São Paulo: eleição para governador em 2014

Eu revejo o passado e pré vejo no futuro próximo - 2014 - uma eleição de grandes novidades.

O passado que revejo é a eleição para prefeito de SP em 2012, o tucano José Serra (PSDB), favorito disparado venceria com um pé nas costas, logo no primeiro turno.

Agora o pig repete o esquema, o tucano Geraldo Alckmin vence de goleada. Dependesse da tchurma dos penas pagas, não deveria haver nem eleição. Eleição para que? Se o Datafraude, Ibopig e cia já constataram os números...

É gente, no final de 2014 vamos rir bastante. Como diz o ditado popular:

Rir melhor quem ri por último

Para guardar com carinho:

Obcecado pela ideia de derrubar a grande cidadela do PSDB, Lula tem afirmado em privado que chegou a hora do PT no Estado de São Paulo. Para ele, Geraldo Alckmin comanda um governo marcado pela “fadiga de material”. Os dados do último Datafolha indicam que Lula talvez tenha comprado óculos com lentes cor de rosa para ter melhor visão da realidade. No cenário com lentes normais, Alckmin venceria até Lula se a disputa fosse hoje. Leia aqui e repare nas ilustraçoes abaixo.

Prá desopilar

Machado de Assis: Um Apólogo


Era uma vez uma agulha, que disse a um novelo de linha:

— Por que está você com esse ar, toda cheia de si, toda enrolada, para fingir que vale alguma cousa neste mundo?

— Deixe-me, senhora.

— Que a deixe? Que a deixe, por quê? Porque lhe digo que está com um ar insuportável? Repito que sim, e falarei sempre que me der na cabeça.

— Que cabeça, senhora? A senhora não é alfinete, é agulha. Agulha não tem cabeça. Que lhe importa o meu ar? Cada qual tem o ar que Deus lhe deu. Importe-se com a sua vida e deixe a dos outros.

— Mas você é orgulhosa.

— Decerto que sou.

— Mas por quê?

— É boa! Porque coso. Então os vestidos e enfeites de nossa ama, quem é que os cose, senão eu?

— Você? Esta agora é melhor. Você é que os cose? Você ignora que quem os cose sou eu e muito eu?

— Você fura o pano, nada mais; eu é que coso, prendo um pedaço ao outro, dou feição aos babados...

— Sim, mas que vale isso? Eu é que furo o pano, vou adiante, puxando por você, que vem atrás obedecendo ao que eu faço e mando...

— Também os batedores vão adiante do imperador.

— Você é imperador?

— Não digo isso. Mas a verdade é que você faz um papel subalterno, indo adiante; vai só mostrando o caminho, vai fazendo o trabalho obscuro e ínfimo. Eu é que prendo, ligo, ajunto...

Estavam nisto, quando a costureira chegou à casa da baronesa. Não sei se disse que isto se passava em casa de uma baronesa, que tinha a modista ao pé de si, para não andar atrás dela. Chegou a costureira, pegou do pano, pegou da agulha, pegou da linha, enfiou a linha na agulha, e entrou a coser. Uma e outra iam andando orgulhosas, pelo pano adiante, que era a melhor das sedas, entre os dedos da costureira, ágeis como os galgos de Diana — para dar a isto uma cor poética. E dizia a agulha:

— Então, senhora linha, ainda teima no que dizia há pouco? Não repara que esta distinta costureira só se importa comigo; eu é que vou aqui entre os dedos dela, unidinha a eles, furando abaixo e acima...

A linha não respondia; ia andando. Buraco aberto pela agulha era logo enchido por ela, silenciosa e ativa, como quem sabe o que faz, e não está para ouvir palavras loucas. A agulha, vendo que ela não lhe dava resposta, calou-se também, e foi andando. E era tudo silêncio na saleta de costura; não se ouvia mais que o plic-plic-plic-plic da agulha no pano. Caindo o sol, a costureira dobrou a costura, para o dia seguinte. Continuou ainda nessa e no outro, até que no quarto acabou a obra, e ficou esperando o baile.

Veio a noite do baile, e a baronesa vestiu-se. A costureira, que a ajudou a vestir-se, levava a agulha espetada no corpinho, para dar algum ponto necessário. E enquanto compunha o vestido da bela dama, e puxava de um lado ou outro, arregaçava daqui ou dali, alisando, abotoando, acolchetando, a linha para mofar da agulha, perguntou-lhe:

— Ora, agora, diga-me, quem é que vai ao baile, no corpo da baronesa, fazendo parte do vestido e da elegância? Quem é que vai dançar com ministros e diplomatas, enquanto você volta para a caixinha da costureira, antes de ir para o balaio das mucamas? Vamos, diga lá.

Parece que a agulha não disse nada; mas um alfinete, de cabeça grande e não menor experiência, murmurou à pobre agulha: 

— Anda, aprende, tola. Cansas-te em abrir caminho para ela e ela é que vai gozar da vida, enquanto aí ficas na caixinha de costura. Faze como eu, que não abro caminho para ninguém. Onde me espetam, fico. 

Contei esta história a um professor de melancolia, que me disse, abanando a cabeça:

— Também eu tenho servido de agulha a muita linha ordinária!

Texto extraído do livro "Para Gostar de Ler - Volume 9 - Contos", Editora Ática - São Paulo, 1984, pág. 59.

Carta aberta aos companheiros e companheiras petistas


Queridos e amados petistas 
Só lhes peço, que façam uma reflexão: o problema de um revolucionário, não é simplesmente ganhar eleições "democráticas" nesse sistema político podre onde quem tem chances de ganhar é quem tem grana pra bancar campanha. Trata-se de avançar rumo a um objetivo, que, acreditamos, seja o da transformação do sistema econômico e consequentemente social, construindo, escrupulosamente,um sistema socialista, com as características próprias aqui da nossa Pindorama. É preciso que se tenha um objetivo claro, concreto, que evidentemente não pode ser o de se ganhar uma eleição na base do " crê ou morre", do engole qualquer papo absurdo em nome da tal de governabilidade. Só vocês, caros petistas, inteligentes, honrados podem, se reunir e, a portas fechadas, dentro do partido a que pertencem, fazer a luta interna, vencê-la e assm, poder traçar os rumos. Não banquem os avestruzes. Não deixem que se perca todo esse potencial que foi tão duramente conquistado por tantos valorosos petistas, e por todos nós que temos apoiado o PT nos últimos vinte anos. Vocês sabem muito bem , o que está pegando. Acertem o rumo, Companheiros. O partido é de vocês. Travem o bom combate interno. E vençam! Pelo bem de todo o nosso Povo. Carinho de uma militante socialista, comunista, digamos assim, prestista.

Paulo Coelho: O conto


Uma viúva, de uma pobre aldeia em Bengala, não tinha dinheiro para pagar o ônibus ao seu filho, pois ela o tinha matriculado num colégio distante de casa. O garoto teria que atravessar sozinho, uma floresta. Para tranquiliza-lo, ela disse:

- Não tenha medo da floresta, meu filho. Peça ao Deus Krishna para acompanhá-lo. Ele ouvirá sua oração.

O garoto fez o que a mãe dizia, Krishna apareceu, e passou a levá-lo todos os dias à escola.

Quando chegou o dia do aniversário do professor, o menino pediu à mãe dinheiro para comprar um presente.

- Não temos dinheiro, filho. Peça ao seu irmão Krishna para arranjar um presente.

No dia seguinte, o menino contou seu problema a Krishna. Este lhe deu uma jarra cheia de leite.

Animado, o menino entregou a jarra ao professor. Mas como os outros presentes eram mais bonitos, o mestre não deu a menor atenção.

- Leva esta jarra para a cozinha - disse o professor para um assistente.

O assistente fez o que lhe fora mandado. Ao tentar esvaziar a jarra, porém, notou que ela tornava a se encher sozinha. Imediatamente, foi comunicar o fato ao professor que, aturdido, perguntou ao menino:

- Onde arranjou esta jarra, e qual é o truque que a mantém cheia?

- Quem me deu foi Krishna, o Deus da floresta.

O mestre, os alunos e o ajudante, todos riram.

- Não há deuses na floresta, isto é superstição! - disse o mestre.

- Se ele existe, vamos lá fora vê-lo!

O grupo inteiro saiu. O menino começou a chamar por Krishna, mas este não aparecia. Desesperado, fez uma última tentativa:

- Irmão Krishna, meu mestre quer vê-lo. Por favor, apareça!

Neste momento, veio da floresta uma voz, que ecoou por todos os cantos:

- Como é que ele deseja me ver, meu filho? Ele nem sequer acredita que eu existo!

Testamos o Google Glass

do Olhar Digital
“É uma sensação bem futurística e interessante. Ainda que só funcione em inglês por enquanto, é muito fácil interagir com os óculos. O reconhecimento de voz não falhou nenhuma vez; a haste sensível ao toque também é muito precisa. Mas o que surpreendeu foi a qualidade da telinha projetada; só usando mesmo para ter ideia. É até muito melhor do que aparece no vídeo de divulgação que eles lançaram algum tempo atrás”.

Veja mentiras sobre José Dirceu


O jornalista Otávio Cabral, da revista (in)Veja, lançou na última sexta-feira (7) – de forma muito discreta e sem alarde – uma biografia não autorizada de José Dirceu. 
O livro foi publicado pela Record e chegou às livrarias sem nenhuma divulgação. 
Matéria de capa da (in)Veja desta semana, a biografia foi construída em 21 capítulos e 363 páginas. Nela, o jornalista retrata a aventura estudantil de Dirceu nos anos 60, fala também sobre a prisão em Ibiúna, o exílio em Cuba e o retorno ao país na clandestinidade , segundo o livro, com nariz que teria alterado por plástica. 
A leitura revelará ainda seus dias de glória e poder no Palácio do Planalto e a condenação no julgamento do mensalão. Para escrever o livro, o jornalista Cabral inventou que entrevistou 63 pessoas. Uma destes entrevistados - a jornalista Mônica Bergamo - já desmentiu o escritor.