Dilma Invocada - pra desopilar


\o/

Eu sei que é difícil coxinha entender. Mas sou paciente, vou explicar mais uma vez. Quem nomeia ministro de Estado é presidente ou presidenta da República. E para ser presidente tem que ganhar democraticamente a eleição. Entenderam agora coxinhas ou preciso desenhar?

Tucano togado que vetou posse de Lula excluiu página no facebook


\o/ :

O tucano togado, Itagiba Catta Preta Neto, da 4ª Vara de Brasília, que liminarmente suspendeu a posse de Lula como ministro da Casa Civil, se manifestou nas redes sociais pedindo a derrubada da presidente Dilma Rousseff com um argumento inusitado: Se ela caísse, o dólar também cairia e ficaria mais barato ir a Miami ou Orlando (mais coxinha impossível). Em outra postagem no Facebook, ele publica foto com familiares em manifestação contra o governo federal e escreveu "Fora Dilma".

Em quem terá votado esse magistrado (?)...

Na eleição presidencial de 2014 ele declarou ter votado, tchan, tchan, tchan...

Aécio Neves da Cunha (Psdb-MG).

Derrotados nas urnas tentam assaltar o poder


\o/por Paulo Moreira Leite
":
"Só o desespero diante da possibilidade do governo Dilma recuperar oxigênio com a posse de Lula na Casa Civil explica a organização de um protesto de natureza tipicamente fascista em frente ao Palácio do Planalto. O objetivo é impedir uma presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros de exercer o direito de escolher livremente seus auxiliares. Um dos instrumentos usados para estimular o protesto foi a divulgação, pela TV, de um grampo contendo conversas de Lula com a presidente da República, iniciativa que escandaliza autoridades ouvidas pelo 247", aponta Paulo Moreira Leite; o normal, quando se descobre uma prova fortuita, envolvendo autoridade de foro privilegiado, é levar o material para cima – o que o juiz Sergio Moro não fez."
Brasil 247
Leia também: Dilma vai à luta

Dilma vai à luta


\o/ 

posse
No mais forte, duro e corajoso pronunciamento que já fez como presidente, Dilma Rousseff partiu para a ofensiva  contra o golpismo.
Exibiu a prova de que o “termo de posse” de Lula não era e não é qualquer tentativa de obstrução da Justiça, porque sequer continha sua assinatura, mas a dele. Portanto, nem mesmo poderia servir para prevenir um gesto desesperado de Sérgio Moro de mandar prendê-lo antes da posse.
Bateu duro na violação das leis e dos direitos constitucionais.
Demoliu, a golpes de legalidade, a farsa de Moro de produzir vazamentos e detratações.
Denunciou a ilegalidade do grampo e disse que as circunstâncias estão sendo investigadas.
Atacou o golpismo de frente.
Porque ele precisa ser atacado e já.
Grupos reduzidos, mas violentos substituíram imediatamente, na Globo, a imagem da Presidenta, logo que ela terminou de falar.
Ódio, porque a Globo teve de transmitir o que ela própria construiu: o coro de “o povo não é bobo, abaixo a Rede Globo” dentro do próprio Palácio do Planalto.
Espero, em instantes, trazer trechos desta fala.
Onde ela deixou claríssimo que a ida de Lula para o Governo, longe de ser uma imoralidade, é uma necessidade para enfrentar a crise.
E fazer o que todo o brasileiro quer: ter aqui ordem e progresso.

O golpe está em pleno curso. Deve ser esmagado com a lei, e já. Sem prevaricação


\o/ POR  
camiceneri
Não é um detalhe, é a lei e com a lei não se pode tergiversar.
Mesmo que haja uma turba babujante exigindo sangue. Mesmo que haja uma imprensa que é escandalosamente cúmplice de ilegalidades e de suas violações.
É irrelevante a discussão sobre o conteúdo das gravações, sua obtenção foi ilegal. Não há espaço na Justiça para “fins que justifiquem meios”.
Há uma cadeia de crimes, evidente e documentada.
A  cronologia descrita no site jurídico Conjur, com todos os links que a comprovam,  não deixa qualquer dúvida de que não apenas foi ilegal a gravação como foram a sua oitiva, degravação, anexação ao processo e, finalmente, sua divulgação.
(…)ao que tudo indica, as gravações das conversas foram ilegais, e Moro as divulgou sabendo disso. Pelo menos é o que mostram os horários em que os eventos foram publicados no site da Justiça Federal do Paraná.
Às 11h13 desta quarta-feira (16/3), Moro despachou que, como já haviam sido feitas “diligências ostensivas de busca e apreensão”, “não vislumbro mais razão para a continuidade da interceptação”. Por isso, ele determinou a interrupção das gravações.
Ato contínuo, informou à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal sobre o despacho. Às 11h44, Moro publicou uma certidão de que havia intimado por telefone o delegado da PF Luciano Flores de Lima a respeito da suspensão das gravações. (Nota do Tijolaço: a decisão de Moro é tão cavilosa que justifica a não-efetuada cessação da escuta pelo fato de terem já sido feitas as diligências de busca e apreensão, efetuadas no dia 4 de março, duas semanas atrás)
Entre 12h17 e 12h18, Moro enviou comunicados às operadoras de telecomunicações sobre a suspensão dos grampos. As interceptações são feitas, na verdade, pelas operadoras, a pedido da polícia, com autorização judicial. Portanto, uma hora depois da suspensão dos grampos, elas já estavam sabendo que não deveriam atender a nenhum pedido nesse sentido. (Nota do Tijolaço:o horário refere-se ao documentado no fax referido na certidão, posteriormente emitida)
Só que a conversa em que Dilma avisa a Lula que ele vai receber o termo de posse como ministro da Casa Civil aconteceu às 13h32. A própria Polícia Federal foi quem contou isso ao juízo da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, onde corre a “lava jato” e as investigações sobre Lula.  Em comunicado enviado à vara às 15h34, o delegado Luciano Flores conta a Moro sobre o conteúdo.
Por volta de uma hora depois, às 16h21, Moro determina o levantamento do sigilo do processo inteiro, dando ao público acesso a tudo o que está nos autos, inclusive a gravação da conversa entre Dilma e Lula.
A Polícia Federal não poderia manter a interceptação telefônica após a ordem de sua cessação, às 11 h e 22 minutos de ontem. Muito menos ouvi-las, degravá-las e enviá-las a Moro.
As companhias telefônicas não poderiam tê-la feito após receberem o comunicado.
Moro, finalmente, não poderia acolhê-las e, menos ainda, difundir publicamente seu conteúdo.
Por sabê-las feitas depois de sua própria ordem de cessação da escuta e, ainda que isso não bastasse, por envolver duas pessoas que só podem ser objeto de investigação pelo Supremo Tribunal Federal E não se alegue que Lula não era Ministro por não haver tomado posse: refiro-me a Dilma Rousseff e Jaques Wagner, a menos que o Dr. Moro não os reconheça como Presidenta e Ministro.
Existe uma lei, a Nº 9.296, de 24 de julho de 1996:
Art. 10. Constitui crime realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.
Pena: reclusão, de dois a quatro anos, e multa.

Existem indícios mais que evidentes e suficientes de materialidade e autoria de sua transgressão.
Se a lei não se aplica a Sérgio Moro e ao Delegado Luciano Flores de Lima, não se aplica a ninguém, estamos na selva.
Quem deixar de aplicá-la é prevaricador.
Quem deixar de denunciá-lo, covarde e cúmplice.

Ciro ensina como tratar coxinhas facistas


\o/

A reviravolta

\o/ por Janio de Freitas
"Com a contribuição não pedida e involuntária da Lava Jato e de Delcídio do Amaral, pode ser que comece, com Lula como ministro regente da parte decisiva do governo, o que em teoria é o segundo mandato de Dilma Rousseff. O empresariado, os políticos e jornalistas oposicionistas passaram, em minutos, da euforia com que já se consideravam virtuais donos do poder, à espera só do último empurrão, para um misto de surpresa raivosa e aturdimento com seu próprio futuro. Lula ministro já era ideia admitida, mas imaginado em pasta só para protegê-lo de caçadores paranaenses. O poder que terá muda muita coisa.

Há 15 meses, Dilma Rousseff mantém o governo imóvel diante da hipotética condição, para movê-lo, de reformas que, no entanto, o Congresso sequer se incomodou em negar, como a da Previdência e a de redução de direitos trabalhistas. O núcleo da Presidência tornou-se um mundo fechado até para a sua visão. A marcha do país para a recessão, com os efeitos sociais e de opinião por toda parte, parecem imperceptíveis pela presidente e seus auxiliares. Nem ao menos notaram a importância dessa situação para sua própria sobrevivência no poder.

Lula chegará como um exaltado contra esse estado de coisas. Se levará sua opinião a atos efetivos de governo, é assunto do futuro. Hoje, a possibilidade de que o faça é suficiente para transtornar tudo o que o PSDB e o PMDB anteviam nas respectivas táticas para a sucessão presidencial, quaisquer que fossem sua ocasião e modalidade. Incluída no transtorno a possível recuperação dos governistas, e de Lula mesmo, para a disputa sucessória. E ainda há o inesperado para os que, no Congresso e fora dele, têm engajamentos com negócios, entre outros setores, no pré-sal e contra a Petrobras, aos quais Lula se opõe.

De outra parte, é esperável que a Lava Jato adote, em resposta à transferência do assunto Lula para o Supremo, mais divulgações e atos que acelerem o assédio a ele. Nesse sentido, a contribuição trazida por Delcídio do Amaral não trouxe maior gravidade do que menções anteriores. Delcídio Amaral, que intercalou um "do" no nome para sorte e foi parar na cadeia, fez o mesmo show, pelo mesmo motivo, para o filho de Nestor Cerveró e para a Lava Jato. O jovem inexperiente não caiu na encenação e denunciou a mentirada infantil.

A "delação" de Delcídio sugere, em tudo, o modelo que escolheu seguir: Roberto Jefferson. A banca de valente ("Eu sou o homem-caos", "Edinho não sairá vivo deste processo"), as ameaças, as acusações distribuídas a granel, a mesma pose desafiante e intimidatória. Para Roberto Jefferson funcionou. Mas Jefferson não decepcionou ninguém, ao passo que Delcídio faz perguntarem, entre os que o conheciam: quem é o Delcídio verdadeiro, o senador bom de trabalho, de negociação, de convívio; ou o criador de bazófias, articulador de manobras para encobrir delinquências, o usuário de acusações para beneficiar-se? Só ele tem a resposta. Mas a dúvida o isola. A propósito, o seu modelo atual, Roberto Jefferson, foi denunciado há pouco em outro processo criminal.

Iras motivadas pela decisão de Lula e Dilma ficaram demonstradas com ênfase incomum já minutos depois de divulgada. Um noticiário radiofônico de linha neoliberal emitia, logo depois das 12h, a seguinte paráfrase: "O investigado volta aos lugares onde foram feitos atos pelos quais é investigado".

*
Encerrado este texto, começam a circular estranhas notícias. Como a de uma gravação clandestina da Presidente da República pela Polícia Federal. Não se poderá mais dizer que, maculada embora, a Constituição ainda exista."
na Folha de São Paulo