Maranhão pode anular o golpe

:


Agora cabe ao novo presidente da Câmara Federal, Waldir Maranhão (PP-MA), decidir sobre um recurso da presidente Dilma Rousseff para anular a votação da admissibilidade do impeachmnt. Em petição de 25 de Abril, o advogado-geral da República - AGU -, José Eduardo Cardozo requereu que os autos do processo volte a Câmara e que seja declarada a nulidade da votação.

"A decisão do Supremo de afastar o Eduardo Cunha do cargo mostra clarissimamente. Indiscutível. Ele agia em desvio de poder", reafirmou ontem Cardozo."

Imediatamente após o STF decidir por unanimidade afastar Eduardo Cunha da Presidência da Câmara, ele mandou um duro e direto recado para Michel Temer:

"Com uma canetada, Maranhão pode agora levar o impeachment à estaca zero"

Maranhão votou contra o golpe no dia 17 de Abril.

Os golpistas estão em pânico.

Afastamento tardio de Cunha evidencia o banditismo, por Jeferson Miola



Passeio sideral
Ganha uma viagem à lua, Marte ou aonde o homem consiga chegar quem descobrir algum motivo que não existia em 15 de Dezembro de 2015, quando Rodrigo Janot - Procurador-Geral da República -, pediu o afastamento de Eduardo Cunha ao STF - Supremo Tribunal Federal -, que passou a existir ontem 05 de Maio de 2016 para o ministro do Supremo Teori Zavaski finalmente determinar o afastamento do deputado Eduardo Cunha (Pmdb-RJ), da Presidência da Câmara dos deputados.
Em 15 de dezembro de 2015, o Ministério Público pediu ao STF o afastamento de Cunha, cuja extensa ficha criminal já era de conhecimento público. Apesar de ser réu na justiça, Cunha não só manteve o mandato parlamentar como foi preservado na Presidência da Câmara dos Deputados para acelerar o golpe de Estado.

A decisão do Teori chegou, portanto, com 125 dias de um atraso que parece ser intencional, deliberado. Neste intervalo de tempo, devido a esta complacência inaceitável, o mandato legítimo conferido à Presidente Dilma por 54.501.118 votos foi alvejado por um golpe de Estado perpetrado por uma "assembléia geral de bandidos comandada por um bandido chamado Eduardo Cunha", como relatou a imprensa internacional.

No artigo "o STF na engrenagem golpista", dissemos que a cumplicidade ativa – ou a cumplicidade por acovardamento – do STF com o golpe prova que a justiça não só tarda, mas também falha. No caso do impeachment sem crime de responsabilidade, o resultado da falha da justiça não é apenas a injustiça, mas é um golpe contra a Constituição e contra o Estado Democrático de Direito. O STF é parte da engrenagem golpista. Alguns juízes que integram a Suprema Corte atuam partidária e ativamente em favor da dinâmica golpista. Outros juízes, ainda que não atuem abertamente pelo golpe, porém com seus silêncios, imobilismos e solenidades, também favorecem a perpetração do golpe.

A decisão do juiz Teori, que em dezembro de 2015 seria saudada e festejada como a afirmação da ordem jurídica e da moralidade pública, infelizmente é recebida neste 5 de maio de 2016 com um misto de decepção, nojo e descrença nas instituições. Cunha deveria ter sido afastado, cassado e condenado à prisão há muito tempo. Contudo, deixaram-no livre para destruir o bem mais valioso de uma democracia, que é o mandato popular de Presidente da República.

O afastamento dele, ocorrido somente ontem, e sem evidências diferentes daquelas que já existiam previamente, é mais uma prova de que a aprovação do processo de impeachment da Presidente Dilma não passou de um ato de banditismo comandado por um bandido.

O mundo inteiro sabe que está em andamento um golpe de Estado no Brasil; que o impeachment é um atentado contra a Constituição e o Estado Democrático de Direito. É por isso que os golpistas tentam, desesperadamente, mascarar uma fachada limpa do pós-golpe. Afastar Cunha é uma tentativa inútil de higienizar um pouco o chiqueiro do regime golpista. Com a iminência de completarem a farsa do impeachment no Senado, os golpistas têm pressa em se livrar do fardo chamado Eduardo Cunha para diminuir o constrangimento do principal sócio dele na empreitada golpista, o conspirador Michel Temer.

STF: Cumplicidade ou omissão?



Caso o STF tivesse tomado a decisão de afastar Eduardo Cunha quando a PGR - Procuradoria-Geral da República pediu (05 meses atrás) o golpe teria sido abortado, por que não fez isso?

  • Cumplicidade
  • Omissão? 
  • Os dois? 
Deixe sua opinião nos comentários.

O contragolpe de Eduardo Cunha


Hoje visto como entulho para o eventual futuro presidente Michel Temer e seus parceiros do golpe no STF MPF, Psdb, Dem, Pps e pig, o afastado deputado e presidente da Câmara Federal Eduardo Cunha (Pmdb-RJ) mandou recado curto e grosso ao conspirador:

"Quem deu o pontapé inicial do impeachment também pode dar o apito final. Basta confessar que cometeu desvio de finalidade ao aprovar o pedido porque Dilma e o PT decidiram que os seus três deputados no Conselho de Ética votariam contra mim. Faço questão de lembrar que não é aconselhável abandonar um companheiro no meio do caminho".

O quadrilhão do golpe sabe que Cunha fala sério e que tem bala na agulha para dar o contragolpe, se quiser hoje mesmo.

A briga pelo botim começou mais cedo do que eles mesmos imaginavam.

#QuadrilhãodoGolpe

Silêncio do PSDB é confissão de parceria com Eduardo Cunha

- Os caciques do PSDB permaneceram calados sobre a decisão unânime do STF -  Supremo Tribunal Federal - que afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da Presidência da Câmara Federal e do exercício do mandato.

Nem o presidente da sigla, Aécio Neves, que costuma ser bastante veloz em divulgar posicionamentos sobre as questões políticas do país, sobretudo quando diz respeito ao governo da presidente Dilma Rousseff, nem o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, ou o senador José Serra, o governador Geraldo Alckmin ou o líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy se pronunciaram sobre o caso.

11 a 0






Chocolate, os ministros do Supremo Tribunal Federal acabam de confirmar o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado e da presidência da Câmara Federal, conforme havia sido decidido pelo ministro Teori Zavascki na manhã de hoje quinta-feira (05), ao defender a manutenção da decisão, Teori disse que Cunha atua com desvio de finalidade para "promover interesses espúrios" e que sua permanência no comando da Câmara causa constrangimento cívico.

O ministro José Eduardo Cardozo, da AGU - Advocacia Geral da União -, pretende usar a decisão para anular o impeachment da presidente Dilma Rousseff:

 "Nós já estamos pedindo e vou pedir. A decisão do Supremo mostra claríssima. Indiscutível. Cunha agia em desvio de poder", disse Cardozo.

Chamo de Golpe porque eu não cometi crime nenhum, Dilma Rousseff

Hoje quinta-feira 05 de Maio  durante entrega de 6.597 unidades habitacionais construídas por meio do Programa Minha Casa Minha Vida em Santarém (PA), a Presidente Dilma Rousseff voltou a criticar o processo de impeachment que sofre. Em seu discurso, Dilma foi bastante enfática em seu discurso:


"Não adianta querer encurtar o caminho para chegar poder. Para chegar à Presidência tem que ter voto", afirmou Dilma. "Chamo de Golpe porque eu não cometi crime nenhum. Me acusam de seis decretos suplementares. Não sou acusada de beneficiar a mim ou alguém do Governo", continuou a Presidenta. Na fala, a petista se disse vítima de uma injustiça e fez um breve comentário sobre o presidente afastado da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. "O Congresso brasileiro está paralisado. O Cunha não deixa o Congresso funcionar", comentou.

Mais cedo, durante a inauguração da usina hidrelétrica de Belo Monte, em Vitória do Xingu (PA), Dilma disse : "A única coisa que eu lamento, mas falo, antes tarde do que nunca, é que infelizmente ele conseguiu presidir, na cara de pau, o lamentável processo na Câmara", falou.

Para ela, o impeachment é um claro desvio de poder de Cunha. "Ele usa seu cargo para se vingar de nós, porque não nos curvamos às chantagens dele".

Em Santarém, Dilma condenou o Golpe. "Eu tenho seis decretos. O Fernando Henrique fez cento e hum. Agora, na minha vez, querem transformar isso em crime. O impeachment é um disfarce. O que estão fazendo é uma eleição indireta. Não é o povo que está votando. Eu fui eleita com 54 milhões de votos junto com o programa que eu defendi. Eles querem aplicar um outro programa que não é o meu", finalizou.

Leia mais frases: 

  • Brasil está vivendo momentos difíceis, pois corremos o risco de um Golpe.
  • Está em curso um golpe contra a democracia e contra os nossos acertos. 
  • Um dos consultores do vice-presidente disse que o Bolsa Família não pode continuar como está.
  • Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça. Eu não vou ficar parada. Eu vou lutar pelo meu mandato, pois tenho responsabilidade pela democracia do meu país.
  • Nós queremos um país que prevaleça a tolerância.
  • Parte da oposição faz o jogo do quanto pior, melhor.
  • O lado certo da história é o da Democracia.