Fernando Brito - tem muito bububu no bobobó da Globo

O tijolaço de Leonel Brizola publicado em 21 de Abril de 1994 diz muito sobre a indignação seletiva da família maviosa Marinho com o patrocínio do ditador da Guiné Equatorial à Beija-flor. Confiram:
“(…)A Rádio Eldorado do Rio (agora, transformada em CBN), empresa do Sistema Globo de Rádio, propriedade de Roberto Marinho, consta na lista como beneficiária, durante dois anos, todos os meses, de recebimento de dezenas de milhares de dólares de propina de Castor de Andrade. Nos anos de 90, 91 e 92, a cada mês, esses alegados registros da contravenção, demonstram que a rádio de Roberto Marinho recebia uma mesada do bicheiro, certamente como paga pela divulgação diária que a Rádio Globo faz dos resultados do bicho. Querem ligação maior do que essa, a do dono de uma rádio que funciona como central de divulgação do bicho? Agora compreendo por que, numa das raras entrevistas que dei à Rádio Globo, tiveram a ousadia de interromper o programa, sob os meus mais indignados protestos, para fornecer os resultados da extração dos contraventores. Aí está não uma simples menção a um nome, mas uma ligação concreta, por anos a fio, na qual correspondiam a serviços da rádio de Marinho, ao pagamento que vinha do bicho.
Vejam bem, não estamos mais falando dos espaços generosos que os bicheiros tinham na Globo, até mesmo para questionar, em rede nacional, decisões do Judiciário, como ocorreu com o próprio Castor. Não estamos falando da íntima amizade que liga o contraventor ao braço direito e principal executivo da Globo, Sr. Boni. Não estamos falando dos privilégios e intimidade que a Globo e os bicheiros concediam-se mutuamente nas negociações para a transmissão do Carnaval na Passarela, nem da sua associação para sabotar aquela obra do meu Governo. Estamos falando de um fato concreto, de um concessionário de um serviço público, que não recebeu um canal de rádio, que pertence a toda a população, para fazer negócios com a contravenção, num abuso inominável, que em qualquer país do mundo significaria, imediatamente, a cassação do privilégio que recebeu do Poder Público para informar, educar e entreter a comunidade e não para fazer a apologia da contravenção. E não se diga que o Sr. Marinho de nada sabia: o pagamento mensal durou, pelo menos, dois anos, e as transmissões do bicho eram diárias e só foram suspensas há poucos dias, depois que estourou esse escândalo. Era o comunicador da contravenção, o empresário-bicheiro, que transformou a sua rádio num poste de rua para afixação dos boletins do bicho. “
Então, os coleguinhas que estão embriagados com esse papel em que tolamente se colocam de virgens de bordel, dando lições de moral – logo onde! – sobre o Carnaval, cuidado. Em matéria de Carnaval, jogo do bicho, ditaduras e dinheiro, tem muito bububu no bobobó da Globo…

Dá-lhe Dilma

Tem de ser assim mesmo.

"Se em 1996 e 1997 tivessem investigado e tivessem naquele momento punido, nós não teríamos o caso desse funcionário que ficou quase 20 anos praticando atos de corrupção. A impunidade leva a água para o moinho da corrupção", Dilma Roussef



Freenxadex - a franquia do momento

Procurando uma maneira de ganhar dinheiro com segurança?
Então preste atenção na dica de hoje.
Sugiro que invista na Freenxadex, a franquia de maior sucesso no momento.
É um sistema muito, você não precisa saber muito, qualquer pessoa consegue. Eu capinei apenas 200m² em apenas 4 horinhas ganhei 50 reais! Na primeira capina você já recupera seu investimento. Uma boa enxada com cabo de madeira custa apenas R$39,50.
Depois é lucro, lucro e mais lucro! 
Além de ganhar dinheiro, você ganha um belo bronze e emagrece. Isso sem precisar de nenhuma dieta.
Com Frenxadex você ganha dinheiro, beleza e saúde. 
Invista já e conquiste sua indepêndencia financeira.


HSBC, UOL e Fernando Rodrigues sonegam

O banco foi cúmplice de bilhões em sonegação ao Estado brasileiro.
UOL e o jornalista (?) Fernando Rodrigues sonegam a lista com o nome de todos os correntistas com contas na Suiça.
Por que?...
Estão protegendo os petistas condenados no "Mensalão" e os ainda não condenados que tem muito dinheiro na lavanderia HSBC.
Minha única dúvida é:
Quem tem mais dinheiro nessas contas?

  • José Dirceu?
  • José Genoino?
  • Delúbio Soares?
  • João Paulo Cunha?
Isso é corrupção. 
Sonegar informação para proteger petistas.
Aff, assim não pode, assim não dá!


Coluna do Veríssimo

no O Globo
O contexto maior, por Luis Fernando Veríssimo
Mais do que em qualquer outro confronto, na luta pela Petrobras, e por tudo que ela simboliza além da exploração de uma riqueza, se definem os lados com nitidez
Recomenda-se a desiludidos com a atualidade em geral e com o PT em particular a procurar refugio no contexto maior. O contexto maior não absolve, exatamente, o contexto imediato, a triste realidade de revelações e escândalos de todos os dias, mas consola. Nossa inspiração deve ser o historiador francês Fernand Braudel, que — principalmente no seu monumental estudo sobre as civilizações do Mediterraneo — ensinou que, para se entender a Historia, é preciso concentrar-se no que ele chamava de la longue durée, que é outro nome para o contexto maior. Braudel partia do particular e do individual para o social e daí para o nacional e o generacional, se é que existe a palavra, e na sua história da região, o indivíduo e seu cotidiano eram reduzidos a “poeira” (palavra dele também, que incluía até papas e reis) em contraste com a longue durée, o longo prazo da história verdadeira. Assim na sua obra se encontram as minúcias da vida diária nos países do Mediterrâneo mas compreendidas sub specie aeternitatis, do ponto de vista da eternidade, que é o contexto maior pedante.
Do ponto de vista da eternidade nada do que está sendo revelado, em capítulos diários, sobre o propinato na Petrobras e os partidos políticos que beneficiou deixa de ser grave, mas é impossível não ver o cerco à estatal do petróleo no contexto maior da velha guerra pelo seu controle, que já dura quase 70 anos, desde que a Petrobras venceu a primeira batalha, a que lhe permitiu simplesmente existir, quando diziam que nunca se encontraria petróleo no Brasil. Mais do que em qualquer outra frente de confronto entre conservadores e progressistas e direita e esquerda no Brasil, na luta pela Petrobras, e por tudo que ela simboliza além da exploração de uma riqueza nacional, se definem os lados com nitidez. A punição dos responsáveis pelos desvios que enfraqueceram a estatal deve ser exemplar e todos os partidos beneficiados que se expliquem como puderem, mas que se pense sempre no contexto maior, no qual a sobrevivência da estatal como estatal, purgada pelo escândalo, é vital.
Fernand Braudel viveu e lecionou no Brasil. Não conheço nenhum texto dele sobre sua experiência brasileira. Seria interessante saber como ele descreveria, ou preveria, hoje, a longue durée da nossa História. O que significaria, na sua avaliação, o longo dia no poder do PT? O contexto maior tudo perdoaria ou tudo justificaria? Enfim, o contexto maior de todos é o Universo, que, no fim, engole todos os significados. O que também não é um consolo.



Zé Dirceu - Política anunciada pelo ministro da Fazenda em Nova York vai na contramão do mundo

Nosso ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse textualmente na cidade de Nova York que estava encerrada no Brasil a fase de política anticíclica. Falou exatamente no mesmo momento que o FED – Federal Reserve System (o banco central dos Estados Unidos) deixa claro que não subirá os juros para não prejudicar a recuperação da economia norte-americana.

Seu anúncio solene, feito em NY, coincide com o momento, também, em que a Europa inicia a operação-derrama pela qual vai despejar mais de 1 trilhão de euros nos mercados para evitar a deflação e revalorizar, de novo, os ativos. E mais: nosso ministro anuncia essa política quando a própria China reduz juros e compulsórios e o Japão persiste na política de estímulos monetários de todo tipo para tirar o país da deflação.

Como vemos estamos na contramão do mundo desenvolvido e a mercê das agências de risco – as mesmas que manipularam e fraudaram avaliações e foram cúmplices do sistema bancário e financeiro dos EEUU na crise dos derivativos, a partir de setembro de 2008, e que estende seus efeitos sobre o mundo até hoje.

Ficamos a mercê das agências de risco

Não seria o caso de abrir um diálogo nacional sobre nossa crise e sobre como sair dela? Por que apresentar como única saída a austeridade, que não surtiu efeito em nenhum outro país – principalmente na Europa – onde foi adotada? No nosso caso, não haveria outras saídas, com reformas como a tributária? Não é o caso de se aproveitar a desvalorização cambial para reformar toda nossa política de comércio exterior fazendo avançar as exportações e a recuperação da indústria?

Adotando e seguindo essa rota, estaríamos minorando a recessão e criando as condições para a volta do crescimento via retomada das concessões na infraestrutura, priorização do nosso mercado interno e investimentos em petróleo, gás e energia.  O estabelecimento de um diálogo nacional, dentre outros efeitos benéficos, colocaria em marcha uma revolução científica, tecnológica e educacional.

Criaria, também,  as condições para se fazer uma reforma do nosso sistema bancário e financeiro, uma reforma capaz de enfrentar essa esfinge dos juros altos reais; de um spread de 32%; de uma dívida interna que custa 6% do PIB; além de estabelecer a forma para financiar nosso desenvolvimento e definir o papel dos bancos públicos.

Vamos ficar paralisados quando outros governos desvalorizam suas moedas?

Na abertura do diálogo, no entendimento e na negociação, chegaremos à fórmula para retomar o crescimento e avançar nas conquistas sem retroceder no caminho da distribuição de renda e do Estado de bem estar social.

Nunca é demais insistir na pergunta: vamos ficar paralisados frente a ação dos governos desvalorizando suas moedas – como já o fazem a Europa o Japão e o Canadá – ou seremos capazes de aproveitar a desvalorização do real e sustentar uma política de exportações e de reorganização de nossa indústria frente ao novo cenário internacional?

Delação premiada - o pacto maldito

por André Araújo

- Dentro da logica de um processo a ferramenta da delação premiada faz sentido, através desse instrumento se obtem de forma eficiente confissões que incriminam outros componentes de uma rede de negocios. Mas eficiente da mesma forma é o pau de arara, o choque eletrico, o afogamento na banheira, a cela com jacarés e cobras. Prender para obter delação em pessoas que não são marginais é uma forma obvia de tortura psicologica. Mas a eficiencia em relação ao processo tem custos em outros ambientes e contextos, da mesma forma que a tortura fisica corroe regimes, carcereiros e instituições.

A delação desconstroi o clima de confiança fundamental para o mundo dos negocios. Se ninguem confia em ninguem não há como fazer transações, criar empreendimentos, gerar compromissos. Grande parte dos empreendimentos começam e seguem por um longo caminho baseado apenas no "trust", na confiança entre parceiros, entre donos e executivos, entre conselheiros e diretores de empresas, auditores e gerentes de contabilidade, entre empreendedores e bancos financiadores. O contrato de papel, as assinaturas, sacramentam o que veio antes, a confiança entre pessoas é a base de tudo, entre quem não merece confiança contratos não valem o papel e a tinta.

O mecanismo da delação é um soco no estomago da confiança, na realidade é a TRAIÇÃO DA CONFIANÇA, ato que gera um veneno corrosivo no mundo dos negocios, no mundo politico, na propria vida social.

A delação foi usada nas guerras quando um espião era capturado e para salvar a vida delatava outros, no processo varias vidas eram destruidas, a começar pela do delator. Este virava um farrapo humano, quem não é traidor nato e pelas circunstancias é obrigado a trair dificilmente consegue interiorizar, absorver e digerir esse "Cavalo de pau" no carater e na alma. É eficiente? Não resta duvida, para o promotor da delação é joia, para a sociedade é um veneno destilado que vai gota a gota, ao longo do tempo, queimando a saude e a psique do delator e do delatado

produzir efeitos letais para os mais à frente, para a a vida em sociedade, os danos vão valer muito mais que os ganhos do processo, é claro quem não tem visão macro de um Pais não enxerga isso.

É um ato de tal nivel de agressão no carater que a historia não consegue apagar. Joaquim Silverio dos Reis fez uma autentica delação premiada contra Tiradentes, seu nome não se apaga da Historia. Delatou o Alferes e ganhou perdão de dividas fiscais. O delator se desumaniza e se torna vil mas o virus não fica nele, contamina todo seu ambiente, no caso de homens de negocio, infecta todo o circulo de onde veio e onde construiu sua reputação e empresa.

O Brasil vai custar muito tempo para se recuperar desse trauma e a conta para a economia vai ser alta.