Exatamente isso

Perfeito!

Charge da hora

Esta charge dedico a alguns idiotas Onestos que conheço

O mico da ano

Na politicagem dos invejosos e oportunistas
Foto de TV Chama.

Paulo Nogueira - Qual é a de Ciro?

Bem, Ciro Gomes é aquele tipo de cara que você precisa ter a seu lado em situações complicadas. E que possivelmente você vai querer longe quando as coisas se normalizarem.
Suas características ora serão vistas, pelos mesmos olhos, como virtudes e ora como defeitos.
O governo, hoje, quer tê-lo a seu lado. Ciro fala as coisas que ninguém fala. Ou melhor: ele as fala diante das câmaras e dos microfones. Não sussurra pelos cantos e as vaza para jornalistas amigos. Alguém tinha que dizer que um golpe espúrio está em curso. Alguém tinha que dizer que Eduardo Cunha é ladrão. Alguém tinha que dizer que Temer é o capitão do golpe.
Este é Ciro Gomes.
Ciro já está em 2018. Mudou fisicamente para o centro do país, São Paulo. O Ceará pode esperar. Ele viu um espaço no campo progressista para ser o candidato que pode livrar o país da direita reunida em torno de Aécio. E quer ocupá-lo.
Mas um momento: e Lula, onde fica?
Para Ciro, Lula fica onde está. No Instituto Lula. Nas entrevistas que tem dado já virtualmente como candidato, Ciro não poupa Lula. Diz que ele fala demais. E afirma que seria um “terrível erro” Lula se candidatar em 2018.
Mas um momento: por que um “terrível erro”?
E se o povo quiser? E se Lula estiver gozando de boa saúde em 2018: por que não? (Lula tem dito, sabiamente, que não sabe se estará vivo em 2018. Ele como que repete, aí, a grande máxima de Keynes segundo a qual a longo prazo estaremos todos mortos.)
Ciro não consegue explicar onde está o erro. Numa visão mais pragmática, podemos depreender que o grande erro de Lula caso se candidate em 2018 seria o de atrapalhar as pretensões presidenciais de Ciro Gomes.
E então entramos no lado B de Ciro.
Ele pensa nele, nele e ainda nele. Ele, para usar a imagem empregada contra Temer, não é apenas o capitão do time. Ele é o timeCiro é daquele tipo que tem imensa dificuldade de conviver em grupo, a não ser que sejam dele as ordens.
Você em apuros paga para tê-lo a seu lado. Ele é firme, incisivo. Você estabilizado enxerga arrogância e intransigência onde apreciava antes firmeza e incisão.
Numa palavra, Lula e ele estão no mesmo ônibus, neste instante – o que congrega opositores do golpe de direita. Mas cada um deles tem seu próprio destino.
Para que qualquer um deles chegue ao objetivo, é preciso derrotar antes os inimigos comuns. E é nisso que, cada qual a seu jeito, ambos estão empenhados.
Os progressistas torcem para que, juntos, vençam.
Depois é depois. E, para lembrar outra vez Keynes, a longo prazo estaremos todos mortos.
no Diário do Centro do mundo

Ciro Gomes - Michel Temer integra o lado quadrilha do Pmdb

Trechos da entrevista de Ciro a Rádio Gaúcho:

  • Eu tenho dito a ela [Dilma] e ao Lula, há anos, que é um erro grosseiro, que beira a irresponsabilidade, colocar esse lado quadrilha do PMDB na linha de sucessão
  • Eu conheço Temer bastante bem, de longa data. Hoje, o Michel Temer é homem do Eduardo Cunha
  • O Eliseu Padilha era o homem que, no governo do Fernando Henrique, era chamado pela crônica política de Eliseu Quadrilha. Então, a Dilma tem um erro: botou esse homem dentro, indicado pelo Michel Temer. Esse é homem do Michel Temer
  • Já tinha advertido publicamente e em particular: ele está conspirando há algum tempo, de forma absolutamente sórdida
  • Acho, em muitos aspectos o governo da presidenta Dilma é indefensável. Entretanto, temos que ajudar nosso povo a entender que remédio para governo ruim, remédio para governo que a gente não gosta não é interromper a normalidade democrática, porque o vice-presidente é tão responsável quanto… por todas essas coisas
  • Temos um grave momento no Brasil. E só há uma saída para isso, que é preservar a democracia, manter as instituições funcionando regularmente, esperar que a agenda de delegacia de polícia seja resolvida pela polícia, pelo Ministério Público, pela Justiça
  • E vamos ter clareza: a presidenta Dilma não está sendo acusada de ter praticado, ela própria, nenhuma irregularidade. Evidentemente que se acusa desse problema de pedalada fiscal, mas isso não é crime de responsabilidade. Todos o governos praticaram e o Tribunal de Contas nunca disse nada
  • [Michel Temer] É um homem sem legitimidade, é sócio, íntimo, parceiro —sou um homem que tem 36 anos de vida pública, sou decente, não ando falando coisas que eu não sustente— e o Michel Temer é parceiro íntimo nas práticas e nas coisas erradas do Eduardo Cunha
  • A Justiça está com tudo provado de que ele [Eduardo Cunha] roubou uma montanha de dinheiro e hospedou na Suíça. E esse é um grande problema do Brasil hoje. Essa montanha de dinheiro ele distribuiu a metade ou dois terços ou três quintos com a escória que o cerca na Câmara. E essa é nossa tragédia. Temos, hoje, uma maioria de corruptos sustentando esse canalha

Nassif, semi-parlamentarismo é...

(...) igual aquela conversa de:
Prometo que só ponho a cabecinha.
Essa proposta de semiparlamentarismo (exite semigravidez?) é pra lá de capciosa e tem um único objetivo: é o plano B dos golpistas. Se não der para tirar a Dilma do poder (leia-se o PT e a PR), a gente tira o poder da Dilma.
Desculpe, mas essa proposta é uma aberração. Como foi dito por outro colega, tem gente que não se lembra mais que já tivemos uma experiência "semiparlamentarista" tendo à frente aquele arremedo de político, que de estadista não tinha nada: Tancredo Neves. O que foi o pseudoparlamentarismo no Brasil senão um golpe branco contra o Jango?
Se não está bom com a Dilma, Nassif, espere até 2018, escolha o seu candidato e vote. Mudar a regra do jogo com o jogo andando é faz igual ao que foi feito com a compra de votos para aprovar a reeleição de FHC.
por Ninguém
Comentando a postagem:
As pré-condições para o semi-parlamentarismo

Luis Nassif - as pré-condições para o semi-parlamentarismo

Com este texto Nassif se revela um democrata a favor da democracia sem povo. Esquece que o POVO já decidiu duas vezes que o Presidencialismo é sua escolha, soberana, Joel Neto
Em princípio, o semiparlamentarismo pode ser uma boa alternativa, de acordo com a proposta do Ministro Luis Roberto Barroso e da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil)
Seria uma maneira de mitigar crises políticas, sim. O presidente indica o primeiro ministro, o Congresso aprova ou não. Não aprovando, indica outro. Se, no meio do mandado, o Congresso perde a confiança no primeiro ministro, pode depor. E recomeça o jogo de indicações.
Havendo o impasse, o presidente da República tem o poder de convocar novas eleições gerais. Esta é a arma que dispõe para não ficar eternamente refém do Congresso.
Quais são as críticas ao projeto de Michel Temer?

Ponto 1 – desestruturação do orçamento

Ele acena com a possibilidade do Congresso passar a compartilhar das decisões do orçamento, desde que se abra espaço com o fim das vinculações orçamentárias – os gastos sociais obrigatórios fixados pela Constituição de 1988. Colocou um queijo de contrabando na ideia, visando atrair aqueles 80 a 100 ratos do Congresso.
Aliado de Michel Temer, Delfim Netto foi o primeiro a levantar essa isca para os deputados. Na entrevista com Delfim– para o Brasilianas que ainda não foi ao ar – ele repete a defesa: com o semiparlamentarismo será possível ao Congresso participar das decisões do orçamento, sem as vinculações orçamentárias.
Questionei-o sobre os riscos da pulverização do orçamento. Sem partidos fortes e programáticos, o orçamento seria convertido em uma colcha de retalhos, com milhares de emendas atendendo às demandas individuais de cada parlamentar.
Concordou sobre a necessidade de uma ordem proporcionada pelos partidos. Temos essas pré-condições? É evidente que não. Temos um Congresso em que o presidente da Câmara tornou-se a porta de entrada dos piores lobbies da República e comanda um exército estimado entre 80 a 100 deputados financiados por ele.
E aí o velho mestre deriva para um conjunto de considerações sobre a reforma política, sobre a maneira como era montado o orçamento nos tempos de Carvalho Pinto etc, sem admitir taxativamente que o Congresso não dispõe das condições necessárias para assumir essas responsabilidades.
O exemplo de Carvalho Pinto é útil. O governador definia um plano de investimentos para o Estado. Depois de definido, enviava seu articulador político Plinio de Arruda Sampaio para negociar com os deputados. Plinio abrir o mapa de obras do Estado e combinava com o deputado de qual obra ele seria padrinho. O deputado ganhava pontos com seus eleitores sem afetar a lógica do plano.
Só deu certo porque havia um agente unificador dos investimentos: o próprio governador.

Ponto 2 – anulação do voto direto, transformando o presidente em rainha da Inglaterra.

Voltemos ao caso atual. Por que Dilma Rousseff foi eleita e reeleita? Porque acenou com a manutenção dos gastos sociais contra um candidato, Aécio Neves, que propunha um enxugamento radical do Estado e em quem se vislumbrava, se eleito, cortes radicais nos programas sociais.
Esse é o ponto: Dilma não é relevante; as ideias que a elegeram, são.
A melhor saída seria se Dilma se tornasse uma presidente parlamentarista e entregasse a gestão do dia a dia a um primeiro ministro avalizado pelo Congresso desde que... desde que fosse para seguir as propostas enunciadas em sua campanha presidencial, claro. Se não, para que eleições diretas para presidente?
A eleição para presidente é o único momento em que há coesão em torno de ideias nacionais, seja a favor de um Estado social ou de uma economia pura de mercado. É o momento em que os eleitores se despregam dos interesses imediatos, localizados, regionais, para pensar em temas nacionais.
A proposta de Temer visa não apenas transferir o poder do Executivo para o Congresso como abolir as bandeiras nacionais que elegeram o presidente. E tudo isso em um Congresso fundamentalmente distrital, com deputados ligados apenas aos interesses específicos da sua base.
Não pode ser assim.

Pressupostos

O semiparlamentarismo pode ser uma boa alternativa para segurar os ímpetos de presidentes voluntaristas e despreparados para o exercício cargo. Mas precisa necessariamente atender aos seguintes pressupostos:
1.     Não pode ser um álibi para golpes de Estado, visando abreviar o governo Dilma.
2.     Não pode significar enfraquecimento das propostas levantadas pelo presidente da República nas eleições.
3.     Não pode ser adotado de afogadilho. Exige discussão prévia e endosso do eleitor, através de um plebiscito.
Se Dilma Rousseff tivesse aquele mínimo minimorum de acuidade política, faria uma limonada do limão do semiparlamentarismo.
Derrubando a tese do impeachment, inaugura-se um novo tempo político.
Seria o momento de reagrupar forças em torno de um primeiro ministro de fato, alguém com competência e comando comprovados, da sua estrita confiança, que assumisse a coordenação de um governo de coalizão, com as forças que derrubaram o golpe, em torno de um plano de governo.
no GGN