Trabalho


Estou imensamente feliz com a capa da Folha de S. Paulo de hoje. 

A exposição das más condições de trabalho dos operários de empreiteiras que constróem casas e apartamentos do programa Minha Casa, Minha Vida,   que o jornal faz hoje em sua manchete é uma grande serviço aos direitos dos trabalhadores.
Obra do governo ou  financiada pelo Governo, realizada por grupos privados – empreiteiros ou subempreiteiros – não pode ter gente trabalhando em condições degradantes. Aliás, ninguém pode trabalhar em situação degradante.
Esperemos que, agora que o jornal descobriu que – ao menos quando o contratante é o Governo Federal – obras e serviços não se realizem com a degradação do ser humano, o exemplo frutifique. Quem sabe, por exemplo, fazendo uma grande matéria sobre a manutenção de jovens bolivianos, em plena São Paulo, em regime de escravidão, costurando roupas encomendadas pela rede Pernambucanas,  que o Tijolaço mostrou aqui e que não mereceu destaque na Folha?
Ou faz uma matéria sobre as condições degradantes a que são submetidos trabalhadores de usinas de cana e de plantação de laranjas no interior paulista?
Ou uma outra, explicando que o gráfico que ela própria publica mostra que a fiscalização oficial, via Ministério do Trabalho, embora não tenha aumentado muito suas ações, pela escassez de fiscais, aumentou muito o rigor e a eficiência destas operações na área da construção civil e  não apenas o número de problemas encontrados.
O número de autuações subiu 300% quase em sete anos.
Faço votos que a Folha nos surpreenda com várias matérias que investiguem, descubram e exponham desrespeito aos trabalhadores.
E que não seja apenas porque, mesmo sendo as empreiteiras empresas privadas, o Estado, que financia as obras, tem responsabilidade sobre as condições de trabalho de quem nela atua.

Imposto

[...] de Renda

- Será que  posso deduzir?...

Educação

[...] Arvoram-se os especialistas, jornalistas e muitos, muitos curiosos, daqueles encostados com a “barriga no balcão” de vários bares pelo Brasil, em tentativas de identificar as causas do insucesso e do sucesso da educação nacional

Um antigo ditado popular assevera que o sucesso do bom negociante é não desgrudar a “barriga do balcão”, em uma metáfora - pouco saudável - sobre a necessidade da presença do responsável pelo negócio na condução desse, diuturnamente e de forma incansável. Na educação nacional, como ocorre sempre após a liberação dos resultados de índices, como a nota do ENEM e o IDEB dos municípios, arvoram-se os especialistas, jornalistas e muitos, muitos curiosos, daqueles encostados com a “barriga no balcão” de vários bares pelo Brasil, em tentativas de identificar as causas do insucesso e do sucesso da educação nacional, espelhados nos dados desses instrumentos.

A causa está na falta de uma política de meritrocacia para os professores, afirmam uns. Investimentos em sistemas educacionais, falam outros. Equipamentos de apoio didático e estrutura da escola também é citado como fonte do sucesso. Como também diz um outro ditado, nessas horas o “filho feio não tem pai”, mas sobram genitores para os filhos bonitos, onde todos desejam fazer parte do esforço colaborativo do sucesso de municípios e escolas, assim como poucos olham para o umbigo, na busca de encontrar as causas dos insucessos aferidos em outras instituições.

Inicialmente, o quadro da educação nacional- e local- apresentado por esses índices, não pode ser ligado diretamente a uma causa ou mesmo um conjunto delas. Seria ignorar as contradições reinantes na nossa sociedade, as questões históricas que envolvem a educação nacional e até mesmo as conjunturas políticas e econômicas, fruto de injunções geopolíticas. Simplificar isso tudo em simples causas para se explicar o determinado índice seria bom, na conversa com a “barriga no balcão”, mas não resistiria a uma análise mais acurada da problemática da educação brasileira.

Mas, então, esses índices e levantamentos de nada servem? Claro que sim! São informações valiosas, que indicam situações e permitem o acompanhamento local e temporal dos impactos da política educacional, de modo a nortear discussões e a política educacional. Esses dados não são oráculos miraculosos, espelhos fidedignos da realidade em números, mas servem de bases para a avaliação da política educacional e de seus atores, como componentes valisos.
Como toda informação expressa em números, as informações oriundas desses instrumentos merecem leituras cuidadosas, contextualizadas, que não rotulem locais ou modalidades de ensino, ou ainda, que sirvam como prova científica de que determinada fórmula ou modismo pedagógico é realmente a solução. Quem trabalha com educação, com o social, sabe que isso, definitivamente, não existe. A educação é materializada em um tempo histórico, fruto da ação conjunta do Estado, da família, dos docentes e do próprio aluno, em uma conjuntura sócio-econômica, onde faz-se complexo identificar os fatores que contribuem de forma determinante para esse sucesso medido.

Apesar dessa dura realidade, um desses atores envolvidos se fez pouco lembrado nas falas acerca dos sucessos obtidos, em que pese ele se fazer sempre citado quando falam-se dos ditos fracassos constatados. Falamos daqueles que realmente estão com a “barriga no balcão”, quando o assunto é educação: o docente.

Proletarizado na rede particular, com dificuldades históricas de uma melhor remuneração na rede pública. Envolto em uma relação cliente-fornecedor, como prestador de um serviço, o professor da educação básica trabalha com pessoas, em sua tenra idade, e enfrenta desafios para estar ali, como componente orquestrador da relação ensino-aprendizagem, intensificado de funções acessórias e de outros papéis em complementação a falha de outras instituições. Sobre o docente, de forma personificada, recai a responsabilidade pela educação, sendo pouco lembrado nos momentos de glória.

Graças ao seu esforço diuturno, de dedicação com a barriga no balcão, fortalecendo os processos de mediação citados na obra de Vigotzky, segue o professor entre modismos pedagógicos, tráfico de drogas, violência escolar, organização de eventos, problemas familiares dos alunos e uma outra plêiade de atribuições e problemáticas, para ainda sim, pensando no futuro daqueles que sentam nos bancos escolares, fazer o seu trabalho.

Valorizar o professor é valorizá-lo socialmente. Não é só salário! É salário digno e atrativo, capacitação permanente, condições materiais de trabalho, plano de carreira, direitos e deveres bem estabelecidos e respeitados, uma gestão democrática e ainda, um processo de avaliação do seu trabalho que envolva as diversas questões do ensino-aprendizagem e não simplesmente a medição por índices.

Sem a real e efetiva valorização desse componente educacional- o professor- de pouco adiantam equipamentos modernos, escolas bonitas, crianças bem alimentadas, bom material didático. Esses recursos não prescindem a intermediação do docente, pois a magia de aprender não pode adquirir a sua excelência sem a presença de outro ser humano, a quem cabe a tarefa de envolver todos esses equipamentos, prédios e alunos em uma dança de conhecimento a ser construído. Com muito suor...

por Leonardo Boff

[...] Um desafio à intelligentzia acadêmica
No dia 27 de março morreu aos 88 anos de idade perto de Salvador o teólogo da libertação José Comblin. Belga de nascimento, optou por trabalhar na América Latina, pois se dava conta de que o Cristianismo europeu era crepuscular e via em nosso Sub-continente espaço para a criatividade e um novo ensaio da fé cristã articulada com a cultura popular.

Ele encarnava o novo modo de fazer teologia, inaugurado pela Teologia da Libertação, que é ter um pé na miséria e outro na academia. Ou dito de outro modo: articular o grito do oprimido com a fé libertadora da mensagem de Jesus, partindo sempre da realidade contraditória e não de doutrinas e buscar coletivamente uma saida libertadora a partir do povo.
Viveu pobre e despojado no Nordeste brasileiro. E mesmo lá, onde se presume não haver condições para uma produção intelectual aprimorada, escreveu dezenas de livros, muitos deles de grande erudição.
Logicamente aproveitava as temporadas que passava na Universidade de origem, a de Lovaina, para se reciclar. Assim escreveu um dos melhores livros sobre a Ideologia da Segurança Nacional, dois volumes sobre a Teologia da Revolução, um detalhado estudo sobre o Neoliberalismo: a ideologia dominante na virada do século.
E dezenas de livros teológicos, exegéticos e de espiritualiadade entre os quais destaco: O Tempo da Ação; Cristãos rumo ao século XXI e Vocação para a Liberdade. Foi assessor de Dom Helder Câmara em sua luta pelos pobres e de Dom Leônidas Proaño, bispos dos índios em Riobamba no Equador. 
Leia a íntegra do artigo Aqui

DECRARAÇÃO DE AMOR DE MINEIRIM

Ocê é o colírio du meu ôiu.
É o chicrete garrado na minha carça dins.
É a mairionese du meu pão.
É o cisco nu meu ôiu (o ôtro oiu - eu tenho dois).
O rechei du meu biscoito.
A masstumate du meu macarrão.
Nossinhora!
Gosto dimais DA conta docê, uai.

Ocê é tamém:
O videperfume DA minha pintiadêra.
O dentifriço DA minha iscova di dente.
Óiprocevê,
Quem tem amigossim, tem um tisôru!
Ieu guárdoêsse tisouro, com todu carinho ,
Du Lado isquerdupeito !!!
Dentro do meu Coração!!!

Eu godocê, uai!!!

Rod Stewart

[...] O veteranissimo roqueiro anglo-escocês, hoje com 66 anos, está entre os 20 cantores campeões discos nos seculo XX, com mais de 100 milhões de copias. Fora de seu genero tipicamente inglês, lançou a famosa serie "old fashioned"  de Grandes Canções Americanas, já no quinto CD. 

O homem tem estilo e bossa, essa serie está vendendo como pão quente em todo mundo, as musicas são clássicas. No video Ipve Got you Under My Skin 



Twitter

[...] O horário nobre por dia da semana

Quando desenvolvemos o infográfico sobre os horários de maior movimento do Twitter no Brasil, vimos nele um ponto de partida para uma série de novas informações e discussões que poderiam surgir a partir da análise da quantidade dos tweets monitorados pelo Scup durante todo o ano de 2010.
Uma primeira segmentação direta do estudo inicial é verificar como os “horários nobres” do Twitter se refletiriam separadamente por dia da semana. Como será que as pessoas usam o Twitter aos domingos? Será que é da mesma forma que nas segundas-feiras?

O que descobrimos foi bastante interessante. Dá uma olhada no infográfico abaixo:
Os horários de maior movimento no Twitter separados por dia da semana
Vale sempre lembrar que esse infográfico serve para iniciar o debate sobre como atingir o seu público em um meio tão competitivo como o Twitter.
Ao mesmo tempo, os dados representados no infográfico não representam uma regra universal válida para todos os casos. É fundamental saber quem é o público com quem você está falando e entender que ele possui características específicas que cabem ao emissor da ação determinar. Afinal, como bem ressaltou o @iancsouza no #paposnaredeo horário nobre no Twitter é você quem faz.