Depois de reunião com a executiva do PT José Eduardo Dutra, presidente do partido disse hoje que o sudeste é prioridades na reta final da campanha da Dilma.
Apesar da preferência pelo sudeste, a região nordeste, onde Dilma obteve larga vantagem no primeiro turno das eleições gerais, também deverá ser alvo de atos de campanha em busca de alargar ainda mais a distância entre a petista e seu adversário.
Pesquisa do Instituto Sensus encomendada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) e divulgada na última semana aponta que a vantagem de Dilma diante de José Serra só se confirma na região nordeste, onde tem 60,7% das intenções de voto contra 31,1% do tucano. Em setembro, a petista tinha 66,0% da preferência do eleitorado contra 24,5% do tucano entre os nordestinos. Na região sudeste, os dois presidenciáveis estão tecnicamente empatados na preferência dos eleitores, com Dilma controlando 43,3% das intenções de voto, enquanto 44,7% preferem Serra.
O mesmo levantamento aponta crescimento do candidato tucano em todas as regiões do Brasil. A maior vantagem é na região sul, onde ocupa a dianteira da preferência do eleitorado com quase 20 pontos de vantagem. Em setembro, o ex-governador de São Paulo tinha vantagem de 4,8 pontos percentuais entre os sulistas e ampliou a margem de 19,6 pontos.
"O sudeste é prioridade até porque é o grande colégio eleitoral, mas o nordeste não pode ser deixado de lado, temos vantagem lá e uma perspectiva de aumentar a vantagem", disse o presidente do PT nesta terça, informando ainda que o partido pretende realizar uma mobilização nacional no dia 27 de outubro, dia do aniversário do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e data em que se comemorou a vitória nas eleições de 2002.
Agenda negativa
Temas polêmicos envolvendo assuntos religiosos, uma suposta defesa da descriminalização do aborto e escândalos como o suposto tráfico de influência na Casa Civil, apontados como fatores que impediram a vitória dilmista no primeiro turno das eleições, devem perder aos poucos a importância na corrida pela presidência da República. A avaliação é do líder do PT na Câmara, Fernando Ferro (PE).
"Nós estancamos essa agenda negativa e ruim para a sociedade e estamos agora numa tendência de crescimento nessa reta final, agora é aumentar a militância. O sinal amarelo que tínhamos na semana passada foi bom para mobilizar, mas já estamos em retomada do crescimento", observou o parlamentar.
A despeito da diminuição do foco em temas polêmicos, o PT e o deputado Paulinho da Força Sindical (PDT-SP) recorreram nesta terça à procuradoria-geral da República para pedir apuração no caso conhecido como Paulo Preto. Ex-diretor de engenharia da estatal Dersa, ele é suspeito de desviar R$ 4 milhões da campanha de José Serra.
LARYSSA BORGES - Redação Terra
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