Economia - Mesmo sem meta fiscal, Dilma anuncia equipe econômica amanhã

A presidente Dilma Rousseff oficializará amanhã quinta-feira (27) as indicações dos nomes de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda e de Nelson Barbosa para a pasta do Planejamento. Mesmo com o adiamento por parte do Congresso da votação das metas fiscais para 2015, o governo manteve o anúncio e coletiva com os dois indicados para a condução da economia no segundo mandato de Dilma.
Apesar de anunciados, os dois ministros não tomarão posse imediatamente. Eles só serão oficializados no cargo no dia 1º de janeiro, quando Dilma dará posse a todos os outros ministros. Até lá, os dois indicados trabalharão no Palácio do Planalto, em um chamado “gabinete de transição”.
Até o final do ano, Guido Mantega continuará respondendo pela Fazenda e economia e Miriam Belchior, cotada para assumir o Ministério de Minas e Energia, responde pela área do Planejamento.
A intenção de Dilma, de acordo com interlocutores, é também manter no cargo o presidente de Banco Central, Alexandre Tombini. Há a expectativa também de que na próxima semana ela já anuncie os nomes da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para a Agricultura e a transferência do atual ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, para a Secretaria-Geral da Presidência da República.

Polêmica: “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”, diz Thomas Piketty autor de O Capital no século 21

“A diminuição de desigualdade de renda depende de políticas de valorização do salário mínimo e de políticas inclusivas. A difusão de educação de qualidade é o mais importante mecanismo para diminuir a desigualdade de renda. É preciso também criar taxações progressivas de renda e fortalecer movimentos trabalhistas.”
São palavras do economista francês Thomas Piketty, em São Paulo. Ele está na cidade para promover o lançamento de seu polêmico livro “O Capital no século XXI”. Piketty participou na tarde desta quinta de um debate sobre a sua obra na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA-USP).
O título de seu livro remete ao clássico de Karl Marx. “Marx é possivelmente mais importante que Jesus”, disse ele na FEA.
“Se nenhuma medida for tomada, os países desenvolvidos tendem a ter uma concentração de riqueza semelhante à das oligarquias do século XIX”, afirmou Piketty.
Dessa maneira, segundo ele, a economia ficaria cada vez mais dominada por herdeiros abastados. Em um cenário extremo, seria o fim da meritocracia e da livre iniciativa.