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O Orkut morreu




Hoje terça-feira 30/09/2014, uma das redes sociais de maior sucesso encerrou sua história, o Orkut. 
É hora de você saber algumas curiosidades desta que foi a mais popular do Brasil. Confira Aqui:

O Orkut morreu

Hoje terça-feira 30/09/2014, uma das redes sociais de maior sucesso encerrou sua história, o Orkut. É hora de você saber algumas curiosidades desta que foi a mais popular do Brasil. Confira abaixo:

1) Em 19 de janeiro de 2004, antes mesmo da estreia da rede social (no dia 24), já existia a primeira comunidade, a da Universidade de Stanford. Tanto que seu endereço era orkut.com/Community.aspx?cmm=1 (o 1 indica o número da comunidade). Ela foi criada por ninguém menos que o próprio Orkut Büyükkökten.

2) Marissa Mayer, hoje CEO do Yahoo, na época trabalhava no Google e foi uma das pessoas que participaram do projeto desde o início e teria inclusive ajudado Büyükkökten a escolher o nome da rede social.

3) Em julho de 2004, alguns americanos se incomodam com a "invasão" brasileira, porque os internautas daqui criavam comunidades e postavam em português, enquanto a rede social era toda escrita em inglês. Brasileiros, então, começam a abrir contas com nacionalidade iraniana para que o Irã ultrapassasse os EUA, assim como o Brasil fez em junho. Talvez por causa da campanha, em setembro o Irã já aparecia como terceira maior nacionalidade no Orkut, representando 5,7% do total de usuários. O Brasil liderava com 51%, enquanto os americanos ficavam com 17% do total. A Índia tinha apenas 3,1%.

4) Em outubro de 2005 apareceu a primeira música considerada sertanerd: "Vou te excluir do meu Orkut", de Ewerton Assunção, que se tornou hit e chegou a ser regravada por Frank Aguiar. Em 2006, Assunção lançou ainda "I will delete you from MySpace" e, em 2014, "Vou te deletar do Facebook".

5) Nas eleições presidenciais de 2006, as comunidades relacionadas aos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) mobilizaram 1 milhão de pessoas, segundo estudo da ESPM. Um número pífio se comparado ao que é visto em 2014, quando um único candidato à Presidência é capaz de reunir mais de 1 milhão de fãs usando apenas o Facebook.
Reprodução
6) Em julho de 2007 entrou no ar o blog Pérolas do Orkut, que publicava todo tipo de conteúdo estranho que circulava pela rede social.

7) A maior comunidade do Orkut em 2009 era a famosa "Eu Odeio Acordar Cedo", que contava com mais de 6 milhões de membros. Em julho daquele ano o criador do espaço, João Paulo Mascarenhas, vendeu tudo isso por um valor não revelado, mas que ficava entre R$ 3 mil e R$5 mil. Mascarenhas dizia não conhecer o comprador, mas imaginava que ele pretendia usar a comunidade para fazer anúncios publicitários.
8) A primeira encarada oficial entre Orkut e Facebook ocorreu em setembro de 2009, quando o time de Mark Zuckerberg resolveu ensinar seus usuários a procurar os amigos do Orkut dentro do Facebook para estimular a migração. Em resposta, o Google mudou sas políticas de exportação de dados para barrar o esquema.

9) Houve inúmeros golpes envolvendo promessas falsas no Orkut, mas um deles, ocorrido em fevereiro de 2010, chamou bastante atenção. Inspirado por brincadeiras americanas sobre o Facebook Gold, um estudante de 19 anos inventou o lançamento do Orkut Ouro. Só que a piada saiu do controle e usuários começaram a mandar dados em troca da versão diferenciada do site. Criminosos também se aproveitaram do boato para aplicar golpes.

Reprodução
10) Em junho de 2010 a Estrela identificou uma comunidade do Orkut que homenageava o Ferrorama, um trem de brinquedo da década de 1970 que fez sucesso nos anos 1980. A fabricante, então, desafiou os membros da comunidade a cumprirem um desafio: alguns deles deveriam ir à Espanha fazer o trenzinho percorrer um percurso de 20km com apenas 110 metros de trilhos. Eles conseguiram e o saudoso brinquedo voltou às prateleiras.

11) O Orkut também já foi tema de filme, aqui no Brasil, inclusive com participação da atriz Luana Piovani. A obra se chama "Eu Odeio o Orkut" e foi lançada em 2011. Dirigida por Evandro Berlesi e Rodrigo Castelhano, ela trata sobre um homem viciado em internet que decide contar sua história, do nascimento ao "offline do poço".

12) Pouco tempo após duas consultorias, o Ibope e a comScore, confirmarem que o Facebook havia se tornado a principal rede social no Brasil, o Pérolas do Orkut desistiu de cobrir apenas o site que lhe serviu de inspiração e ampliou o foco para abraçar outras redes sociais. Em dezembro de 2011, o blog mudou seu nome para Pérolas.com.

Rede social Ello

Não há como discutir que o Facebook é um sucesso e estabeleceu um padrão de negócios para redes sociais baseado em publicidade direcionada aos gostos dos usuários. No entanto, uma rede social ainda pequena está tentando fazer o caminho oposto, oferecendo um serviço grátis e livre de publicidade. Parece quase impossível, mas é o que acontece com a Ello, que está ganhando usuários de forma rápida neste momento.

O serviço está recebendo cerca de 4 mil novos registros por hora, mas ninguém sabe muito bem o motivo. A rede social existe desde março deste ano e foi um fracasso total, até começar a ganhar força agora.

Aparentemente, pode ter a ver com a aceitação de nomes alternativos, o que é uma crítica recente feita ao Facebook. A comunidade LGBT estava reclamando que a rede social estava banindo drag queens que não utilizavam seu nome de registro e parece ter adotado o Ello, que é mais livre sobre isso. Ru Paul, que apresenta o reality show consagrado Ru Paul’s Drag Race chegou a divulgar a rede, o que pode ter ajudado a consagrá-la entre o público.

Outro fator que pode ter contribuído para a chegada de um novo público é o fato de ser livre de publicidade, o que gera uma experiência mais fluida de uso. Além disso, o criador Paul Budnitz garante que a Ello nunca irá vetar a pornografia na página, o que pode ser um fator decisivo para ganhar público. Não precisamos dizer como a pornografia movimenta  a internet, né?

Mas você vai se perguntar: “mas Olhar Digital, se eles não tem publicidade, como eles ganham dinheiro?”. Como a maioria dos serviços na internet, os responsáveis não estão fazendo caridade. O objetivo é ganhar dinheiro de outras formas, principalmente vendendo recursos extras, já que o modo gratuito de uso é extremamente simples. No entanto, a empresa promete melhorar recursos de privacidade para os usuários não-pagantes, entre outras ferramentas que estão para chegar.

Por enquanto, a rede social depende de convites para novos cadastros. 
Para conferir, clique Aqui.

Ello - Rede Social

Como a Google, Aplle, Facebook e Cia me espionam dia e noite

E daí?...
As chances são altas de que o seu telefone celular viaja com você aonde quer que você vá. Isso torna o aparelho uma rica fonte de informação sobre você — e os fabricantes de telefones inteligentes estão tirando vantagem da oportunidade de seguir cada um de seus passos.
Nossos investigadores descobriram como o seu celular é mais inteligente que você. Se você tem um Android ou um iPhone, descobrimos que seu telefone registra seus hábitos diários, mesmo quando você tenta proteger sua privacidade.
Ao procurar por “Histórico de Localização” no Google, a investigadora Sarah Budson, usuária de um Android, conseguiu ver como o Google recolhe informações sobre as atividades dela. A ferramenta mostrou que o telefone estava compartilhando sua localização com o Google o tempo todo, seguindo-a de casa para o trabalho e vice-versa. Incluía até o horário em que ela chegava a cada local.
Na cafeteria Erie Island, de Rocky River, Sarah mostrou à cliente Holly Pangrace como acessar o “Histórico de Localização”.
Quando ela viu, ficou surpresa ao saber quanto o Google sabia sobre a rotina dela.
“O Google sabe quando eu vou ao supermercado, quando vou à academia e o Google sabe que estou aqui”, ela disse.
“Não é nada perverso, mas é estranho”, afirmou.
Os iPhones mandam suas informações para a Apple da mesma forma.
“O que quer que você faça, acaba aceitando o risco de que suas informações caiam nas mãos de alguém”, disse Ken Smith, um especialista em segurança da empresa de consultoria Secure State, de Cleveland.
Smith diz que há três formas pelas quais o telefone recolhe informações. “A primeira, óbvia — todo mundo sabe — é através da função GPS do telefone, quando o satélite o segue e diz ‘lá está ele’”.
Smith disse que informação também é coletada em redes WiFi que estão ligadas ao GPS e fazem a triangulação com as redes de telefonia celular.
Afirmou que os dados são usados pelas empresas para aumentar o faturamento publicitário.
“Quanto mais descobrirem sobre sua rotina diária, onde você compra, onde você come, onde você anda durante o dia, mais informação eles tem para focar os anúncios que serão mostrados a você”, continua.
Nossos investigadores decidiram descobrir o jeito de evitar que o Google espione você.
No seu telefone Android, abra Configurações, selecione “Localização” e desmarque GPS e WiFi.
É mais complicado com a Apple. Nos telefones iOS7, abra Configurações, clique em “Privacidade” e depois em “Serviços de Localização”.
Na tela, você verá uma lista de aplicativos que sabem sua localização. Desça até “Sistema de Serviços” e ache “Localizações Frequentes”. Desabilite o botão.
Ainda assim, você continua sendo seguido. É que as empresas de telefonia também monitoram seus movimentos.
“Enquanto você estiver conectado a uma rede, há uma estimativa razoável de localização a partir da qual a empresa pode te seguir”, diz Smith.
Como muitos usuários da telefonia celular, Pangrace não gostaria de abandonar a conveniência de usar um telefone inteligente, embora esteja de alguma forma preocupada com a perda de privacidade.
“É um abuso, mas acho que é inevitavel. O usuário deve ficar esperto”, afirmou.

Facebook anuncia novas regras

O Facebook continua sua cruzada contra os spammers da rede social e nesta segunda-feira (25) anunciou duas novas medidas que podem afetar diretamente a forma como fan pages atuam no site. Segundo a companhia, as medidas visam coibir a atuação de páginas que se utilizam de "má fé" para atrair cliques e, consequentemente, audiência para o que eles consideram "conteúdo ruim". 

Veja quais foram as mudanças: 

Utilização de iscas para atrair cliques 

A primeira delas diz respeito a publicações que usam a tríade "chamada + imagem + link" como isca para atrair a atenção do usuário e despertar a curiosidade dele para clicar em um link. De acordo com a rede social, essas são as publicações que mais recebem cliques e, por este motivo, mais se espalham nos feeds de notícia do site. 

Tanto sucesso, no entanto, trouxe um problema para o Facebook: os usuários estavam reclamando que aquilo que era divulgado na rede social não correspondia ao conteúdo do link divulgado. Por este motivo, a partir de agora, a empresa analisará o comportamento dos usuários para determinar se uma fan page está usando de má fé para atrair cliques e as punirá por isso. 
De acordo com as novas regras divulgadas nesta segunda, publicações sensacionalistas como esta que incitam a curiosidade dos usuários e os incentiva a clicar num link que tem grandes chances de não ser aquilo que ele quer ler serão penalizadas pelo site
De acordo com as novas regras divulgadas nesta segunda, publicações sensacionalistas como esta que incitam a curiosidade do usuário e os incentiva a clicar num link que tem grandes chances de não ser aquilo que ele quer ler serão penalizadas pelo algoritmo da rede social (Imagem: Reprodução/Facebook) 

Para alcançar o objetivo, o site levará em consideração basicamente dois fatores: o tempo que o usuário permanece navegando no link clicado antes de voltar ao Facebook e a proporção entre cliques e engajamento na publicação. "Se muitas pessoas clicarem no link, mas poucas curtirem, comentarem ou compartilharem a publicação com seus amigos, consideraremos que a pessoa clicou em algo que não valia a pena", disse a empresa em comunicado. 

A atitude, claro, é perigosa e a justificativa demasiadamente simples. Pondo as coisas desta forma, Mark Zuckerberg não está levando em consideração aqueles usuários que veem algo interessante, clicam no link e o deixam aberto para ler depois. Além disso, todos sabemos que não existe uma maneira padrão de navegar na internet, tampouco uma regra que diz que temos que ler tudo de um link logo depois de clicarmos nele ou que contabilize um determinado tempo para permanecermos com uma aba aberta. 

Compartilhamento de links nas publicações 

A segunda medida anunciada nesta segunda diz respeito ao compartilhamento de links nas publicações. Segundo o Facebook, os usuários tendem a gostar mais de páginas que em vez de publicarem uma foto com um link na descrição, publicam o link diretamente no post. 
"O formato dos links exibe informações adicionais associadas ao link, tais como a porção inicial do artigo que ajuda o usuário a decidir se o clique vale a pena ou não", diz a rede social. 
Segundo o Facebook, quem utiliza este formato de publicação também deverá se readequar às novas regras para que não caia no ostracismo do news feed do site
Segundo o Facebook, quem utiliza este formato de publicação também deverá se readequar às novas regras para que não caia no ostracismo do news feed do site (Imagem: Reprodução/Facebook) 

Para efetivar a decisão, a empresa afirmou que a partir de agora passará a priorizar publicações que seguem este formato ao invés daquelas que utilizam imagens com links na descrição. 

Desta forma, fica claro que Zuck não quer de jeito nenhum que as fan pages utilizem imagens para atrair a atenção dos usuários e que quem insistir no formato será punido – independente se a coisa é feita de maneira honesta ou como isca. 
Publicações como esta, que incluem o link diretamente na publicação, passarão a ganhar mais relevância e a aparecer mais na linha do tempo dos usuários do Facebook
Publicações como esta, que incluem o link diretamente na publicação, passarão a ganhar mais relevância e a aparecer mais na linha do tempo dos usuários do Facebook (Imagem: Reprodução/Facebook) 

"Estamos realizando estas mudanças para garantir que conteúdos errados não atrapalhem o que as pessoas querem realmente ver no Facebook", finalizou. 






O conteúdo do Canaltech é protegido sob a licença Creative Commons (CC BY-NC-ND). Você pode reproduzi-lo, desde que insira créditos COM O LINK para o conteúdo original e não faça uso comercial de nossa produção. 

Os 10 golpes mais populares no Facebook em 2014

É um mundo perigoso lá fora, no reino sem leis do Facebook. Por todo lugar que você olhar, é possível achar alguém infectado espalhando spam pela rede Algumas destas técnicas de infecção, no entanto, são mais comuns do que outras, conforme um estudo publicado pela BitDefender.

Se você se deparar com uma “sex-tape” da cantora Rihanna no Facebook e decidir clicar para ver, você provavelmente dará acesso à sua conta e ao seu computador para pessoas indesejadas . O mesmo deve acontecer se você tentar trocar as cores do seu Facebook. É, não dá para fazer isso também; pelo menos não clicando em um link na rede.

No topo da lista, está um golpe clássico, que remonta a tempos mais simples do Orkut, quando você podia ver quem visitava seu perfil e o total de visualizações que a página recebeu. Porém, quando você tenta aplicar o mesmo conceito ao seu Facebook, você acaba se tornando um spammer infectado.

“Por que as pessoas ainda querem ver quem acessou seu perfil, mesmo depois de tantos alertas de segurança? Eles provavelmente acreditam que se tratam de apps legítimos. É engenharia social pura; um desafio mental que aperta os botões certos. As iscas mudaram ao longo dos anos, mas a razão pela qual o golpe funciona é simples: a natureza humana”, diz Catallin COsoi, chefe estrategista de segurança da BitDedender.

Abaixo você pode conferir o top 10 de golpes mais comuns no Facebook:

1) Total de visitantes/acessos ao seu perfil – 30,2% das infecções

2) Troque a cor do seu Facebook – 7,38%

3) Sextape da Rihanna com seu namorado – 4,76%

4) Clique aqui para ganhar uma camiseta grátis do Facebook – 4,21%

5) Diga adeus ao Facebook azul – 2,76%

6) Produtos de graça por falta de lacre – 2,41%

7) Confira se algum amigo te deletou – 2,27%

8) Veja o top 10 de pessoas que mais olham seu perfil – 1,74%

9) Descubra como ver quem visualizou seu perfil – 1,55%

10) Acabei de trocar as cores do meu Facebook. É incrível – 1,50%

Via The Guardian


Papo de homem: O poder de um comentário

Em 99% da web, tentar dialogar na caixa de comentários é como jogar xadrez com pombo. Não adianta, no final ele vai cagar no tabuleiro, derrubar tudo e sair voando.

Em alguns pouquíssimos locais, é diferente.

No curso sobre como cultivar comunidades digitais que ofereço (“Círculos de confiança“), explico sempre: um comentário é bem mais do que aparenta.

Ele é uma janela por meio da qual podemos acolher, escutar e nos conectar a outras pessoas de modo bastante concreto. Não raro gasto dez ou quinze minutos redigindo apenas uma única resposta, assim como fazem os outros caseiros. Essa disposição transparece na fala, que tende a ser respondida de outro modo e o exemplo gera um efeito cascata positivo. O que pode parecer tempo perdido logo torna todo o ambiente mais favorável.

No entanto, só sabemos que a coisa toda realmente vale à pena quando recebemos emails como esse do Daniel Chaim, escrito depois de participar dos comentários no artigo “Room to breathe: é de meditação que as escolas precisam?“:

Olá, Gitti!

Tô aqui pra agradecer muito a sua resposta ao meu comentário.

Quando fiz esse comentário, eu estava passando por dificuldades durante a prática de meditação (e por isso andava cético). Pensava que para conseguir resultado durante a cultivação, eu deveria aplicar um esforço tremendo pra manter minha mente sem pensamentos. Literalmente brigava com eles. E de tempo ao tempo, fui pesquisando mais sobre, li textos budistas, comprei um livro do Padma Samten de um sebo perto de casa e por conta própria comecei a meditar novamente. Desta vez, estou sentindo os benefícios que a familiarização da mente está me providenciando. Finalmente encontrei um jeito de encarar minha ansiedade, sem brigar com meus pensamentos, mas reconhecê-los como fruto da mente.

Sei que corri um risco de não praticar do jeito certo o shamatha, mas li e me informei o bastante pra poder finalmente sentir os efeitos da meditação. Realmente, teria sido mais fácil recorrer a um professor, e realmente procurei. Só que, vou ser sincero: não possuía a grana pra poder frequentar o tal curso de meditação. Por essa razão, fiz por conta própria.
Independentemente, sempre corremos atrás da nossa paz, e corremos ainda mais durante tempos difíceis, certo? A prática me ajudou em todos os sentidos, seja na relação que eu tenho com a minha vida, tanto quanto na relação que eu tenho com a minha namorada. E por isso eu agradeço pela educação de ter me respondido, há 2 meses atrás, pois me impulsionou a ter mais conhecimento sobre a prática. E agradeço pelo post do “Para começar a meditar…” também.

Se não fosse pedir demais… Mas já pedindo: teria algum livro em especial pra aprimorar a prática do silêncio? Ou algum livro que indicasse a prática de outras meditações, como a metta ou a vipassana?

Obrigado de novo e perdão pelo tempo perdido!

Nós que agradecemos, Daniel.

Aproveito pra compartilhar boas práticas básicas adotadas por nós ao comentar:

lembrar que a maior parte da comunicação é não-verbal e nos comentários só temos isso, o verbo
perguntar e checar antes de pressupor e julgar – a sua interpretação é apenas isso: uma interpretação baseada em pressupostos, limitada
valorizar os pontos interessantes da fala do outro e faça melhores críticas para ser melhor ouvido
usar foto e nome reais
ao invés de enxergar um apelido e fotinha, pensar na pessoa inteira do outro lado
escrever de modo que não seja um problema se o que você disser se tornasse capa do G1 amanhã
se estiver em surto, não responder nada – faça o teste de esperar um dia e volte na mesma discussão, você vai rir com o gravidade com que a tratou um dia antes
evitar ironia e sarcasmo, ambos são mais tóxicos do que aparentam em contextos de diálogo digital
falar de coração
escutar além das palavras
Basicamente isso | crédito: http://rafaelsica.zip.net/
E a melhor e mais básica de todas | crédito: http://rafaelsica.zip.net/
E com você, algum comentário no PdH ou em outro site já o afetou profundamente? O que poderíamos fazer para nossas conversas por aqui serem mais significativas e úteis?

Guilherme Nascimento Valadares
Interessado em boas conversas, desenvolvimento humano, em criar negócios que não se pareçam com negócios e no futuro do conteúdo. Trabalha com comunidades digitais há nove anos. Nessa encruzilhada surgiram o PdH, o Escribas e o lugar. No G+ e no Twitter.



Como usar as mídias sociais

Você pode usar as mídias sociais para fazer novos contatos ou expandir seu negócio. Você pode usá-las para mostrar suas habilidades, compartilhar o que aprendeu, ou aprender com pessoas que você admira e respeita. Você pode usá-las para se manter informado, entretido e conectado. Você pode até encontrar inspiração em 140 caracteres, ou menos.

Psicólogos sugerem que as mídias sociais tem apelo para um número tão grande de pessoas porque preenchem nossas necessidades mais fundamentais, incluindo um senso de pertencimento e autoestima. Todos nós queremos nos sentir como se fizéssemos parte de algo maior, e todos queremos acreditar que o que fazemos tem relevância.

Ainda assim, enquanto as mídias sociais nos ajudam a engajar e expandir nosso mundo como nunca antes, elas também apresentam uma quantidade de novos desafios. Como qualquer ferramenta, precisamos ser cuidadosos para usá-las em nosso benefício e não em nosso detrimento.

Conectando-se com intenção
Ações significativas requerem intenções claras. Porém, todos nós entramos nas redes sociais sem elas. Podemos estar procrastinando ou procurando por uma distração, ou sentindo raiva, irritados ou frustrados, buscando escapar desses sentimentos. Pesquisas revelam que nós realmente recebemos uma pequena descarga de endorfinas — as mesmas substâncias do cérebro que desfrutamos após completar atividades físicas intensas — quando recebemos uma nova mensagem.

Falar sobre nós mesmos também libera o centro de recompensas do nosso cérebro, deixando-nos mais compelidos a narrar nossas atividades diárias.

Sejam quais forem as razões que nos levam a usar as mídias sociais, temos diversas oportunidades para fazê-lo agora que a maioria de nós carrega poderosos minicomputadores nos bolsos e bolsas. Estamos sempre conectados, sempre prontos para descobrir, consumir e compartilhar informação. Se alguma coisa é tendência, queremos logo saber sobre isso. Se alguém compartilha algo, queremos ver. E se nos afastamos do fluxo por um tempo, sentimos ainda mais pressão para tentar acompanhar tudo quando retornamos.

Com um olho em nossos gadgets, somos incapazes de prestar atenção plena a quem e o que está em nossa frente — o que significa que perdemos detalhes de nossas vidas, ironicamente, enquanto reagimos ao próprio medo de perdê-los.

Para muitos de nós, a desatenção é o estado padrão. É preciso um esforço consciente para que estejamos atentos ao usar as mídias sociais— para ser proativo ao invés de reativo. Quando estamos atentos, somos conscientes do por quê estamos online, e somos capazes de desconectar totalmente quando seguimos nessa intenção. Somos capazes de nos engajar sinceramente e significativamente, mas não dependemos dessa conexão de uma maneira que limita nossa disposição e senso de presença.

Tornando-se consciente
A fim de mudar nosso relacionamento com as mídias sociais, precisamos entender como e por que ficamos motivados a usá-las. Sem auto-consciência, ficamos à mercê de nossas telas e linhas-do-tempo, que nos puxam oferecendo gratificação instantânea, enquanto outras escolhas poderiam atender melhor nossas reais necessidades.

Podemos começar a desenvolver auto-consciência traçando limites para quanto e quando usamos a tecnologia, e então checar nossas intenções quando nos sentimos compelidos a usá-la de maneira diferente disso. Isso pode significar conectar-se somente em horários pré-determinados e quando nos sentirmos atraídos a usar nossos gadgets fora desses horários, podemos nos perguntar questões essenciais. Essas questões podem incluir:

É realmente necessário compartilhar isso? Isso irá adicionar valor à minha vida e à vida de outras pessoas?
Posso compartilhar essa experiência depois enquanto foco em vivê-la agora?
Estou procurando validação? Existe algo que eu possa fazer para validar eu mesmo?
Estou evitando algo que preciso fazer ao invés de tentar entender por que eu não quero fazer?
Estou me sentindo entediado? Existe alguma coisa que eu possa fazer para me sentir mais engajado e com mais propósito?
Estou me sentindo solitário? Criei oportunidades para desenvolver conexões significativas no meu dia?
Estou com medo de perder alguma coisa? A gratificação de se entregar à esse medo vale perder o que está em minha frente agora?
Estou me sobrecarregando, tentando acompanhar tudo? Posso abandonar a conversa de ontem e me engajar na de hoje?
Posso usar esse tempo para simplesmente existir ao invés de procurar por algo que o preencha?
Eu só quero ter uma diversão sem propósito por um tempo?
(Essa última é perfeitamente válida — contanto que saibamos o que estamos fazendo, e conscientemente escolhamos fazer isso.)

Propósito, estima e conexões significativas
Parte da atenção no que se refere às mídias sociais é reconhecer e perceber nosso instinto de usá-las compulsivamente. O outro lado da equação é saber usar as mídias sociais conscientemente para ajudar a preencher todas aquelas necessidades que nós instintivamente queremos preencher — tanto nos outros quanto em nós mesmos.

Se as mídias sociais fazem parte do seu trabalho, como é o caso para muitos de nós, seu envolvimento nelas pode depender de vários objetivos. Se você se sente frustrado com os progressos em relação a esses objetivos, é tentador focar no que os outros têm e você não, ficar obcecado por seguidores, engajamento, tráfego, ou qualquer outra medida de referência. A verdade é que esses números não necessariamente medem sucesso, e eles certamente não são um requisito para a satisfação.

Algumas das pessoas mais bem sucedidas que eu conheço nutriram lentamente pequenas e dedicadas redes de pessoas que dão um tremendo valor umas às outras. Todas as pessoas altamente realizadas que eu conheço focam mais na qualidade das suas conexões do que na quantidade delas. Eles dão prioridade a revelar a autenticidade de suas personalidades ao invés de se esforçar para construir e manter um personagem. Eles levam essas conexões a níveis cada vez mais profundos relacionando-se online, encontrando-se offline e oferecendo às pessoas sua total atenção quando interagem. Eles também se lembram que por trás de cada missão profissional, existe um propósito pessoal.

Quando focamos em preencher nossas necessidades básicas e ajudar os outros a fazer o mesmo, nos sentimos mais satisfeitos e, consequentemente, isso é mais eficaz. Com cada engajamento benéfico e significativo, nós reforçamos nossa autoestima, nosso senso de pertencimento e nosso senso de propósito, permitindo mais crescimento e afinidade. Isto se torna um ciclo virtuoso.

Para fazer isso, você precisa desafiar as preocupações que o mantém reagindo compulsivamente ao invés de se engajar conscientemente: o medo de estar perdendo interações e informação disponível em algum outro lugar; a preocupação de que você não está sendo realmente ouvido; ou a suspeita de que outras pessoas estão se saindo melhor e que você está sendo deixado para trás.

A realidade é que nós estamos todos no mesmo barco. Estamos todos navegando no crescente número de ferramentas online à nossa disposição, às vezes sentindo-nos sobrecarregados pelo volume absoluto de pessoas à nossa volta e a barragem de informação que precisamos para gerenciar cada dia. Estamos todos aprendendo como e quando definir limites, ou até mesmo dar um tempo para renovar e recarregar. Estamos todos descobrindo que as mídias sociais nos dão incontáveis oportunidades de crescimento pessoal e profissional.

Se você deixar, as mídias sociais podem ter um profundo impacto em sua vida — mas o poder de qualquer ferramenta reside na intenção de quem a utiliza.

* * *

Nota: Retirado do livro “Manage Your Day-to-Day: Build Your Routine, Find Your Focus, and Sharpen Your Creative Mind (The 99U Book Series)“ e traduzido por Elder Martins.

Este post é resultado de nossas práticas, diálogos e treinamentos na Cabana PdH. Quer entrar no Dojo?
Lori Deschene
Criadora do tinybuddha.com, um blog comunitário sobre sabedoria que apresenta histórias e insights de leitores de todo o mundo. Ela mantém o site como um esforço coletivo, pois acredita que todos temos algo para ensinar e algo para aprender. Ela também é autora de Tiny Buddha: Simple Wisdom for Life's Hard Questions.


No meu tempo não tinha televisão!

facebook-skype Essa frase me perseguiu durante toda a minha infância. O meu pai dizia isso toda vez que percebia uma novidade no ar ou via uma pontinha de progresso entrando pela porta da sala da nossa casa.

Durante décadas e décadas, ouvimos que quando ele era menino, o sucesso era um rádio GE que ficava no saguão do hotel do seu pai, meu avô. Era dali que saiam as notícias da guerra, a sonoplastia bizarra das radionovelas, a voz de Aracy de Almeida cantando Palpite Infeliz e os gritos de gol de Oduvaldo Cozzi.

O meu pai parecia se orgulhar de ter vivido num mundo sem televisão. Quando os seus filhos se reuniam para ir ver Os Jetsons na casa da vizinha, ele achava que o mundo estava acabando, que aquela invenção era a maldição do século, século passado.

Quando começávamos a comentar os programas como Bola Murcha, Agarre o que puder, quando começávamos a imitar os personagens da Rua do Ri Ri Ri ou Times Square, ele sempre voltava com aquela história de que no seu tempo não tinha televisão, não tinha essas bobagens.

Outro dia fui fazer uma palestra no interior do Paraná e as pessoas arregalaram os olhos quando comecei a listar as coisas que não existiam no meu mundo juvenil.




Vivíamos sem micro ondas, por exemplo. A comida era esquentada uma a uma no fogão. No meu tempo não tinha protetor solar. A lembrança que tenho dos nossos verões na Cidade Maravilhosa é de bolhas no corpo inteiro e muito Caladryl.

Fui revelando pra eles que não havia celular, apenas um telefone preto e fixo que ficava geralmente na sala. Não havia supermercado, as compras eram feitas em mercadinhos e se você quisesse um quilo de feijão, tinha que pedir ao vendedor.

- Um quilo de feijão, por favor!

Contei que no meu tempo não tinha controle remoto e nós ficávamos esperando alguém levantar para pedir.

- Aproveita que está de pé e muda o canal!

Não havia leite longa vida. Comprávamos leite todo dia e colocávamos pra ferver logo, porque senão azedava rapidinho. Imagine que não havia cerveja em lata, só em garrafas de vidro e das grandes. Acredita que vivíamos sem código de barra?

Não havia cartão de crédito, nem caixa eletrônica. Se precisasse de algum dinheiro, era preciso ir ao banco, enfrentar uma fila enorme, entregar o cheque pro caixa, esperar ele ir lá dentro conferir o saldo e a assinatura numa ficha de cartolina.




No meu tempo não havia selfie. Lembro do meu pai reunindo toda a família, colocando a Rolleiflex dele num tripé, apertando o botãozinho e correndo pra poder sair bem na foto.

Não havia compra pela Internet. Em Belo Horizonte, a minha mãe ligava pra Drogaria Araújo e o cara vinha de fusquinha trazer o Benzetacil. Aquilo era o progresso, o começo de tudo.

Numa outra palestra no interior de Minas Gerais, quanto mais eu ia enumerando coisas que não havia no meu tempo de jovem, mais velho ia me sentindo. Quando eu fui explicando que vivíamos sem Instagram, sem Easy Taxi, sem e-mail, sem Google, sem Facebook, sem tudo isso, uma jovem levantou o dedo e perguntou:

- Não tinha Netflix?
por Alberto Villas

Treze coisas que você não sabia sobre o Facebook


Que o Facebook é a rede social mais popular do mundo, com 1,3 bilhão de usuários, você já sabe. Que seu dono é o jovem bilionário Mark Zuckerberg, também. Mas há pelo menos outras 13 informações sobre o site que você talvez desconheça. Listamos abaixo algumas curiosidades, reproduzidas do Buzzfeed.

 1. Al Pacino foi o primeiro rosto no Facebook

Até 2007, o rosto que ficava no cabeçalho do Facebook era  um retrato de Al Pacino jovem. O logo foi criado por Andrew McCollum, colega de sala de Zuckerberg, mas a razão para uma escolha tão específica não foi divulgada.

2Todos os dias são feitas cerca de 600.000 tentativas de invasão de contas na rede social

As tentativas bem-sucedidas costumam usar a lista de contatos do usuário para enviar spams à lista de amigos com links falsos. Em outros casos, são apenas amigos que querem fazer brincadeiras mesmo.

3. 64% dos usuários que criaram um perfil visitam o site diariamente

As informações são de um estudo do Pew Research Center.

4.  O Facebook é apontado como motivo de 1 em cada 3 divórcios britânicos


De acordo uma pesquisa realizada no Reino Unido, a rede social foi mencionada em um terço dos pedidos de divórcio realizados no ano passado.  O motivo? É mais fácil encontrar ex-namorados e conhecer novas pessoas sem dar bandeira. Ou quase isso.

5. Por mês, mais de 1 bilhão de pessoas acessam o Facebook em dispositivos móveis.  Isso corresponde a 1/7 da população da Terra.


O Facebook tem mais usuários mensais (1,28 bilhões) do que a populacao da Índia (1,24 bilhões).

6.  Pessoas já foram assassinadas por desfazerem amizades na rede social


Em 2012, um homem no estado do Tenessee, nos EUA, matou a tiros um casal que resolveu não ser mais amigo de sua filha de 30 anos.

7.  Mesmo depois de deslogar, a rede social continua rastreando os sites que você visita

 Esse ano, o site revelou que vai monitorar as páginas visitadas por seus usuários através do botão "Curtir".


8. Pagando US$ 0,29 , mensagens enviadas a pessoas desconhecidas aparecerão na caixa de entrada, e não na pasta “Outros”, que nunca é visualizada.

9. O Facebook é azul porque Mark Zuckerberg sofre de daltonismo.
Em uma entrevista em 2010, o fundador do site afirmou confunde as cores vermelha e verde. O azul, no entanto, é uma cor que ele consegue distinguir facilmente.

10. Entre 2060 e 2130, o Facebook terá mais perfis de pessoas mortas do que vivas

Uma pesquisa realizada pelo site What if? levou em conta a idade média de usuários da rede e concluiu que os jovens são maioria. Mas essa população vai envelhecer. 


11. Digitando o número 4 depois da url principal do site, você será direcionado automaticamente para o perfil de Zuck.

Os finais 5 e 6 direcionam para Chris Huges e Dustin Moskovitz, cofundadores da página e colegas de faculdade de Mark. Digitando 7 no endereço, o perfil de Arie Hasit, outro amigo de Zuck da época de faculdade, é exibido.

12. Um adulto usuário médio da rede possui 338 amigos

13. O significado de “Poke” nunca foi definido


Em uma entrevista, Zuckerberg declarou que nem ele sabe o propósito do recurso. "Nós pensamos que seria divertido fazer um recurso que não tem nenhum propósito específico".


O Tinder não torna as pessoas prosmíscuas

...apenas revela quem é

O Tinder tem sido muito comentado ultimamente. É um aplicativo para smartphone que te ajuda a conhecer gente. Funciona assim: você determina um raio desejado de distância. “Eu quero conhecer pessoas num raio de 2 km”, por exemplo. Vai de 2 a 150 km.
Você também diz se é menino ou menina, interessado em meninos ou meninas. Ele faz a matemática para você (nem sempre acerta, mas em geral, sim).
Isto resolvido, ele funciona assim: vai aparecer uma foto de uma pessoa. Você aperta o coraçãozinho ou o X, que significam o óbvio. Se você apertou coração para a pessoa e a ela também apertou coração pra você, abre um bate papo entre vocês.
É mais ou menos isso. Mas na prática, o Tinder é um bar. Nada mais que isso.
Voltemos para o começo: a maior parte das pessoas acha que vai a uma pista de dança para dançar. Não vai. É para sentir prazer sexual, em qualquer nível de consciência e de intensidade que seja.
A dança livre, essa que a gente dança sozinho com os movimentos que dá vontade de fazer, é uma simulação inconsciente de sexo. É por isso que dançar no quarto não é a mesma coisa que dançar numa pista. A pista oferece proximidade humana, troca de feromônios, troca de olhares e tudo mais que tem a ver com sexo, e é isso que vai te deixar com a sensação de satisfação na hora de ir embora.
Por mais que no nível consciente a pessoa realmente não tenha interesse em sair para pegar ninguém (isso pode perfeitamente ser verdade), existe essa questão inconsciente. Do nosso lado animal, isso é basicamente comandado pela possibilidade de reprodução.
Senão, como já disse, nós dançaríamos em casa.
E então aparecem os sites e aplicativos de encontros, e algumas pessoas começam a dizer que nós estamos ficando mais promíscuos por causa deles. Um deles é o Tinder.
Não!
Mas nem de perto.
Nós sempre fomos promíscuos. Apenas temos uma ferramenta que nos ajudam a ser o que sempre fomos.
O Tinder faz exatamente a função de um bar, uma balada, uma antessala de cinema, uma livraria.
Dez anos atrás, se você tivesse algum impulso sexual (por mais inconsciente que fosse) você ia a um lugar desses. Um bar, digamos. O bar nunca existiu para que você tomasse cerveja. Cerveja é mais barata no supermercado. Ele é um agenciador de pessoas. É um lugar onde elas se encontram, ou se conhecem, ou ambos.
Então, com sorte, você conhecia uma pessoa nesse bar, se dava bem com ela, e ia para casa se fosse o caso.
Na era do Tinder, o agenciador é o aplicativo. Mas a pessoa que está na outra ponta é exatamente a mesma. Tem as mesmas aspirações, inseguranças e desejos. A pessoa que está no Tinder provavelmente é aquela que passa por você na rua, senta ao seu lado no metrô, espera atrás de você na fila do supermercado.
Porque é legal conhecer alguém num parque, num vernissage e não no Tinder? O fato é que não é pior, por mais que pareça. Só ainda não é romantizado. Nosso cinema, nossas músicas, nossas artes ainda falam sobre bares, restaurantes, parques, etc. Algum dia, vão falar sobre os Tinders.
Mas voltemos à promiscuidade: no Tinder, você tem contato com muito mais gente. Agora responda: é mais fácil encontrar uma pessoa que tenha o mesmo desejo que você num grupo de um bar ou no grupo de um bairro?
Assim, não duvido que se faça mais sexo através do Tinder do que sem ele. Mas não é porque você se tornou um puto. Você sempre foi. Só que não encontrava uma pessoa com fetiche por pés em todo lugar que queria. Agora, você encontra.
É verdade que, de algum forma, isso banaliza o sexo. Mas que ótimo, afinal. Isso é muito mais próximo da natureza humana do que todos os costumes que há anos imperam nas nossas sociedades – a começar pelo hábito de usar roupas.
O Tinder não nos torna anormais. Nos torna muito mais normais do que nós jamais fomos.
Somos todos putas. Ainda bem.
Sobre o Autor
Emir Ruivo é músico e produtor formado em Projeto Para Indústria Fonográfica na Point Blank London. Produziu algumas dezenas de álbuns e algumas centenas de singles. Com sua banda, Aurélios, possui dois álbuns lançados pela gravadora Atração. Seu último trabalho pode ser visto no seguinte endereço: http://www.youtube.com/watch?v=dFjmeJKiaWQ

O mais inocente “like” no Facebook diz mais do que você imagina

A gente vive uma época insana, na qual é possível fazer coisas que há dez anos eram realmente impensáveis.
Só pra começar, nunca antes tantas pessoas estiveram ao mesmo tempo interagindo online nas mais diversas plataformas que estão por aí. Ainda no terreno do óbvio, estamos fazendo de tudo, desde conversando com nossos parentes e amigos, até comprando o almoço do dia pela internet. Isso nós sabemos por que simplesmente é o que fazemos. Nós e nossos amigos agem dessa forma.
Muito ouvimos falar que o Facebook coleta informações e as usa. O que poucos de nós têm consciência, é sobre como nossas ações online são usadas no garimpo de informações. Só pra citar um exemplo pouco conhecido ou comentado, o Facebook coleta, em tempo real, não só o que publicamos, como também tudo o que sofre autocensura. Ou seja, o que você escreve ali na caixinha que pergunta “O que você está pensando?” e não publica, eles também guardam – o mesmo vale para comentários, caso você esteja se perguntando.
Parece que não há muito o que fazer com informações triviais como “ontem eu dei like em uma fanpage de gifs de gatinhos”. Mas a Jennifer Golbeck, cientista da computação que estuda a forma como interagimos nas redes sociais na Universidade de Maryland, explica nessa fala do TED que, sim, mesmo o mais ingênuo like pode falar muito a nosso respeito. Mais do que isso, essas informações podem ter consequências bem perigosas para nossas vidas pessoais, se usadas para finalidades não muito nobres.
A fala está nesse vídeo do TED, mas coloquei também a transcrição completa para quem não quer dar o play no vídeo. Vale, pelo menos, para termos um pouco mais de consciência sobre o que as empresas fazem com os dados que os mais inocentes aplicativos conseguem coletar de nós.

Jennifer Golbeck explica porque seu like fala mais do que você imagina


“Se você lembra da primeira década da Internet, era um lugar bem estático. Dava para entrar na Internet, olhar as páginas, e elas eram criadas ou por organizações que tinham equipes para isso ou por “experts” em tecnologia para a época.
Com a ascensão da mídia social e redes sociais no início dos anos 2000, a Internet mudou completamente para um lugar onde, agora, a grande maioria do conteúdo com que interagimos é criado por usuários comuns, seja em vídeos no YouTube ou “posts” em “blogs” ou críticas de produtos ou “posts” em mídia social. E também se tornou um lugar muito mais interativo, onde pessoas interagem umas com as outras, estão comentando, compartilhando, não estão só lendo.
E o Facebook não é o único lugar para isso, mas é o maior, e serve para ilustrar os números. O Facebook tem 1,2 bilhões de usuários por mês. Metade da população da Internet usa o Facebook. Eles são um “site” que, junto com outros, permitiu que as pessoas criassem personalidades virtuais com pouca habilidade técnica, e as pessoas reagiram colocando muitos dados pessoais “online”.
E o resultado é que temos dados de comportamento, de preferências e demográficos para centenas de milhares de pessoas, o que nunca aconteceu antes na história. E como cientista da computação, isto quer dizer que fui capaz de criar modelos que podem prever todo tipo de característica oculta de vocês e vocês nem sabem que estão compartilhando informações sobre isso.
Como cientistas, usamos isso para ajudar as pessoas a interagirem “online”, mas há aplicações menos altruístas, e há um problema em que os usuários não entendem realmente essas técnicas e como elas funcionam, e mesmo se entendessem, não têm muito controle sobre elas. O que quero lhes falar hoje são algumas dessas coisas que podemos fazer, e nos dar algumas ideias de como podemos avançar para devolver um pouco de controle aos usuários.
Essa é a Target, a empresa. Eu não coloquei o logo na barriga desta pobre mulher grávida. Vocês talvez tenham visto essa piada publicada na revista Forbes, em que a Target enviou um panfleto para essa garota de 15 anos com propagandas e cupons para mamadeiras, fraldas e berços, duas semanas antes de ela contar aos seus pais que estava grávida. Pois é, o pai ficou muito bravo. Ele disse: “Como a Target descobriu que essa essa garota estava grávida antes de ela contar aos seus pais?”
Acontece que eles têm um histórico de compras para centenas de milhares de clientes e eles calculam o que chamam de índice de gravidez, que não é só se uma mulher está grávida ou não, mas também quando o bebê deve nascer. E eles o calculam não com base nas coisas óbvias, como a compra de um berço e roupas de bebê, mas coisas como: “Ela comprou mais vitaminas do que normalmente compra”, ou “Ela comprou uma bolsa que é grande o suficiente para guardar fraldas”.
E por si sós, essas compras não parecem revelar muita coisa, mas é um padrão de comportamento que, quando visto no contexto de milhares de outras pessoas, começa a revelar algumas ideias. É esse o tipo de coisa que fazemos quando prevemos coisas sobre vocês na mídia social. Buscamos por pequenos padrões de comportamento que, quando detectados entre milhões de pessoas, nos permitem descobrir todo tipo de coisa.
Em meu laboratório e com colegas, desenvolvemos mecanismos através dos quais podemos prever coisas com muita precisão, como sua preferência política, seu índice de personalidade, gênero, orientação sexual, religião, idade, inteligência, junto com coisas como o quanto você confia nas pessoas que conhece e a força desses relacionamentos. Podemos fazer isso muito bem. E novamente, não vem do que pensaríamos que é informação óbvia.
Meu exemplo preferido vem de um estudo publicado este ano nos Precedentes das Academias Nacionais. Se olharem no Google, vão achar. São quatro paginas, fácil de ler. E eles só observaram o que as pessoas curtiam no Facebook, só as coisas que vocês curtem no Facebook, e as usaram para prever características, junto com algumas outras. E no artigo, eles listaram as cinco “curtidas” que mais indicavam alta inteligência. E entre eles estava uma página de fritas enroladas. (Risos)
Fritas enroladas são deliciosas, Mas gostar delas não significa necessariamente que você é mais esperto que a média. Então, como é que um dos indicadores mais fortes de inteligência é curtir essa página, quando o conteúdo é totalmente irrelevante à característica que está sendo prevista? E acontece que temos que observar um monte de teorias implícitas para ver por que conseguimos fazer isso. Uma delas é uma teoria sociológica chamada homofilia, que basicamente diz que as pessoas ficam amigas de pessoas como elas. Se você é esperto, seus amigos devem ser espertos. Se você é jovem, seus amigos devem ser jovens, e isso foi bem estabelecido por centenas de anos. Também sabemos muito sobre como a informação se propaga pelas redes.
Pelo jeito, coisas como vídeos virais ou “curtidas” no Facebook ou outras informações se espalham exatamente do mesmo jeito que doenças se espalham por redes sociais. Estudamos isso por muito tempo. Temos bons modelos disso. E podemos juntar essas coisas e começar a ver por que essas coisas acontecem.
Se fosse para criar uma hipótese, seria que um cara esperto criou essa página, ou talvez um dos primeiros que curtiu a página teria se saído bem naquele teste. E ele curtiu, e seus amigos viram, e por homofilia, provavelmente ele tinha amigos espertos, e assim se espalhou para eles, e alguns deles curtiram, e eles tinham amigos espertos, e assim se espalhou para eles, e assim se propagou pela rede para uma série de pessoas espertas, de modo que, ao final, o ato de curtir a página das fritas enroladas indica alta inteligência, não por causa do conteúdo, mas porque o ato de curtir em si reflete as características em comum de outras pessoas que também curtiram.
Coisa bastante complicada, certo? É difícil sentar e explicar para um usuário comum, e mesmo se o fizer, o que o usuário comum pode fazer a respeito? Como saber que você curtiu uma coisa que indica um traço seu que é totalmente irrelevante ao conteúdo do que você curtiu? Há muito poder que os usuários não têm para controlar como esses dados são usados. E eu vejo isso como um verdadeiro problema avançando.
Acho que há dois caminhos que podemos observar, se quisermos dar ao usuário o controle sobre a utilização desses dados, porque nem sempre serão usados para seu benefício. Um exemplo que eu sempre uso: se eu me cansar de ser professora, eu vou abrir uma empresa que prevê as características e coisas como trabalho em equipe e se você é usuário de drogas, se é um alcoólatra. Sabemos como prever isso tudo. E vou vender relatórios para empresas de RH e grandes empresas que queiram te contratar. Podemos fazer isso agora. Eu poderia abrir essa empresa amanhã, e você não teria qualquer controle de como eu uso seus dados desse jeito. Para mim, isso parece um problema.
Então, um dos caminhos que podemos seguir é o caminho da política e da lei. E em alguns aspectos, acho que assim seria mais eficiente, mas o problema é que teríamos mesmo que fazer. Observar nosso processo político em ação me faz pensar que é altamente improvável que vamos juntar um monte de representantes, mostrá-lhes isso, e fazer que decretem mudanças extensas à lei da propriedade intelectual nos EUA para que os usuários controlem seus dados.
Ou seguir a rota da política, em que empresas de mídia social dizem: “Sabe? Você é dono de seus dados. Você tem total controle sobre como eles são usados.” O problema são os modelos de receita para a maioria das empresas de mídia social que se baseiam no compartilhamento ou exploração dos dados dos usuários. Dizem do Facebook que os usuários não são os clientes, eles são o produto. Então, como fazemos com que uma empresa ceda o controle de seu principal bem aos usuários? É possível, mas não acho que seja algo que veremos acontecer rapidamente.
E eu acho que o outro caminho que podemos seguir e que será mais eficiente é um mais científico. É usar a ciência que nos permitiu desenvolver todos esses mecanismos para calcular esses dados pessoais a princípio. E é, de fato, uma pesquisa muito similar que teríamos que fazer, se quisermos desenvolver mecanismos que possam dizer ao usuário: “Aqui está o risco do que você acabou de fazer.” Ao curtir aquela página do Facebook, ou ao compartilhar essa informação pessoal, você melhorou minha capacidade de prever se você usa drogas ou não, ou se você se dá bem no ambiente de trabalho ou não. E isso, acredito, pode influenciar a decisão de compartilhar algo, manter privado ou manter inteiramente “offline”.
Também podemos observar coisas como permitir que as pessoas encriptem os dados que elas enviam, para que sejam invisíveis e inúteis a “sites” como o Facebook ou serviços de terceiros que os acessem, mas a usuários selecionados, que a pessoa que postou quer que os vejam, tenham acesso. Tudo isso é uma pesquisa superlegal de uma perspectiva intelectual. Os cientistas estarão dispostos a fazê-la. Isso nos dá uma vantagem sobre o lado da lei.
Um dos problemas que as pessoas levantam quando falo disso é que elas dizem: “Sabe, se todos começarem a manter esses dados privados, todos os métodos que você desenvolveu para prever seus traços vão falhar. E eu digo “com certeza”, e para mim isso é sucesso, porque como cientista, meu objetivo não é inferir informações sobre os usuários, é melhorar o jeito como as pessoas interagem “online”. E, às vezes, isso envolve inferir coisas sobre elas, mas se os usuários não quiserem que eu use esses dados, acho que eles deveriam ter esse direito. Quero que os usuários estejam cientes e de acordo, usuários das ferramentas que desenvolvemos.
Então, acredito que encorajar esse tipo de ciência e apoiar pesquisadores que querem ceder um pouco desse controle aos usuários e tirá-lo das empresas de mídia social significa que avançar, enquanto essas ferramentas evoluem e avançam, significa que vamos ter uma base de usuários instruídos e capacitados, e acho que todos concordamos que esse é o jeito ideal de avançar.
Obrigada.”
Luciano Ribeiro


Editor do PapodeHomem, ex-designer de produtos, ex-vocalista da bandaTranze. Tem um amor não correspondido pela ilustração, fotografia e música. Volta e meia grava músicas pelo Na Casa de Ana. Está no Twitter,Facebook e Google+.

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