Briguilinas

PITACOS DO DIA

"Agora o juiz Moro vai começar a procurar a conexão entre o Papa Francisco e a Petrobras."
— Marco

"Se o Joaquim Barbosa era o Batman, então o Moro é o Robin."
— Henrique

"A Globo inventa a notícia, inventa o juiz e inventa o escândalo! "
— joão augusto

Briguilinks


Mercantilismo religioso


Topei hoje no Facebook com uma crítica ácida ao mercantilismo evangélico. A usuária da rede social faz referência ao perfume com cheiro de Cristo, às vassouras ungidas vendidas a mil reais, esperma de deus, loteamento no céu, etc… e ao Guaraná Jesus. Ela sugere o seguinte link: http://notificaja.blogspot.com.br/2015/03/guarana-jesus-vende-mais-que-coca-cola.html .
Para mim o "salgadinho evangélico" é imbatível.

Crônica dominical

Orfãos da esperança
Os noticiários do dia-a-dia, não só aqui, no Brasil, como no resto do mundo são os arautos da tristeza, das desgraças, do infortúnio e da infelicidade alheia. Tirante as fofocas sociais, as vitórias do time preferido, o peitoral da Tammy, o decote generoso ou as transparências da moda. Tudo é desgraça, é morte lenta e gradual de qualquer esperança que se vislumbre e se alimente. Os lugares bonitos que conheci no interior do Afeganistão não são notícia, mas os insistentes ataques terroristas dos talibãs idiotas e radicais, sim. É papel e responsabilidade da imprensa de informar as mazelas diárias. A imprensa não pode nem deve ser calada ou censurada, é verdade sólida, mas aí vem a tentativa ridícula de controla-la. Não para esconder as dores causadas pela violência à qual todos já se acostumaram, mas para minimizar escândalos, os mesmos que são responsáveis pelos doentes deitados nos corredores de hospitais, sejam quais forem os hospitais, não importa em que Estado. É de doer ver um médico ser esfaqueado por delinquentes protegidos. Abandonados, nunca. São os mais focados pelas leis vigentes, e ai de quem tocar neles! A eles, tudo. Sem exagero. Podem portar armas de fogo ou facas afiadas. Inimputáveis, esses pequenos monstros assassinos só podem ser apreendidos, termo apenas legal para dar a eles maior cobertura e certeza de impunidade e liberdade imediata para repetir seus gestos de crescente violência, contra quem lhes apareça pela frente, não podem ser mostrados. As vítimas podem ser exibidas, sangrando serenamente deitadas no asfalto, na calçada, dentro de casa, atrás dos muros, onde der. Ele, não. Proteção total! E que ninguém se meta a besta de querer se defender. Não pode. Menor é protegido pela lei. Um pai de família, um cidadão decente será punido por crime inafiançável se fizer uso de uma arma para defender a família ou a própria vida dentro de casa, pasmem! Vez por outra, deixo o romantismo de lado, esqueço das estrelas das quais cuido e explodo assim, em uma revolta que é da maioria. Ainda tenho bem nítido na memória as vezes que pude me afastar da cidade e passear de mãos dadas com o perfumes Trussardi ou até mesmo mais baratos, na dunas mágicas no lugar onde é o Porto das Dunas.
Além de praticamente não ter mais dunas, ir lá na companhia de um amor proibido em noite de lua cheia é suicídio. Melhor Cabul ou Mazar-E-Sharife. "Perdeu! Perdeu!" Frase mágica que imobiliza e congela, em uma fração de segundo, a decisão de morrer ou sobreviver. E esse "perdeu" tanto vale para um celular barato, uma bolsa Prada, uma correntinha Michelin como para as vidas diante da frieza de um bandido de 14, 15,16, 17 anos e 364 dias, portando um 38 ou uma pistola que roubou de... Quem? Um policial. Bandido roubando e matando policial e tatuando, acintosamente: matador de polícia! E aí, a esperança morre também. Os cidadãos não têm o direito à defesa de suas vidas, da santidade de seus lares. Os bandidos mirins estão protegidos pelas leis e a conveniência política os quer protegidos e apenas apreendidos, e isso se for um crime muito bárbaro, mas logo estão rindo da nossa cara e pisando sem dó sobre os restos de esperança das pessoas boas. Aquele cidadão decente, sua mulher que trabalha, seus filhos que estudam, e que moram nas periferias, são, e quando são, sobreviventes ao voltar inteiros para casa.
Algum deles geralmente retorna com uma violência que viu para contar ou sem um objeto que se lhes tenham sobrevivido dentro de um ônibus, nos terminais, nas ruas iluminadas, escuras e becos impunes. A polícia tenta, mas geralmente bem depois, quando a bandidagem corre e some pelos mesmo becos das favelas à margem da via Expressa, por exemplo. E fogem rindo, gritando, debochando das pessoas e matando retalhos dessa esperança que um dia já foi a profissão do brasileiro. Esperança? Estamos órfãos!
by A. Capibaribe Neto



Paulo Nogueira: O real motivo da perseguição a Dirceu

A vida é complicada para quem desafia a plutocracia
A vida é complicada para quem desafia a plutocracia
Originalmente publicado em março. Republicado agora por motivos óbvios.
Um jornalista americano escreveu uma coisa que me marcou profundamente.
Ele disse que num certo momento da carreira ele era convidado para programas de tevê, recebia convites seguidos para dar palestras e estava sempre no foco dos holofotes.
Num certo momento ele se deu conta de que tudo isso ocorria porque ele jamaisescrevera algo que afrontasse os interesses dos realmente poderosos.
Foi quando ele acordou. Entendeu, por exemplo, as reflexões de Chomsky sobre as grandes empresas jornalísticas.
Para encurtar a história, ele decidiu então fazer jornalismo de verdade. Acabou assassinado.
Assange, Snowden, Falciani: não é fácil a vida de quem enfrenta o poder.
Tudo isso me ocorreu a propósito de José Dirceu. Tivesse ele defendido, ao longo da vida a plutocracia, ninguém o incomodaria.
Mas ele escolheu o outro lado.
E por isso é alvo de uma perseguição selvagem. É como se o poder estivesse dizendo para todo mundo: “Olhem o que acontece com quem ousa nos desafiar.”
É à luz de tudo isso que aparece uma nova rodada de agressões a Dirceu, partida – sempre ela – da Veja.
Quis entender.
Os dados expostos mostram, essencialmente, uma coisa: Dirceu não pode trabalhar. Não pode fazer nada.
O que é praxe em altos funcionários de uma administração fazerem ao deixá-la?
Virar consultor.
Não é só nos governos. Nas empresas também. Fabio Barbosa fatalmente virará consultor depois de ser demitido, dias atrás, da Abril.
Foi o que fez, também, David Zylbersztajn, o genro que FHC colocou na Agência Nacional do Petróleo. (Não, naturalmente, por nepotismo, mas por mérito, ainda que o mérito, e com ele o emprego, pareça ter acabado junto com o casamento com a filha de FHC.)
Zylbersztajn é, hoje, consultor na área de petróleo. Seus clientes são, essencialmente, empresas estrangeiras interessadas em fazer negócios no Brasil no campo da energia.
Algum problema? Não.
Quer dizer: não para Zylbersztajn. Mas para Dirceu a mesma posição de consultor é tratada como escândalo.
Zylbersztajn ajuda empresas estrangeiras a virem para o Brasil. Dirceu ajuda empresas brasileiras a fazerem negócios fora do Brasil, com as relações construídas em sua longa jornada.
O delator que o citou diz que Dirceu é muito bom para “abrir portas”. É o que se espera mesmo de um consultor como Dirceu.
Zylbersztajn, caso seja competente, saberá também “abrir portas”.
Vamos supor que a Globo, algum dia, queira entrar na China. Ela terá que contratar alguém que “abra portas”.
Abrir portas significa, simplesmente, colocar você em contato com pessoas que decidem. Conseguir fechar negócios com ela é problema seu, e não de quem abriu as portas.
Na manchete do site da Veja, está dito que o “mensaleiro” – a revista não economiza uma oportunidade de ser canalha – faturou 29 milhões entre 2006 e 2013.
São oito anos. Isso significa menos de 4 milhões por ano. Do jeito que a coisa é apresentada, parece que Dirceu meteu a mão em 29 milhões. Líquidos.
Não.
Sua empresa faturou isso. Não é pouco, mas está longe de ser muito num universo de grandes empresas interessadas em ganhar o mundo.
Quanto terá faturado a consultoria de Zylbersztajn entre 2006 e 2013? Seria uma boa comparação.
No meio das acusações, aparece, incriminadora, a palavra “lobby”. É um estratagema para explorar a boa fé do leitor ingênuo e louco por razões para detestar Dirceu.
Poucas coisas são mais banais, no mundo dos negócios, que o lobby.
Peguemos a Abril, por exemplo, que edita a Veja. Uma entidade chamada ANER faz lobby para a Abril e outras editoras de revistas. A ANER da Globo se chama ABERT.
Você pode ter uma ideia de quanto as empresas de jornalismo são competentes no lobby pelo fato de que ainda hoje elas gozam de reserva de mercado – uma mamata que desapareceu virtualmente de todos os outros setores da economia brasileira.
E assim, manobrando e manipulando informações, a mídia mais uma vez agride Dirceu.
As alegações sempre variam, mas o real motivo é que ele decidiu, desde jovem, não lamber as botas da plutocracia.

Oscar Sales da Cruz: Movimento de rua e barulho de panelas no Brasil, hoje

Malgrados os ingentes esforços da aliança PSDB/DEMO/GRANDE MÍDIA, partidos hoje fundidos num só, o PT sagrou-se vencedor em quatro pleitos para a Presidência da República: LULA 2002/2006, DILMA 2010/2014. Essa Aliança tinha suas baterias voltadas para o PT desde antes quando LULA se lançou candidato pela primeira vez em 1989. Era favorito, mas foi derrotado graças a um “golpe baixíssimo” que a Globo tomou pra si a missão de aplicar dando a vitória ao candidato das elites Fernando Collor de Melo. Este, superestimando seus poderes de presidente, tantas e tantas aprontou que resultou apeado do poder pela força do povo. Assumiu o vice Itamar Franco. Pelos seus ares nacionalistas, Itamar logo desagradou às oligarquias que, juntamente com seus parceiros, Mídia à frente, encetaram uma campanha, sórdida como de praxe, para desqualificá-lo perante a Nação. Foram muitas as iniquidades cometidas contra ele e a todas resistiu com altruísmo. Não obstante, pouco antes de morrer fez um desabafo sobre um fato que o magoou profundamente: - “... De repente, até parece que foi o doutor Cardoso [FHC] que assinou a medida provisória [do Plano Real]”. “... FHC deixou o governo em março e o Plano Real foi em julho de 1994. Ele tinha assinado a cédula [como ministro da Fazenda] e eu errei deixando que assinasse. Constitucionalmente, não podia”, lamentou Itamar, afirmando, ainda, que. - “Para mim, Ricúpero [Rubens, ministro da Fazenda] é o principal sacerdote do Plano Real. Mais tarde tivemos ajuda, e grande, do ministro Ciro Gomes. Naquele momento, isso é o que o povo brasileiro não sabe se for ler a história do real […],”
O ex-presidente finalizou o depoimento com uma frase perturbadora para FHC: “Ele entende de economia tanto quanto eu. Talvez eu entenda mais”. (Confira o artigo original no Portal Metrópole : http://www.portalmetropole.com/2015/02/em-video-antes-de-morrer-itamar-franco.html#ixzz3ZIa75v2X).

Com essa usurpação, o “muso” da política neoliberal dos EUA, no Brasil, virou xodó da Grande Mídia e por ela é mimado com tratamento privilegiado até hoje. Assim, devidamente blindado, com todos os malfeitos que abundaram nos seus dois períodos de governo engavetados, intitulando-se guru da direita, sai a oferecer seus préstimos, mesmo além-fronteiras, por onde houver conspiração contra governos de esquerda. No momento, agrega à sua ocupação de “não ter-o-que-fazer” à missão de insuflar incautos a ir para as ruas pedir o impeachment da Dilma; mas para lá não vai; fica de camarote acompanhando a cobertura feita pela Globo, sua cúmplice, que nesses eventos tem a tarefa de, sem nenhum pudor, animar o espetáculo e multiplicar o número de participantes. Escusado dizer que seus sequazes, Serras, Aécios, Nunes e quejandos, são seus coadjuvantes nesse mister. Envolto na sua “canastrice” se põe a dar entrevista dizendo que é contra o impeachment... “Porque agora não é o momento”. Mas conclama: “Vão pras ruas!”. Revela, assim, o seu caráter e o daqueles que querem “fazer sangrar o PT”.

E lá se vão, pelas ruas, em bandos, os “conectados” a proferir em brados as mais absurdas ofensas à Dilma, ao Lula, e ao PT. Aqui e ali uma faixa pedindo a volta da ditadura numa conotação grave que tanto pode significar alienação mental, baixos instintos ou mesmo interesses escusos de alguns antidemocratas saudosistas. Agora, grave mesmo é que as verdadeiras cabeças pensantes desses movimentos não estão aqui. Aqui, estão nossas riquezas e os que não têm pejo de entrega-las de mão beijada por “trinta dinheiros” seja para quem for desde que os ajudem a acabar com o Lula –prevenindo 2018-, Dilma e consequentemente o PT. Mas, outros interesses escusos estão em jogo. Os nomes de dois dos patrocinadores se bastam para elucidar a razão desses movimentos protestatórios: Soros e Koch; referências de muito dinheiro ( muitas vezes mais que os “trinta” que compram mentecaptos, políticos vendilhões da Pátria, e sabujos por natureza).

O Soros, sim, o George, patrão do Armínio Fraga (ex-quase-ministro do Aécio), que aproveitando o estardalhaço que fizeram as ações da Petrobras despencarem aproveitou a oportunidade e meteu a mão em um bocadão delas. E ainda deu uma dica: - “... É o melhor momento para adquiri-las”. Em matéria do Estadão, de 19/12/2014, pinçada do Google, consta que: “... Soros fechou o terceiro trimestre com 5,1 milhões de ações e opções de compra da Petrobras. No período anterior, ele tinha 2,4 milhões de papéis, também acima dos 2 milhões do primeiro trimestre, de acordo com dados enviados pela Soros Fund Management, que administra cerca de US4 28 BILHÕES, para A Securities and Exchang Commission (SEC, que regula o mercado de capitais norte-americano). Bem verdade, ele sabe o que representa nossa petroleira no mercado mundial: os que são contra o Governo, aqui, não estão nem ligando para isso.

Sobre os irmãos Koch encontra-se, também na internet, a manchete : “Irmãos Koch, magnatas do petróleo e financiadores da extrema-direita nos EUA, inspiram os “meninos do golpe” no Brasil”. Nesta mesma matéria, do Outras Palavras via O Escrevinhador, mostra-se, num pedaço da Folha Corrida desses irmãos, um roubo de 5 milhões de barris de petróleo de uma reserva indígena que gerou multa de 25 milhões de dólares do governo americano; mais uma multazinha de 1,5 milhão de dólares desta vez por interferência em eleições na Califórnia; e outra mais, de 30 milhões de dólares, por 300 vazamentos de óleo. Além dessa especialidade em malfeitorias as Koch Industries têm como principais atividades a exploração de óleo e gás, oleodutos, refinação e produção de produtos químicos derivados e fertilizantes. Essa matéria bem mostra a relação dos magnatas dos EUA com os grupos MBL, EPL, Vem Pra Rua e congêneres que provocam alvoroço nas ruas e barulho de panelas em apartamentos de bairros de ricos ou de classe “metida- a- rica”, onde muito se deve aos benefícios proporcionados pelo governo do PT. Fica fácil deduzir que o principal interesse dos Brother nessa empreitada é a Petrobras robustecida pelo pré-sal.

O quadro, acima descrito, mostra alguns dos impulsionadores e o combustível que alimentam os protestos contra a DEMOCRACIA hoje no Brasil.



Charge do dia

Cavaleiro de apocalipse