Boas notícias

A taxa de desemprego nas seis maiores regiões metropolitanas do país ficou em 7,2% em janeiro, o menor índice desde o início dessa série de pesquisas feitas pelo IBGE há oito anos. A indústria paulista, por sua vez,  manteve o ritmo de recuperação no mesmo mês, quando a atividade no setor cresceu 0,4% em comparação com dezembro/2009, segundo o levantamento divulgado pela FIESP.

Com esse índice, o diretor do Departamento de Pesquisas Econômicas da entidade empresarial, Paulo Francini, prevê que o Indicador de Nível de Atividade (INA) deverá crescer este ano "entre 13% e 14%" sendo "uma parte de recuperação, e outra de crescimento".

Com R$ 3 bi de receitas provenientes de um ajuste de contas com o Previ, o fundo de pensão de seus funcionários, o Banco do Brasil (BB) encerrou 2009 com um lucro líquido anual recorde de R$ 10,15 bi, o maior já obtido por uma instituição financeira no país, conforme dados da Consultoria Economática. E a performance do BB decorre também de outras razões, entre as quais do fato de que enquanto o mercado privados ampliou a oferta de crédito em 14,5% o banco público expandiu em 33,8% sua carteira de empréstimos.

O lucro do Previ decorre de dinheiro que sobra em caixa após os pagamentos a seus aposentados. As três excelentes notícias constituem mais uma prova da gestão competente e séria dos sindicalistas que o dirigem, e que derruba, de uma vez por todas, o preconceito elitista e conservador contra a participação deles na direção dos fundos e no governo. Daí a importância de não se aumentar juros (a taxa Selic) no momento, dando assim uma contribuição substancial para a diminuição do endividamento público. Com isso se estará reduzindo ainda mais o serviço da dívida pública, barateando e facilitando o crédito.

É disso que precisamos: juros menores e políticas efetivas para superar os gargalos que virão com a nova fase de crescimento econômico. O caminho para o êxito nessa empreitada passa, também, por uma política industrial e de inovação; reforma tributária; manutenção e ampliação das linhas de crédito do BNDES; ativação do nosso mercado de capitais; associação a capitais externos que invistam em produção no país; substituição de importações via produção interna, notadamente de tecnologia; e obras, muitas obras de infraestrutura, representadas pela continuidade das programadas no PAC e no PAC II.

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