Jornalismo de ficção


  1. Manchete de primeira página (todos leem): "Prévia da inflação oficial acelera em agosto e vai a 0,23%".   
  2. Informação adicional (poucos leem): "No mês anterior, IPCA-15 havia ficado levemente abaixo, em 0,22%". 
  3. Página interna (quase ninguém lê): "Segundo o IBGE, a relativa estabilidade do resultado de julho para agosto deve-se à menor variação nos preços dos alimentos, que apresentaram queda de 0,28%". 
  4. [Fonte: www.g1.globo.com/Noticias/ Economia_Negocios - 25/08/09]  
Viu? Tudo isso está na Internet, mas se aplica com perfeição a qualquer tipo de mídia. É assim que se distorce um fato. 

Passa-se de uma "relativa estabilidade" para uma "aceleração" da inflação. 


Onde está a verdade? Não interessa. A ficção lida com a "suspensão do real". O jornalismo de ficção trabalha com a "inversão da realidade".



José Lira 
Recife (PE)

Economia brasileira sai " relativamente ilesa"


 A economia brasileira deve sair da crise global "relativamente ilesa" graças às reformas feitas nesta década e o impacto "altamente benéfico" dos preços mais altos das commodities, segundo afirma um relatório divulgado nesta terça-feira pela consultoria Economist Intelligence Unit (EIU), braço de pesquisas da revista "Economist". As informações são da BBC Brasil.
A EIU vê o Brasil como "uma das economias mais resistentes da região em 2009-2010, graças a uma base industrial e exportadora altamente diversificada e um grande mercado interno".


Segundo o relatório, "há indícios claros de que a economia está se recuperando do choque externo, ajudada pela força do sistema financeiro doméstico, baixa inflação e programas antipobreza efetivos".


"A recuperação relativamente rápida deve ser considerada um grande feito, já que choques externos anteriores eram frequentemente amplificados pela fragilidade financeira doméstica", diz a EIU.


Para o relatório, as eleições presidenciais de 2010 não devem trazer instabilidade financeira ao Brasil, já que "ambos os principais partidos estão comprometidos com a solidez financeira".

O dia da caça


Pobre pig

Quanta pobreza....

O partido da mídia não tem propostas, não tem soluções...

Passa o tempo todo há denunciar, denunciar e denunciar...

Pior que a maioria são denúncias vazias, ocas, sem fundamento...factóides, mentiras.

Depois de desmentidos cabalmente - caso Lina - continuam a encher as paginas de jrnais e revistas com insinuações, deixando no ar um rastro de suspeita.

É o jeito Serra - tucademopiganalha - de competir. Ele não vence os adversários por seus meritos.

Vence por contundi-los, quebra-los, destruir a imagem deles diante do eleitorado.

Fez isso com Roseana Sarney, Ciro Gomes, Marta Suplicy.

Não conseguiu fazer o mesmo com Lula, perdeu a eleição em 2002.

Não conseguirá fazer com a Dilma Rousseff, perderá em 2010 - se for candidato, tenho dúvidas -.

Mas, voltemos ao partido midiatico brasileiro - PMB - e sua incapacidade de propor, apresentar algo de positivo. No momento jornalistas, colunistas, formadores de opinião e cientistas políticos vivem de malhar os conselhos de ética da câmara e do senado, pedem sua extinção - o que concordo -.

Eles não oferecem uma alternativa. Eu ofereço.

Que tal cada estado eleger um representante de um conselho de ética para as duas casas?

Ele teria um mandato de 2 anos e para concorrer ao cargo não poderia ser filiado a nenhum partido.

Que acham da ideia?

Demissões na Receita foi jogada para ficar nos cargos




 O ex-secretário da Receita Federal Everardo Maciel e o presidente dos Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita (Unafisco), Pedro Delarue, classificaram de jogada política o pedido de demissão conjunta dos funcionários da Receita Federal .


Na segunda-feira, 12 pessoas, entre superintendentes e coordenadores apadrinhados pela ex-secretária Lina Vieira, entregaram seus cargos, alegando ingerência política no órgão. Numa carta enviada a Otacílio Cartaxo, que substituiu Lina, eles citaram ainda ter compromissos com princípios de ética, moralidade e impessoalidade.


- Foi uma jogada política, uma tentativa de colocar o governo na parede, buscando permanecer nos cargos - disse Delarue, acrescentando que o grupo, a maioria sindicalista, vinha trabalhando internamente, ameaçando com demissão em massa.

O lazer dignifica o Homem

As centrais sindicais estão implementando uma importante campanha pela redução da jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais. A luta já está próxima de uma vitória.

Agora veja o que pensa o ex-presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Almir Pazzianoto Filho:
"O movimento sindical brasileiro, de tempos em tempos, por falta de coisa melhor a fazer, retoma a questão da redução da jornada de trabalho sem redução de salário. Sobretudo agora esse tema não deveria vir à tona. Por lei, sobretudo como norma de caráter constitucional, é rigorosamente inaceitável. Nós não deveríamos estar cogitando desse assunto, ocupando o Congresso com debates desse tema."
Ele é de opinião que a possível redução da jornada de trabalho pode quebrar muitas empresas.

Por aí já se imagina que o dr. Pazzianoto, quanto estava no TST, tendia a favorecer as empresas nas contendas.

É hora de romper paradigmas. O ser humano deve ser livre. O trabalho não pode ser fator de escravização.

Desconfio que aquela frase que reza que "o trabalho dignifica o Homem" foi criada pelo depto. de Recursos Humanos de alguma grande empresa.

O trabalho só dignifica o ser humano quando executado com prazer, quando o estimula a novas descobertas ou produz a agradável sensação, no fim do dia, de ter realizado algo importante.

Para não ficarmos só com a opinião rançosa do dr. Pazzianoto, vamos ouvir o economista Marcio Pochmann, presidente do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicadas (Ipea), em matéria veículada pelo site www.vermelho.org.br. Argumentando que muitas pessoas estudam e trabalham, ele lembra que, na prática a pessoa fica 4 horas no transporte, 8 horas no trabalho e mais 4 horas na Escola.
“É uma jornada de trabalho igual a dos operários do século XIX. Como é que alguém vai ter tempo de ainda abrir um livro? Estudar e trabalhar não combina.”
Surpreendentemente, ele propõe:

“Não há mais razão para se trabalhar mais do que 12 horas por semana.”
E explica que a evolução das relações de trabalho vai por esse caminho e que o Brasil ainda está atrasado na área.

Imagine-se um mundo sem a escravidão do trabalho mecânico dos operários que, via de regra, consiste em tarefas repetitivas que embotam a mente e a criatividade!

Imagine-se quantos artistas, quantos cientistas, quantos gênios estão por ser revelados, mas nós perdemos essa riqueza cultural porque não lhes damos educação, estímulo, oportunidade.

Lula: crise econômica foi marolinha PiG (*) inventou crise no Senado

Publicado no Conversa Afiada do Paulo Henrique Amorim
25/agosto/2009 19:16
Saiu na
Folha (**) Online:

Crise política só existe porque a crise econômica não ocorreu, diz Lula.


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva creditou nesta terça-feira a existência de uma crise política ao fato de a crise financeira global não ter atingido o país como a oposição imaginava.

“Agora querem substituir uma crise econômica que não aconteceu por uma crise política que só a eles interessa e a mais ninguém nessa nação”, disse Lula em São Bernardo do Campo, durante encontro com políticos da região do ABC sobre a crise econômica.

“A síntese da diferença entre nós e quem nos critica é que mais de 500 mil brasileiros deixaram a linha da pobreza desde outubro de 2008, quando fervilhava o colapso do [crédito imobiliário de alto risco] subprime nos Estados Unidos.”

Segundo o presidente, o governo agiu para evitar que a crise econômica se instalasse no país, “mesmo não sendo culpa nossa”. Citou, entre outras medidas, a ampliação do crédito através dos bancos públicos, as desonerações fiscais sobre alguns setores produtivos, o aumento das reservas e o reforço nos investimentos do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), especialmente sobre a exploração do petróleo da camada pré-sal.

Lula ressaltou ainda que as questões partidárias não fazem parte da análise de projetos de investimento do governo federal. “Duvido que a gente encontre no Brasil um prefeito de qualquer partido que seja que diga que deixou de receber algum apoio do governo federal”, disse.