Briguilinks

Um pequeno exemplo da Onestidade dos ditadores e Udenistas

Projeto Sete Quedas - Em 1964 o presidente Jango negociou com os russos a compra de turbinas para a hidreelétrica de Itaipu ao custo de 1, 3 bilhões de dólares. 

A UDN, a mídia e os militares o depusseram sob acusação de ser corrupto.

Pois bem, quando os militares tomaram o poder cancelaram a compra das turbinas aos russos. Preferiram comprar da Multinacional Siemens - a mesma envolvida nas roubalheiras dos tucanos no mêtro de São Paulo -, por a bagatela de 13 bilhões de dólares, apenas dez vezes mais caro.

Os ditadores e udenistas eram tão Onestos quanto são os tucanos hoje em dia. 

As famílias maviosas continuam as mesmas.

Corja!




Psdb, Aécio, Fhc, Moro e o golpismo udenista


  • Quão honesta é a luta contra a corrupção na Petrobrás? 
  • A investigação vale para todos, ou é apenas mais um capítulo da novela exibida pelos grandes grupos de mídia para criminalizar Lula, Dilma e o PT?

É uma investigação que tem parcialidades demais.

  • Delegados e procuradores declaradamente aecistas. Conforme registrou o jornal O Estado de São Paulo na matéria “Delegados da Lava Jato exaltam Aécio e atacam PT na rede”, ´publicada em 13/11/2014.
  • Um juiz cuja mulher é advogada da Shell. Conforme revelou o jornalista Paulo Nogueira, no seu site Diario do Centro do Mundo, em 06/12/2014.
  • Um delator que faz sua segunda delação premiada ao mesmo juiz e que pode receber mais de R$ 10 milhões ao final do processo. Conforme matéria nos portais Terra e Uol de 24/01/2014.
Delatores que não apresentam provas.

Empresários que são presos e coagidos a confessar, aquilo que se quer que se confesse, numa brutal violação do devido processo legal e do amplo estado de defesa.


  • É assim que se faz Justiça? 
  • Repetindo a República do Galeão, que em 1954 conduziu um julgamento arbitrário, parcial e fraudulento contra o presidente Getúlio Vargas levando-o ao suicídio?
É preciso discutir seriamente a corrupção no Brasil. Nenhum governo, nenhuma empresa estatal, nenhum ente público pode continuar refém de corruptos e corruptores. Mas o Brasil é guiado por uma elite apátrida, por oligopólios de mídia e por setores ultraconservadores do Judiciário. O objetivo destes segmentos não é a faxina moral no país. O que se quer de fato é que o país não mude. Assim como no romance “Leopardo”, de Guiseppe Tomasi di Lampedusa, Aécios, Fernando Henriques e Moros repetem o mantra de que única mudança permitida é aquela sugerida pelo príncipe de Falconeri: “tudo deve mudar para que tudo fique como está”.

  • O que temem estes setores mais atrasados do PSDB, do Judiciário e da mídia?
  • O sucesso do segundo mandato da presidenta Dilma?
  • O retorno do presidente Lula?
  • A incrível mobilidade social que nos últimos 12 anos retirou 40 milhões de brasileiros da miséria absoluta?
  • Ou há outros interesses explicados pela geopolítica?
Durante sua campanha à presidência dos Estados Unidos em 1992, James Carville, então assessor da campanha de Bill Clinton, criou a frase “É a economia, estúpido!”. O slogan, que adornava o Q.G. de campanha de Clinton, captou o espírito do tempo. Hoje, no Brasil, a frase poderia ser “É o petróleo, estúpido”. O Brasil tem hoje uma das maiores reservas de petróleo do mundo numa área não conflagrada, ou seja, sem risco de guerras, atentados, sabotagens.

A desestabilização do governo brasileiro ameaça fazer retornar no país as teses privatistas que prosperaram durante os oito anos de governo do presidente Fernando Henrique Cardoso.

O jornalista Hayle Gadelha, analisa na sua página (Blog do Gadelha) esta tentativa de volta ao passado proposta por FHC, e também com Aécio, que tramam golpe pelas mãos do presidente da Câmara Federal, Eduardo Cunha (PMDB-RJ):

“Fernando Henrique é esperto. Bem formado e informado, usa as palavras astutamente na busca de vender o seu pássaro, digo, o seu peixe. No artigo que publicou domingo, 'Inovar na política', tenta convencer que inovar significa retroceder ao passado tucano. Aponta suas penas em várias direções, na esperança de provar que os tucanos não voam para trás. E nesse afã acaba, com todo o respeito, cometendo algumas papagaiadas.

Diz que “na última década renasceu no Brasil a ilusão de que tudo seria feito e ‘salvo’ pelo Estado”. Quem afirmou algo assim?

Está cabendo ao Estado fazer o que é preciso fazer e que não era feito (ou não era bem feito) nem pelo Estado nem pelo não-Estado. Alguém tinha que fazer. E os governos dos últimos 12 anos fizeram o possível e o impossível para preencher lacunas deixadas. Conseguiram alguns sucessos importantes. 

  • Por exemplo, quando Fernando Henrique deixou o governo, o analfabetismo era 11,9% – em 2013 (os dados da última administração publicados pelo Globo no dia 1º são praticamente todos de 2013) tinha caído para 8,5%. 
  • A mortalidade infantil era de 26,04% – caiu para 15,02%. 
  • A população com acesso à rede de esgoto era 44% – subiu para 55,9%. 
  • A inflação estava em 12,53% – caiu para 6,38%. 
  • A taxa de desemprego, 9,1% – caiu para 6,5%. 
  • O PIB per capita era R$ 8.382,24 – subiu para R$ 24.065,00. 
  • O investimento estrangeiro direto era de US$ 16,6 bilhões – subiu para US$ 60 bilhões. 
  • O salário mínimo era de 200 reais– chegou ao final de 2014 a 724 reais (em 2015 já está em 788 reais). 
  • Isso sem falar do Minha Casa Minha Vida, que antes não existia nada similar. 
Você vai perguntar agora – e o crescimento econômico? Realmente o crescimento econômico sobre o PIB está longe do desejado – era de 2,7% em 2002 e a previsão para 2014 é de 0,14%. E houve outros problemas sérios. Corrupção e reação neoliberal muito forte (no Brasil e no mundo). Mas nada justifica bater asas rumo ao passado, a não ser a decisão pura e simples de aninhar-se na ideologia tucana”

Diz uma lenda dos índios norte-americanos que a águia, quando chega aos 40 anos, apresenta-se com o bico, unhas e asas muito desgastados. Então, ela recolhe-se ao alto de um montanha, e bate com os bicos na rocha até este cair. Em seguida nasce um novo bico e então ela arranca as unhas, esperando-as crescerem de novo. Com estes, arranca as penas das asas. Por fim, com todas essas partes renovadas, após 120 dias, ela vive ainda mais 30 anos, atingindo a longevidade de 70 anos.

O PSDB também é representado por uma ave, o tucano. Mas, ao contrário da águia, o caminho proposto ao partido por Fernando Henrique Cardoso e pelo ex-presidenciável Aécio Neves, não é um ritual que leve ao rejuvenescimento. O caminho golpista aproxima o PSDB da velha UDN, que sem votos para chegar ao poder tramou o golpe contra os presidentes Getúlio Vargas (1954) e João Melchior Goulart, o Jango em 1964. O tucano, ao invés de se transformar em águia, caminha para virar o corvo, aquele nesmo que em 1964 enterrou a democracia nas trevas por 21 anos.




Marcus Vinícius
- jornalista e economista, ex-presidente da Agência Goiana de Comunicação.

Judiciário

por IV Avatar do Rio da Meia Ponte

Salve-se quem puder, tomara que a "República da Polícia Federal" não termine por levar o próprio ministro da Justiça debaixo de vara para depor por ter sido citado na Lava Jato por algum delator que já sabe muito bem o que deve falar para ser libertado. Não duvido se Moro fizer isso, pois chegamos a uma situação inusitada, em que um juiz de primeira instância adquiriu jurisdicção nacional, muito mais que o próprio presidente do STF. Para que Moro mande prender qualquer cidadão nesse pais, inclusive a República, basta que algum delator apavorado com a prisão a cite como condição para se libertar do xilindró. Provas materiais não serão necessárias, basta a palavra do bandido, e mais: O delator não pode ser desmentido porque neste caso o delator deixa de ser delator, pois uma das condiçoes para que ele continue sendo delator é não mentir e por isso não pode ser desmentido por quem for citado por ele, eu heim....



O Santo e o pecador

Havia uma vez um derviche devoto que acreditava que sua tarefa era admoestar à aqueles que faziam coisas malvadas e oferecer-lhes pensamentos espirituais para que pudessem encontrar o caminho correto. O que este derviche não sabia era que um mestre não é aquele que diz aos outros que devem fazer as coisas atuando através de princípios fixos. Se o mestre não souber exatamente qual é a situação interna de cada estudante, ele pode obter o efeito contrário ao que deseja.
Um dia, este devoto encontrou um homem que jogava excessivamente e que não sabia como se curar deste mau hábito. O derviche se acomodou em frente à casa do jogador. Cada vez que via o homem encaminhar-se à casa de jogos, o dervixe colocava uma pedra para marcar cada pecado formando um pequeno monte que ia acumulando como recordação visível do mal.
Cada vez que o homem saía, se sentia culpado. Cada vez que regressava, via outra pedra sobre o monte. Cada vez que adicionava uma pedra ao monte, o devoto sentia nojo contra o jogador e prazer pessoal (do que ele dizia ser pelo bem de “Deus” por haver registrado um pecado).
Este processo durou vinte anos. Cada vez que o jogador via o devoto, se dizia si mesmo: “Quisera compreender o bem. Como trabalha este homem santo pela minha redenção. Quisera arrepender-me e, mais ainda, ser como ele, pois seguramente estará entre os eleitos quando chegar a hora final.”
Aconteceu que, por uma catástrofe natural, ambos morreram ao mesmo tempo. Um anjo veio pela alma do jogador e disse suavemente:
- Deverás vir comigo ao Paraíso.
- Mas como pode ser assim? - disse o jogador - Eu sou um pecador e devo ir ao inferno. Deves estar buscando ao devoto, que se sentava próximo da minha casa e tentou reformar-me durante duas décadas.
- O devoto? - disse o anjo - Não, êle está sendo levado às regiões profundas, pois tem que assar na fornalha.
- Que justiça é essa? - disse o jogador, esquecendo sua situação -. Deves ter confundido as instruções.
- Não, é assim - disse o anjo -. Agora te explicarei. O sucedido é como segue: o devoto se gratificou durante vinte anos com sentimentos de superioridade e de mérito. Agora chegou o momento de ajustar a balança. Na verdade, ele colocou essas pedras sobre o monte para êle mesmo, não para você.
- E o que me dizes do prêmio que eu ganhei?
- Tu receberás o teu porque cada vez que passavas por onde estava o derviche, primeiro pensavas no bem e, em segundo lugar, no derviche. E é o bem, não o homem, quem te está premiando por tua fidelidade.

Diogo Costa: Quem de fato massacrou a classe média?

- Virou senso comum, teleguiado pelos meios desinformativos, dizer que o Partido dos Trabalhadores "massacra" a classe média em Pindorama.
Um dos pontos levantados para defender a esdrúxula e estapafúrdia tese é a questão do Imposto de Renda. Mais uma vez é preciso derrocar o senso comum teleguiado e analisar o que de fato houve desde a implantação do Plano Real de Itamar Franco.
Vejamos:
Defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda (1995/2014)
1) Governo FHC-PSDB (1995 a 2002)
-Inflação acumulada: 100,6%;
-Correção acumulada da tabela do Imposto de Renda: 33,01%;
-Defasagem: 67,59%.

2) Governo Lula-PT (2003 a 2010)
-Inflação acumulada: 56,6%;
-Correção acumulada da tabela do Imposto de Renda: 41,67%;
-Defasagem: 14,93%.

3) Governo Dilma Rousseff-PT (2011 a 2014)¹
-Inflação acumulada: 27,0%;
-Correção acumulada da tabela do Imposto de Renda: 19,25%;
-Defasagem: 7,75%.

4) Governos Lula-Dilma-PT (2003 a 2014)
-Inflação acumulada: 99,0%;
-Correção acumulada da tabela do Imposto de Renda: 68,9%;
-Defasagem: 30,1%.

Cumpre destacar que até 1995 existiam 03 faixas de contribuição do Imposto de Renda. O governo FHC alterou e diminuiu o número de faixas, para apenas 02.
Em 2008 (passou a vigorar em 2009) o governo Lula duplicou o número de faixas, passando para as atuais 04 que temos até hoje. A alteração de 2008, sem dúvida alguma, aumentou a progressividade do imposto.
Apenas para citar um exemplo, basta dizer que quem recebe R$ 2.500,00 paga 7,5% a título de imposto de renda. Sem a alteração de 2008 essa pessoa pagaria hoje o dobro, ou seja, uma alíquota de 15%.
Constata-se, portanto, que de fato existe uma defasagem na correção da tabela do Imposto de Renda. Contudo, a maior defasagem desde a implementação do Plano Real, de longe, foi a que ocorreu no governo do PSDB.
Isto sem falar que o governo FHC, como vimos anteriormente, praticou uma política regressista ao eliminar as 03 faixas existentes em 1995 e ao adotar apenas 02.
O PT, ao contrário, melhorou significativamente a justiça tributária através do aumento na progressividade do imposto, em 2008, quando duplicou o número de faixas de contribuição (de 02 faixas para 04).
Para além do tema da defasagem, seria preciso insistir para que o governo Dilma criasse pelo menos mais 02 faixas, fechando um total de 06. Assim seria possível manter a justa consigna: quem tem mais, paga mais; quem tem menos, paga menos.
¹ Se mantiver a política de correção anual de 4,5% na tabela do Imposto de Renda, Dilma terminará os seus mandatos, em 2018, com uma correção acumulada de 42,21% (a maior de todo o Plano Real).

Zé Dirceu: Quais são as prioridades na atual conjuntura do país?

Vivemos um momento especial, de crise e oportunidade.  O PT, por exemplo, tem a oportunidade de se unificar e reunir, dentro e fora do Parlamento, uma frente de forças políticas e sociais em torno de um programa mínimo para os próximos dois anos, com o objetivo de aprovar reformas que viabilizem a retomada do crescimento, sem abandonar nosso objetivo maior de combater a pobreza e a desigualdade, de distribuir a renda.
Objetivo que depende, em primeiro lugar e para além de ajustes fiscais, de uma ampla e geral reforma tributária. É imperativo também fazer a reforma política, para por fim ao atual sistema eleitoral e ao financiamento exclusivo empresarial.
As duas reformas exigem maioria no Congresso Nacional que não temos. A maior parte dos parlamentares é contra a taxação  das grandes fortunas, das heranças e doações, da progressividade do Imposto de Renda, da taxação  dos lucros financeiros e extraordinários. No máximo, o Congresso que aí está pode aprovar uma reforma do ICMS – que será um avanço – e do PIS-Cofins.
A maioria dos parlamentares não quer mudar nada
A reforma política encontra os mesmos obstáculos. A maioria dos parlamentares não quer mudar nada, não aceita o fim das coligações proporcionais e a cláusula de barreira, nem o voto em lista. Muito menos o fim do financiamento empresarial. Quando muito apóia o distritão; nem sequer o voto distrital misto parece ter maioria. O atual sistema é o principal responsável pelos custos das campanhas e pelo peso, cada vez maior, do poder econômico na eleição dos parlamentares.
É necessário organizar uma frente parlamentar-popular, para além do PT, e criar um programa e uma mesa diretiva para um movimento de médio prazo. É preciso começar a preparar uma nova aliança política que, mesmo derrotada em suas propostas no Congresso Nacional, lance as sementes de um programa de frente para o futuro. Defender o mandato da presidenta Dilma e nosso legado é fundamental, mas não basta. É necessário preparar uma linha de resistência para avançar no futuro.
É fundamental que o PT e o campo popular saiam em defesa da Petrobras, vítima da maior e mais sórdida campanha enfrentada em sua história, que põe em risco o modelo de partilha e obrigatoriedade de 60% de conteúdo nacional na operação do pré-sal. O PT e os segmentos populares precisam se lançar na resistência contra as forças que querem aproveitar a crise da empresa para colocar fim ao regime de partilha e levá-la à privatização.
Risco da maioria da Câmara converter-se em novo Centrão conservador
O risco maior é que a nova maioria formada na Câmara dos Deputados, com a eleição do novo presidente da Casa, se consolide e dirija as reformas à semelhança do Centrão na Constituinte de 1988.
O debate público em todos os foros, inclusive pelas redes sociais, e dentro da esquerda, o diálogo com os movimentos sociais e com lideranças e personalidades, têm por objetivo criar uma força político-social para se contrapor à agenda e à ação da direita neoliberal. Esta se rearticula e, agora, ganha espaço nas decisões mais importantes sobre a política econômica, com implicações que colocam em risco nosso projeto de desenvolvimento nacional.
Ao lado da defesa das conquistas e programas sociais, também é preciso colocar na pauta temas como os juros, o papel da dívida interna e do sistema bancário e financeiro. Além da questão do monopólio da mídia e uma estratégia de desenvolvimento para essa nova fase que se abre no país.