Ana Paula Scinocca/ BRASÍLIA Julia Duailibi – O Estado de S.Paulo
No momento em que tucanos reclamam da ausência de material para militância em regiões do País e aliados pedem mais mobilização nas ruas, a campanha do presidenciável do PSDB, José Serra, encontra dificuldades em alguns palanques estaduais.
Os cenários tidos como mais críticos hoje são Rio Grande do Norte e Amazonas. No primeiro Estado, a coligação de Serra tem como candidata ao governo a senadora Rosalba Ciarlini (DEM).
O nome do tucano sequer aparece nas propagandas da candidata, decisão tomada por orientação do marqueteiro. A ordem é evitar que a candidata seja vista como anti-lulista.
Por conta da tentativa de “esconder” o candidato do PSDB, tucanos sequer têm conseguido montar agenda para que o presidenciável no Estado. “Ninguém consegue levar o Serra lá”, confidenciou um líder tucano.
No Amazonas, a situação é um pouco diferente. Serra não está totalmente “escondido”, mas também não aparece por lá. A tradição não é boa para o PSDB no Estado. Lá foi o local onde o então candidato tucano à Presidência em 2006, Geraldo Alckmin, teve o pior desempenho.
O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio, candidato à reeleição, disse que já convidou o presidenciável “inúmeras vezes para ir ao Estado”.
“Ele tem espaço lá e precisa ir”, anotou Arthur Virgílio, que colou sua campanha à reeleição no candidato a governador Alfredo Nascimento (PR), que dará palanque à adversária de Serra, Dilma Rousseff (PT).
Em Pernambuco, o PSDB local não tem se entendido com o candidato a governador, Jarbas Vasconcellos (PMDB), que dará palanque a Serra. Tucanos aderiram à coligação em torno da reeleição de Eduardo Campos (PSB), da base de Dilma.
Dos 17 prefeitos do PSDB no Estado, apenas três continuaram na campanha de Jarbas. O resto migrou para Campos, que é amigo do presidente do PSDB, Sérgio Guerra. O governador e Guerra têm boa relação desde a época em que o presidente tucano era do PSB.
No Paraná, a saída de cena do senador Álvaro Dias (PSDB-PR), inicialmente escolhido como vice e depois substituído por Índio da Costa (DEM-RJ), criou um problema. Serra tem agenda no Estado, mas sem a presença de Dias, que não acompanha Serra porque seu irmão, Osmar Dias (PDT), disputa o governo. COLABOROU ÂNGELA LACERDA
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