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Curso de formação de facilitadores
O Brasil deve romper dogmas e paradigmas
Não devemos esperar nada do mundo, só problemas e crise. Mas podemos - e devemos -avançar na integração sul-americana. É na crise que surgem as oportunidades, como aconteceu em 2008-09, quando demos um grande salto. Derrubamos velhas teses e dogmas e ainda passamos ao largo da crise.
Tudo indica, agora, com o problema do câmbio e os riscos do agravamento da crise, que precisaremos de um novo salto e novamente romper com dogmas e paradigmas do século passado. Basta ver o que esta acontecendo na Europa e nos Estados Unidos. Não sobrou de pé um só dos dogmas que nos impuseram durante décadas.
Brazil sui generis
por Zé Dirceu
O mesmo jornal aprofunda a questão em outra matéria – “Crescimento do consumo não veio acompanhado da produção”. Neste segundo texto, do pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), Eduardo Costa Pinto, informa que houve perda de participação da indústria no Produto Interno Bruto (PIB) de 17,1% no 3º trimestre de 2008, para 15,6% no 1º trimestre de 2011. E ressalta que a indústria nacional teria importado mais do que exportou, o que fez seu déficit comercial aumentar de US$ 4 bilhões em 2009 para US$ 30,4 bilhões em 2010.
Mídia e oposição
O quadro preocupa. No entanto, grande parte da oposição e da mídia torceu o nariz às medidas do governo para o controle de capitais e para aquelas ações que visam impedir uma desvalorização maior do dólar. Também são ardorosos defensores de juros mais altos e de cortes de gastos e de restrições ao crédito. Não há como entender, portanto, como essas vozes, agora, assustam-se ou escandalizam-se ante o aumento das importações e da queda do crescimento da indústria.
Para além dos problemas de infra-estrutura, dos impostos e do custo do dinheiro, o câmbio e os juros altos são dois lados da mesma moeda. Seus impactos só podem ser superados em médio prazo, assim como a maturação dos investimentos, a da inovação e infra-estrutura, o que já vem acontecendo.
Ou aumentamos a produção, ou cairemos no círculo vicioso de juros altos, câmbio valorizado e baixo crescimento. A única saída que temos é crescer para atender a demanda e para agregar valor à nossa produção. É hora de investirmos em infraestrutura e em inovação, reduzir o custo do dinheiro e da produção - via reforma tributária. Caso contrário, voltaremos aos dilemas do passado: baixo crescimento e inflação.
A flor
Seu pai então respondeu:
As espectativas do "mercado"
Na análise, Gimabiagi anota que pioraram as expectativas do "mercado" em relação à inflação. Tudo por culpa do BC que decidiu voltar ao centro da meta apenas em 2012.
Como se recorda, no sistema de "metas de inflação" define-se uma meta anual – atualmente em 4,5% -, mais dois pontos de margem de segurança para comportar choques de preços imprevistos.
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Desde os estudos pioneiros da Ignácio Rangel sobre a inflação brasileira, em 1963, sabe-se que há uma disfunção no uso exclusivo da política monetária para conter preços.
Ocorre um problema qualquer – digamos, uma quebra na safra agrícola abrindo espaço para especulação com alimentos.
A inflação aumenta – puxada exclusivamente pelos alimentos (até então, não havia correção monetária e inflação inercial na economia). Contem-se o crédito, aumentam-se os juros, cai o consumo e o preço, mas não daqueles bens que puxaram a alta, especialmente se for alimentos.
Como alimento é o último item a ser cortado do orçamento, aumenta o peso nas contas domésticas e os consumidores cortam a compra de outros bens – que estão longe de pressionar a inflação.
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No caso das "metas inflacionárias", os teóricos definiram a margem de manobra por uma razão simples. Tome-se a explosão internacional dos preços das commodities no final do ano passado. Acabou influenciando os preços internos levando a inflação anual para perto do teto da meta.
Trazer a inflação para o centro da meta em apenas um ano significaria impor um arrocho formidável à economia, com toda dose de sacrifícios implícita. Justamente por isso, gestores responsáveis definem prazos maiores para proceder ao ajuste.
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Mais que isso. Com exceção de serviços – que passa por mudanças estruturais, devido ao aumento da classe C -, não há pressão sobre nenhum outro preço da economia. Os últimos indicadores, inclusive, têm mostrado deflação – isto é, queda nos preços.
Além disso, não existe modelo econométrico capaz de analisar desdobramentos de inflação em 24 meses a ponto de mostrar aumento nas expectativas na segunda casa depois da vírgula.
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Então qual a razão da tal "deterioração" das estatísticas? Simples: um método insuficiente de medição de expectativas, a pesquisa Focus. O Banco Central toma o pulso exclusivo do mercado – que é um observador interessado no jogo, porque quanto maior a expectativa, maior probabilidade de aumento nas taxas de juros.
Além de ser um universo restrito, essa comunidade é influenciada por meia dúzia de "gurus", que alinham as expectativas na direção que querem. Durante certo período, até o ex-Ministro Maílson da Nóbrega opinava sobre inflação.
Fica um jogo de cartas marcadas, no qual as "expectativas" obedecem muito mais a uma concatenação do que a uma média de opiniões isentas.
Depois, basta um certo tipo de jornalismo econômico caprichando nas manchetes, tratando com estardalhaço pequenas mudanças de expectativas.
INSS: Saiba se é um aposentado beneficiado pela revisão nos pagamentos
Aposentados e pensionistas do INSS poderão conferir se serão beneficiados pela revisão nos pagamentos determinado pelo STF - Supremo Tribunal Federal -.
Para descobrir se tem direito a esse dinheiro extra é preciso ligar no telefone 135 ou consultar o site da Previdência Social.
Vão ser beneficiados 117 mil aposentados e pensionistas que começaram a receber o beneficio entre 5/4/1991 e 1/1/2004.
O reajuste médio é de R$ 240.
Além disso, há os benefícios atrasados que serão pagos em quatro datas.
A maioria está no grupo que tem até R$ 6 mil para receber. Para eles, a data é 31/10/2011.
Para quem tem até R$ 15 mil, o governo vai pagar no dia 31/5/2012. Para valores entre R$ 15 mil e R$ 19 mil o pagamento será feito dia 30/11/2012.
E, por último, no dia 30/1/2013 será feito o pagamento de quem tem mais de R$ 19 mil.
Giovana Teles