Ele não quer vestir pijama

Fernando Henrique, o candidato?


Ele não aceita ser varrido
para debaixo do tapete

Segundo o jornalista Luis Carlos Azedo, do Correio Braziliense - jornal que não pode ser acusado de ser chapa branca - a indefinição de Serra quanto à sua candidatura à presidência está fortalecendo os rumores de que ele desistirá e tentará a reeleição, tida como certa (?) ao governo do Estado.



Segundo o jornalista, FHC começa, meio que em tom descontraído, a dizer para quem quiser ouvir que eles está disponível para se candidatar.

O endereço para ler mais sobre o que disse o jornalista é este.

Por outro lado, a insistência de FHC junto à Aécio para que seja candidato a vice começa a ser vista por muitos como um vaticínio pessimista do ex-presidente, como se ele dissesse:

- Vejam como estou fazendo um grande esforço para convencer Aécio, pois sem ele Serra não tem a menor chance.

Ainda segundo o jornalista Luis Carlos Azedo, pesquisa ainda não divulgada, mas que já é de conhecimento da cúpula tucana, mostra Dilma em empate técnico com Serra, confirmando o resultado da recente pesquisa CNT/Sensus.

A recente prisão do ex-vice de Serra, José Panetone Arruda, também quebrou uma das colunas de sustentação da candidatura de Serra. O pior é que o Ministério Público e a Polícia Federal estão seguindo os rastros de panetones, que levam diretamente às portas do Palácio dos Bandeirantes. Segundo a revista Carta Capital, o elo de ligação entre Arruda e a administração Serra é o Secretário de Educação de SP, Paulo Renato Souza, que já foi Ministro de FHC. Graças ao apoio de Paulo Renato, o tal "Mineirinho", que aparece nos vergonhosos vídeos do Arruda, faturou, junto ao governo estadual e à prefeitura da capital, nada menos do que R$ 0,6 bilhão.

Nas próximas semanas, Serra terá que se decidir. Aguardemos...

O BANDIDO VAI ACABAR PRENDENDO A POLÍCIA

Mais do que uma vergonha.
Isso é desmoralizante!
Não há instituição democrática nem estado de direito que resista a coisa tão pequena e mesquinha.

É sabido que o papel constitucional da Polícia Federal é o da aplicação de determinadas
leis destinadas a garantir a segurança de uma coletividade, a ordem pública e a prevenção e elucidação de crimes, de investigar e efetuar prisões, conforme descreve o artigo 144 de CF.

No caso da Operação Satiagraha, que levou Daniel Dantas à cadeia duas vez em 48 horas e nas duas vezes consecutivas o Presidente do Supremo, ministro Gilmar Mendes - que até a Globo já o chama Gilmar Dantas por suas afinidades - o colocou em liberdade através de HC's.
Desde aqueles fatídicos dias até hoje, a PF não tem feito outra coisa senão perseguir e desmoralizar o comandante daquela que foi a maior e mais aproveitável das operações jamais realizadas neste País pela Polícia Federal: o Delegado Protógenes Queiroz.

Protógenes passou de investigador a investigado.
Enquanto Daniel Dantas exibe força e poder de manipulação junto aos órgão da República e anda à solta e impunemente, Protógenes é grosseiramente axincalhado, perseguido e rotineiramente intimado a depor na instituição para a qual serve e cuja atribuição - a de itimar e colher depoimento - cabe a ele desempenhar, enquanto agente policial.

Porém, como Protógenes "mexeu" com gente poderosa, que tem facilidades nas instâncias superiores da Justiça, com gente que conta com o apoio da imprensa golpista que tem horror a pobre (a mídia entende que servidor público não é rico, sobretudo se for honesto) osquestrou-se uma campanha vergonhosa e imoral para incriminá-lo.
Ou para levá-lo à loucura.
Aonde quer que Protógenes esteja, lá aparece um agente da PF para intimá-lo.
A última intimação lhe foi feita em pleno sabódromo, em SP.
Confiram o post do próprio delegado em seu blog.
Protógenes é intimado no Sambódromo do Anhembi na presença do Senador Suplicy
Ao povo brasileiro, internautas e eleitores: a perseguição continua de forma implacável e de preferência em locais públicos, eventos, solenidades, presença de pessoas ou autoridades diversas.

Os colegas policiais, como sempre, chegaram de forma educada e constrangidos por estarem cumprindo determinação superior de intimar em mais um processo administrativo instaurado relativo a operação Satiagraha.

O referido procedimento instaurado visa apurar a legalidade do uso da ABIN nos trabalhos da Satiagraha. Matéria exaustivamente discutida no Ministério Público Federal e nos Tribunais. Não é necessário tecer minúcias que o referido procedimento tenta desqualificar os trabalhos que foram realizados para enfraquecer a força punitiva do Estado contra o banqueiro condenado Daniel Dantas.

O constragimento das instaurações dos procedimentos é um absurdo e contra lei, pois em sua totalidade são desprovidos de provas ou fatos que tipifiquem qualquer ilícito administrativo que resulte em punição.

Apesar disto seguem com diversas frentes tentando punir os policiais que trabalharam dentro da lei e de forma honrada no combate à corrupção.

Seguiremos de cabeça erguida e sem temer o bom combate pois a vitória será inevitável. O mau historicamente nunca venceu o bem! e não vai ser agora que os bandidos unidos na proteção de outros bandidos, apesar da desfaçatez e arrogância, conseguirão vencer a Satiagraha, pois ela apenas está começando e o Brasil inteiro está em alerta acompanhando, lutando pelo fim da impunidade dos corruptos e cadeia para os ladrões da República.

SEGUE AQUI O LINK do ABAIXO ASSINADO DE APOIO AO PROTÓGENES:

http://www.abaixoassinado.org/abaixoassinados/5223

Se correr o bicho pega. Se ficar...idem

Não tenho lembrança de o Serra ter "melhorado" nas pesquisas após alguma manifestação de FHC. Muito ao contrário, Serra só faz cair - há mais de dois anos initerruptamente - sem que Fernando Henrique possa fazer alguma coisa.
Mas bem que o sociólogo, a exemplo do Sérgio Guerra, tem feito sim: afundar cada vez mais o PSDB no maremoto de seus desastrosos pronunciamentos.
FHC X Oposição perderam o rumo, o foco, a agenda, o sentido e o discurso.
Eles estão como o Serra - sem noção.
FHC caiu na aramdilha do Lula. 

O "plebiscito" imaginado pelo Presidente seria algo do qual seus opositores deveriam correr às léguas e evitá-lo a qualquer custo. Isso se tivessem outra opção.
Como não tem, só lhes resta fingir que aceitam serem comparados...
Tanto faz. Com ou sem comparações, os demotucanos não terão saída.
Não dá para comparar o governo FHC ao de Lula.
Isso só vai desmoralizar cada vez mais quem desmoralizou o Brasil diante do mundo.
E Dilma será eleita ainda no Primeiro Turno.
Viva Dilma Rousseff! 

Esperteza demais...


Não sei não, mas deve ser inteligentíssima esta estratégia dos tucanos paulistas de plantar notícias sobre a adesão do governador Aécio Neves para ser vice na chapa de Serra.
Tucanos de alta, média e mínima plumagem vêm plantando notinhas aqui e ali, ora afirmando que uma chapa Serra-Aécio seria imbatível.
Ora afirmando que não, não é verdade. Aécio já escolheu seu caminho. Seria ótimo, mas..., suspiram esses tucanos.
O fato é que o governador está sendo emparedado.
Todo santo dia ele tem que desmentir que já tenha concordado. Todo santo dia ele tem que dizer que considera um absurdo insistir no assunto.
E tal da chapa continua no noticiário.
Até agora, esta estratégia espertíssima já conseguiu dois resultados: primeiro, irritar o governador Aécio Neves, popularíssimo no segundo colégio eleitoral do país.
Dizem até que o governador de Minas vai viajar para o exterior, para ver se se livra das plantações tucanas (aliás, seus companheiros de partido).
Segundo, passar a ideia de que sem Aécio, Serra não conseguirá se eleger. Ou seja, conseguiram enfraquecer a candidatura José Serra.
Lá em Minas se costumava dizer que esperteza quando é muita, cresce e come o dono.

FHC e Dimensttein não tem o povo que merecem


Respeitar às opiniões políticas dos adversários é um princípio básico da democracia, por isso, por exemplo, reproduzo aqui às opiniões pro-tucanas do articulista da Folha SP, Gilberto Dimenstein. Respeitar essas opiniões não significa concordar com elas, mas permitir que a divergência possa ficar evidenciada no conhecimento do que é exposto e defendido pelos argumentos pro-tucanos -no caso- de Dimenstein.
Esse respeito, porem, não implica tolerar a proclamação de inverdades, como argumento para dar basamento a suas posições políticas.
Dimenstein utiliza uma pesquisa que mostra o grau de informação da população brasileira, ou de desinformação, para tentar explicar o porque da rejeição a FHC e ao que foi seu governo. Simplificando: FHC é rejeitado porque o povo é desinformado. Pior, nos critérios de Dimenstein, a própria elite rejeita FHC porque padece do mesmo mal que o povo, é desinformada.
Dimenstein poderia explicar o longo reinado dos tucanos em São Paulo e a eleição de Kassab com argumentos semelhantes. Mas não o faz, porque os tucanos sempre pretenderam que onde eles governam o povo é mais bem informado e que a ignorância é patrimônio exclusivo dos que apoiam Lula.
Para proceder a sua tentativa de reabilitação de FHC, Dimenstein nos “informa” sobre o que foi o governo FHC, repetindo o discurso do tucanato e ignorando os fatos que dão sustentação a informação que hoje uma grande maioria do povo brasileiro possui.
Como o povo e a elite não concorda com a informação que Dimenstein gostaria que ele engula, Dimenstein, arrogante, o acusa de ignorante.
Para ele “Lula não seria o Lula que está aí sem Fernando Henrique”, do qual ele seria a continuidade, como em “uma corrida de bastão” (Primeiro FHC, depois Lula, e agora…). Tudo progredindo no mesmo sentido, um melhorando o que o outro fez. E o Dimentein fala de desinformados?
O economista Delfim Netto também pensa que tudo mundo é desinformado, mas esse todo mundo soa como todos os da espêcie Dimenstein. Em entrevista de março de 2008, Delfim dizia: “O Fernando Henrique entregou o Brasil falido. Todo mundo se recusa a entender esse fato; em 2002, o Brasil estava (em tom enfático) fa-li-do”. (ver Delfim Neto abriu fogo: FHC entregou país “falido”).
Contrariamente ao que “informa” Dimenstein, Lula herdou uma inflação em alta (projeção de 14%), juros altos, desemprego alto e endividamento alto. A pobreza estagnada e o crescimento econômico pifio.
Se a informação de Delfim não é válida para Dimenstein, ele poderia ao menos citar a do seu colega da Folha, Gustavo Patu, que dias atrás escreveu que o “crescimento econômico -goste-se ou não, o indicador mais universalmente utilizado para mensurar o sucesso das administrações nacionais.” e que desse ponto de vista “A renda nacional cresceu à média de 2,2% ao ano sob FHC e deve encerrar o período lulista com taxa anual de 3,7%”, ou seja quase o dobro. E Patu acrescenta, “Mais importante politicamente, o primeiro começou seu governo com expansão acelerada e terminou em estagnação, enquanto o segundo obteve o resultado inverso.” Segundo a informação de Patu, “dólar barato e gasto público sem amarras sustentaram a popularidade inicial de FHC e garantiram sua reeleição no primeiro turno, mas levaram o endividamento público de menos de 30% para quase 50% do Produto Interno Bruto.” Nem o famoso triplé da política econômica que os tucanos utilizam como argumento para pretender, como Dimenstein, que Lula copiou FHC, fica em pé na argumentação de Patu, pois ela foi ditada pelo FMI e só aceita a partir de 1999 depois do naufrágio do “populismo” cambial.
E a pobreza? segundo Patu, após o primeiro ano em 1994, “a pobreza permaneceu nos mesmos patamares no restante do governo tucano”.
Hoje, segundo Nakano (economista ligado ao PSDB) “O salário real médio aumentou em torno de 6% ao ano de 2004 a 2008. A isso se conjuga o fato de que entre 2003 e 2009 foram criados 8,5 milhões de novos postos de trabalho, gerando um poderoso círculo virtuoso de crescimento autossustetado”. E repete: com a ascensão da nova classe média, por causa do aumento do emprego com melhor remuneração, entraram 90 milhões de pessoas no mercado consumidor.”
“Marcelo Neri, PhD por Princenton e Chefe do Centro de Pesquisas Sociais da FGV, comenta os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNDA). A partir de 2004, nada menos que 32 milhões subiram para as classes A e B e 19,3 milhões saíram da pobreza. “Dá para transformar o País rapidamente, aos saltos, embora a desigualdade continue grande. Precisa cair três vezes para convergir aos níveis dos EUA.”
(…) “O que cresceu foi a renda do trabalho e não aquela proveniente dos programas de socorro. O Bolsa-Família representa apenas 0,4% do PIB.”
Não estamos, portanto, afirmam ele e Nakano, diante de um processo passageiro (eu quase ia dar uma de cientista político e dizer “pontual”) que não tende a se sustentar, mas da criação de um círculo virtuoso de emprego-aumento de renda-consumo-produção e de novo emprego.”(Coluna de Alberto Tamer, Estadão de hoje).
Essa informação, sustentada nos dados da vida real e constatada por todos, constituí o fundamento da popularidade de Lula e da rejeição de FHC.
Demorou, mas mesmo uma boa parte da elite e os intelectuais acabou abrindo os olhos perante os fatos, e é isto que Dimenstein e FHC não suportam. Que Lula seja popular no Nordeste ou nos bairros pobres da periferia, tudo bem o povo é burro  resmungam sottovoce, mas entre a elite, FHC ser menos popular que Gugu Liberato e Lula mais popular que Zezé de Camargo e William Bonner, e realmente demais.
Fica tranqüilo Dimenstein, Lula ainda é menos popular que FHC em uma certa elite paulistana.
Mas, para seu desconsolo,  conhecendo  essa elite paulistana e conservadora que prefere Brazil ao Brasil, daqui a pouco vai ser chique, como em Paris, Londres e New York, adorar o Lula. O que alias já está acontecendo na forma de “O Lula até que não foi tão ruim assim porque FHC deixou tudo direitinho e ele é muito sortudo, mas essa Dilma…”

Governo Lula deixa oposição tonta

Era Lula foi a melhor

Junho de 2003 a julho de 2008 foi a fase de maior expansão da economia brasileira dos últimos 30 anos, segundo proclama estudo divulgado quinta-feira passada pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da prestigiosa Fundação Getúlio Vargas. 



Nesses cinco anos, a indústria brasileira se expandiu, as vendas do comércio registraram altas e a geração de emprego e renda cresceu. 


A análise foi comandada pelo Comitê de Datação de Ciclos Econômicos, coordenado por Affonso Celso Pastore, ex-presidente do Banco Central, e contou com mais 6 economistas.
Tucanos tontos

É uma notícia que deixa tontos o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o governador José Serra e os companheiros do PSDB e da oposição. 



O estudo registra que a boa fase de crescimento da economia brasileira começou seis meses após a posse de Lula e se prolongou por 61 meses. 


O segundo melhor período foi entre fevereiro de 1987 e outubro de 1988, em plena gestão do ex-presidente José Sarney, quando o País entrara no processo de redemocratização. 


O menor período recessivo foi sob Lula e teve seis meses: de junho de 2008 a janeiro de 2009.
Tarcísio Holanda

FHC aceita eleição plebiscitária


Marcos Coimbra
Sociólogo e presidente do instituto vox populi
marcoscoimbra.df@dabr.com.br
O plebiscito começou
O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina?
Tucanos e petistas, com suas adjacências, passaram boa parte da semana discutindo sobre quem fez mais nos períodos em que governaram. Foi um debate de “alto nível”, não pelo clima em que transcorreu, mas por ter envolvido os notáveis dos partidos, sem deixar de lado a ministra Dilma.
Tudo começou, como sabemos, com o artigo de Fernando Henrique Cardoso publicado domingo último, intitulado “Sem Medo do Passado”. Nele, o ex-presidente diz que aceita o desafio de comparar seu governo ao de Lula, provavelmente por entender que, na comparação, é ele quem ganha.
Não deixa de ser um gesto de coragem, indispensável a quem exerce um papel de liderança intelectual e política no conjunto das oposições. Com o artigo, FHC mostra que não está disposto a permanecer acuado pela ameaça do plebiscito e que vai enfrentar “o touro a unha”, como se dizia antigamente.
Ou seja, para ele, o embate plebiscitário que Lula propõe começou, sendo seu texto (e as reações que provocou no PT) apenas o primeiro round. É como se dissesse que, se é inevitável que a eleição presidencial deste ano se torne um plebiscito, que seja feito e que comece logo: “Podem vir quentes, que eu estou fervendo!”.
Foi Lula quem inventou essa ideia de eleição plebiscitária. Ainda no final de 2007, ele passou a defendê-la, afirmando que os eleitores deveriam ser convidados a fazer uma escolha na hora de votar: se estivessem de acordo com seu trabalho nos últimos 8 anos, que votassem na candidatura que representa sua continuidade. Quem gostasse dele, que votasse em Dilma.
Até aí, nada demais. É natural que um partido que está no governo tenha um candidato identificado com a continuação (ainda mais quando conta com mais de 80% de aprovação). Já vimos isso mil vezes no plano estadual e municipal, e ninguém acha estranho. Pode ser que o indicado seja uma pessoa conhecida, que já disputou eleições e tem notoriedade. Mas não necessariamente, pois o candidato do governo pode ser até um completo desconhecido. Vem daí a ideia de “poste”, que reaparece com frequência nas situações em que administrações bem-sucedidas são representadas por candidatos sem grande biografia.
Assim, depois de ter ficado oito anos no poder, nada mais compreensível que o PT tenha uma candidata cuja proposta básica é manter as coisas como estão. O fato de Dilma ser pouco conhecida pelo eleitorado é quase irrelevante, como foi no caso de vários outros candidatos com perfil semelhante (a maioria dos quais vitoriosa, é bom lembrar).
O interessante no plebiscito que Lula quer fazer acontece fora do PT. Para começar, ele pressupõe que o vasto condomínio partidário que se representa em seu governo se coligue formalmente em torno da ministra, o que tem como primeira consequência que o tempo de propaganda eleitoral de todos os partidos será somado e oferecido a ela. Hoje, pelo andar da carruagem, falta pouco para isso seja confirmado.
Mas o mais interessante é que o plebiscito não é, propriamente, algo que saiu de sua cabeça. Antes, é sua resposta a algo que ele considerava inevitável, a candidatura de Serra. Foi procurando se adaptar a ela que a estratégia do plebiscito foi elaborada.
Se as oposições estavam prontas a marchar unidas em torno do governador, ex-ministro e candidato sempre apoiado por FHC, o cenário de um plebiscito entre os dois presidentes estava montado. Bastava fazer o mesmo de seu lado, com sua colaboradora como candidata, que o eixo da eleição poderia ser deslocado para uma escolha entre quem foi melhor como presidente, Lula ou Fernando Henrique?
Ao longo da semana, o sistema político se posicionou nos termos do plebiscito desejado por Lula. Todas as oposições tiveram que se pronunciar, defendendo FHC e assumindo a defesa de seu governo. Do lado do presidente, foi com gosto que seus correligionários mostraram sua preferência por Lula.
O plebiscito, de fato, começou. O que o ex-presidente fez, ao aceitar o desafio do atual, concretiza o quadro imaginado por Lula. Será que FHC se sairá dele tão bem quanto imagina? Será que consegue recuperar sua imagem nos próximos 8 meses, fazendo o que não conseguiu nos últimos 8 anos?