é hilariante oposição passar 8 anos criticando e agora elogiar o governo, dizendo ser diferente'


Lula foi irônico na noite de ontem com membros da oposição, sobretudo com FHC, que o criticou por não ter ido ao almoço com o presidente Barack Obama. Disse que foi "hilariante" saber que os opositores digam agora que a presidente Dilma Rousseff, que ele ajudou a eleger como sua sucessora, é diferente dele, e que os que passaram oito anos criticando seu governo agora passem a falar bem.
" Provavelmente agora que o presidente Obama fez rasgados elogios ao Brasil, à sua ascenção e importância no mundo, alguns que passaram dez anos criticando, passem agora a falar bem. É extraordinário e hilariante. Foram oito anos. Sabem como pegamos e como deixamos o país. Alguns adversários tentaram vender que nós éramos a continuidade. Agora que elegemos alguém para fazer a continuidade, dizem que agora ela é diferente. É o mínimo hilariante." disse Lula. 
Convidado para ir ao almoço com Obama, Lula não foi. Mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso foi e elogiou Dilma pela "civilidade" do convite, aproveitando para criticar Lula por não ter ido e por não o ter convidado para ir ao Palácio do Planalto em oito anos de seu governo. Lula não deu entrevista aos jornalistas que acompanharam o jantar para 800 convidados da comunidade árabe e alusão ao ex-presidente FH foi feita por Lula no discurso no início do jantar por volta das 22h, no Clube Monte Libano.
Ao responder ao discurso do professor Mohamed Abdib, do Insituto Cultural Árabe, da Unicamp, que disse que Lula deixava saudades, o ex-presidente pregou a alternância no poder.
- A rotatividade e alternância do poder é uma coisa sagrada e vocês não sabem o orgulho que tenho por ter entregue a presidência da República a uma mulher que foi perseguida e torturada - disse Lula.
Durante o jantar, os organizadores do evento apresentaram videos mostrando Lula chorando na posse no TSE em 2002 e trechos de sua viagem ao mundo árabe em 2003. Lula foi muito aplaudido ao defender os árabes.
- Todo mundo dizia que o terror tinha a cara de árabe, que o terror tinha a cara de um latino-americano ou de qualquer outro país, mas nunca das potências. Quando na verdade o povo palestino era mais vitima do que terrorista - disse Lula, que recebeu uma placa de agradecimento da comunidade muçulmana.
Ele defendeu a posição brasileira de ter se abstido no ataque à Libia.
- Sou solidário à posição do Brasil que se absteve na votação da invasão à Libia. Isso só acontece porque a ONU está enfraquecida, representada por forças do século 20 e não do século 21 - disse Lula, que defendeu que o secretário-geral da ONU vá à Líbia "conversar".
Além da comunidade árabe, alguns ministros de Dilma estavam presentes, como Orlando Silva (esportes) e Fernando Haddad (Educação). 

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