Dallagnol ataca toda classe política e leva troco

Em meio a especulações de que concorrerá ao Senado, o procurador Dentan Dallagnol foi às redes sociais e decidiu atacar toda a classe política, afirmando que todos só pensam em benefícios pessoais; em seguida, levou um troco do deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que afirmou que Dentan sonha com a ditadura togada; detalhe: ação de Dallagol na Lava Jato contribuiu para a derrubada de uma presidente honesta, substituída por uma quadrilha corrupta que afundou o Brasil.


Zé Dirceu denuncia a picaretagem das agências de risco

Meus amigos e minhas amigas do Nocaute.


Hoje vamos falar de um tema importantíssimo para o nosso país que são essas agências de risco, e de classificação, que acabaram de rebaixar a nota do Brasil.

Vocês se lembram do FMI, que ditava com uma cartilha o que cada país deveria fazer ou não fazer?

Agora são as agências de risco.

Desmoralizadas, foram elas que deram notas AAA para aquele grande golpe dado nos Estados Unidos com os derivativos. Vocês se lembram?

Eram todas dívidas podres mas foram transformadas em grandes investimentos, com grandes e seguros retornos. Essas agências recebiam de quem? Dos próprios bancos, das próprias instituições financeiras.

Mas no Brasil, não. No Brasil elas ditam regras.

Esse é o principal problema do nosso país, a dependência ao capital financeiro internacional e, aqui dentro do Brasil, ao duopólio de bancos. Os juros.

O que as agências querem do Brasil? A reforma da Previdência e as privatizações.

Qual é o déficit da Previdência? Déficit que eles dizem existir. Porque se nós levarmos em consideração o que eles retiram da Previdência, veremos que o déficit é bem menor que 159 bilhões de reais, mas pagamos 437 bilhões de reais em juros, 6,5% do nosso Produto Interno Bruto.

Daria para cobrir o chamado déficit da Previdência e fazer superávit se os juros fossem o que são pagos no mundo, juros negativos. Mas vamos supor que pagássemos 2%, e não 10% como pagamos, o país teria superávit e não déficit.

É uma mentira, e essas agências são uma chantagem para nos obrigar a privatizar a Previdência. Porque este é o objetivo, desnacionalizar e desindustrializar o Brasil.

É isso o que estamos assistindo, a venda vergonhosa do patrimônio nacional para pagar juros que nenhum país do mundo paga. Nem os Estados Unidos. A Europa paga juros negativos.

Mentira, mentira e mentira!

O déficit que o país tem hoje é porque pagamos 6,5% do nosso Produto Interno Bruto em juros para uma minoria de 1% da população, 5% no máximo, aos rentistas. São esses que sustentam essas agências de risco.

Por isso é hora de mudar, e mudar radicalmente, começando pelos juros.

Vamos eleger um governo que reduza os juros no Brasil. Que enfrente o duopólio dos bancos.

Cortes e mais cortes, é só isso o que o país escuta. Mas não dos ricos.

Estão cortando o seu salário. O dinheiro da Saúde, da Educação, do Minha Casa Minha Vida, do Saneamento. E para os ricos, estão dando benesses.

Porrete para o povo, benesses para os ricos.

Acabaram de perdoar dívidas da Previdência, dívidas dos ruralistas, dívidas com impostos, centenas de bilhões de reais deram para as petroleiras em isenções fiscais. Mas, enquanto isso, para você trabalhador o que eles dizem? Que tudo é culpa da Previdência.

Mentira. Você já sabe. É mentira!



Folha, Veja e o Globo dividem o Prêmio BoiMate 2017

TV Globo vence a última seletiva para o King of the Kings

Os jornalistas da Folha de São Paulo, da Veja e do Globo dividiram o Troféu Boimate de redação mais cascateira de 2017, após a definição das últimas três finalistas do King of the Kings, premiação que reconhece os coleguinhas que mais ajudaram a avacalhar o jornalismo no Brasil.

TROFÉU BOIMATE 2017Os resultados foram os seguintes:

1. Folha de São Paulo, Veja e O Globo: 3
2. IstoÉ: 2
3. Estado de São Paulo, Record, Exame, History Channel, Globonews e TV Globo: 1 

4ª SELETIVA PARA O KING OF THE KINGS – 2017

1. Jornal Nacional torna glamourosa a necessidade de pobres terem de usar lenha para cozinhar. (31 votos, 30%)

2. Mídia esconde depoimento de advogado que expõe tráfico de influência na Lava-Jato (30 votos, 29%).

3. Veja já tem matéria pronta para condenação de Lula (20 votos, 19%)
Mídia apoia reforma da Previdência em troca de anúncios (20 votos, 19%)


Briguilinas

Brasil vive um dos mais graves período da sua história

Enquanto a ministra Carmen Lucia visita presídios, para ver o que todo mundo já conhece, alguns homens de preto abusam do poder.  Ela não  vê os acontecimentos à sua volta,  onde a ditadura da toga  vai se desenvolvendo mediante um comportamento visivelmente politico, parcial  e dissociado de qualquer senso de justiça. A escandalosa perseguição a Lula pela Operação Lava-Jato, a vergonhosa sentença do juiz Sergio Moro que o condenou e o julgamento do Tribunal Regional Federal da 4ª Região do recurso da sua defesa, entre outros, são alguns dos principais sinais da transformação do Judiciário em perigoso poder político, que suprimiu a presunção de inocência, a exigência de prova e as garantias  constitucionais do cidadão. E os órgãos superiores da Justiça, o STF e o CNJ, de quem se esperava providências para recolocar o Judiciário em seus trilhos jurídicos, simplesmente  fingem que não estão vendo nada, numa aprovação tácita dos atos que mereceram condenação dos maiores juristas do Brasil e do exterior.  
A mobilização de brasileiros de todo o país para o julgamento do recurso de Lula no próximo dia 24, em Porto Alegre, não tem apenas o objetivo de defendê-lo e ao seu direito de concorrer às eleições presidenciais deste ano mas, também, de impedir que se cometa uma inominável injustiça, que abrirá um perigoso precedente para outras escandalosas injustiças, já que a partir daí qualquer pessoa estará sujeita a ser condenada por conta apenas da sua cor partidária e da convicção de um juiz. Porque a grande questão no caso da condenação do líder petista não é exatamente a falta de provas, mas a falta de crime. Sem crime não pode existir prova. Todo mundo tem consciência disso, inclusive os membros do Supremo Tribunal Federal, mas nenhum  ministro tem coragem de contrariar o todo poderoso juiz de primeira instância Sergio Moro que, numa inversão hierárquica, costuma fazer críticas à Suprema Corte. Diante dessa situação, alguns magistrados se sentem estimulados e encorajados a imitar o comportamento do juiz de Curitiba. E transformaram Lula no réu número um deste país.
Juristas de renome, inclusive o ex-juiz federal e atual governador Flavio Dino, condenaram a sentença de Moro que condenou Lula, por absoluta falta de justificativa legal, mas o presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª. Região, desembargador Thompson Flores, que julgará o recurso no dia 24, a considerou “irretocável”. De onde se conclui que ou o desembargador Flores não leu a sentença ou não entende nada de leis, porque é impossível que tanta gente especialista em Direito divirja do texto que ele considerou perfeito.  Ou então ele nem se preocupou em  ler a sentença porque sabe que a decisão é política e, portanto, não precisa de embasamento jurídico. Acontece que o poder que tem autoridade legal para tomar decisões políticas é o Congresso Nacional e não o Judiciário. Nesse caso, a quem recorrer? Ao Supremo, que tem se passado por cego, surdo e mudo diante da perseguição a Lula? Ou ao Conselho Nacional de Justiça, que há tempos se tornou mera figura decorativa, não apreciando sequer as reclamações contra o juiz Moro, cuja suspeição já foi negada diversas vezes? 
Além de Thompson Flores, também o desembargador Gebran Neto, relator do processo no TRF-4, insinuou o seu voto favorável à confirmação da condenação de Lula ao afirmar, durante recente evento em Buenos Aires, que nos julgamentos de casos de corrupção não se deve mais esperar uma “prova insofismável” para condenar o acusado, bastando uma “prova acima de dúvida razoável”, desde que haja “convergência” dos elementos probatórios. Alguma dúvida sobre o seu voto? Como a legislação ainda não mudou, é claro que  um juiz precisa de prova para condenar um réu, o que inexiste no caso do ex-presidente. Espera-se que os outros dois desembargadores que integram aquela Corte, pouco conhecidos porque não perseguem a fama e se comportam com discrição, julguem o caso dentro dos padrões jurídicos, fazendo efetivamente justiça. Se tal acontecer, a sentença de Moro será fatalmente derrubada  e saberemos que nem tudo está perdido na Justiça brasileira. Até porque sabe-se que a maioria dos magistrados não aprova  o comportamento adotado pelo juiz de Curitiba e outros dos seus colegas, mas por serem discretos, sem ambição ao estrelato, preferem manter-se quietos, no anonimato.
A simples expectativa do  julgamento de Lula pelo TRF-4, no entanto, além das inevitáveis repercussões no processo eleitoral deste ano, serviu também para revelar o tamanho do ódio disseminado no país pela mídia golpista e pelas redes sociais, como se pode perceber por algumas atitudes esdrúxulas. O prefeito tucano de Porto Alegre, Nelson Marchezan, por exemplo, numa atitude fascista infantil, própria de quem tem medo da democracia, chegou a pedir a presença do Exército para expulsar os manifestantes pro-Lula que pretendem ocupar aquela cidade no dia 24. Por burrice ou ingenuidade confundiu as Forças Armadas com a policia e foi ironizado. O juiz Osório Ávila Neto proibiu manifestações numa área de 500 mil metros quadrados em torno da sede do tribunal.  A chefe de gabinete do desembargador Flores, Daniela Tagliari Kreling Lau, fez campanha nas redes sociais pedindo a prisão de Lula e a sargento Flavia Abreu, da Brigada Militar Gaúcha, também foi às redes sociais para ameaçar os manifestantes. Até onde se sabe, ninguém sofreu sequer uma advertência, de onde se conclui que os seus superiores aprovaram a atitude deles. O ódio dessa gente, como é fácil perceber,  já atinge as raias da loucura. 
O fato é que não é mais segredo para ninguém que todo esse teatro montado pela Lava-Jato, com a cumplicidade da mídia,  tem o objetivo de eliminar Lula da vida pública, impedindo-o de concorrer às eleições presidenciais deste ano, conforme programado pelos que planejaram nos Estados Unidos o golpe que derrubou Dilma. A Lava-Jato está cumprindo a sua parte, como confirmou um alto funcionário do governo norte-americano. Resta saber o que acontecerá no dia 24 e nos dias seguintes. De uma coisa ninguém tem dúvidas: tudo dependerá do resultado do julgamento. Diante da gravidade do momento, porém, em que é praticamente impossível um prognóstico sobre os prováveis acontecimentos, os homens que detém uma parcela de poder neste país e, sobretudo, os que concorreram para essa grave situação de risco, devem meditar bastante sobre seus atos, porque serão responsáveis  pelos danos causados à Nação e ao seu povo e cobrados, no futuro,   pelos seus próprios filhos. E, também,  pela sua própria consciência. Por isso, nunca é demais lembrar as palavras do Cristo: “A semeadura é livre mas a colheita é obrigatória”. 
por Ribamar Fonseca - jornalista, escritor e colunista de Brasil 247
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A carta da Vargas que elegeu Dutra

Lula não pode [não tem o que] perder mais no dia 24 de Janeiro. O golpe e os golpistas, sim
Ao contrário do que dizem os jornais, a única decisão passível de ocorrer, daqui a nove dias, quando dois  desembargadores proferirem seus votos sobre a confirmação ou não da sentença de Sérgio Moro contra Lula – só dois, porque o voto do relator João Gebran Neto é um voto viciado por seu alinhamento automático e compadrio com o juiz de Curitiba – é a quase definição de Lula como vencedor do pleito de outubro deste ano.
Porque depois destes anos a fio de campanha midiática e de transformação da Justiça em ferramenta política, se os dois ou mesmo um só deles divergir, ainda que em parte, do golpe de mão eleitoral perpetrado por Moro, as chances de que a montagem venha a ruir são enormes.
E estará aberta a porta para que o Judiciário retome a sua tradição de não-intervenção em assuntos político-eleitorais.
Lula fez a sua parte e, ao reunir perto de 40% das intenções de voto a Presidente, mostrou que é o personagem central do julgamento que o povo brasileiro fará em pouco mais de nove meses.
O golpismo, sim, é que precisa do resultado de 3 a 0 para seguir vivo na disputa eleitoral embora isto esteja longe de significar que Lula, neste caso, estaria “morto”.
Há pelo menos três anos Lula já foi condenado pelo tribunal da mídia e  tão execrado quanto alguém poderia ser diante da opinião pública. Nada de pior podem lhe fazer, nem mesmo com o “3 a 0”
Mesmo se conseguirem este “placar”, Lula seguirá tendo a liderança do processo eleitoral, seja como candidato, seja como “grande eleitor”  de outro candidato.
Getúlio Vargas, apeado do poder e maldito em todos os círculos da mídia, escreveu uma pequena carta, poucos dias antes da eleição de 1946, e elegeu Eurico Gaspar Dutra contra o favorito Eduardo Gomes, herói da classe média e vitorioso da campanha da Itália.
A elite política e econômica do Brasil, no seu desespero por não ser – como poderia ser, não fosse tão medíocre – a reitora dos rumos do Brasil, algo a que renunciou quando resolveu ser apenas a “gerente” do estabelecimento colonial anacrônico imposto a este país não percebe que não conseguirá construir a legitimidade para seu poder, como teve com JK, no pós-Vargas.
Mesmo excluindo Lula por uma manobra abjeta, comandada por Moro, que está para o Judiciário como Eduardo Cunha esteve para o Legislativo, não tem ninguém que lhe garanta o voto do povo.
Nem mesmo com o 3 a 0 que pretende impor, daqui a nove dias. E pior ainda, se não os alcançar.
E, se alcançar, leva, definitivamente, o Judiciário para para a sua aventura suicida.
por Fernando Brito - Tijolaço
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dutra

A previdência e a manipulação midiática

Manipulação da Standard & Poor's para privatizar a previdência social, por J. Carlos de Assis
Se alguém tinha dúvidas sobre o que é jornalismo objetivo e o que é manipulação da opinião pública pela mídia teve uma excelente oportunidade de fazer essa distinção tomando como referência a “cobertura” do rebaixamento pela Standard & Poor´s da sua nota de crédito para o Brasil. O fato, em si,da atribuição da nota é irrelevante. É que a Standard não tem crédito para dar crédito a empresas e países. Deu notas máximas aos bancos norte-americanos  antes do colapso financeiro de 2008,  que custou trilhões à sociedade e ao mundo.
O que aconteceu agora foi uma manobra de manipulação explícita. A agência está integrada à quadrilha do grande capital financeiro mundial que quer forçar por todos os meios a reforma previdenciária infame no Brasil. Se ela desse uma nota alta ao país teria reconhecido que a política econômica de Henrique Meirelles vai bem. Era preciso piorar a nota para dizer que, além da liquidação da CLT e do congelamento por vinte anos do orçamento, falta fazer a grande reforma da Previdência para que o Brasil volte a crescer.
Não é preciso um acordo às claras para imaginar que a Standard combinou com as duas outras agências, Moodys e Fitch, uma escala de rebaixamento que preservasse o moral de Henrique Meirelles mas que assim mesmo possibilitasse a pressão política sobre a Previdência. Por isso atacou primeiro enquanto as outras duas esperam melhor oportunidade. É claro que nada disso tem a ver com a real credibilidade de um país que tem quase 400 bilhões de dólares em reservas. O problema é expandir a todo o custo a privatização.
Juntando o noticiário de quinta-feira com o de sexta, a Globo deve ter dedicado uns bons 20 minutos do Jornal Nacional para bombardear seus telespectadores com a “notícia” do rebaixamento. Não foi tanto no Jornal da Globo,que é mais elitista. Foi no jornal destinado às massas. É claro que esse público não está muito interessado em agência de risco e classificação de crédito. A Globo insiste nesse noticiário porque sabe do efeito subliminar de uma cobertura de massa sobre as consciências. Fez isso muito bem com o mensalão e a Lava Jato.
O propósito, obviamente, é massificar junto à opinião pública o conceito de que, sem reforma previdenciária, o Brasil não sairá da crise. O que normalmente seria recebido como um fato negativo, o rebaixamento da nota, passa a ser um instrumento para mobilizar a opinião pública a fim de pressionar o Congresso ainda relutante a apoiar a reforma. E o que tem isso a ver com a retomada do crescimento? Absolutamente nada. O problema do crescimento, se tivesse de ser resolvido, teria de ser resolvido por outros caminhos.
Quanto à reforma previdenciária, seu objetivo é abrir espaço para a generalização da previdência privada, chamada de capitalização - que permitiria a manipulação pelo setor privado de bilhões de reais em fundos -, e não em bases correntes, onde a geração atual paga pela passada fora das negociatas privatistas. Para isso, é preciso piorar a Previdência pública pois poucos sairiam dela se,  como acontece hoje, tivesse um nível de atendimento razoável. Não importa para o capital que tenha sido retumbante o fracasso da privatização da previdência feita pelo governo do ditador Pinochet no Chile. Ele atende à alta finança, e isso basta.
Suponhamos, porém,  para efeito de raciocínio, que a Standard seja uma agência de risco de boa fé. Nesse caso ela rebaixaria, sim, o Brasil. Porém não por causa da Previdência. Mas por causa da depressão econômica por três anos seguidos (que o Governo nega mas só convence os trouxas), por causa do alto desemprego, da reprimarização da economia, da desindustrialização, do retalhamento da Petrobrás, da intenção estúpida de privatização do setor elétrico – tudo conspirando, sob a batuta de Meirelles, para um prolongado ciclo de contração da economia. Até que, pela  graça de Deus e força dos homens, seja derrubado. 
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