eleições e lançar candidatos avulsos?
E sua posição sobre a o pré sal e a Petrobrás. Qual é a proposta?
O governo deixa de investir na Petrobrás, a empresa não cumpre com o pagamento de suas dívidas e a empresa quebra e é privatizada na bandeja. Faz-se aqui no Brasil o que foi feito com as minas da Iugoslávia onde a Otan bombardeava as minas para que Alemanha e Estados Unidos comprasse as reservas do país na bandeja. Só que o autor do bombardeio aqui será a própria presidente.
É tão sério o perigo da candidatura Marina que nem em nome de uma isenção jornalística se deve incensa-la. 
Avanço seria uma candidatura de Luciana Genro que trata de assuntos como aborto, união homossexual e religião com honestidade e franqueza. Mas talvez Luciana não mereça destaque porque tem posição crítica sobre as elites financeiras que dominam o país. Ela sim trata o eleitor como adulto e não como um idiota que pode ser enganado como sempre se fez na velha política. E eu tenho certeza que Dilma, a candidata em quem eu vou votar, tem essa mesma posição só que não pode traze-la a público porque em cada eleição aparecem trastes políticos como Serra e Marina para contribuir para o atraso político e social deste país.



Briguilinks do dia

Modelo anacrônico

As pesquisas dominadas por poucos, os debates engessados e o programa gratuito mal formatado são um desserviço à democracia
por Marcos Coimbra na Carta Capital

Agora que estamos em clima de disputa eleitoral efetiva, o atraso institucional brasileiro em termos de comunicação política fica evidente. Enquanto caminhávamos para a repetição do confronto entre o PT e o PSDB, o problema era menos premente. A eleição transcorria sem despertar emoções na vasta maioria do eleitorado. Salvo os radicais dos dois lados, eram poucos os apaixonados.

Depois de o acaso (ou a “Providência Divina”, como gosta de dizer Marina Silva) tirar a vida de Eduardo Campos, o ambiente esquentou. Quem acompanha o movimento nas redes sociais constata um crescimento de quase 400% nas menções aos candidatos: Dilma Rousseff saltou de 75 mil postagens ao dia, em média, para 250 mil. Eduardo Campos/Marina, de 7 mil para 150 mil. Aécio Neves de 35 mil para 60 mil.

Desde o acidente, o interesse do eleitorado aumentou. A curiosidade dos eleitores a respeito dos resultados das pesquisas ficou maior. Há mais disposição de assistir aos debates na televisão. Apesar de ainda ser cedo para afirmar, há sinais de que neste ano a audiência dos programas no horário gratuito será elevada.

Isso torna óbvio o nosso atraso. No caso das pesquisas, por que não copiar as democracias maduras? Por que insistir em um padrão de debates televisados antigo e superado? Por que preservar uma velha legislação sobre a propaganda eleitoral na televisão e no rádio?

Nos países adiantados, o acesso às boas pesquisas eleitorais deixou há muito de ser, como aqui, privilégio de poucos. Lá, os interessados não são mantidos na ignorância, limitados a tentar adivinhar como estariam as intenções de voto a cada dia. Os repórteres não dão “furos” com os “vazamentos” de “pesquisas internas”. Não há lugar para as especulações dos espertos nas bolsas de valores, em razão do próximo levantamento.


No Brasil, o cidadão conhece fundamentalmente aquilo que um único grande contratador quer que ele saiba. É a Rede Globo, que diz como e quando (e por meio de que instituto) os eleitores serão informados a respeito das intenções de voto em âmbito nacional. Fora O Globo, jornal do grupo, seus outros “parceiros” na imprensa diária (Folha de S.Paulo e O Estado de S. Paulo) só sobrevivem neste mercado porque ela consente (mesmo se defendem, provincianamente, como no caso da Folha, institutos próprios).

Além do problema inerente a toda situação de monopólio, há outro, decorrente do modo como atua a Rede Globo, de insistir em submeter as eleições ao modelo de espetacularização que é sua marca registrada. Como faz com tudo, inventa a “pesquisa espetacular”, anunciada e divulgada, com seu costumeiro estardalhaço, como se fosse a verdade revelada.

Já passa da hora de termos mais pesquisas disponíveis para todos, feitas por diferentes entidades, de institutos privados a centros acadêmicos. E de acontecer no Brasil o que é trivial no resto do mundo: pesquisas atualizadas e divulgadas diariamente, que permitem a qualquer interessado conhecer o que os poderosos sabem. Com elas, acaba a “pesquisa espetacular”, desaparecem as especulações e se democratiza a informação.

É também muito ruim o atual padrão de debates entre candidatos na tevê. Confinados ao fim da noite, engessados por regras esdrúxulas, congestionados por candidaturas inexpressivas, são repetidos em cada emissora, pois todas exigem o “seu”. São tantos que nenhum se torna relevante. Até a antevéspera da eleição, quando a Rede Globo faz seu “debate espetacular” (antecedido pela pantomima das “entrevistas espetaculares” com os candidatos).

Nada mais deseducativo que encorajar a decisão tardia, sugerindo ao eleitor retardar a escolha para o último dia. E nada mais autoritário do que constranger os candidatos a comparecer ao “debate da Globo”, sob pena de retaliações no jornalismo da rede na reta final da eleição.


E o horário eleitoral? Alguém considera uma boa a fórmula de os candidatos a presidente se apresentarem colados aos aspirantes a deputado? Isso aumenta ou diminui a audiência dos programas? A exposição de centenas de nomes, que eram e continuam a ser praticamente desconhecidos, amontoados em alguns segundos de visibilidade, facilita ou dificulta a opção pelas candidaturas que deveriam de fato estar na televisão?

Uma eleição como deverá ser a de outubro mereceria condições de comunicação menos despropositadas. Que seja a última tão anacrônica.


Acabou o veloriomício. Blablá mostra o que é: falsa tucana

O debate no SBT revelou uma Dilma mais segura, mais afirmativa.

E foi pra cima da Bláblárina.

Fez primeira pergunta: de onde a Blabla ia tirar dinheiro para realizar tantos programas que custam
R$ 140 bilhões.

Ainda mais que no extenso e sempre revisto programa dela há uma única e solitária linha referente ao pré-sal.

Da mesma forma, o candidato Arrocho Neves não se refere ao pré-sal.

Agora, como com os gays, a Blabla recua.

E diz que vai fazer do pré-sal o que a Dima e o Lula já fizeram: destinar os royalties à Educação e à Saúde.

Dilma tem razão quando diz que Blablá e seus ideólogos satanizam o petróleo.

Dilma demonstrou que não há incompatibilidade entre explorar o pré-sal e produzir energia eólica.

Aliás, o Brasil se prepara para ser o segundo maior produtor de energia eólica do mundo.

Blablá rasgou a fantasia e mostrou o que é: clone de tucano, genérico de tucano, fã do Fernando Henrique !

Dilma lembrou que não existe “escolher os bons”: tem que ter lado !

E a Bláblá tem lado: a Direita.

Ela quer dar autonomia ao Banco Central da Neca Setúbal e remontar o tripé.

(Sobre os tucanos: Arrocho Neves tem agora a dimensão de um nanico. Luciana Genro e Eduardo Jorge são muito mais presidenciáveis do que ele.)

(Dilma chegou a nocautear Aécio num debate à parte sobre os investimentos federais em Minas …)

No pronunciamento final, Bla’blá retomou a tecla da não-politica – sendo ela a Nova Esperança, “a luz”, como diz o Caetano.

Ainda há tempo para desmontar a barraca do veloriomício.

Pouco a pouco, a Bláblárina se mostra sem consistência: quanto mais fundo se vai no pensamento dela, mais se encontra, inteiro, sólido, o neolibelismo tucano.

FHC já enterrou o Arrocho.

Vai enterrar a Bláblá !

A Dilma terá tempo de mostrar o que fez e o que fará.

Ao lado do Lula, com mais Lula e mais política.

Paulo Henrique Amorim


A Caixa Econômica Federal estima fechar o ano de 2014 registrando R$ 140 bilhões em operações de crédito imobiliário

A estimativa da instituição é que o crédito no setor deve registrar crescimento entre 10 e 20% este ano.
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Até agosto, a Caixa, que detém 70% do mercado imobiliário, concedeu em torno de R$ 80 bilhões em operações – R$ 23,7 bilhões correspondem ao programa de financiamento da casa própria, ou seja, 30% do total.
A expectativa do banco é de que até o fim do ano o volume de novas contratações ainda alcance mais R$ 12,5 bilhões por mês.
Para o próximo ano, o vice-presidente de Habitação da Caixa, José Urbano Duarte, acredita que o mercado continuará aquecido em todo o país, mantendo o mesmo ritmo de crescimento de 2014. Ele falou sobre o cenário da habitação no país durante evento do setor.
“2015 será um ano de crescimento. Não vai dobrar o volume de negócios em relação ao que se fez há três, quatro anos, pois estamos falando de um mercado muito mais robusto do que era. Hoje, o mercado já representa 9% do PIB e era de menos de 2% do PIB há cinco, seis anos. Vamos ter um crescimento sustentável, em números mais adequados”, acredita Urbano.
O vice-presidente de Habitação da Caixa disse que, além do crescimento do crédito para a construção civil, outros fatores contribuíram para o incremento do mercado brasileiro: a regulação, que tornou o custo para construir mais baixo, a exemplo do cadastro positivo; os parâmetros mais justos na comparação de preços; e a alienação fiduciária. “Os marcos regulatórios criaram um ambiente muito melhor para o mercado”, ressaltou.
A Caixa Econômica administra, atualmente, cinco milhões de unidades habitacionais e com tendência de crescimento. “Milhões de pessoas nos procuram todos os meses dizendo que querem comprar um imóvel”, disse.
Levantamento do banco mostra que o financiamento de imóveis é feito, em 56% dos casos, com recursos da caderneta de poupança e 44% por meio de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Mais de 96% deste crédito tem alienação fiduciária.



Luis Nassif: os riscos do jogo

Um governo deve ser analisado de acordo com a soma de virtudes e vícios, de possibilidades e de riscos.

Com todos os erros políticos e econômicos, com a insensibilidade para o aprofundamento democrático e a teimosia para se abrir para políticas participativas – da área social à econômica – o governo Dilma Rousseff tem diversas políticas plantadas, algumas em pleno andamento, outras prontas para florescer.

O programa de concessões avança. A política industrial do pré-sal começa a ficar clara, assim como ganhos substanciais nas políticas de compras públicas e de conteúdo nacional. Com a EPL (empresa de Planejamento e Logística) começa a tomar corpo uma política mais sólida de infraestrutura. As políticas sociais não sofreram interrupções. Avançou-se na educação e na saúde.

O Sistema Nacional de Inovação conseguiu amarrar projetos de mudança na educação básica, os enormes avanços do Pronatec, a abertura para o mundo, com a Ciência Sem Fronteira, o alinhamento com as necessidades empresariais, com a Embrapii e a política industrial do pré-sal, a diversificação de universidades casadas com o desenvolvimento regional.

Não é pouca coisa. Um levantamento minucioso da obra do governo Dilma vai revelar uma enorme lacuna apenas no Ministério da Justiça e os desacertos na área da Fazenda e do Tesouro.

Nos demais, em ritmos diferentes, houve a continuidade de políticas bem sucedidas e o lançamento de novos projetos relevantes.

Não significa que um segundo governo Dilma seja uma certeza. Ainda há muitas incógnitas no ar.

Até agora, não há nenhum sinal mais claro de que irá abrir mão do estilo autocrático. A condescendência com Ministros medíocres, a teimosia em manter um Ministério de segundo grau, a impermeabilidade a toda sorte de discussões, as confusões na área econômica, são vícios decorrentes do estilo personalista da presidente.

No entanto, sua correção depende de atitudes individuais da Presidente, não de grandes operações políticas, de gestos de rompimento etc.

Já parte econômica do plano de Marina demole qualquer veleidade de política industrial ativa, de mudança nesse modelo de atrelar toda a economia a uma política de juros civilizada ou mesmo a compromissos mínimos de proteção à produção e ao emprego nacional.

Ganhando as eleições, a Rede lança o país em uma incógnita. Perdendo, será dona da agenda de modernização democrática que ficou presa em algum escaninho burocrático de Brasília no dia em que o governo perdeu o sentimento das ruas.


Charge do dia