Ministro do STF manda Eduardo Cunha enviar impeachment de Michel Temer para comissão analisar

- Será que os deputados votarão diferente do que votaram no pedido de impeachment da presidente? Tipo assim: pedaladas femininas são uma coisa. Pedaladas masculinas são outra coisa, não vamos misturar alho com cebola.

do G1

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou ao presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que receba um pedido de impeachment do vice-presidente Michel Temer e envie o caso para análise de uma comissão especial a ser formada na Câmara. A Câmara poderá recorrer ao plenário da Corte.
A decisão atende ao pedido de um advogado, Mariel Márley Marra, de Minas Gerais, que acionou o STF para questionar decisão de Cunha que arquivou uma denúncia que ele apresentou contra Temer, em dezembro do ano passado. O presidente da Câmara entendeu que não havia indício de crime de responsabilidade do vice-presidente.(…)
O teor da decisão assinada por Marco Aurélio é quase idêntico à minuta divulgada na semana passada. Na prática, a decisão manda Cunha decidir da mesma forma como procedeu com o pedido da presidente Dilma Rousseff, em dezembro do ano passado.
Na decisão, Marco Aurélio entende que o recebimento de uma denúncia por crime de responsabilidade pelo presidente da Câmara deve tratar apenas de aspectos formais e não analisar o mérito das acusações. Na peça, o ministro diz que Cunha, ao apreciar o mérito da acusação, “queimando etapas que, em última análise, consubstanciam questões de essencialidade maior”.

Paulo Henrique Amorim - Depois de cinco anos, tem Ministro da Justiça!

Impeachment - denúncia nocauteada


"Num depoimento de uma hora e 50 minutos, o advogado Geral da União, José Eduardo Cardozo, demoliu as acusações contra Dilma Rousseff e demonstrou que a única motivação real de um pedido de impeachment sem prova foi produzir uma manobra rasteira para bloquear a investigação sobre o suíço Eduardo Cunha depois que o Partido dos Trabalhadores anunciou que iria votar pela abertura de apuração das denúncias contra o presidente da Câmara", afirma o jornalista Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília; "Onde está o ilícito? Onde está a má fé?", perguntou Cardozo depois de passar a limpo as denúncias contra a presidente.

Jair Bolsonaro e a multiplicação do patrimônio, por Helena Stephanowitz

Deputado compra duas mansões de frente para o mar em área nobre do Rio com "descontos" graciosos sobre o valor de mercado. E declara patrimônio incompatível com sua renda
Você conseguiria comprar uma casa que custa, a preço de mercado, alguns milhões por "apenas" R$ 400 mil? O deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) conseguiu esse, digamos, milagre. E recebeu a graça na compra não só de uma, mas de duas mansões. Em termos terrenos, com um abatimento de pelo menos 75% nos preços dos imóveis, foram verdadeiros negócios da China.
Para entender o caso: Jair Bolsonaro – que está em seu sexto mandato consecutivo como deputado federal – declarou à Justiça Eleitoral possuir, no ano de 2010, bens que totalizavam o valor de R$ 826.670,46. Naquele ano, os dois imóveis não constavam da declaração de patrimônio.
Quatro anos depois, nas eleições de 2014, o patrimônio declarado pulou para R$ 2.074.692,43. Façamos as contas: a variação patrimonial é maior do que a soma dos salários líquidos que ele recebeu como deputado. Significa que, mesmo se Bolsonaro não tivesse gasto um único centavo de seus salários nos quatro anos de mandato entre 2010 e 2014, ainda assim o montante acumulado não lhe permitiria chegar ao patrimônio de mais de R$ 2 milhões. A conta não fecha.
E como ele não declara, entre seus bens, ser proprietário ou sócio de nenhuma empresa, é inevitável perguntar: qual é a fonte de renda de Bolsonaro para cobrir tamanha variação patrimonial?
Mas a estranheza sobre o patrimônio não para por aí. Jair Bolsonaro continua, segundo ele mesmo declara, com todos os imóveis que tinha em 2010 e aparece em 2014 com duas mansões na Avenida Lúcio Costa, de frente para o mar da Barra da Tijuca, reduto carioca da classe média alta e de parte de sua elite.

Blablarinagem do dia

Hoje a Rede Sustentabilidade (leia, Itaú e Natura) lança a campanha:

"Nem Dilma nem Temer, nova eleição é a solução".

Marina Silva desde já avisa, em 2019 lançarei a campanha:

Nem Lula nem Ciro nem qualquer outro presidente a não ser Eu, nova eleição é a solução.

E assim a ungida viverá durante o restante dos seus dias, antes de subir ao céu e sentar a direita do Deus Pai.

Mensagens para madrugada

Panamá papers

Tem rolo A Rede Globo tá no meio.
Banco holandês investiga lavagem de dinheiro em contratos com a tv Globo. Pena que Fernando Rodrigues - UOL, não consegue vê e publicar denúncias contra a mais rica e poderosa família midiática brasileira. Será caso de ormetá?

Os jornalistas investigativos holandeses que se debruçam sobre os arquivos do Panamá vazados da Mossack e Fonseca descobriram o que o jornalista Fernando Rodrigues "ainda não enxergou" no Brasil:

A TV Globo está citada na investigação de lavagem de dinheiro do De Nederlandsche Bank.

O texto está em holandês e a tradução automática não fica bem compreensível. Mas vamos começar a divulgar dentro do espírito do jornalismo colaborativo dos blogs que levaram à descoberta da mansão em Paraty - que a TV Globo não noticia - comprada também no esquema da Mossack Fonseca.

Pelo que deu para entender, trata-se de empresas offshores de fachada que intermediaram propinas para cartolas de futebol pelos direitos de transmissão da Copa Libertadores da América negociados com a TV Globo.

Segundo a notícia, os investigadores não veem lógica na intermediação dos direitos de transmissão feitos com a Globo, através de uma empresa que parece ser de fachada.