É estória de Trancoso?

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos,será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas;de nove
comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha,de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. 

Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres". (Fonixxxx)


É estória de Trancoso?

SENTENÇA PROFERIDA EM 1487 NO PROCESSO CONTRA O PRIOR DE TRANCOSO

"Padre Francisco da Costa, prior de Trancoso, de idade de sessenta e dois anos,será degredado de suas ordens e arrastado pelas ruas públicas nos rabos dos cavalos, esquartejado o seu corpo e postos os quartos, cabeça e mãos em diferentes distritos, pelo crime que foi arguido e que ele mesmo não contrariou, sendo acusado de ter dormido com vinte e nove afilhadas e tendo delas noventa e sete filhas e trinta e sete filhos; de cinco irmãs teve dezoito filhas;de nove
comadres trinta e oito filhos e dezoito filhas; de sete amas teve vinte e nove filhos e cinco filhas; de duas escravas teve vinte e um filhos e sete filhas; dormiu com uma tia, chamada Ana da Cunha,de quem teve três filhas, da própria mãe teve dois filhos. 

Total: duzentos e noventa e nove, sendo duzentos e catorze do sexo feminino e oitenta e cinco do sexo masculino, tendo concebido em cinquenta e três mulheres". (Fonixxxx)


Sabesp - Ceará

Não sei por que cargas d'água a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo vive fazendo propaganda aqui na minha cidade - Iguatu - Ceará - , via Rede Globo.

Que eu saiba quem presta este serviço aqui é o SAAE - serviço autônomo de agua e esgoto.

Engraçado é que eles fazem campanha para combater o desperdício d'água, e ficam desperdiçando dinheiro do contribuinte Paulista rsss.

Terá isso algo a ver com o tucademo José Serra, governador de SP, pretender ser candidato a presidente da república? Sei não mas, tenho a impressão que sei lá...

Perguntei a muita gente aqui se existe alguma obra ou qualquer coisa que seja feita por essa empresa e a resposta categórica que obtive, é que não.

Aí como não sei de nada, perguntei se existe alguma obra prevista ou em execução do PAC - aquele programa do governo federal que os tucademos e piguistas de plantão dizem que só existe no papel -, e para minha surpresa num é que existe. E não é apenas uma não, são varias.

Tem na área de saneamento básico, pavimentação e habitação popular.

Se você que mora em qualquer pequeno, médio ou grande município do Brasil souber que existe uma obra do PAC por aí, divulgue é que assim nos - o povo - ficaremos sabendo que o programa existe e não apenas no papel.

Quanto a Sabesp, inda vou procurar saber qual a finalidade de fazer tanta propaganda aqui no Ceará.

Será que ela pretende investir por aqui? Seria bom para aumentar a concorrência, pois temos o SAAE e a CAGECE prestando estes serviços no Estado. 

O Povo


O POVO Destaques da Edição Impressa

Entre a propaganda e a realidade

O POVO foi conferir o andamento de algumas das principais ações do maior pacote de obras do País em todos os tempos

24 horas de trabalho por dia

Iniciada há quatro anos, a barragem de Figueiredo só engrenou, de fato, depois que a obra foi incluída no PAC

Projeto ambicioso
caminha a passos lentos

A urbanização do rio Maranguapinho será a maior obra de intervenção urbana e ambiental da história do Ceará. Até agora, porém, em um dos primeiros conjuntos onde as obras tiveram início apenas 1% dos trabalhos foram concluídos. A construção das casas ainda está na fase de fundações

Metrofor: agora vai?

Inclusão do metrô de Fortaleza no PAC dá novo impulso há obra

Dinheiro tira "sonho" do papel

Alvo de disputas entre Prefeitura e Estado ao longo de anos, o projeto de reurbanização do Pirambu só começa a virar realidade depois que o PAC garantiu o dinheiro

O Povo


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Maconha: hora de legalizar?


RUTH DE AQUINO. COM MARTHA MENDONÇA, NELITO FERNANDES, WÁLTER NUNES E RAFAEL PEREIRA

Fumar maconha em casa e na rua deveria ser legal? Legal no sentido de lícito e aceito socialmente, como álcool e tabaco? O debate sobre a legalização do uso pessoal da maconha não é novo. Mas mudaram seus defensores. Agora, não são hippies nem pop stars. São três ex-presidentes latino-americanos, de cabelos brancos e ex-professores universitários, que encabeçam uma comissão de 17 especialistas e personalidades: o sociólogo Fernando Henrique Cardoso, do Brasil, de 77 anos, e os economistas César Gaviria, da Colômbia, de 61 anos, e Ernesto Zedillo, do México, de 57 anos. Eles propõem que a política mundial de drogas seja revista. Começando pela maconha. Fumada em cigarros, conhecidos como “baseados”, ou inalada com cachimbos ou narguilés, a maconha é um entorpecente produzido a partir das plantas da espécie Cannabis sativa, cuja substância psicoativa – aquela que, na gíria, “dá barato” – se chama cientificamente tetraidrocanabinol, ou THC.

Na Comissão Latino-Americana sobre Drogas e Democracia, reunida na semana passada no Rio de Janeiro, ninguém exalta as virtudes da erva, a não ser suas propriedades terapêuticas para uso medicinal. Os danos à saúde são reconhecidos. As conclusões da comissão seguem a lógica fria dos números e do mercado. Gastam-se bilhões de dólares por ano, mata-se, prende-se, mas o tráfico se sofistica, cria poderes paralelos e se infiltra na polícia e na política. O consumo aumenta em todas as classes sociais. Desde 1998, quando a ONU levantou sua bandeira de “um mundo livre de drogas” – hoje considerada ingenuidade ou equívoco –, mais que triplicou o consumo de maconha e cocaína na América Latina.

Em março, uma reunião ministerial na Áustria discutirá a política de combate às drogas na última década. Espera-se que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, modifique a posição conservadora histórica dos Estados Unidos. A questão racial pode influir, já que, na população carcerária americana, há seis vezes mais negros que brancos. Os EUA gastam US$ 35 bilhões por ano na repressão e, em pouco mais de 30 anos, o número de presos por envolvimento com drogas decuplicou: de 50 mil, passou a meio milhão. A cada quatro prisões no país, uma tem relação com drogas. No site da Casa Branca, Obama se dispõe a apoiar a distribuição gratuita de seringas para proteger os viciados de contaminação por aids. Alguns países já adotam essa política de “redução de danos”, mas, para os EUA, o cumprimento dessa promessa da campanha eleitoral representa uma mudança significativa.

A Colômbia, sede de cartéis do narcotráfico, foi nos últimos anos um laboratório da política de repressão. O ex-presidente Gaviria afirmou, no Rio, que seu país fez de tudo, tentou tudo, até violou direitos humanos na busca de acabar com o tráfico. Mesmo com a extradição ou o extermínio de poderosos chefões, mesmo com o investimento de US$ 6 bilhões dos Estados Unidos no Plano Colômbia, a área de cultivo de coca na região andina permanece com 200 mil hectares. “Não houve efeito no tráfico para os EUA”, diz Gaviria.

Há 200 milhões de usuários regulares de drogas no mundo. Desses, 160 milhões fumam maconha. A erva é antiga – seus registros na China datam de 2723 a.C. –, mas apenas em 1960 a ONU recomendou sua proibição em todo o mundo. O mercado global de drogas ilegais é estimado em US$ 322 bilhões. Está nas mãos de cartéis ou de quadrilhas de bandidos. Outras drogas, como o tabaco e o álcool, matam bem mais que a maconha, mas são lícitas. Seus fabricantes pagam impostos altíssimos. O comércio é regulado e controla-se a qualidade. Crescem entre estudiosos duas convicções. Primeira: fracassou a política de proibição e repressão policial às drogas. Segunda: somente a autorregulação, com base em prevenção e campanhas de saúde pública, pode reduzir o consumo de substâncias que alteram a consciência. Liderada pelos ex-presidentes, a comissão defende a descriminalização do uso pessoal da maconha em todos os países. “Temos de começar por algum lugar”, diz FHC. “A maconha, além de ser a droga menos danosa ao organismo, é a mais consumida. Seria leviano incluir drogas mais pesadas, como a cocaína, nessa proposta”.

Epoca

Política - 2010 já começou



A campanha presidencial de 2010 já começou e os pré-candidatos ao Palácio do Planalto já estão em plena campanha eleitoral, sobretudo porque exercem cargos públicos. A avaliação é de cientistas políticos ouvidos pela Agência Estado, com base no fato de que os principais postulantes ao cargo, a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e os governadores tucanos de São Paulo e Minas Gerais, José Serra e Aécio Neves, respectivamente, ocupam funções de destaque nas administrações federal e estadual. 

Na avaliação desses especialistas, é difícil separar o exercício da administração pública da política, pois qualquer ação política pode ser interpretada como estratégia eleitoral. Além disso, eles acreditam que é impossível proibir os governos de usar os artifícios da propaganda para divulgar os feitos de suas administrações. 

O cientista político e professor emérito da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis afirma que a comunicação é fundamental para os governantes, uma vez que não só informa sobre as ações de governo como serve de parâmetro na avaliação dos eleitores. "Um governo deve se comunicar com o eleitorado e a ideia da reeleição contempla isso", defende. Ele alega que administração pública e política são inseparáveis e, por isso, vê com naturalidade as ações do governo federal. "Isso é parte da dinâmica da democracia. Estamos com mania de encontrar pecados na democracia", critica. 

Na opinião dele, o encontro do governador tucano José Serra (PSDB) com prefeitos do Estado de São Paulo, suas viagens pelo País (Serra esteve recentemente numa feira de agronegócio no Paraná) e a divulgação em rede nacional dos trabalhos da Sabesp também podem ser entendidos como indícios de campanha. "Aí fica mais claro o desígnio eleitoreiro", conclui. Embora não veja "pecados" em se fazer campanha, o professor chama a atenção para a necessidade de comedimento no uso de recursos públicos na divulgação das ações governamentais. 

Na avaliação de Humberto Dantas, cientista político e integrante do Movimento Voto Consciente, ao fazer propaganda da Sabesp, Serra tem como objetivo firmar seu nome num cenário eleitoral para 2010. No entanto, ele acredita que os tucanos são mais cautelosos em não ultrapassar os limites da legislação eleitoral. "A propaganda é uma estratégia muito utilizada, é legal, mas o grande problema é ir além da propaganda legal e dizer: "ela (Dilma Rousseff) é minha candidata". O presidente chutou a regra", reitera. 

Para os especialistas, a representação do DEM e do PSDB ao TSE poderá resultar, no máximo, em multa ao presidente e sua ministra/candidata. 

"Dilma poderá continuar inaugurando obras, só não poderá dizer que ela é candidata", reforça Dantas. Fábio Wanderley lembra que a Justiça "não pode restringir o presidente de manifestar sua preferência", mas pode fazer um julgamento político nesta ação: "As decisões do Judiciário têm sido políticas. Acho que o TSE tem sido muito ativista, equivocado e predisposto ao falatório. Tem havido impropriedade na conduta da Justiça Eleitoral, o que é indesejável." 

Ilegalidade 

Já o cientista político da Unicamp Roberto Romano questiona o uso da máquina pública para campanha eleitoral tanto da parte do governo federal quanto da oposição, mais precisamente do governador José Serra. "Já estão fazendo campanha e levando o Estado para a ilegalidade. Nenhum dos dois (lados) têm razão", diz. 

Para Romano, como no País se tornou rotineiro atos de governo se transformarem em atos eleitorais, seria mais apropriado que os pré-candidatos deixassem os cargos que ocupam, evitando assim a "partidarização" do Estado. "As diferenças entre oposição e governo se diluíram porque eles fazem a mesma coisa. É uma guerra de todos contra todos. Chegamos no limite entre a legalidade e a ilegalidade", lamenta.