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Ervas medicinais




A cura e prevenção de várias doenças podem estar ao alcance da tuas mãos.

  • Gosta de ervas?
  • Gosta de plantas?
Então aprenda a usa-las a seu favor.
Leia o Grande Livro das Ervas e aprenda, conheça sobre tipos de doenças e como trata-las (de A a Z).
Cuide da tua saúde!



Saúde

Não se deixe levar pelo negativismo




O negativismo é uma força invisível, e por isso as vezes não percebemos o quanto ela atrasa nossas vidas. Portanto, vamos tomar consciência que isso não faz bem e o melhor é ter bons pensamentos que atrai forças positivas. Otimismo é a palavra e a prática que deve ser cultivada. Aproveita a mensagem abaixo e comece a fazer isso.
Seja Otimista



Sete dicas para você combater a ansiedade




Coração acelerado, frieza no estômago, falta de ar e suadeira são sintomas comuns da ansiedade. Para diminuir esses sintomas é necessário mudar a maneira de pensar e encarar os problemas. Aproveite as dicas abaixo:
  1.  Identifique o problema e foque nas soluções, pois quanto mais você se preocupar com o que problema, menos energia terá para investir na busca de alternativas.
  2. Encare a dificuldade como sendo mais um obstáculo a superar e lembre que a vida é uma gangorra, um dia a gente está nas nuvens, e outro, na superfície.
  3. Procure se se sentir bem internamente, independente do que está acontecendo porque você pode mudar o rumo da sua vida a todo instante.
  4. Aceite melhor as situações que você não pode mudar sem ficar cultivando, eternamente, o desejo de que as coisas sejam diferentes.
  5. Deixe o passado para trás, sem culpas pelos erros, e invista no presente, mudando o que pode ser mudado.
  6. Veja os vários ângulos de uma situação, pois focar sempre no mesmo ponto faz a angústia aumentar e você pode acabar não vendo saída.
  7. Respire lenta e longamente fazendo com que o abdômen suba e desça bem devagarinho, pois desse modo você estará relaxando naturalmente.



Saude: atenção básica

Governo anuncia expansão do Mais Médico




O governo federal anunciou,  hoje quinta-feira (15/01), m novo edital para o Mais Médicos. De acordo com a pasta, a expansão do programa servirá para ampliar o atendimento nas unidades básicas de saúde em 424 municípios que ainda não aderiram ao programa.
A previsão do Ministério da Saúde é que o número de cidades atendidas pelo Mais Médicos chegue a 4.209 dos 5.570 municípios brasileiros, caso todas as 424 prefeituras decidam participar do programa.
Além disso, a expectativa do governo federal é ampliar ainda mais o atendimento médico em 1.076 cidades que aderiram anteriormente ao programa.
“Essa etapa de ampliação do Programa fortalece e qualifica a Atenção Básica no nosso país”, afirmou o ministro da Saúde, Arthur Chioro, em coletiva para anunciar o edital.
Segundo Chioro, esta etapa do programa deverá priorizar municípios com 20% da população em extrema pobreza, cidades no semiárido, vales do Jequitinhonha, Mucuri e Ribeira, além de periferias e cidades com baixo índice de desenvolvimento humano.
Criado pelo governo federal em 2013, o Mais Médicos conta, atualmente, com 14.462 profissionais que atendem pelo programa em 3.785 municípios e em 34 distritos indígenas. Dos médicos que fazem parte do programa, 1.846 são brasileiros formados no País, 1.187 formados no exterior entre estrangeiros e brasileiros e 11.429 cubanos.
De acordo com o edital, as 424 cidades que ainda não participam do programa poderão efetuar inscrição no sistema entre os dias 16 e 29 desde mês e manifestar interesse em participar da nova fase do Mais Médicos.
Os médicos interessados em aderir ao programa também poderão fazer a inscrição no mesmo período citado. Na atual seleção, os médicos terão três oportunidades para escolher o município onde desejam atuar. Data e horário de inscrição do profissional não serão considerados critérios de seleção.
Para classificação do médico na concorrência, o Ministério da Saúde estabeleceu algumas regras. Em primeiro lugar, título de especialista em Medicina de Família e Comunidade e em segundo, experiência comprovada na Estratégia Saúde da Família. Em seguida, ter participado do Programa de Educação pelo Trabalho ou do Vivências e Estágios da Realidade do SUS ou do Programa Universidade para Todos (Prouni) o do Financiamento Estudantil (Fies).
“Deixamos para livre escolha do médico brasileiro se ele quer acessar a oferta de benefícios do Provab ou do Mais Médicos 2015″, explicou Chioro.
Caso as vagas não sejam preenchidas por brasileiros formados no País, no dia 10 de abril será aberto edital aos brasileiros que se formaram no exterior. Se houver alguma vaga remanescente, a oportunidade aos médicos estrangeiros será aberta no dia 5 de maio.
Por Mariana Zoccoli



Desintoxique seu corpo das festas do fim de ano

- Consuma esses 6 alimentos e turbine sua saúde -





Basta exagerar um pouco no consumo de guloseimas e petiscos que a intoxicação bate a sua porta e causa estragos. Falta de apetite, inchaço, náuseas, vômitos e diarreia são apenas alguns dos sintomas.

Sem falar aquela sensação de que passou da conta. A desintoxicação consiste no processo de eliminação dos excessos e das toxinas acumuladas no organismo.

Essas toxinas são substâncias nocivas encontradas em aditivos, conservantes, corantes, adoçantes ou mesmo na poluição. Se por um lado, a alimentação pode causar intoxicação, por outro lado, existem alimentos como frutas e grãos, que ajudam a desintoxicar o organismo de forma natural e saudável.

A seguir, a nutricionista da Unifesp e da Fundação Uniban, Ana Maria Figueiredo preparou uma lista com alimentos para lá de recomendados para esta missão.
  1. O abacaxi é diurético, facilita a digestão, especialmente de carnes, e desobstrui o fígado
  2. Rico em fibras, o arroz integral faz o intestino funcionar melhor e favorece a eliminação de toxinas, mantendo a pele saudável. 
  3. A maçã é rica em fibras, que funcionam como esponja dentro das artérias limpando o sangue do colesterol. É recomendada nas afecções de estômago, bexiga e rins. Antiácidas, ativam o fígado e dissolvem o ácido úrico, que retém líquidos no organismo.  
  4. Além de adoçar sucos e chás, o mel pode ajudar a tratar muitas doenças, como gripe, asma, amigdalite e bronquite. Delicioso e fresco ainda auxilia problemas de circulação e dos músculos.  
  5. A melancia tem propriedade refrescante e diurética, ajudando a limpar o organismo. Uma ótima receita é preparar o suco de melancia com gengibre, outro poderoso desintoxicante. 
  6. A laranja tem ação desintoxicante e auxilia o funcionamento intestinal, principalmente quando ingerida com o bagaço.
por Natalia do Vale



Doze hábitos que ajudam a ter uma saúde melhor

A sua expectativa de vida aumenta com cuidados muito simples

do Minha Vida
Comer melhor. O cuidado com o que vai no seu prato é um dos pontos centrais para alcançar uma maior qualidade de vida. O abuso de alimentos ricos em gorduras saturadas, sódio e açúcares é um gatilho para doenças como infarto, derrames, hipertensão, obesidade, diabetes e até câncer. Em contrapartida, é fácil incluir no cardápio alimentos heróis da resistência e da longevidade. Cientistas da Universidade Park, nos Estados Unidos, concluíram que consumir mais oleaginosas (nozes, castanhas, avelãs, amêndoas e pistache) reduz o risco de males cardíacos entre 25% e 39%, quando consumidos cinco vezes por semana. Elas são ricas em gorduras boas, em especial o ômega 3, que diminuem as taxas de colesterol ruim e evitam a formação de placas de gordura que obstruem as artérias.


 

Sete mudanças que melhoram a sua vida inteira


Faça hoje, agora!



Comece a usar protetor solar 
Muitas pessoas ainda insistem em sair de casa sem o produto responsável por deixar o câncer de pele bem longe e ainda colaborar com a beleza da derme, evitando o envelhecimento precoce. "O protetor é um produto básico e essencial no dia-a-dia de todas as pessoas que se preocupam com a saúde e com a beleza da pele", diz a dermatologista e especialista do site, Bruna Bravo. 
Cigarro - foto: Getty Images
Pare de fumar 
De acordo com Inca (Instituto Nacional do Câncer), o tabagismo é diretamente responsável por 30% das mortes por câncer, 90% das mortes são devido ao câncer de pulmão, 25% por doença coronariana, 85% pela doença pulmonar obstrutiva crônica e 25% das mortes por doença cerebrovascular. Precisa de mais motivos para abandonar o vício? 
Óculos de sol - foto: Getyy Images
Troque seus óculos de sol 
O uso de óculos de sol protege os olhos dos raios ultravioleta. "Mas lentes de má qualidade, em vez de proteger, podem causar lesões na retina e até mesmo levar à catarata, por isso a importância de estar sempre atento a qualidade do óculos que você está usando", alerta o oftalmologista e especialista do MinhaVida Virgilio Centurion. Que tal optar por um modelo novo? Para isso, conte com a ajuda de um especialista e prefira modelos com selos de certificação de qualidade. 
Fone de ouvido - foto: Getty Images
Abaixe o som do mp3 
O fone em volume muito alto, pode levar até mesmo surdez. E de acordo com Mariene Terume Umeoka Hidaka, diretora da Faculdade de Fonoaudiologia da PUC-Campinas, os sintomas começam com um simples zumbido. "A perda da audição é gradativa. No início pode aparecer um zumbido permanente no ouvido, passando por irritabilidade até a perda auditiva. Para não ter que chegar à perda de audição, o mais indicado é ouvir músicas no nível de pressão sonora considerada adequada pelos especialistas: volume médio que não seja prejudicial à audição" explica. 
Sono - foto: Getty Images
Durma bem 
Uma boa noite de sono é sinal de um dia repleto de energia. Se você não está conseguindo dormir bem, é preciso descobrir onde está o problema. Só a cura vai garantir dias longe do cansaço. "A insônia causa, no mínimo, irritação e indisposição. Ela se dá por causa das preocupações diárias, problemas psicológicos ou pelo ronco em função de alguma obstrução da via aérea superior ou apnéia", explica Rogério Silva, biólogo pós-doutorando da disciplina de Medicina e Biologia do Sono do departamento de Psico-Biologia da Unifesp. 
Salto alto - foto: Getty Images
Guarde o salto alto para ocasiões especiais 
O uso constante de salto sugere problemas para saúde e causa fortes dores nas costas e nas pernas. "As dores na região lombar da coluna e nas pernas, decorrentes do encurtamento da musculatura posterior desta região, são, na grande maioria das vezes, causadas pelo uso excessivo de salto alto. Por isso minha dica é deixá-los apenas para as datas especiais", ensina o fisiologista Pedro Rizzi de Oliveira, da Clínica Luisa Catoiraa Pedro Rizzi. 
Exercício - foto: Getty Images
Faça exercícios físicos 
Os exercícios físicos garantem uma vida muito mais saudável. "Pacientes sedentários têm um risco de mortalidade muito maior em relação àqueles com problemas de coração, mas que realizam alguma atividade física regularmente", afirma o clínico Daniel Kopiler, especializado em Medicina do Exercício. E não podemos esquecer que as atividades físicas também deixam seu corpo muito mais bonito e atraente. 




Farinha de berinjela: reduz o colesterol e traz saciedade

O alimento conserva as propriedades do vegetal e tem como bônus uma alta quantidade de fibras

A berinjela é um dos vegetais mais ligados ao emagrecimento. E além de ser usadoin natura em saladas ou inteiro em preparações, como camada de lasanhas, por exemplo, ele ainda pode ser apresentado no formato de suco, chá e farinha. Mas entre esses derivados, acredita-se que a farinha da berinjela seja a que mais mantenha suas propriedades originais. Tanto que alguns estudos indicam que a ingestão regular da farinha seja mais eficaz no emagrecimento e diminuição dos níveis de gorduras sanguíneas, como o colesterol e os triglicerídeos. 

Principais nutrientes da farinha de berinjela

Não existe uma tabela nutricional oficial da farinha de berinjela e sua composição pode variar muito de acordo com a marca ou a forma como ela é produzida. Um estudo brasileiro, porém, mapeou a quantidade alguns nutrientes, que listamos na tabela abaixo: 
Farinha de berinjela - Por 15 g (uma porção)
Carboidratos3,8 g
Proteínas1,2 g
Gorduras0,3 g
Fibras6,8 g
Fonte: Estudo Produção, composição centesimal e qualidade microbiológica de farinha de berinjela. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer - Goiânia, vol.7, N.13; 2011. ? Convertido para 15 g
Acredita-se que a farinha de berinjela contenha os nutrientes em que o vegetal é rico, como vitamina B3 (niacina) e vitamina C, por exemplo. Porém isso ainda não foi estudado e estabelecido. 
A maior vantagem da farinha de berinjela está na sua alta composição de fibras. Para se ter uma ideia, são indicadas 55 gramas de fibras ao dia em uma dieta de 2 mil calorias diárias. A farinha de berinjela apresenta 6,8 gramas em uma porção de uma colher de sopa (15 g), ou seja, equivale a 27% desse valor.
Por outro lado ela é bem pobre em gorduras, contendo apenas 0,3 g a cada 15 g. Como precisamos consumir no máximo 55 gramas de gordura ao dia, uma porção supre apenas 0,5% da quantidade desse macronutriente que precisamos ao dia. Veja qual porcentagem do Valor Diário* de alguns nutrientes que esse alimento carrega:
  • 27% de fibras
  • 2,4% de proteínas
  • 1,2% de carboidratos
  • 0,5% de gorduras.
* Valores Diários de referência para adultos com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8.400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.

Benefícios da farinha de berinjela

Ajuda a emagrecer Uma pesquisa feita na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) colocou um grupo de mulheres obesas em um programa de reeducação alimentar. Porém, enquanto metade consumia 14 gramas de farinha de berinjela por dia, a outra simplesmente não consumia o vegetal. Após 60 dias, o primeiro grupo perdeu em média 60 quilos, enquanto o segundo perdeu apenas 30 kg. Existem três propriedades da farinha de berinjela que explicam essa potencialização na perda de gordura e peso: 

1. Aumenta a saciedade: As fibras são velhas conhecidas de quem se interessa pela perda de peso, e estão em alta concentração na farinha de berinjela. A vantagem é que quando as consumimos com a quantidade adequada de água, elas se transformam em um gel em nosso estômago, tornando a digestão mais lenta e aumentando a distensão da parede do órgão, dois mecanismos que informam ao nosso corpo que estamos satisfeitos. Com isso, nos alimentamos menos e consequentemente ingerimos menos calorias do que antes, provocando o emagrecimento. 

2. Reduz a gordura corporal: Esse gel formado no bolo alimentar faz com que a glicose dos alimentos ingerido junto com a farinha seja liberada lentamente na corrente sanguínea. O hormônio responsável por colocar esse nutriente para dentro das células é a insulina, mas ele também é culpado pelo acúmulo de gordura no corpo quando circula em altas quantidades no nosso organismo. Se a insulina for liberada lentamente, acumulamos menos gordura no tecido adiposo, o que também resulta em menor ganho de peso.

3. Controla a compulsão por doces: Ao evitar o pico glicêmico, previne-se também a queda brusca de glicose no nosso sangue. O problema dessa baixa é que o corpo sente uma necessidade em repor esse nutriente rapidamente, e o melhor meio para isso é o consumo de carboidratos simples como o açúcar e o trigo. Além disso, a insulina em excesso torna o triptofano mais facilmente absorvido pelo cérebro, causando maior sensação de bem-estar por ser precursor da serotonina. Porém, quando a dose está muito alta, o corpo começa a "pedir" por mais fontes desse aminoácido, como o chocolate - que não é um vilão, desde que consumido na versão meio amarga e em baixas quantidades. De qualquer forma, o resultado é o mesmo: maior produção de insulina, aumento do acúmulo de gordura no tecido adiposo e, por consequência, quilos a mais. 

Ajuda os diabéticos Quanto mais produzimos insulina, mais resistentes alguns órgãos do nosso corpo ficam a sua ação, ou seja, é preciso cada vez maiores quantidades do hormônio para colocar para dentro das células a mesma quantidade de glicose. Isso gera um quadro chamado de resistência a insulina. Com o tempo, se nada for feito para corrigir isso, ou seja, se o individuo continuar tendo picos glicêmicos, o problema evoluirá para o diabetes tipo 2. Por isso que a inclusão de alimentos ricos em fibras, como a farinha de berinjela, é importante, já que elas aumentarão os intervalos de envio da glicose para o nosso sangue, como já explicado. 

Reduz as gorduras no sangue No estudo realizado pela UFRJ, além de maior emagrecimento nas mulheres que consumiam a farinha de berinjela, foi verificada uma redução da gordura no sangue, como o colesterol total, colesterol LDL e triglicérides. Isso pode ser explicado através de alguns mecanismos. O primeiro é que, assim como a absorção da glicose é retardada pelo gel formado pelas fibras, o colesterol também é enviado em quantidades menores para o nosso sangue, reduzindo as quantidades totais desse nutriente. Além disso, acredita-se que as fibras específicas da berinjela atuem nos sais biliares, essenciais para a absorção do colesterol. Por fim, a presença de vitamina B3 (niacina) aumenta o transporte reverso do colesterol, realizado pelo HDL (colesterol bom), ou seja, pode aumentar em até 30% esta taxa. 

Melhora o funcionamento do intestino O mesmo gel formado pelas fibras também ajuda o bolo alimentar a transitar melhor, aprimorando o transito intestinal. Além disso, elas têm uma função prebiótica: as fibras sofrem fermentação completa ou parcial no intestino grosso, que é realizada por bactérias benignas, o que estimula o crescimento da microbiota (flora intestinal) e incentiva uma atividade intestinal saudável. 

Aumenta a imunidade Ao estimular as bactérias amigas do intestino, as defesas do nosso corpo também são reforçadas, já que 60% das nossas imunoglobinas estão nele. Além disso os ácidos graxos de cadeia curta resultantes da digestão das fibras impedem com que bactérias ruins do intestino se transportem para a corrente sanguínea, evitando que elas infectem o corpo todo. 

Berinjelas - Foto: Getty Images
A berinjela é um alimento rico em antioxidantes e acredita-se que eles continuam na farinha
É rica em antioxidantes A casca da berinjela deve sua coloração arroxeada aos flavonoides chamados de antocianinas. Elas protegem nosso organismo de doenças cardiovasculares, câncer, diabetes, infecções virais e obesidade, devido a sua ação antioxidante, que protege o DNA das células e evita inflamações. Ao que tudo indica e alguns estudos comprovam, quando a farinha de berinjela é feita com a casca, ela preserva esses nutrientes, colaborando dessa forma para a nossa saúde. 

Quantidade recomendada da farinha de berinjela

Alguns especialistas divergem nesse ponto, variando a quantidade recomendada entre uma a quatro colheres de sopa por dia. O ideal é conversar com seu nutricionista ou médico nutrólogo, que poderão adequar a quantidade desse alimento a sua ingestão de carboidratos e fibras diárias, computando os outros alimentos. 
O consumo de entre 1,5 e 2 litros de água por dia para quem ingere essa farinha é altamente recomendado, já que as fibras presentes em grande quantidade nesse alimento precisam do líquido para conseguirem cumprir suas funções de forma adequada, não causando constipações e retardo no trânsito intestinal. É importante também aliar a ingestão da farinha a algum alimento fonte de vitamina C, para evitar a formação de radicais livres. 
Ela pode ser consumida no dia a dia, misturada com iogurtes, salada de frutas, cuscuz, arroz, e outras preparações. A farinha de berinjela tem uma quantidade alta de fibras, portanto pode ser muito bem utilizada em pães, bolos, biscoitos e outras massas. Porém, justamente por esse motivo, ela não tem uma boa fermentação, e precisam ser unidas à farinha de trigo refinada nas receitas. 

Compare a farinha de berinjela com outros alimentos

  • Quando falamos em fibras, a farinha de berinjela é rica nelas, ultrapassando, por exemplo, a famosa farinha de banana verde, que contém cerca de 2,66 gramas de fibras em duas colheres de sopa (30 g), contra 6,8 gramas de fibras em uma colher de sopa da farinha de berinjela, ou seja, 2,5 vezes mais em metade da quantidade! Sem esquecer, porém, que o forte da farinha de banana verde está no seu amido resistente, portanto vale aliar os dois alimentos.

Combinando a farinha de berinjela

Farinha de berinjela + Frutas cítricas Um dos problemas do consumo constante da farinha de berinjela é a formação de radicais livres, que podem prejudicar nosso organismo de diversas formas. E apesar de ela ser rica em antioxidantes, vale a pena aliá-la a outros alimentos fontes de nutrientes com essas propriedades, como a vitamina C. Por isso, vale apostar no consumo da farinha com frutas cítricas.

Contraindicações

Não existem contraindicações específicas ao consumo da farinha de berinjela, a não ser o cuidado de consumi-la com alimentos antioxidantes, para evitar formação de radicais livres.

Riscos

As fibras em excesso podem causar constipação intestinal, perda de nutrientes por competição no local de absorção, entre outros problemas. O ideal é consultar o profissional nutricionista para adequar a ingestão ao seu estado clínico e estilo de vida. Além disso, a berinjela é rica em carboidratos, que quando consumidos em altas quantidades causam o aumento de peso.

Onde encontrar

A farinha de berinjela pode ser encontrada em supermercados, lojas de produtos naturais ou mesmo comprada em lojas virtuais. Porém, sempre compre de marcas e locais de confiança.

Como fazer a farinha de berinjela

Em uma forma, coloque 1 quilo de berinjela com casca cortada em fatias. Leve ao forno a uma temperatura de 200 ºC por cerca de 2 horas, ou até ficar crocante. Em seguida, triture essa berinjela desidratada no processador ou no liquidificador, até obter um pó. Ele deve ficar com aparência parecida com a da farinha de mandioca e rende 100 gramas. Depois é preciso guarda-la em um pote bem vendado e em local arejado e fora da luz, como a geladeira.

Mais ou menos médicos: estamos caçando as bruxas erradas?

Esse está sendo um ano bem intenso. Teve Copa. Com protestos abafados perto dos estádio caros. Agora, as eleições mais loucas da histórias estão tomando seu rumo, enquanto leitos e muitos outros recursos insistem em ir embora, cubanos, beltranos e ciclanos chegaram e devem continuar a vir.

O debate arrefeceu, como de praxe. O mais próximo que temos chegado de uma “discussão” resume-se à divulgação acrítica de condutas erradas dos profissionais estrangeiros, ou de notícias sobre suas “fugas”, acompanhadas de frases de efeito algo levianas e infantis. Manifestações assim parecem apenas reforçar estereótipos e congelam ainda mais o diálogo verdadeiro. Por mais que tenhamos visto atrocidades serem cometidas pelos colegas expatriados, reforçar essa cisão não parece produzir mais do que embate cego e estéril. E é exatamente o que vemos, invariavelmente, nas caixas de comentários dessas notícias.

De um lado, médicos brasileiros se assustam, revoltam-se e choram abraçados os erros daqueles. Do outro, opiniões veementes fundamentadas em preconceitos sustentam a empáfia dos que apontam o dedo mais uma vez para a classe surrada dos possuidores de CRM.

Não há dúvidas de que a pauta precisa ser retomada. As intenções duvidosas daqueles que nos “representam” parecem ter seu caminho abonado. A eleição está aí.

Saúde = Medicina?
É até difícil escolher um ponto de partida, tamanha a quantidade de ingerências e erros de conceito das últimas ações do governo nesta área, mas provavelmente o maior dos equívocos se resume à redução da atenção à saúde ao atendimento médico.

Considerando a imagem que o governo tem pintado (e muita gente comprou) dos médicos – arrogantes, elitistas, preconceituosos e corporativistas – talvez espante alguns leitores minha defesa de que a saúde vai muito além das ações pontuais que terminam com meu carimbo e assinatura.

Sei disso em primeiro pessoa, entretanto, tendo visto de perto. Conheço boa parte dos cenários e realidades do Brasil, não só no que diz respeito à saúde. Cada pequena experiência me ensinou um motivo diferente para que a presença do médico por si só não chegue a fazer grande diferença na vida de ninguém, além de me garantir tranquilidade em afirmar categoricamente que a tão alegada omissão dos usuários de avental branco não figura entre os principais motivos para a situação de guerra em que nos encontramos na atenção à saúde.

Nasci e me criei na Serra Gaúcha, com toda sua rica cultura e seu IDH igual ao da Bélgica. Em meio à polêmica, presenciei amigos de Carlos Barbosa – o município com maior Índice de Desenvolvimento Socioeconômico do estado – relatando os problemas que o município enfrenta para contratar médicos. Se o problema não é só com os rincões pobres e longínquos do país, deve haver algo mais a desmotivar os médicos além do “custo-benefício” monetário e do conforto pessoal, como alegam seus detratores.

Estudei medicina na Universidade de São Paulo, o que me colocou em contato com uma infinidade de mundos. Alguns professores da Casa de Arnaldo lecionam também em Harvard e outros centros de referência. Ouvi de um deles, na recepção aos calouros, que boa parte dos nossos alunos do quarto ano desempenharia melhor que os recém-egressos das melhores escolas médicas americanas, por conta, entre outros fatores, de sua desenvoltura relacional e postura humanizada. Não parece, então, que o problema repouse em uma formação deficiente e dependente de tecnologias, ou de “falta de humanidade” dos médicos brasileiros, como já se advogou.

Frequentei desde cedo o maior complexo hospitalar da América Latina, que conta com tecnologias inexistentes na maioria dos hospitais do mundo e sofre com absurdos gerenciais e executivos que espantam os mais calejados; que opera com material humano tão heterogêneo quanto desvalorizado; onde UTIs fecham leitos por falta de utensílios básicos, deixando médicos ociosos e pacientes desassistidos; onde feudos de especialidades dispõem dos materiais e recursos mais esdrúxulos enquanto faltam luvas, cateteres e outros dispositivos prosaicos no vizinho; onde é mais fácil comprar equipamentos bonitos que contratar enfermeiros ou provê-los de condições mínimas de trabalho.

Faz sentido gabar-se de filigranas estapafúrdias quando o básico é insuficiente? Se não faz na saúde, para a política parece uma boa estratégia.

Durante a graduação, estagiei em Brescia, na Itália, junto a estudantes de medicina de vários países – não só europeus. Pude discutir com muitos deles sobre os modelos de atenção à saúde em seus locais de formação e atuação. Absolutamente nenhum deles relatou qualquer movimento em direção à priorização da atividade médica nos seus sistemas de saúde; pelo contrário, a multidisciplinaridade e a interdisciplinaridade já perpetraram há tempos a transição do status de “tendências” para “o padrão”.

A Austrália, por exemplo, é referência mundial em cuidados a pacientes graves e isso não foi conquistado com batalhões de médicos. Em um artigo de 2007 explicando os resultados surpreendentes do país, em periódico científico de grande impacto, um dos grandes “astros” da Medicina Intensiva – Prof. Rinaldo Bellomo – salientou a atuação de enfermeiros, fisioterapeutas e farmacêuticos entre os fatores principais da excelência do sistema.

Participei – em uma edição como membro-aluno e em duas como diretor – do maior projeto de extensão da USP, a Bandeira Científica, iniciativa nascida na Faculdade de Medicina na década de 50 e que hoje leva centenas de profissionais de vários campos de estudo (não só os diretamente relacionados à saúde) a localidades com carência de recursos e desassistidas. Conheci vários locais no Norte e Nordeste e explorei seus sistemas de atenção à saúde in loco, por dentro. Boa parte das ações mais modificadoras e perenes do projeto vieram da atuação das outras unidades da Universidade; a Medicina – que me perdoem os colegas – é coadjuvante.

Servi voluntariamente à Força Aérea Brasileira como Oficial Médico, na Amazônia, entrando em contato com realidades ainda mais diversas – no próprio meio militar e em comunidades “civis” que nem sonham com os direitos a que remete essa nomenclatura “taxonômica” de ser humano. Apesar da experiência enriquecedora (para mim), não pude mudar muito suas vidas.

Em todas essas vivências, estive cercado de mestres não-médicos, que me ensinaram muito. Hoje, trabalhando em UTI, tenho ainda mais certeza de que não faço nada sozinho.

Pra início de conversa, portanto, restringir – ou mesmo concentrar – os esforços em aumentar o número de médicos é ignorar uma parte gigantesca do que chamamos de “saúde”.

Saúde é só saúde?
Além de ignorar a atuação dos outros profissionais de saúde, nosso governo e boa parte dos que se manifestam a respeito do assunto parecem esquecer-se da infinidade de outros fatores que compõem esse conceito intrincado.

A Organização Mundial da Saúde, em sua Constituição – numa definição que foi repetida incontáveis vezes ao longo da minha graduação – preconiza algo muito além da mera ausência de doenças. “Saúde”, segundo esta entidade, pode ser definida como “um estado de completo bem-estar físico, mental e social.” Ou como “a medida em que um indivíduo ou grupo é capaz, por um lado, de realizar aspirações e satisfazer necessidades e, por outro, de lidar com o meio ambiente”, como propõe o Escritório Regional Europeu da OMS.

Isso dificulta um pouco a resposta a uma pergunta feita por um amigo em meio à discussão: “como se faz nos países em que o sistema de saúde funciona?”.

O ponto cego dessa questão é que sistemas de saúde que “funcionam” existem em sociedades que “funcionam”. Muito pouco podemos fazer pela saúde em determinadas situações sem modificar toda a estrutura social profundamente.

Suponhamos, por exemplo, que eu ignore vários preceitos éticos, feche os olhos às circunstâncias criminosas e aceite ir para qualquer município desassistido nos extremos do nosso país, motivado a levar “saúde” àqueles que dela necessitam.

Sabemos que boa parte dos determinantes da saúde passa por manter hábitos saudáveis. Boa alimentação, atividade física regular, prevenção de vícios como tabagismo e etilismo, vacinação, cultivo da mente, desenvolvimento de habilidades e obtenção de conhecimento, interação social e participação na vida comunitária – e uma infinidade de etc.

Como um médico de formação razoável e intenções das melhores, procuro orientar meus pacientes nesse sentido, obviamente. Procuro tratar as doenças crônicas também, para prevenir complicações e melhorar sua qualidade de vida. Nos poucos casos em que essas complicações são inevitáveis, referencio os pacientes aos centros determinados pela organização do SUS, para o tratamento devido.

Acontece que o seu Severino – meu primeiro paciente neste hipotético município – está bem longe de poder comprar ou obter de outra forma comida minimamente saudável. Talvez, mesmo que tivesse o dinheiro, não conseguisse obter por aqui algo muito diferente da sua dieta hipoprotéica, baseada em carboidratos de alto índice glicêmico e gordura saturada.

A dona Raimunda, por sua vez, terá alguma dificuldade em exercitar-se diariamente – descalça em terreno irregular, com pouco acesso a água e sob o sol escaldante. Ainda mais tendo nutrientes valiosos roubados pelas verminoses que a pouca água disponível lhe fornece.

O filho deste casal oprimido mudou-se para São Paulo, tentando a sorte num filme que todos já viram muitas vezes. Vive exposto à violência, deslocando-se longas distâncias em meios de transporte que lhe presenteiam toneladas de poluentes, sem tempo, recursos ou conhecimento para cuidar da própria saúde. Está cada vez mais deprimido e ansioso e as garrafas de cachaça barata, com níveis tóxicos de metanol, parecem atraentes. Meus colegas que ficaram no Hospital das Clínicas pouco poderão fazer por ele quando chegar ao pronto-socorro cego, com acidose metabólica grave e com disfunção cardíaca por conta disso.

Um amigo desse paciente grave anda fumando cada vez mais – mas não consegue comprar o cigarro estiloso que alguns talvez consumam com ares de James Dean nos bares das faculdades. Fuma cigarros paraguaios contrabandeados, comprados no “comércio informal”, com níveis ilegais de nicotina e filtros irregulares (quando presentes), que viciam algumas vezes mais e o matarão um pouco mais rápido – não antes sem que necessite de investigações e cuidados cujos custos suplantam algumas dezenas de vezes o que custariam medidas de educação e fiscalização para barrar o processo no início.

Sua companheira, menor de idade, terá dificuldades para criar o terceiro filho – já a caminho – sem a pequena mas providencial renda dos seus “freelances” de auxiliar de obras, feitos sem registro, direitos ou equipamentos de proteção individual. Essa frágil família talvez seja obrigada a voltar para a cidade em que a moça nasceu, muito parecida com aquela em que me estabeleci.

Não precisamos nos estender muito mais. Provavelmente, todos perceberam que minha presença, ou de quantos médicos houvesse no mundo, não deve beneficiar de qualquer forma nenhum desses seres.

Mais ou Menos Médicos
Finalmente, como exercício mental, suponhamos que nossa prioridade fosse de fato arrebanhar um contingente maior de médicos. E que fosse válido “importa-los” de algum jeito.

Quando visitei a Holanda durante minhas férias, em 2011, tive uma inoportuna sinusite e pude constatar duas coisas. A primeira é que em Amsterdã podem-se comprar tranquilamente, a qualquer hora do dia, uns vinte tipos diferentes de maconha, haxixe, cogumelos alucinógenos e materiais variados para contrabando e consumo de drogas – mas nunca antibióticos ou corticóides sem receita médica. A segunda é que minha Identidade Médica, emitida pelo Conselho Federal de Medicina, não tem valor algum fora da terra brasilis.

A discussão sobre entorpecentes fica para uma outra ocasião, mas os outros aspectos do sistema de saúde holandês são absolutamente louváveis. Não me senti discriminado, diminuído ou hostilizado. Não foi pessoal, nem preconceito racial, de classe ou geográfico. São apenas regras, ponderadas para a proteção de todos.

Qualquer médico que se aventure à prática em outros países passa por processos de avaliação de suas competências para ser reconhecido como profissional de saúde habilitado. O fato de médicos estrangeiros – venham de onde vierem – privarem-se desta obrigação ao submeterem-se às condições daquele conhecido programa do governo brasileiro é apenas um dos contrassensos absurdos das políticas demagógicas desses anos.

No que diz respeito ao processo específico de reconhecimento dessas competências na nossa pátria amada (o famigerado “Revalida”), enormidades de desconhecimento e discursos descartáveis afloraram nas discussões.

Como não gosto de opinar sobre o que não conheço, busquei investigar esse mecanismo e o que se diz sobre ele. A avaliação abrange as áreas básicas do conhecimento médico, aferindo habilidades que se consideram fundamentais ao médico generalista para uma prática aceitável e segura.

Tive acesso à prova teórica objetiva, que é o maior balizador da primeira fase do processo. Trata-se de um exame com 110 questões, que o candidato deve responder em 5 horas. São aprovados aqueles que obtêm um desempenho maior do que 55% de acertos.

Formado há cinco anos e especializando-me em Clínica Médica e Medicina Intensiva, há muito não estudo a fundo diversos assuntos que não dizem respeito à minha área de atuação (como pediatria ou ginecologia, por exemplo). Ainda assim, respondi a prova em 2h30min e acertei 75% das questões, sem nenhuma dificuldade.

Espantoso verificar que em 2012 cerca de 92% dos colegas imigrados foram reprovados nesta prova que fiz brincando, privado de sono em um pós-plantão. Muito mais espantoso ainda é ler alguns discursos proclamando que o exame é “feito para reprovar”, com nível de exigência propositadamente muito elevado e questões muito complexas. Difícil saber se a base desses discursos é desinformação inocente ou interesses escusos.

“Que mal tem”?
Se alguém ainda considera que possa haver algum benefício em trazer supostos médicos a preço de ouro no contexto de caos da nossa saúde, basta lembrar de alguns outros percalços do programa e da prática médica no Brasil, além dos aspectos conceituais que explorei.

Muitos municípios demitiram os médicos que já trabalhavam em suas Unidades Básicas de Saúde para obter o benefício de um profissional cujo “salário” é pago pelo governo federal, ou seja, com a desculpa de que não há médicos, importamos quase-escravos de formação pífia para aloca-los em postos já previamente ocupados.

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Isso vem somar-se a inúmeros relatos de médicos que se aventuraram em locais inóspitos e viram a promessa de um trabalho digno e significativo tornar-se um pesadelo de pressões políticas, coação, violência e ausência de recursos para o trabalho ou de remuneração. A presença de um médico é uma arma política utilíssima, independente do trabalho que possa fazer. Transformar esses profissionais em marionetes indefesas nunca foi muito difícil para nossos coronéis, sendo a única saída mais ou menos digna a “deserção” do posto.

Não é de espantar, ainda, que muitos médicos brasileiros, também enganados, tentassem inscrever-se para trabalhar no programa do Governo Federal e não conseguissem de jeito algum. Brincou-se, no meio médico – não sem um tom de tristeza resignada – que, se o candidato preenchesse o campo “CRM” no cadastro, estava automaticamente desclassificado do Mais Médicos.

Não é nada fácil ouvir que a culpa é sua depois disso tudo.

Médicos e Monstros
O duelo entre médicos e população esvazia-se por completo quando lembramos que queremos a exata mesma coisa: saúde de qualidade acessível de forma equânime.

A estratégia do governo tem sido retratar a classe médica como um grupo de milionários inescrupulosos reunidos em torres altas e escuras, torturando gatinhos, maquinando maldades contra os pacientes e planejando dominar o mundo. Pitoresco e estúpido, mas infelizmente muita gente comprou a ideia.

Não temos interesse em piorar a saúde das pessoas. Estudamos e trabalhamos para fazer o inverso. Ter que escrever isso, com todas as letras, como se não fosse óbvio, é tão ridículo quanto trágico.

E a tragédia, como sempre, se abate sobre aqueles que não podem se defender. Nesse abjeto jogo de forças, cai tudo sobre as mesmas cabeças de sempre. Os pacientes, especialmente os mais pobres, sofrem e são enganados mais uma vez.

Talvez devêssemos ouvir um pouco mais esses seres que dedicam suas vidas a cuidar do outro, já que o assunto é justamente esse. Se perderam a aura do sacerdócio (apesar de ainda serem exigidos nestes termos), devíamos ao menos respeitar o pouco conhecimento que acumulam tão arduamente. A fala dos médicos ecoa há tempos na esperança de frear os interesses sórdidos que têm minado e impedido nosso trabalho. Seu discurso pode não ser a epítome do saber, mas certamente é melhor embasado que opiniões construídas em mesa de bar ou leituras rasas na internet.

Não somos cegos ou hipócritas. Não defendemos nesta guerra interesses egoístas, mesmo porque essa encenação toda praticamente não afeta pessoalmente a grande maioria dos médicos. Não queremos “proteger o mercado”, como foi dito. Não concorreremos com os colegas estrangeiros.

Nossa dor reside na ruína dos valores que prezamos e nos insultos seguidos à nossa ética. Nossa dor reside em ver agora aquele por quem nos dedicamos, mais do que apenas desamparado: iludido. Cai vertiginosamente, com fé cega na rede de proteção que lhe foi anunciada. O impacto é iminente.

Ofensas vazias voam na direção dos médicos sem qualquer critério e não é por esse caminho que avançaremos. Não somos mercenários. Não somos cínicos. Não somos covardes.

Aqui mesmo, já expliquei e defendi o modelo do SUS, contribuí para a promoção à saúde, tentei desfazer enganos e elogiei boas ações do governo quando era justo elogiar. Mas isso que aí está, desculpem, não dá pra engolir.

Só quem já viu pacientes morrerem, cercados de médicos, por falta dos recursos mais básicos conhece o desespero que vivo. E sistemas que jogam médicos e pacientes uns contra os outros só podem resultar em mortes, em ambos os “lados”; a China tem sido prolífica em exemplos e não andamos muito atrás. Ou repensamos profundamente o rumo que estamos tomando ou nos lembraremos para sempre da calamidade que voluntariamente produzimos.




Lucas Pedrucci
Gaúcho expatriado, é pianista aposentado, jogador de rugby em fim de carreira, ex-oficial da FAB, paraquedista das categorias de base e meditante wannabe. Seu principal hobby é a Medicina, que estudou na USP e tem praticado no Hospital das Clínicas.

Paulistanos protestam contra hospital público em bairro nobre

Mayfair - Após organizar um abaixo-assinado contra a exposição Castelo Rá-Tim-Bum no Museu da Imagem e do Som, moradores do Jardim Europa reagiram com indignação aos rumores de que um Posto de Saúde seria construído no bairro. "Imaginem os transtornos de trânsito e aquele cheiro de gente diferenciada que um hospital público pode trazer à nossa civilizada vizinhança. Tudo tem limite!", desabafou Verinha Pessegueiro Alcântara, erguendo um iPad com a mensagem "Não somos o Jardim Venezuela".
Para mostrar que o Jardim Europa não tem carências na área de saúde, Verinha citou os serviços da Clínica de Emagrecimento Slim Form, da Eye Care Oftalmologia e do consultório do Dr. Sergio Goldman Sachs. "Daqui a pouco vão conceder descontos no IPTU para quem dá plano de saúde aos empregados", desabafou, enquanto pedia um copo d´água de coco para tomar um Rivotril.
Num último desabafo, Verinha manifestou mais um temor: "Falta pouco para importarem ciclistas cubanos para infestar nossa ruas".

O Mais Médicos já beneficiou mais de 50 milhões de cidadãos

Presidenta Dilma - Em 2013, meu governo lançou o programa Mais Médicos para ampliar o atendimento médico prestado à população brasileira. Hoje tenho uma excelente notícia: já atendemos todos os pedidos feitos pelos prefeitos de todo o Brasil. Só aqueles municípios cujos prefeitos não solicitaram médicos não receberam. Assim, em apenas oito meses, o Mais Médicos está presente em 3.819 municípios de norte a sul, de leste a oeste deste País. Com isso, 50 milhões de brasileiras e brasileiros passaram a ter um médico mais próximo de sua casa. Superamos a nossa meta, que era de 46 milhões. Hoje, no Brasil, 14.462 médicos estão atuando em postos de saúde na periferia das grandes metrópoles, nas cidades médias e pequenas, e nos distritos sanitários especiais indígenas. O Mais Médicos, sem dúvida, está melhorando a qualidade da atenção à saúde pública no Brasil. Em muitas cidades não havia sequer um médico. Os moradores que precisassem de atendimento tinham que se deslocar para outras cidades, às vezes a dezenas e dezenas de quilômetros de distância - de carro, de ônibus e até mesmo de barco. Mesmo nas regiões mais ricas do Brasil, é importante destacar, havia carência de médicos. Por exemplo, o estado que mais demandou e recebeu médicos foi o estado de São Paulo. Para lá foram enviados 2.187 médicos, o que significou uma cobertura de atendimento para 7,4 milhões de paulistas. Levar o atendimento médico para perto dos moradores de todo o País foi o compromisso que assumi com a população brasileira no ano passado. Eu acredito sempre que compromisso assumido é compromisso cumprido, mesmo que a receita para solucionar o problema não seja simples. O Mais Médicos não era simples, enfrentou muita resistência - de poucas pessoas, felizmente. Para atender a nossa população, chamamos primeiro os médicos formados no Brasil e depois completamos as nossas equipes com médicos formados fora do País. Com a competência e a ajuda de todos eles, a realidade da saúde pública brasileira começou a mudar. Estamos também trabalhando para aumentar o número de vagas em medicina nas faculdades brasileiras. Além de enfrentar o problema emergencial, levando mais profissionais de saúde para atender nos municípios, o Mais Médicos vai resolver o problema da falta de médicos no Brasil ao abrir mais vagas nas faculdades e criar novas escolas de medicina. O programa prevê a criação de 11.500 vagas em cursos de graduação de medicina até 2017. Para residência médica, que é a especialização profissional em áreas da medicina, como por exemplo, cardiologia, pediatria, ortopedia, ginecologia, estamos criando mais 12.400 vagas até 2018. Uma coisa importante é que a maior parte dessas vagas estão contemplando as cidades do interior. Esta é uma estratégia fundamental para fixar os médicos na própria região onde são formados. Faz parte do nosso esforço de descentralizar a graduação e a especialização de médicos, antes restrita aos grandes centros urbanos, em especial nas regiões Sul e Sudeste do País. Os dados mostram que, até 31 de janeiro de 2014, o número de consultas nos postos de saúde de todo o país registrou um crescimento de 35% em relação ao número de consultas feitas em janeiro de 2013, quando o Mais Médicos não existia.



O número de consultas e acompanhamento do pré-natal cresceu 11%. Além disso, aumentou em 44,5% o número de consultas de diabéticos. E o mais importante é que o aumento desses números na Atenção Básica trouxe impactos positivos na diminuição da mortalidade infantil, da mortalidade materna, da mortalidade de diabéticos e hipertensos, e também nas demais etapas do atendimento do Sistema Único de Saúde, o nosso SUS. Com o Mais Médicos conseguimos reduzir em 21% o número de encaminhamentos aos hospitais. Os centros mais especializados de saúde estão cada vez mais dedicados à atenção dos casos de maior gravidade. A maioria dos problemas de saúde pode agora ser resolvido, e é resolvido, nos postos de saúde. Além disso, o tratamento fica mais humanizado. O médico do posto de saúde conhece a comunidade, chama os pacientes pelo nome, examina, cria um vínculo de confiança, não mais se contenta em fazer três perguntas e registrar no computador ou no prontuário sem olhar para o paciente, sem tocá-lo, como acontecia em muitos casos. Quero reafirmar aqui o compromisso do meu governo com a saúde pública no Brasil. Queremos e vamos fazer ainda mais. A boa qualidade da atenção à saúde de todas as brasileiras e de todos os brasileiros é uma prioridade para nós.

Segunda etapa da vacinação contra o HPV inicia hoje em todo o Brasil

A segunda dose da vacina conta o vírus HPV, que protege contra o câncer do colo de útero, começa a ser aplicada em meninas de 11 a 13 anos, a partir de hoje segunda-feira (1º/9) em todo o Brasil. A segunda dose, seis meses após a primeira, é fundamental para garantir a imunização contra o HPV até a aplicação da dose de reforço, em cinco anos. Com o esquema vacinal completo, a adolescente garantirá a proteção contra o câncer de colo do útero, terceiro tumor mais frequente na população feminina, atrás do câncer de mama e do colorretal, e a terceira causa de morte de mulheres por câncer no Brasil.
A vacina passou a ser oferecida pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em março deste ano. Em apenas seis meses, 4,3 milhões de meninas nessa faixa-etária já foram vacinadas, atingindo 87,3% do público-alvo – uma das maiores coberturas para essa vacina em todo o mundo. De acordo com o ministro da Saúde, Arthur Chioro, todos os estados conseguiram atingir a meta de cobertura da primeira dose da vacina.
A vacinação nas escolas foi o diferencial para o alcance da meta nacional. Por isso, o Ministério da Saúde recomenda aos municípios repetir a estratégia para a aplicação da segunda dose. Para quem preferir ir ao serviço de saúde, a vacina está disponível, durante todo o ano, nas mais de 36 mil salas de vacinação espalhadas pelo Brasil. A meta agora é vacinar 80% das 4,9 milhões de meninas de 11 a 13 anos residentes no país.
“Estamos lidando com efeito de saúde pública de grande magnitude. As estimativas para este ano é de que ocorram 15 mil novos casos de câncer do colo de útero e cerca de 4,8 mil óbitos. No entanto, com a combinação do sucesso na expansão da imunização contra o vírus do HPV, com a forte mobilização dos estados, municípios, escolas públicas e privadas, e dos meios de comunicação, juntamente com a ampliação da estratégia do Papanicolau nas Unidades Básicas de Saúde, conseguiremos reduzir significativamente esse tipo de câncer nos próximos anos no país”, afirmou o ministro.
A vacina também está disponível para aquelas que ainda não tomaram a primeira dose. Para receber a segunda dose da vacina HPV, basta apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação na unidade de saúde. Neste ano, serão vacinadas as adolescentes do primeiro grupo (11 a 13 anos). Em 2015, a vacina passa a ser oferecida para as adolescentes de 9 a 11 anos e, em 2016, às meninas de 9 anos.
Mapa de casos de câncer do colo do útero no Brasil. Ministério da Saúde.
Mapa de casos de câncer do colo do útero no Brasil. Arte: Ministério da Saúde.
Eficácia
A vacina contra HPV tem eficácia comprovada para proteger mulheres que ainda não iniciaram a vida sexual e, por isso, não tiveram nenhum contato com o vírus. Hoje, ela é utilizada como estratégia de saúde pública em 51 países, por meio de programas nacionais de imunização. Estimativas indicam que, até 2013, foram distribuídas cerca de 175 milhões de doses da vacina em todo o mundo. A sua segurança é reforçada pelo Conselho Consultivo Global sobre Segurança de Vacinas da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Tomar a vacina na adolescência é o primeiro de uma série de cuidados que a mulher deve adotar para a prevenção do HPV e do câncer do colo do útero. No entanto, ela não substitui a realização do exame preventivo e nem o uso do preservativo nas relações sexuais. O Ministério da Saúde orienta que mulheres na faixa etária dos 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.
Sobre o HPV
É um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da Organização Mundial da Saúde indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras da doença, sendo 32% infectadas pelos tipos 16 e 18. Em relação ao câncer de colo do útero, estudos apontam que 270 mil mulheres, no mundo, morrem devido à doença. Neste ano, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 15 mil novos casos.

Fonte: Ministério da Saúde.