Fazedores do nosso chão

Que o Brasil está cheio de personagens ilustres desconhecidos, isso muita gente sabe. Que de vez em quando um repórter pinça um ou outro para bater um papo, é muito comum que aconteça. Mas a série "Fazedores do Nosso Chão", que Fernanda Salvador tem publicado no Overmundo, não apenas apresenta personagens do cotidiano como filosofa com eles sobre a vida.






É assim que o artesão Zé do Ponto reconhece que "ninguém vive sozinho" e o roceiro Olímpio Soares conclui "a vida é um laço". Dona Lira Marques relata o amor ao que faz e Gonçalo Silva fala sobre a necessária construção de ilusões para se viver. 
Acompanhe 

Floricultura

[...] como fazer uma de papel
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Salário Mínimo

[...] Política salarial é vital ao desenvolvimento

Os aumentos reais do salário mínimo (leia o Destaque) são um dos tripés de nossa política de desenvolvimento, ao lado do papel do Estado com os investimentos, e da ação dos bancos públicos em seu papel indutor do crescimento.
Somados, estes são os três fatores - mais a política de distribuição de renda da qual o mínimo é parte - que sustentam o crescimento econômico e os nossos modelo democrático e projeto nacional de desenvolvimento.

Devemos e temos tudo para sustentar este modelo - e os aumentos reais do mínimo - mesmo em momentos como o atual, quando a nível internacional a política econômica dos países desenvolvidos cria uma situação de excesso de liquidez e pressão sobre nossa moeda.

Até quando teremos aumento de juros?
Consequência: provoca sua valorização, além de pressionar nossas contas externas, nos tirar competitividade, facilitar a elevação das  importações de mercadorias, e resultar na importação, também, de inflação.

Não basta nos prepararmos para quando as nações ricas mudarem suas políticas monetárias e fiscais. É preciso manter o crescimento e o emprego e não perder o impulso do ciclo de crescimento que estamos vivendo.

Aí, temos de lembrar sempre que nos setores de tecnologia, infraestrutura, educação e inovação ainda temos um verdadeiro abismo a nos separar de países como a Coréia do Sul e a China - para não falar nos Estados Unidos, Europa e Japão.

Saltá-lo exige de nosso país grandes investimentos e uma marcha forçada que só pode ser mantida com o Estado na vanguarda e em aliança com o setor privado. Temos tudo para transpor este abismo e manter este modelo, mas a questão de fundo é: até quando podemos aumentar os juros sem perder esse impulso e sem reverter esse ciclo virtuoso de crescimento com distribuição de renda?


Fabricação

Submarino: Como ele é feito
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Roberto Carlos acompanhou emocionado o enterro da filha




Ana Paula Paula Rossi Braga, morta aos 47 anos na madrugada deste sábado (16). O corpo foi enterrado no Cemitério do Araçá, na Zona Oeste de São Paulo.
Cerca de 80 pessoas próximas à família foram ao velório. A cantora Martinha, amiga de Roberto Carlos, lamentou a morte: "Conhecia a Ana Paula desde os 2 anos de idade. Nós ficamos pesarosos pela dor do Roberto", afirmou.  O apresentador de TV Otávio Mesquita foi lacônico: "Vim dar um abraço no Roberto", afirmou.
Padre Antonio Maria foi prestar solidariedade a Roberto Carlos (Foto: Mario Barra/G1)Padre Antonio Maria foi prestar solidariedade a
Roberto Carlos (Foto: Mario Barra/G1)
O padre Antonio Maria disse que foi ao Einstein para dar apoio ao cantor.
Roberto Carlos completará 70 anos na próxima terça-feira (19). O show marcado para o mesmo dia no Ginásio Alvares Cabral, em Vitória, no Espírito Santo, foi cancelado.  
Ana Paula é  filha de Cleonice (Nice) Rossi, primeira mulher de Roberto Carlos. Ele cuidava dela desde os 3 anos e a considerava sua filha. A perda de Ana Paula ocorre quase um ano após a morte de sua mãe, Lady Laura, em 17 de abril do ano passado.
A cantora Martinha fala sobre amizade com Ana Paula  (Foto: Mário Barra/ G1 )A cantora Martinha fala sobre amizade
com Ana Paula (Foto: Mário Barra/ G1 )
Ana Paula morreu na madrugada deste sábado em seu apartamento, no bairro de Moema, na Zona Sul de São Paulo. Segundo informações da família, ela passou mal durante a noite. Enquanto o marido, o músico Paulinho Coelho, chamava socorro, Ana Paula morreu. De acordo com o Jornal Hoje, dois médicos de confiança da família também foram chamados, mas não chegaram a tempo ao apartamento.
Roberto Carlos estava em São Paulo nesta manhã e foi ao apartamento da filha. O corpo foi levado por volta das 11h ao Instituto Médico-Legal (IML), onde foram feitos exames para determinar a causa da morte.
do G1

Curso

[...] FHC apresenta seu TCC do

“Curço de Injenharia Pulytika á Distanssia”

O Congresso Extraordinário Tucano (CET) acaba de dar à luz mais uma contribuição à sociologia brasileira.

O ex-presidente FHC, laureado acadêmico, concluiu seu mais novo PhD e apresentou seu TCC do “Curço de Injenharia Pulytika á Distanssia”. Preocupado com a falta de rumo das oposições, o príncipe dos bicudos compartilhou sua obra com alguns jornais piguianos, ciosos pela solução recíproca que pode representar uma saída para três derrotas consecutivas nas eleições federais.

Com ar grave, FHC defende, sem meias-palavras, o abandono explícito (antes admitia apenas nos bastidores) do “povão”. Segundo ele, essa parcela já está “colonizada pelo PT, que instrumentaliza os movimentos sociais”. O mais acertado seria voltar energias para as classes médias ascendentes e encontradas nas redes sociais.

frisson causado pela tese provocou estarrecimento no CET. Aqueles que já estavam desnorteados e caminhavam tropegamente, vislumbraram o significado do opus recém-criado: “a montanha pariu um rato”, concluiu taciturno um dos caciques da agremiação, cujos índios são extintos regimentalmente.

Por sua vez, parcelas ponderáveis do “povão” entenderam de que se tratava de mais uma manifestação da esclerose acelerada das ideias do operador do “Consenso de Washington” em nosso país, contraditoriamente no mesmo momento em que a matriz que formulou tal acordo, o FMI, agora renega o que consagrara num passado recente.

O ex-presidente Lula lembrou que “povão” são todos os brasileiros, não fazendo sentido a nostalgia tucana de só atender a um quinto da população, parcela considerada pelos doutos bicudos como a única merecedora “por natureza” a receber status de cidadania e dignidade.

Indiferente às manifestações adversas, FHC mostrou o produto final de suas exaustivas pesquisas, indicando o caminho seguro para as oposições, que abraçam o projeto neoliberal, retornarem ao poder federal.

Veja, com exclusividade, a estratégia de FHC para salvar a direita brasileira Aqui

Burca

[...] porque condeno a lei contra

Vi uma mulher de burca pela primeira vez no metrô de Londres, no verão de 1977. Eu tinha 22 anos, e senti pena, repulsa e impotência. Fazia calor nos vagões. Os homens que a acompanhavam falavam alto, ignorando-a. Eu tentava ver os olhos da mulher por trás da tela negra. Seria jovem, idosa? Seu olhar seria resignado ou um pedido mudo de socorro? Conseguiria respirar? Culpei os homens e o fanatismo islâmico. Ali estava uma mulher condenada à ausência de desejos.
Hoje, eu me vejo condenando a nova lei na França. O governo de Nicolas Sarkozy decidiu multar em € 150 toda mulher que, num espaço público, se cobrir com dois tipos de véus muçulmanos: a burca e o niqab, que só insinuam ou mostram os olhos.
Dirigir, ir a locais de culto e trabalhar com esses véus pode. Mas caminhar, ir a parques, museus, hospitais etc., não. A lei permite o xador e o hijab, que deixam a face exposta, e não cita o islamismo ou credos religiosos. Proíbe apenas “a dissimulação do rosto”. O slogan é: “A República se vive com o rosto descoberto”.
O que a França consegue com isso? Transformar um símbolo de opressão num símbolo de autodeterminação religiosa e até feminina. Muitos se rebelam contra a arrogância do Estado que decide determinar como a mulher deve se vestir. Chrystelle Khedouche, francesa de 36 anos que se converteu ao islã, disse: “Decidi não usar o véu islâmico... agora, me obrigar a não usar é suprimir minha liberdade”.
Antes que o fundamentalismo católico, ateu ou feminista desabe sobre mim, vamos aos fatos, despidos de preconceitos. Há 5 milhões de muçulmanos na França. Menos de 2 mil mulheres usam burca ou niqab. Em Paris, não passam de 800. Elas se concentram em bairros de imigração árabe. Pela lei, policiais podem pedir que a mulher retire o véu para se identificar, mas não podem forçá-la a nada. Caso ela se recuse, eles a levarão à delegacia, e ela será multada.
Essa minoria de muçulmanas já disse não se opor a mostrar o rosto ao pegar filhos na escola, ou à entrada de um banco ou museu. Mas se nega a abrir mão do véu.
Por trás da letra da lei, existe hipocrisia. Sarkozy precisa de medidas populares para melhorar suas chances de reeleição. A maioria dos franceses apoia o veto aos véus. Cita valores laicos e de liberdade da República francesa. São argumentos que soam legítimos.
O véu integral, que não é pré-requisito no Alcorão, fere a dignidade da mulher por subtraí-la da sociedade. Muçulmanas obrigadas pelo marido a se cobrir estariam, enfim, livres para mostrar o rosto. É verdade.
Mas e as que não abrem mão de se vestir assim? A França estaria violando seus direitos humanos.
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