Operação lava jato - modus operandi


Quero ver agora, como a rataiada comandada por Sérgio Fernando Moro vai esconder os elefantes Marinhos e a Mossack & Fonseca.



Luis Nassif - o Condomínio Solaris pode ter sido o Riocentro da Lava jato

A operação descobriu um elefante - a Mossack Fonseca - e agora não sabe como escondê-lo para não comprometer os Marinho.

Está ficando cada vez mais interessante o jogo da Lava Jato.
As novas peças do tabuleiro mostram uma reviravolta no chamado modus operandi da Lava Jato, uma inversão total da estratégia original, de cobrir a operação com o manto do legalismo e da isenção.
Fato 1 – na semana passada, a decisão “inadvertida” de Sérgio Moro de vazar informações sobre um inquérito supostamente sigiloso sobre o sítio de Atibaia.
Fato 2 – no rastro da porteira aberta, procuradores e delegados vazam para a revista Veja a relevante informação sobre as caixas de bebida de Lula, transportadas de Brasília para o sitio em Atibaia. Ou seja, uma armação que coloco em risco a imagem de isenção da Lava Jato que resulta em um factoide que despertou reação indignada até de juristas inicialmente a favor da operação, como Walter Maierovitch, um ícone na luta contra o crime organizado, por meramente ser uma invasão da vida privada de Lula.
Fato 3 – O procurador Carlos Fernando dos Santos, o mais imprudente dos procuradores da Lava Jato, em entrevista ao Estadão escancara o viés partidário da operação. “A Força Tarefa Lava Jato ainda pretende demonstrar além de qualquer dúvida razoável que todo esse esquema se originou dentro das altas esferas do Governo Federal”.
Se acha assim, que investigue. Qual a razão para sair apregoando suspeitas?
O bordão anterior de que “a Lava Jato investiga fatos, e não pessoas” é substituído por insinuações graves contra as “altas esferas do Governo Federal”.
Qual a razão desse açodamento? O que teria ocorrido internamente na Lava Jato, para essa mudança no modus operandi?
Há uma articulação nítida entre três operações: a Lava Jato, a Zelotes e a do Ministério Público Estadual de São Paulo. As três visam pegar Lula.
Ao mesmo tempo, aparentemente houve alguma perda de controle da Lava Jato sobre seus vazadores, os “radicais, porém sinceros” expondo questões altamente delicadas no modo de atuação de Moro e seus rapazes.

O caso Solaris

O pepino começou com o caso Solaris, o edifício que tem o tal tríplex que pretendem atribuir a Lula.

Brasil 247 - Moro tentou pescar Lula e fisgou Marinhos

– Um dos alvos da Operação Triplo X, da Polícia Federal, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Descobriram o triplex dos Marinhos em Paraty.

Partindo do fato de que uma das coberturas do Edifício Solaris, no Guarujá (SP), está em nome de uma offshore aberta por um escritório especializado em criar empresas no Panamá, a força-tarefa da Operação Lava Jato fez uma devassa na subsidiária brasileira do escritório Mossack & Fonseca.

Em seguida, o procurador Carlos Fernando Lima afirmou que todos os apartamentos serão investigados. No caso de Lula, sua esposa, Marisa Letícia possuía uma cota, que foi devolvida à OAS no fim do ano passado. "Não será investigando um apartamento – que nem mesmo lhe pertence – que vão encontrar uma nódoa em sua vida", disse, em nota, o ex-presidente.

Ocorre que foram levados computadores e apreendida toda a comunicação do Mossack & Fonseca, da Avenida Paulista, que tinha uma clientela formada por grandes empresários e figurões da elite política e empresarial do País. Desde que o Panamá se tornou um dos paraísos fiscais mais "seguros" do mundo, por se recusar a compartilhar informações com autoridades de outros países, os negócios do Mossack & Fonseca prosperaram.

A esse respeito, o colunista José Roberto de Toledo publicou a coluna "Juiz Moro foi pescar", em que aponta a extensão dos negócios do Mossack. "O noticiário sobre nova fase da Lava Jato, a Triplo X, destaca o arpão direcionado a fisgar Lula. Dizer se ele vai acertar o alvo, por ora, é prestidigitação. Mas essa pescaria não cabe em um arpão. Ao grampearem toda comunicação e confiscarem computadores da Mossack & Fonseca, os investigadores da Lava Jato jogaram uma rede tão grande que correm o risco de pescar mais peixes do que são capazes de escamar. Peixes grandes", afirmou.

"No seu despacho autorizando a operação contra a Mossack & Fonseca, o juiz Sergio Moro cita ex-dirigentes da Petrobrás, como Renato Duque e Pedro Barusco, que teriam se beneficiado de contas abertas em nome de offshores criadas com ajuda da Mossfon. Mas isso é só o começo da pescaria", afirma. "Uma simples busca no Google pelos nomes dos funcionários da Mossfon presos revela que eles costumavam se reunir, no Brasil, com empresários e advogados – às vezes acompanhados de diplomatas panamenhos. Eram visitas de prospecção de clientes. Como o escritório na Avenida Paulista existe há 30 anos, presume-se que muitos desses contatos resultaram em negócios."

Nos últimos anos, o escritório esteve envolvido em diversos casos internacionais de lavagem de dinheiro, que tiveram grande repercussão, como, por exemplo, o escândalo do HSBC.

"A Mossack é bem mais ampla que o caso Lava Jato", diz delegado

À frente das ações da Polícia Federal na operação Lava Jato, o delegado Igor Romário de Paula acredita que "a Mossack é bem mais ampla que o caso Lava Jato. A empresa não só apresentou indícios de aparecer em outras investigações já deflagradas como provavelmente vai se descobrir muita coisa. Não podemos descartar que surjam provas para outras investigações".

Na 22ª fase da operação, deflagrada nesta quarta-feira 27, a PF apreendeu uma lista com os nomes de centenas de empresas abertas por brasileiros em paraísos fiscais. Segundo reportagem da Folha, as planilhas estavam armazenadas em computadores da filial brasileira da Mossack Fonseca e traz o nome das empresas e de seus respectivos proprietários brasileiros.

A expectativa é que os dados forneçam informações sobre um grande esquema de evasão de capitais e lavagem de dinheiro também em outras áreas, indo muito além da Lava Jato.
"A Mossack é bem mais ampla que o caso Lava Jato", diz delegado

À frente das ações da Polícia Federal na operação Lava Jato, o delegado Igor Romário de Paula acredita que "a Mossack é bem mais ampla que o caso Lava Jato. A empresa não só apresentou indícios de aparecer em outras investigações já deflagradas como provavelmente vai se descobrir muita coisa. Não podemos descartar que surjam provas para outras investigações".

Na 22ª fase da operação, deflagrada nesta quarta-feira 27, a PF apreendeu uma lista com os nomes de centenas de empresas abertas por brasileiros em paraísos fiscais. Segundo reportagem da Folha, as planilhas estavam armazenadas em computadores da filial brasileira da Mossack Fonseca e traz o nome das empresas e de seus respectivos proprietários brasileiros.

A expectativa é que os dados forneçam informações sobre um grande esquema de evasão de capitais e lavagem de dinheiro também em outras áreas, indo muito além da Lava Jato.


Bom dia


Foto de Marli Costa.

Blablarinagem no MPF

"Portanto, todos nós, queiramos ou não, participamos ou omitamos, ajamos ou quedamos, ativos ou passivos, independentemente de nossos sonhos e pesadelos, virtudes e vícios, desejos e repulsas, crenças e incredulidades, saberes e ignorâncias, bravura e covardia, riquezas e misérias etc., somos seres políticos. E, como tais, responsáveis perante nós mesmos, as famílias, a sociedade, o mundo no qual vivemos".

por Aílton Benedito de Souza -    Procurador da República em Goiás



Mensagem da noite

 Escutei de um professor ontem, algumas coisas que me fizeram refletir e que espero eu, enraiz em mim. De maneira geral ele falou da forma como comparamos as nossas vidas (brasileiros) com o mundo a fora e como sempre apontamos o quão bom é do lado de lá. Quando ele começou esse discurso, eu me antecipei a pensar que eu escutaria mais um daqueles discursos de como somos "infelizes" etc, etc. Pra minha surpresa ele falou do quão rico nosso país é e do quanto poderíamos melhorar, se ao invés de continuar nessa comparação com o mundo. Praticássemos o que é sadio e não parássemos por ai, irmos além, repassar aos demais, isso mesmo, transcender o conhecimento. Essas mudanças não acontecem em um curto período de tempo, mas elas acontecem. Precisamos mudar e ajudar/ensinar o pouco que aprendemos para os outros, porque de "nada" adianta o meu bom exemplo se eu não estou disposto a repassa-lo.

Perseguição a Lula - o escândalo do final de semana

Um dos panfletos da oposição - aquele, detrito da maré baixa, como diz Paulo Henrique Amorim -, prefiro ser direto e chamar de merda mesmo. Veio nesse fim de semana com uma reporcagem sobre o ex-presidente ter levado 37 caixas de bebida para o sítio de amigos em Atibaia.

Muito bem, pois não é que moleques do MPF - Ministério Público Federal -, estão escandalizados, perplexos e vão investigar o caso. 

Quanto a investigar triplex dos Marinhos e o delatado Aécio Neves da Cunha, nem pensar. Não vem ao caso.

Ah, quanto as 37 caixas de bebida que foi destaque no jornal nacional, deixa eu fazer uma pequena continha...

Pronto, o que os morojás recebem como auxílio-moradia (assalto aos cofres públicos, legalmente, claro), durante oito anos eles conseguiriam comprar 1440 caixas de um bom vinho.

Falar mais o que?