O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a quebra do sigilo da investigação feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) sobre a Operação Lava Jato. Os nomes dos investigados foram divulgados na noite de ontem sexta-feira (6), em Brasília.
A divulgação da lista acontece três dias após o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviar ao STF um pedido de abertura de 28 inquéritos contra 54 suspeitos de envolvimento no caso de corrupção na Petrobras.
Sobre os integrantes do PT citados pela PGR, o Partido dos Trabalhadores reitera que todas as doações são recebidas pela legenda de forma legal e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral. Por meio de nota divulgada na noite desta sexta-feira (6), assinada pelo presidente nacional do PT, Rui Falcão, o partido reafirma seu total apoio ao prosseguimento das investigações da Operação Lava Jato de forma “completa e rigorosa, sem favorecimentos ou parcialidade”.
Além disso, o partido reforça a convicção de que todos os acusados devem ter direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal.
Após analisar a solicitação, o ministro do STF, Teori Zavascki, concordou em arquivar cinco investigações sobre políticos citados em delações premiadas do ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef.
Tiveram as investigações arquivadas os senadores Aécio Neves (PSDB-MG), senador Delcídio Amaral (PT-MS), o ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), deputado Alexandre dos Santos (PMDB-RJ) e senador Ciro Nogueira (PP-PI).
Leia a nota oficial do PT:
Diante dos pedidos de abertura de inquérito encaminhados ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, em que nomes de filiados ao Partido dos Trabalhadores são mencionados, o PT tem a informar o seguinte:
1) Reafirmamos integral apoio ao prosseguimento das investigações que se realizam no âmbito da chamada Operação Lava Jato, de forma completa e rigorosa, sem favorecimentos ou parcialidade, nos marcos do Estado Democrático de Direito.
2) O partido reafirma ainda sua convicção, manifestada publicamente em seguidas reuniões do Diretório Nacional, de que todos os acusados devem ter direito ao contraditório, à ampla defesa e ao devido processo legal. E, ao final de eventual processo, caso seja comprovada a culpa de qualquer filiado ao PT, serão aplicadas punições previstas no Estatuto.
3) O PT se orgulha de liderar governos que combatem implacavelmente a corrupção. Foram os governos Lula e Dilma que mais combateram a corrupção, fortalecendo os órgãos de fiscalização e controle e garantindo a independência e a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal;
4) O PT reitera que todas as doações que recebe são legais e devidamente declaradas à Justiça Eleitoral.
São Paulo, 6 de março de 2015.
Rui Falcão
Presidente Nacional do Partido dos Trabalhadores