Esta mulher orgulha o Brasil.
Frase de hoje, para a manhã e o amanhã
Esta mulher orgulha o Brasil.
Sobre tucanos e ramphastidae
Desde os tempos de Cabral, os burros zurram no mesmo tom.
Grasnaram os bicudos em bando, e mais estrondosamente revelariam a bufoneria sob a pose.
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Recordar é viver
Não é o ângulo reto que me atrai. Nem a linha reta, dura, inflexível, criada pelo homem. O que me atrai é a curva livre e sensual. A curva que encontro nas montanhas do meu País, no curso sinuoso dos seus rios, nas ondas do mar, nas nuvens do céu, no corpo da mulher preferida. De curvas é feito todo o Universo - o Universo curvo de Einstein.
Odebrecht estuda delatar Sarney e FHC
Até agora resistente a aderir ao acordo de delação premiada, Marcelo Odebrecht, suspeita-se, escolheria delatar poucos, mas relevantes personagens da política brasileira; investigadores acreditam que o empreiteiro seja um dos maiores arquivos vivos do País; em uma eventual delação, ele deverá detalhar doações eleitorais feitas para as campanhas dos ex-presidentes José Sarney e FHC.
Paulo Nogueira - Lula, é hora de ousadia
A hora pede ousadia
"Ficaria decepcionada se o Lula aceitasse um convite para ser ministro", ouço de minha mulher, Erika.
Não tinha ainda refletido detidamente sobre o assunto, mas a frase de Erika me estimulou a fazer isso.
Por que alguém progressista como ela se decepcionaria?
A resposta padrão é mais ou menos esta: Lula ganharia foro privilegiado e se livraria das garras de Moro, mas mostraria medo. Ficaria claro, para muita gente, que ele tem algo a esconder.
Ora, ora, ora.
Não poderia discordar mais.
Se Lula estivesse numa disputa com Mujica ou com o papa Francisco, eu concordaria.
Mas ele está medindo forças – involuntariamente – com forças que lembram não Mujica, não Francisco, mas Al Capone.
Você tem que jogar o jogo conforme seu adversário, e não de acordo com seus sonhos. Esta é a realidade. Pode não ser idílica, ou utópica, ou romântica. Mas esta é a única realidade que temos.
Avalie os escrúpulos e o caráter dos que estão do outro lado. A Globo e a família Marinho, Aécio, FHC, a Veja e os Civitas, a Folha e os Frias, Moro e a PF, e isso para não falar dos Eduardos Cunhas e dos Conserinos.
Eles querem preservar seus formidáveis privilégios, e para isso buscam loucamente um golpe sob os pretextos mais esdrúxulos.
Desde a saída dos resultados, a vitória de Dilma é contestada da maneira mais infame possível. A desculpa A não colou? Vamos para a B. Também ela não vingou? Passemos para a desculpa C. E nisso foi um alfabeto inteiro de pretextos que escondiam uma única coisa: um golpe. Um crime de lesademocracia que jogaria, ou jogará, o país mais de meio século para trás.
Os índios americanos entraram na história por episódios de resistência épicos em que opunham pedrinhas às balas dos predadores brancos.
É lindo, é comovente, mas é claro que eles usariam outras armas se as tivessem.
Contra predadores, e é disso que se trata, você tem que ajustar sua estratégia à índole dos inimigos.
Lula já errou demasiadamente nisso.
Por exemplo. FHC nomeou um amigo para a Procuradoria Geral da República, o tristemente famoso Brindeiro, engavetador de qualquer coisa que pudesse embaraçar a presidência.
Lula se recusou a nomear uma réplica de Brindeiro. Colocou o primeiro da lista que lhe foi passada pelos procuradores.
Deu no que deu.
No STF, ele fez o mesmo. FHC indicou juízes como Gilmar Mendes. Uma das primeiras indicações de Lula foi Eros Grau, de conhecida simpatia pelo PSDB. (Fez campanha por Aécio em 2014.)
Isso não é republicanismo. É ingenuidade, é tolice, é não enxergar do que são capazes os que detestam você.
A direita prega para os rivais um republicanismo que ela jamais praticou.
A hora dura pede ousadia, pede inovação. Lula como ministro é uma resposta a quem deseja apenas tirar Dilma do jeito que for e impedir que Lula concorra em 2018.
A reação popular seria esta. Os que detestam Lula continuariam a detestá-lo. Os que o amam continuariam a amá-lo.
Que as urnas digam, em 2018, qual destes grupos é maior.