É cediço que a Lava Jato conseguiu ultrapassar todos os limites da legalidade http://jornalggn.com.br/blog/fabio-de-oliveira-ribeiro/como-as-delacoes-seletivas-seriam-julgadas-em-atenas-por-fabio-de-oliveira-ribeiro. De maneira geral, os abusos cometidos por Sérgio Moro vinham sendo confirmados pelas instâncias superiores. O ponto de inflexão, creio, ocorreu esta semana no momento em que, ao revogar algumas prisões abusivas determinadas no ambito da Lava Jato, o STF admoestou severamente o juiz de primeira instância http://www.conjur.com.br/2017-abr-26/stf-deixou-claro-moro-passou-limites-afirma-gilmar-mendes.
A controvérsia jurídica se torna uma peça de ficção. De um lado temos o juiz que assassinou o Direito mandando prender suspeitos para obter delações mediante coação e selecionando quais delatados seriam protegidos e quais seriam triturados inclusive mediante vazamentos à imprensa. Do outro o STF, que também tinha assassinado o Direito para permitir que a inocente Dilma Rousseff fosse deposta por uma quadrilha de ladrões liderada pelo vice-presidente mafioso que, além de ter assinado decretos semelhantes àqueles que foram chamados de pedaladas fiscais (desculpa dada para a cassação do mandato da presidenta), recebeu um cheque de propina nominal em sua conta-corrente.