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Tucanato procura marqueteiro

Aécio Neves e dirigentes do PSDB procuram um maquiadeiro para redesenhar a cara do partido e maquiar o presidenciável durante a campanha eleitoral de 2014.


Josias de Souza: [...] O tucanato tem pressa. Deseja utilizar a nova mão de obra já na produção da propaganda institucional gratuita a que tem direito no primeiro semestre de 2013 –dez minutos, em rede nacional de rádio e tevê, no horário nobre; mais 40 inserções de 30 segundos distribuídas ao longo da programação.
Planeja-se usar a vitrine eletrônica para exibir Aécio, potencializando-lhe a taxa de conhecimento. Imagina-se, de resto, que até lá o PSDB já terá definido o que pretende ser depois que se “reiventar” numa série de encontros municipais e estaduais, que desaguarão numa convenção nacional marcada para maio.
Elegendo-se presidente nacional da legenda, como defende um pedaço do tucanato, Aécio poderia levar sua cara de candidato à publicidade institucional disfarçado de dirigente partidário. Definida a forma, resta decidir o conteúdo.
Diz-se que, com boa propaganda, as pessoas acreditam até em ovo sem casca. Pode ser. Mas, a essa altura, um candidato de oposição sem uma proposta mais clara do que a gema será difícil de digerir.

João Santana: Lula é o melhor para São Paulo

Para João Santana, Dilma será reeleita já no 1º turno em 2014 e Haddad “tem tudo para ser presidente”

O marqueteiro preferido pelo PT desde 2006, João Santana, afirma que o melhor nome do partido para disputar o governo de São Paulo é o do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista a Fernando Rodrigues, o marqueteiro diz que, embora seja “imbatível”, Lula não aceita “nem pensar nessa ideia”.

Santana participou de sete campanhas presidenciais no Brasil e no exterior. Venceu seis. Comandou, por exemplo, o marketing da candidatura Dilma em 2010.

Para ele, a presidente será reeleita em 2014 no 1º turno e o prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, “tem tudo para ser presidente em 2022 ou 2026”.

De acordo com Santana, o julgamento do mensalão transmitido ao vivo pela TV é “o maior reality show da história jurídica não do Brasil, mas talvez do planeta”.

Afirma que o “excesso midiático é um veneno”. “Se os ministros [do STF] não se precaverem, eles podem ser vítimas no futuro”, observa. 

da Folha

Governantes petistas alimentam o inimigo com filé mignom


[...] e servem aos amigos carne de pescoço

Berna (Suiça) – Daqui de longe, vendo o tumulto provocado com o processo Mensalão e a grande imprensa assanhada, me parece assistir a um show de hospício, no qual os réus e suspeitos financiam seus acusadores. O Brasil padece de sadomasoquismo, mas quem bate sempre é a direita e quem chora e geme é a esquerda.

Não vou sequer falar do Mensalão, em si mesmo, porque aqui na Suíça, país considerado dos mais honestos politicamente, ninguém entende o que se passa no Brasil. Pela simples razão de que os suíços têm seu Mensalão, perfeitamente legal e integrado na estrutura política do país.

Cada deputado ou senador eleito é imediatamente contatado por bancos, laboratórios farmacêuticos, seguradoras, investidores e outros grupos para fazer parte do conselho de administração, mediante um régio pagamento mensal. Um antigo presidente da Câmara dos deputados, Peter Hess, era vice-presidente de 42 conselhos de administração de empresas suíças e faturava cerca de meio-milhão de dólares mensais.

Com tal generosidade, na verdade uma versão helvética do Mensalão, os grupos econômicos que governam a Suíça têm assegurada a vitória dos seus projetos de lei e a derrota das propostas indesejáveis. E nunca houve uma grita geral da imprensa suíça contra esse tipo de controle e colonização do parlamento suíço.

Por que me parece masoca a esquerda brasileira e nisso incluo a presidente Dilma Rousseff e o PT ? Porque parecem gozar com as chicotadas desmoralizantes desferidas pelos rebotalhos da grande imprensa. Pelo menos é essa minha impressão ao ler a prodigalidade com que o governo Dilma premia os grupos econômicos seus detratores.

Batam, batam que eu gosto, parece dizer o governo ao distribuir 70% da verba federal para a publicidade aos dez maiores veículos de informação (jornais, rádios e tevês), justamente os mais conservadores e direitistas do país, contrários ao PT, ao ex-presidente Lula e à atual presidenta Dilma.

Quando soube dessa postura masoquista do governo, fui logo querer saber quem é o responsável por essa distribuição absurda que exclui e marginaliza a sempre moribunda mídia da esquerda e ignora os blogueiros, responsáveis pela correta informação em circulação no país.

Trata-se de uma colega de O Globo, Helena Chagas, para quem a partilha é justa – recebe mais quem tem mais audiência! diz ela.

Mas isso é um raciocínio minimalista! Então, o povo elege um governo de centro-esquerda e quando esse governo tem o poder decide alimentar seus inimigos em lugar de aproveitar o momento para desenvolver a imprensa nanica de esquerda ?

O Brasil de Fato, a revista Caros Amigos, o Correio do Brasil fazem das tripas coração para sobreviver, seus articulistas trabalham por nada ou quase nada, assim como centenas de blogueiros, defendendo a política social do governo e a senhora Helena Chagas com o aval da Dilma Rousseff nem dá bola, entrega tudo para a Veja, Globo, Folha, SBT, Record, Estadão e outros do mesmo time ?

Assim, realmente, não dá para se entender a política de comunicação do governo. Será que todos nós jornalistas de esquerda que votamos na Dilma somos paspalhos ?

Aqui na Europa, onde acabei ficando depois da ditadura militar, existe um equilíbrio na mídia. A França tem Le Figaro, mas existe também o Libération e o Nouvel Observateur. Em todos os países existem opções de direita e de esquerda na mídia. E os jornais de esquerda têm também publicidade pública e privada que lhes permitem manter uma boa qualidade e pagar bons salários aos jornalistas.

Comunicação é uma peça chave num governo, por que a presidenta Dilma não premiou um de seus antigos colegas e colocou na sucessão de Franklin Martins um competente jornalista de esquerda, capaz de permitir o surgimento no país de uma mídia de esquerda financeiramente forte ?

Exemplo não falta. Getúlio Vargas, quando eleito, sabia ser necessário um órgão de apoio popular para um governo que afrontava interesses internacionais ao criar a Petrobras e a siderurgia nacional. E incumbiu Samuel Wainer dessa missão com a Última Hora. O jornal conseguiu encontrar a boa receita e logo se transformou num sucesso.

O governo tem a faca e o queijo nas mãos – vai continuar dando o filet mignon aos inimigos ou se decide a dar condições de desenvolvimento para uma imprensa de esquerda no Brasil ?
 Rui Martins, Direito da Redação

A Globo paga propina e não é condenada

Com 50% da audiência da tevê aberta, a Rede Globo detém 80% da verba publicitária.
A tevê aberta detém 60% de toda a publicidade do país.

Logo, a Rede Globo, sozinha, fica com 50% de TODA a publicidade do país.

Se o amigo navegante somar O Globo, a Globosat, a Época, a rádio que troca a notícia, os portais, a InfoGlobo e o diabo a quatro, os filhos do Roberto  Marinho – eles não tem nome próprio – embolsam 60% de TODA a publicidade  do pais.

Viva a PiGocracia (*) !!!

Além de pagar os 20% regulamentares das agências de publicidade, a Globo paga às agências uma bonificação por volume.

Quanto mais a anunciar na Globo, mais a agência -  e não o cliente – embolsa uma grana.

Em qualquer país que não seja uma “democracia de fachada”, como diz o professor Roxin, isso tem o nome de “propina”.

Aqui, a Globo botou a propina na Lei.

O Supremo acaba de mandar para a cadeia o ex- diretor do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato, porque ele pagava “bonificação por volume ” às agências do Marcos Valério.

O Conversa Afiada já sugeriu: ” fala, Valério, fala !” e “Fala, Pizzolato, fala !

Mas eles preferiram levar o imaculado banqueiro para o silêncio de atrás das grades.

Agora, amigo navegante, se o Pizzolato vai em cana, que destino deve estar reservado aos filhos do Roberto Marinho, que pagam “BV”  a todo mundo ?

O sol de Itacaré, no Sul da Bahia, ou o sol quadrado ?

Clique aqui para ler na Carta Maior sobre essa criminalização da Família Marinho.

E, muito importante: o BV da Globo é o MAIOR FATURAMENTO DAS 40 MAIORES AGÊNCIAS DE PUBLICIDADE DO PAÍS !!!

Viva a PiGocracia !

Coitado  do Pizzolato !

Quem manda ser do PT ?

Outro que corre serio risco de vida (política) é o Senador Pedro Taques, do PDT-MT. Ele tem um projeto de lei para acabar com o BV. Já, já entra na Lista Negra.

Mas, sabe como é, amigo navegante. Uma coisa é o julgamento do mensalão do PT. Outra, a Globo.

E quem manda no Supremo, amigo navegante ? A Lei !

A Justiça, diante da qual são todos iguais – o Pizzolato e os filhos do Roberto Marinho.

O PT é sadomasoquista


Os jornalecos e almanaques reacionários de oposição, tipo Veja, vez por outra têm um de seus capangas acusando jornalistas de “chapa-branca” na tentativa de encurralar qualquer visão séria e democrática sobre o Partido dos Trabalhadores e os governos do PT. Por trás destas críticas reside um viés ideológico como porta-voz da direita no Brasil, bem como um certo mal estar pela perda da sustentação financeira com o dinheiro oficial.

A partir do governo Lula, praticou-se uma distribuição mais justa em termos regionais na descentralização dos receptores do dinheiro da publicidade oficial. Nosso governo incorporou no mailing dos meios de comunicação do Estado brasileiro desde redes regionais até o sistema de rádios comunitárias e jornais espalhados por diversas regiões do Brasil. Este gesto atraiu o descontentamento dos Civitas da vida, que querem monopolizar e concentrar os meios e suas receitas. Apesar da mudança, ainda é profundamente concentrada a distribuição das verbas oficiais de comunicação.

Observa-se que dos R$ 161 milhões repassados à emissoras de rádios, TV, jornais, revistas e sites, desde o início do governo Dilma, R$ 50 milhões foram destinados apenas para a TV Globo, quase um terço de toda a verba – ao todo,  o Sistema Globo de Comunicações recebeu R$ 55 milhões.  Já a “imparcial” revista Veja, por sua vez, recebeu R$ 1,3 milhão; e o os tentáculos on-line da Editora Abril também receberam mais R$ 353 mil. Enquanto isso, a revista “parcial” Carta Capital recebeu, no mesmo período, R$ 119 mil.

Em outros termos, pagamos uma mídia para nos atacar, nos destruir e se organizar em quadrilhas, como no caso recente da dobradinha Veja/Cachoeira.

Isto não é justo. Não é correto. Precisamos rever a distribuição de verbas publicitárias, que hoje se constituem num verdadeiro acinte à democracia. Não se trata apenas de regular os meios de comunicação, devemos promover uma justa redistribuição das verbas publicitárias do Governo.

Por fim, é bom que se note que aqui não foram incluídos os repasses das verbas publicitárias das empresas estatais de economia mista, como o Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, BNDES, Correios, Grupo Eletrobrás, Petrobrás, etc.

Ora, parece que tomamos gosto por rituais de sadomasoquismo midiático ou praticamos a gentileza dos submissos.
Fernando Ferro 

Mais uma palhaçada dos complexados e complexadas da SEPPIR

Acusada de racista, campanha da Bombril é suspensa
A campanha “Mulheres que Brilham” foi considerada racista pela Secretaria Especial de Política de Promoção da Igualdade Racial, que pediu a suspensão da peça. A imagem que causou polêmica mostra uma mulher com o logotipo da marca sobre sua vasta cabeleira, o que levou o governo a associar o produto aos cabelos crespos. 
campanha da Bombril
Imagem da Bombril que gerou polêmica
Anteriormente, o Conar (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) havia negado a reclamação da Secretaria, porém, a empresa já alterou a campanha para evitar maiores polêmicas.

"A Bombril faz questão de ressaltar que não teve a intenção de realizar qualquer tipo de associação que não fosse referente à valorização e exaltação da beleza e diversidade da mulher brasileira", disse a empresa em nota.

Público é o primeiro a reclamar

Não é novidade a intervenção de órgãos reguladores na mídia para tirar campanhas publicitárias consideradas racistas do ar. Na verdade, o público está mais atento e exigente. Para dar um exemplo, na época de lançamento da campanha da Bombril - veiculada no programa Raul Gil para divulgar um quadro de mesmo nome que procurava novos talentos na música - diversos consumidores reclamaram nas redes sociais e até criaram uma petição on-line para tirá-la do ar.

A marca Nívea de cosméticos e o Azeite Gallo também foram criticados recentemente por peças publicitárias consideradas racistas.

Fonte: Adnews om Informações do Radar on-line

Logomarca plagiada


Todos sabemos que criatividade e originalidade dos marqueteiros do PSDB é só é comparável à dos seus grandes economistas.
Por isso, é preciso denunciar imediatamente esse crime que os suecos estão cometendo ao plagiar – com três anos de antecedência – a logomarca da campanha tucana em São Paulo. Obviamente que se trata de sabotagem de sórdidos petistas, infiltrados na corte do rei Carl Gustav, com o objetivo de desmoralizar a genialidade do “mais bem preparado dos brasileiros”.
Vejam o logo oficial da gestão da Suécia na Presidência Rotativa da Comunidade Européia em 2009. Ao lado, a evidente “fonte de inspiração” dos suecos: a originalíssima logomarca da campanha de José Serra à prefeitura, apresentada ontem à nação.
Criatividade tucana

Slogans de governos


Slogans refletem a tônica dos governos republicanos
Como é praxe na política, os governos brasileiros tentaram resumir seus planos para o país em boas frases de efeito. No início, eram apenas declarações que acabaram pegando. Com a profissionalização da propaganda oficial, os bordões viraram verdadeiros slogans. No conjunto, eles resumem a história da República.
1898 - “Nossa vocação é agrícola”
A frase foi proferida por Joaquim Murtinho, ministro da Fazenda do governo de Campos Salles. Ela defendia a agricultura como um todo e a cafeicultura de forma mais específica – e deixava clara qual era a prioridade da política nacional. Era o início da república do “café-com-leite”, com o país na mão das oligarquias mineira e paulista.
1926 - “Governar é abrir estradas”
Tempos antes, na virada do século, o Brasil fez fortuna com o ciclo da borracha, de carona na explosão da produção mundial de carros. O fim da hegemonia agrícola era inevitável. Isso foi percebido por Washington Luís. Ele já usara o slogan entre 1920 e 1924, quando governou São Paulo e abriu 1 326 quilômetros de estradas.
1953 - “O petróleoé nosso”
Getúlio Vargas, que já tinha virado o “pai dos pobres” com a Consolidação das Leis do Trabalho, na época de sua ditadura nos anos 1930, reforçou o nacionalismo econômico – desta vez, em seu governo democrático. Nos anos 1950, uma campanha que tinha como base a intervenção estatal levou à criação da Petrobras, que foi o pilar de seu projeto de desenvolvimento.
1956 - “50 anos em 5”
O lema da campanha presidencial de Juscelino Kubitschek referia-se aos cinco pontos do Plano de Metas, seu projeto desenvolvimentista: energia, transportes, indústria de base, alimentação e educação. Outra idéia presente nele era a de recuperar o tempo perdido. Construir Brasília representava dois ideais importantes: modernidade e integração nacional. O slogan mirava também em outra leitura: “50 anos de progresso em 5 de governo”.
1960 - “Varre, varre, vassourinha”
Durante a construção de Brasília, a UDN, partido de oposição a JK, fez várias acusações de desvios de verba e corrupção do governo. Nas eleições de 1960, Jânio Quadros se apresentou para limpar o país com o jingle da vassoura e acabou eleito. Sete meses e várias medidas impopulares depois (como a proibição de as mulheres usarem biquínis na praia), ele renunciou.
1970 - “Ame-o ou deixe-o”
O país vivia um momento ambíguo. Era o auge da repressão, sob a ditadura de Emilio Garrastazu Médici. Ao mesmo tempo, um momento de orgulho para a população, com o “Pra Frente, Brasil” do tricampeonato na Copa do Mundo de futebol e do milagre econômico. Em tom de ameaça, o slogan chamava quem estava contente para o seu lado e desencorajava a oposição.
1985 - “Tudo Pelo Social”
A saída do presidente João Figueiredo põe fim a 21 anos de ditadura militar e a tão aguardada democracia traz ao povo brasileiro de volta a esperança de igualdade social. O slogan do presidente José Sarney procurava corresponder a esse sentimento, que acabou naufragando junto com o plano do governo para controlar a inflação, o Cruzado.
1993 - “Brasil, união de todos”
Ao se manifestar contra Fernando Collor, a opinião pública não deixou opção para o Congresso no processo de impeachment do presidente. Depois desse turbilhão, o slogan de governo de Itamar Franco, vice-presidente empossado, pretendia homenagear o povo que, pela primeira vez na história do país, acabara de tirar do poder um presidente acusado de corrupção.
2001 - “Avança, Brasil”
Com a inflação sob controle, o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso lança o plano “Avança, Brasil”. Um dos principais objetivos era a geração de empregos – mas a manutenção da estabilidade econômica, forçada em contrato com o FMI, acabou sendo a grande prioridade. O nome do plano acaba virando um dos lemas do governo (o outro era “Brasil em ação”).
2004 - “ Brasil, país de todos”
O slogan oficial do governo Lula é “Brasil, país de todos”. Mas ele apóia formalmente a campanha “Eu sou brasileiro e não desisto nunca”, da Associação Brasileira de Anunciantes. A frase acabou sendo usada ironicamente em referência ao próprio presidente, que concorreu quatro vezes ao planalto e agora enfrenta denúncias de corrupção.
2011 - País rico é país sem miséria
O slogan da presidente Dilma enfatiza a necessidade de combater a pobreza tendo como base a distribuição de renda.

A tucademopiganalhada chapa-branca

O jornaleco O Globo toma as dores da rivistinha [in]Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.

Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. 

Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.  Continua>>>

Eternos chapas brancas


O jornal O Globo toma as dores da revista Veja e de seu patrão na edição de terça 8, e determina: “Roberto Civita não é Rupert Murdoch”. Em cena, o espírito corporativo. Manda a tradição do jornalismo pátrio, fiel do pensamento único diante de qualquer risco de mudança.

Desde 2002, todos empenhados em criar problemas para o governo do metalúrgico desabusado e, de dois anos para cá, para a burguesa que lá pelas tantas pegou em armas contra a ditadura, embora nunca as tenha usado. Os barões midiáticos detestam-se cordialmente uns aos outros, mas a ameaça comum, ou o simples temor de que se manifeste, os leva a se unir, automática e compactamente.

Não há necessidade de uma convocação explícita, o toque do alerta alcança com exclusividade os seus ouvidos interiores enquanto ninguém mais o escuta. E entra na liça o jornal da família Marinho para acusar quem acusa o parceiro de jornada, o qual, comovido, transforma o texto global na sua própria peça de defesa, desfraldada no site de Veja. A CPI do Cachoeira em potência encerra perigos em primeiro lugar para a Editora Abril. Nem por isso os demais da mídia nativa estão a salvo, o mal de um pode ser de todos.

O autor do editorial exibe a tranquilidade de Pitágoras na hora de resolver seu teorema, na certeza de ter demolido com sua pena (imortal?) os argumentos de CartaCapital. Arrisca-se, porém, igual a Rui Falcão, de quem se apressa a citar a frase sobre a CPI, vista como a oportunidade “de desmascarar o mensalão”. Com notável candura evoca o Caso Watergate para justificar o chefe da sucursal de Veja em Brasília nas suas notórias andanças com o chefão goiano.

Abalo-me a observar que a semanal abriliana em nada se parece com o Washington Post, bem como Roberto Civita com Katharine Graham, dona, à época de Watergate, do extraordinário diário da capital americana. Poupo os leitores e os meus pacientes botões de comparações entre a mídia dos Estados Unidos e a do Brasil, mas não deixo de acentuar a abissal diferença entre o diretor de Veja e Ben Bradlee, diretor do Washington Post, e entre Policarpo Jr. e Bob Woodward e Carl Bernstein, autores da série que obrigou Richard Nixon a se demitir antes de sofrer o inevitável impeachment. E ainda entre o Garganta Profunda, agente graduado do FBI, e um bicheiro mafioso.

Recomenda-se um mínimo de apego à verdade factual e ao espírito crítico, embora seja do conhecimento até do mundo mineral a clamorosa ignorância das redações nativas. Vale dizer, de todo modo, que, para não perder o vezo, o editorialista global esquece, entre outras façanhas de Veja, aquele épico momento em que a revista publica o dossiê fornecido por Daniel Dantas sobre as contas no exterior de alguns figurões da República, a começar pelo presidente Lula.

Concentro-me em outras miopias de O Globo. Sem citar CartaCapital, o jornal a inclui entre “os veículos de imprensa chapa-branca, que atuam como linha auxiliar dos setores radicais do PT”. Anotação marginal: os radicais do PT são hoje em dia tão comuns quanto os brontossauros. Talvez fossem anacrônicos nos seus tempos de plena exposição, hoje em dia mudaram de ideia ou sumiram de vez. Há tempo CartaCapital lamenta que o PT tenha assumido no poder as feições dos demais partidos.

Vamos, de todo modo, à vezeira acusação de que somos chapa-branca. Apenas e tão somente porque entendemos que os governos do presidente Lula e da presidenta Dilma são muito mais confiáveis do que seus antecessores? Chapa-branca é a mídia nativa e O Globo cumpre a tarefa com diligência vetusta e comovedora, destaque na opção pelos interesses dos herdeiros da casa-grande, empenhados em manter de pé a senzala até o derradeiro instante possível.

Não é por acaso que 64% dos brasileiros não dispõem de saneamento básico e que 50 mil morrem assassinados anualmente. Ou que os nossos índices de ensino e saúde públicos são dignos dos fundões da África, a par da magnífica colocação do País entre aqueles que pior distribuem a renda. Em compensação, a minoria privilegiada imita a vida dos emires árabes.

Chapa-branca a favor de quem, impávidos senhores da prepotência, da velhacaria, da arrogância, da incompetência, da hipocrisia? Arauto da ditadura, Roberto Marinho fermentou seu poder à sombra dela e fez das Organizações Globo um monstro que assola o Brazil-zil-zil. Seu jornal apoiou o golpe, o golpe dentro do golpe, a repressão feroz. Illo tempore, seu grande amigo chamava-se Armando Falcão.

Opositor ferrenho das Diretas Já, rejubilado pelo fracasso da Emenda Dante de Oliveira, seu grande amigo passou a atender pelo nome de Antonio Carlos Magalhães. O doutor Roberto em pessoa manipulou o célebre debate Lula versus Collor, para opor-se a este dois anos depois, cobrador, o presidente caçador de marajás, de pedágios exorbitantes, quando já não havia como segurá-lo depois das claras, circunstanciadas denúncias do motorista Eriberto, publicadas pela revista IstoÉ, dirigida então pelo acima assinado.

Pronta às loas mais desbragadas a Fernando Henrique presidente, com o aval de ACM, a Globo sustentou a reeleição comprada e a privataria tucana, e resistiu à própria falência do País no começo de 1999, após ter apoiado a candidatura de FHC na qualidade de defensor da estabilidade. Não lhe faltaram compensações. Endividada até o chapéu, teve o presente de 800 milhões de reais do BNDES do senhor Reichstul. Haja chapa-branca.

Impossível a comparação entre a chamada “grande imprensa” (eu a enxergo mínima) e o que chama de “linha auxiliar de setores radicais do PT”, conforme definem as primeiras linhas do editorial de O Globo. A questão, de verdade, é muito simples: há jornalismo e jornalismo. Ao contrário destes “grandes”, nós entendemos que a liberdade sozinha, sem o acompanhamento pontual da igualdade, é apenas a do mais forte, ou, se quiserem, do mais rico. É a liberdade do rei leão no coração da selva, seguido a conveniente distância por sua corte de ienas.

Acreditamos também que entregue à propaganda da linha auxiliar da casa-grande, o Brasil não chegaria a ser o País que ele mesmo e sua nação merecem. Nunca me canso de repetir Raymundo Faoro: “Eles querem um País de 20 milhões de habitantes e uma democracia sem povo”. No mais, sobra a evidência: Roberto Civita é o Murdoch que este país pode se permitir, além de inventor da lâmpada Skuromatic a convocar as trevas ao meio-dia. Temos de convir que, na mídia brasileira, abundam os usuários deste milagroso objeto.

Ministérios dos homens, já!

Bronca Geral

Completamente equivocada a "bronca" da ministra das Mulheres. A campanha publicitária de lingerie com famosa modelo, é na verdade "contra os homens", pois trata os homens casados como perfeitos idiotas, imbecis. O "jeitinho" feminino de abrandar as "broncas" dos maridos é bem comum e a agência que "bolou" a publicidade não terá dificuldades em defender-se perante o CONAR. Rendeu-lhe, aliás, mais divulgação e exposição na mídia do que se a ministra tivesse se calado. Publicidade extra para o fabricante... Faltou o ministério dos "Homens" se pronunciar!

Noel Samways 
Curitiba - PR 

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Adesivos

[...] Desenhos que representam famílias e pets invadiram o trânsito

Mesmo sem nunca ter visto o carro parado à frente, dá para saber que a família dona daquele veículo é formada por um casal, três filhos, cachorro e papagaio. Aliás, em muitos semáforos do País é bem provável que não seja apenas um veículo que traga uma história pessoal estampada na lataria. Os adesivos “Família Feliz”, inventados pelo designer Germano Spadini, 31, proprietário da Job Adesivos, tomaram conta das ruas. Mas por que a ideia deu tão certo?


“Acho que houve um apelo sentimental. Para muitos, a família é um motivo de orgulho. É a única explicação que eu vejo”, opina Germano, que diz jamais ter imaginado que o negócio cresceria tanto. “Eu não fiquei rico, muito menos milionário. Não dá para competir com a pirataria, mas devo admitir que vendemos muitos adesivos.” Leia mais>>>

Celular

desligue e viva melhor

O contrário do que se espera de uma operadora de telecomunicações – em especial uma que ocupa a segunda posição no mercado tailandês – foi o que fez a DTAC em sua campanha institucional. Em vez de difundir uma mensagem que estimulasse o consumo de conexão via smartphones, o serviço que mais vende, veiculou uma campanha sugerindo às pessoas desligarem os telefones e aproveitarem a vida.

O comercial, exibido no fim do ano passado, ganhou inúmeros adeptos nas redes sociais como YouTube. Ele mostra situações em que a “desconexão” proporciona prazer. Há cenas como a de um belo arco-íris, que uma garota não percebe por estar obcecada em digitar mensagens no celular.
A DTAC não se assustou quando o escritório da agência Young & Rubicam da Tailândia apresentou a proposta. A agência, aliás, ressalta que a campanha não sugere que as pessoas abram mão do conforto de usar a internet móvel. Mas sim, que elas usem seus aparelhos apropriadamente. A repercussão mundial da campanha, divulgada espontaneamente, mostrou que a empresa foi feliz em ter coragem de abordar o tema.

Marili Ribeiro – O Estado de S.Paulo