Aécio: "Darei o troco"
"Se tiver segundo turno eu darei o troco!"
Mais não foi perguntado.
Mais não retrucou.
Qual o melhor smartphone de até 600 reais?
TELA
A tela é a primeira impressão para quem usa um celular moderno. O L50 tem uma tela 4 polegadas com resolução de 800x480, enquanto o Moto E é equipado com um display 4,3 polegadas com 960 por 540 de resolução. Já o Lumia 530 conta com uma tela de 4 polegadas e resolução de 854 x 480. Por fim, o Xperia E1 também tem 4 polegadas com 800 x 480 pixels.
Os smartphones analisados são similares em termos de brilho e contraste, exibindo cores fiéis e pouco saturadas. Mas como temos que atribuir uma nota, o vencedor é o modelo da Motorola, que conta com a tela maior e melhor resolução. O segundo lugar fica com a LG, empatada com a Nokia. O equipamento da fabricante coreana responde de maneira correta a todas as instruções e toques. Já o celular fabricado pela Microsoft tem uma digitação digamos assim “macia”. A última posição é ocupada pela Sony.
DESIGN
Este é um tópico complicado para o Olhar Digital. A gente vem falando repetidamente que design é por muitas vezes uma questão de gosto pessoal. Mas existem características técnicas que podem decidir um review. Uma delas é o peso. O mais leve deles é o Sony, com 120 gramas, seguido pelo Nokia com 129 gramas. Empatados no peso estão LG e Motorola, com 140 gramas.
Os aparelhos analisados têm como características uma boa performance e desempenho para tarefas simples e corriqueiras. Primeiro vamos aos números. Os modelos da LG, Nokia e Sony tem 512 mega de memória RAM; o Motorola conta com 1 giga. A fabricante americana equipa o seu celular com um processador 1,2 GHz dual core Snapdragon S200, a mesmo chip da Qualcomm usado por Nokia e Sony. Já a LG tem o dual core 1,3GHz, fabricado pela asiática MediaTek.
Mas a pergunta que fica é: quem tira melhor proveito do conjunto de hardware e software? A resposta é inegavelmente é a Motorola - especialmente por contar com o dobro de memória RAM que seus concorrentes. Já a Nokia tem a vantagem de ter um sistema operacional mais leve. No duelo das fabricantes asiáticas, o páreo é duro. Mas a coreana LG leva vantagem sobre a japonesa Sony pelas pequenas adaptações ao sistema operacional.
SISTEMA OPERACIONAL
Falando de sistema operacional, é bom a gente esclarecer que esse também é um tópico muito questionável e por isso não vamos atribuir vencedores nesta fase do comparativo. Mas existem informações importantes que podem balizar o momento da compra.
Para começar, o desvio padrão nesse quesito é a Nokia, uma empresa agora incorporada a Microsoft e que usa o Windows Phone 8.1. As outras fabricantes abraçam o Android, software cujo desenvolvimento é liderado pelo Google. Mesmo assim, os modelos têm uma experiência de uso diferentes entre si.
A Motorola, por exemplo, usa a versão 4.4 Kit Kat de maneira pura, ou seja, sem nenhum programa a mais instalado no celular. Isso é um ponto extremamente positivo. Já a LG e Sony optam por recursos próprios, ou seja, programas que modificam a usabilidade do sistema. No caso da LG, a interface é esperta e rápida. Já no celular Sony, a experiência de uso é comprometida. Para usar este aparelho, o Olhar Digital recomenda você baixar no Google Play alternativas como o EverythingMe ou mesmo o Google Now Launcher.
Outro ponto positivo da Motorola é que o aparelho é vendido já com a perspectiva de uma atualização para a nova versão do Android, a ser lançada no início de novembro e que foi batizada de L. A mesma garantia não é encontrada nos modelos da LG, que também conta com a versão Kit Kat, e no da Sony, que estacionou na versão 4.3, chamada de Jelly Bean.
Sobre as diferenças entre sistema operacionais, também cabe falar que apesar do Windows Phone 8.1 ser uma alternativa interessante ao mundo de código aberto do Android, o software da Microsoft sofre com a falta de programas. Ao todo, são cerca de 150 mil aplicativos à disposição na plataforma, número inferior ao do Google, que tem cerca de 1 milhão de softwares para download.
CÂMERA
A LG, Motorola e Nokia contam com uma câmera de 5 megapixels, superior às especificações da Sony, que é equipada com um dispositivo de 3 megapixels. Mas neste tópico, a vantagem é da Nokia. A fabricante finlandesa é reconhecida mundialmente pela qualidade de suas lentes e sensores. As fotos tiradas com o equipamento são melhores tanto em ambientes com pouca luminosidade quanto em lugares saturados de luz do sol. O segundo lugar fica com LG e Motorola. A lanterna é do modelo da Sony.
ARMAZENAMENTO
Todos os smartphones contam com armazenamento de 4 giga para programas, documentos e mídias. Mas a vantagem novamente é do modelo da Nokia, que suporta um cartão de memória de até 128 gigas, o que é um número muito interessante e incomum. Outra vantagem da fabricante europeia é que o sistema Windows Phone consegue instalar qualquer tipo de aplicativo no cartão de memória. Os outros aparelhos empatam neste ponto, já que permitem o uso de um cartão de memória de até 32 gigas.
CONECTIVIDADE
Como já falamos no início desta análise, todos os modelos contam com o sistema dual chip, ou seja, permitem o uso de chips de duas operadoras. Essa é uma grande vantagem para quem quer economizar um dinheiro no fim do mês com os gastos em telefonia. Com exceção do Nokia, os outros aparelhos também contam com TV Digital, uma característica importante para o público brasileiro. Colocando foco somente neste ponto, a melhor usabilidade de televisão digital é encontrada nos aparelhos da Motorola e da LG. Por este motivo, estes smartphones dividem a primeira posição nesta fase do comparativo.
PREÇO
Este é um dos pontos mais importantes do comparativo: a quantidade de dinheiro no bolso pode definir o vencedor de qualquer análise. O Olhar Digital vai apenas colocar os preços de referência. O L50 tem preço sugerido de R$ 569. O Moto E tem valores ligeiramente maiores, de R$ 599. Já Lumia 530 é campeão neste ponto, com preço de R$ 399, seguido pelo Xperia, que custa R$ 499. Mas a dica para o consumidor é sempre pesquisar em lojas, sejam elas físicas ou virtuais. Com essa tática, você pode economizar bastante.
CONCLUSÃO
Cabe ao Olhar Digital fazer uma análise de custo-benefício, além de ponderar qual é o melhor conjunto entre os modelos analisados. Neste comparativo, claramente o modelo vitorioso é o da Motorola. Ele conta com mais memória RAM, um sistema limpo e rápido, uma boa câmera, além de ter suporte a TV digital.
Para o segundo lugar, o troféu é dividido. Se você precisa de uma opção barata, compre o Nokia. Ele conta com uma excelente câmera e um sistema operacional que está em crescimento no mercado brasileiro. Se você é mais tradicional e prefere um smartphone Android com um bom desempenho e TV digital, opte pela LG. O modelo da Sony também é uma opção interessante, mas comparando com as alternativas, ele não se destaca em nenhum ponto. E aí? Concorda com a gente? A discussão está aberta: acesse Olhar Digital.com.br e contribua para o debate. Consumidores mais conscientes são consumidores melhores. Sua participação é fundamental para essa evolução!
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Melancólico fim da revista “Veja”, de Mino a Barbosa
Uma das histórias mais tristes e patéticas da história da imprensa brasileira está sendo protagonizada neste momento pela revista semanal "Veja", carro-chefe da Editora Abril, que já foi uma das maiores publicações semanais do mundo.
Criada e comandada nos primeiros dos seus 47 anos de vida, pelo grande jornalista Mino Carta, hoje ela agoniza nas mãos de dois herdeiros de Victor Civita, que não são do ramo, e de um banqueiro incompetente, que vão acabar quebrando a "Veja" e a Editora Abril inteira do alto de sua onipotência, que é do tamanho de sua incompetência.
Para se ter uma ideia da política editorial que levou a esta derrocada, vou contar uma história que ouvi de Eduardo Campos, em 2012, quando ele foi convidado por Roberto Civita, então dono da Abril, para conhecer a editora.
Os dois nunca tinham se visto. Ao entrar no monumental gabinete de Civita no prédio idem da Marginal Pinheiros, Eduardo ficou perplexo com o que ouviu dele. "Você está vendo estas capas aqui? Esta é a única oposição de verdade que ainda existe ao PT no Brasil. O resto é bobagem. Só nós podemos acabar com esta gente e vamos até o fim".
É bem provável que a Abril acabe antes de se realizar a profecia de Roberto Civita. O certo é que a editora, que já foi a maior e mais importante do país, conseguiu produzir uma "Veja" muito pior e mais irresponsável depois da morte dele, o que parecia impossível.
A edição 2.393 da revista, que foi às bancas neste sábado, é uma prova do que estou dizendo. Sem coragem de dedicar a capa inteira à "bala de prata" que vinham preparando para acabar com a candidatura de Dilma Rousseff, a uma semana das eleições presidenciais, os herdeiros Civita, que não têm nome nem história próprios, e o banqueiro Barbosa, deram no alto apenas uma chamada: " EXCLUSIVO – O NÚCLEO ATÔMICO DA DELAÇÃO _ Paulo Roberto Costa diz à Polícia Federal que em 2010 a campanha de Dilma Rousseff pediu dinheiro ao esquema de corrupção da Petrobras". Parece coisa de boletim de grêmio estudantil.
O pedido teria sido feito pelo ex-ministro Antonio Palocci, um dos coordenadores da campanha da então candidata Dilma Rousseff, ao ex-diretor da Petrobras, para negociar uma ajuda de R$ 2 milhões junto a um doleiro que intermediaria negócios de empreiteiras fornecedoras da empresa.
A reportagem não informa se há provas deste pedido e se a verba foi ou não entregue à campanha de Dilma, mas isso não tem a menor importância para a revista, como se o ex-todo poderoso ministro de Lula e de Dilma precisasse de intermediários para pedir contribuições de grandes empresas. Faz tempo que o negócio da "Veja" não é informar, mas apenas jogar suspeitas contra os líderes e os governos do PT, os grandes inimigos da família.
E se os leitores quiserem saber a causa desta bronca, posso contar, porque fui testemunha: no início do primeiro governo Lula, o presidente resolveu redistribuir verbas de publicidade, antes apenas reservadas a meia dúzia de famílias da grande mídia, e a compra de livros didáticos comprados pelo governo federal para destinar a escolas públicas.
Ambas as medidas abalaram os cofres da Editora Abril, de tal forma que Roberto Civita saiu dos seus cuidados de grande homem da imprensa para pedir uma audiência ao presidente Lula. Por razões que desconheço, o presidente se recusava a recebe-lo.
Depois do dono da Abril percorrer os mais altos escalões do poder, em busca de ajuda, certa vez, quando era Secretário de Imprensa e Divulgação da Presidência da República, encontrei Roberto Civita e outros donos da mídia na ante-sala do gabinete de Lula, no terceiro andar do Palácio do Planalto."
"Agora vem até você me encher o saco por causa deste cara?", reagiu o presidente, quando lhe transmiti o pedido de Civita para um encontro, que acabou acontecendo, num jantar privado dos dois no Palácio da Alvorada, mesmo contra a vontade de Lula.
No dia seguinte, na reunião das nove, o presidente queria me matar, junto com os outros ministros que tinham lhe feito o mesmo pedido para conversar com Civita. "Pô, o cara ficou o tempo todo me falando que o Brasil estava melhorando. Quando perguntei pra ele porque a "Veja" sempre dizia exatamente o contrário, esculhambando com tudo, ele me falou: `Não sei, presidente, vou ver com os meninos da redação o que está acontecendo´. É muita cara de pau. Nunca mais me peçam pra falar com este cara".
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