Nos Estados Unidos, como aqui, o Banco Central (BC nosso, FED deles) segue uma trajetória esquizofrênica. Os dois são apressados para tomar decisões restritivas do crédito com medo da inflação futura, e atrasados para adotar medidas anticíclicas que estimulem o crédito e o reaquecimento da economia.
Entre a pressa e o atraso, constata-se que tanto no caso da recessão, quanto no do aumento da inflação, pode não haver relação alguma com as políticas macroeconômicas.
Como vemos, a economia pode nem se reaquecer diante de medidas como as tomadas pelo FED, que entre janeiro de 2009 e março de 2010 adquiriu US$ 1,25 trilhão em títulos lastreados por hipotecas; US$ 175 bi em dívidas de empresas controladas pelo governo; e US$ 300 bi em títulos do Tesouro. Mesmo assim, as incertezas e a insegurança geral persistem e, tudo indica, são ainda maiores que o estímulo ao crédito que o banco procura dar.
No nosso caso, a inflação nada tinha a ver com a demanda e sim com a oferta. Mas, apesar disso, o mesmo BC que demorou seis meses para reduzir os juros Selic em 5%, agora os aumentou apressadamente em 2%. Para logo depois constatar que a inflação cai e a atividade econômica não mantém o ritmo anterior - ou seja, não era necessário subir os juros.
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