Elis Regina: 30 anos de saudade

A cada bela impressão que causamos, conquistamos um inimigo. Para ser popular é indispensável ser medíocre. O famoso dramaturgo, escritor e poeta irlandês, Oscar Wilde (1854 - 1900) ao expressar essa cintilante observação jamais imaginou que, em meio a uma constelação de estrelas na interpretação musical brasileira, surgisse uma de luminosidade mais forte e arrebatadora de multidões, nas suas presenças em palcos, em disco, em rádio ou em televisão, sem cair no poço raso da vulgaridade. E, permanecer - após sua morte que completará, amanhã, 30 anos - tatuado na memória popular como uma deusa da teatralidade musical. Seu nome: Elis Regina.

Essa inquieta intérprete da variedade sonora brasileira - a quem Vinícius de Moraes apelidou de a Pimentinha - nasceu em Porto Alegre, a 17 de março de 1945 e morreu a 19 de janeiro de 1982, com 36 anos de idade, após passar pelas mais diferentes fases dos movimentos artísticos nacionais, chegando a dar uma nova postura aos espetáculos musicais, com um jeito todo seu de expressar emoções adversas, da tristeza à felicidade, em um mesmo aparecimento público ou em uma mesma canção.

Das mais de 300 canções que Elis Regina gravou, há algumas quase desconhecidas, na época. Lembro-me de poucas, como, por exemplo; Jesus Cristo (Roberto Carlos) 20 Anos Blues, (Victor Martins e Sueli Costa), Acender as Velas (Zé Keti), As Curvas das Estradas de Santos (Roberto Carlos), Marcha da Quarta-Feira de Cinzas (Carlos Lira e Vinícius), Como Nossos Pais (Belchior), O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc), e Té o Sol Raiar (Baden e Vinícius).

Seu aparecimento aos olhos da brasilidade ocorreu durante a febre de festivais na década de 60, quando surgiram outros nomes, posteriormente, famosos; Chico Buarque, Sérgio Ricardo, Jair Rodrigues, Tom Jobim, Ivan Lins e outros não menos amado pelo público nacional. Para muitos desses, Elis Regina gravou canções que os tornaram mais queridos da nossa gente. Mas, a sua maior revelação aos olhos de gravadoras, rádios, televisões e do público brasileiro, aconteceu no festival da TV Excelsior, em 1965, com "Arrastão", de Vinícius de Moraes e Edu Lobo.

Em l964, Elis Regina também obteve sucesso com os espetáculos do Fino da Bossa, dirigido por Ronaldo Bôscoli, com quem se casaria e tivera João Marcelo Bôscoli. Muitos anos depois casou-se com o pianista César Camargo Mariano, com quem teve Pedro Mariano e Maria Rita.

Elis Regina tinha a sensibilidade à flor da pele, a ponto de sentir e de resistir fases de felicidade, de amor, de tristezas, de patriotismo e de ditadura militar. Do pessoal, até então pouco lembrado, vale destacar, também, Milton Nascimento, Ivan Lins, Aldir Blanc e João Bosco. Sempre procurando, não apenas lançá-los, mas, fundamentalmente, divulgar suas obras, integrando-os, por inteiro, no nosso cenário musical.

Elis Regina, além de profundamente humana e solidária com seu mundo musical, integrou-se às iniciativas de defesa do direito do autor, da valorização do artista brasileiro, da solidariedade aos que foram perseguidos ou exilados pela ditadura de 1964.

Em seus espetáculos ou entrevistas não perdia oportunidade de ferroar com veemência aqueles que, prevalecendo-se de uma efêmera patente, procuravam atrapalhar a luta titânica e desigual, pela sobrevivência, decompositores, intérpretes e músicos brasileiros. Sua popularidade no Brasil e no exterior, pelas interpretações que fazia de produções francesas e de outras regiões, os brucutus resolveram deixá-la quieta, embora vigiando as suas relações políticas com militantes sociais.

Das interpretações de Elis Regina, a mais eletrizante e arrebatadora é a composição do cantor e compositor sobralense, de renome nacional, Belchior, "Como Nossos Pais". Mais ou menos, assim:

"Não quero lhe falar/Meu grande amor/Das coisas que aprendi/ Nos discos.../Quero lhe contar como eu vivi/E tudo o que aconteceu comigo.../Viver é melhor que sonhar.../ Eu sei que o amor/É uma coisa boa /Mas também sei/Que qualquer canto/É menor do que a vida/De qualquer pessoa.../Por isso, cuidado meu bem / Há perigo na esquina/Eles venceram e o sinal/Está fechado para nós/Que somos jovens.../Para abraçar seu irmão/E beijar sua menina na rua/É que se fez o seu braço/O seu lábio e a sua voz.../Você me pergunta/Pela minha paixão/Digo que estou encantada/Como uma nova invenção.../Eu vou ficar nessa cidade/Não vou voltar pro sertão/Pois vejo vir vindo no vento/Cheiro de nova estação/Eu sei de tudo na ferida viva/Do meu coração.../Já faz tempo / Eu vi você na rua /Cabelo ao vento/Gente jovem reunida/Na parede da memória/Essa lembrança/É o quadro que dói mais.../Minha dor é perceber/Que apesar de termos/Feito tudo o que fizemos/Ainda somos os mesmos/E vivemos/Como os nossos pais...
texto escrito por Gervásio de Paula

Boicote aos patrocinadores do BBB..

Comentário de um Anônimo sobre a postagem "em Boicote aos patrocinadores do BBB.": 

Vamos usar o OMO para lavar o lixo da televisão, eliminar a Devassa da promiscuidade, o Guaraná Antartica pra dá um gelo nesta poderosa marca de refrigerante, o tal do Niely para eliminar as coisas cabeludas, e a Fiat para transporta a rede globo e o seu b b b para ponte que partiu. 


Emagrecer comendo

O papo [abaixo] parece coisa do seu Lunga
- Queria tanto emagrecer.
- Já pensou em parar de comer?
- Se eu quisesse parar de comer, teria dito: Queria tanto parar de comer!
 

Frase do dia

O PSDB é um partido coerente. É tão incompetente se opondo (?) quando (des) governa.
Joel Neto

Taxa selic a 7,5 a.a é o mínimo que precisamos

É por defender estas ideias que o ex-ministro Zé Dirceu é odiado pelo Pig 


ImageO Brasil precisa cortar sua taxa básica de juros, a Selic, no mínimo, para 7,75%. Só assim o país deixará o topo do ranking de mais alto juro mundial.

É isso mesmo. Ainda que o Comitê de Política Monetária (COPOM), do Banco Central (BC), tenha cortado a Selic em 0,5 ponto - de 11% para 10,5% ao ano, o Brasil continua em 1º lugar no pódio dos maiores juros reais do mundo. Mesmo com este quarto corte sucessivo na taxa, se descontada a inflação estimada para os próximos 12 meses, na prática, os juros básicos no Brasil ainda ficam em 4,9% ao ano.

Assim, o que pagamos de juros reais por estas paragens é quase o dobro do cobrado na Hungria, país em 2º lugar nesse ranking, mas onde a taxa real dos juros é de 2,8%. A China, 3ª colocada, paga 2,4%, seguida pela Indonésia, que remunera a 2,1% ao ano. Para que o Brasil deixasse o topo do ranking, e apenas empatar com a Hungria, o corte na Selic, ontem, teria de ser de 2,6 pontos percentuais.

Bolsa banqueiro


Cada meio ponto percentual cortado conta, e muito. Segundo o BC, entre dezembro de 2010 e novembro de 2011, ou seja, em apenas doze meses, pagamos a bagatela de R$ 235,6 bi pelo serviço dessa dívida. Equivale a 5,72% do nosso PIB e representa quase R$ 80 bi a mais do que gastamos com saúde e educação.

Pelos cálculos da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (CONTRAF), da Central Única dos Trabalhadores (CUT), uma queda de 0,5% na Selic representa uma economia de apenas R$ 8,5 bi na dívida pública. Por isso, para Carlos Cordeiro, presidente da CONTRAF, a Selic é um verdadeiro “programa de transferência de renda aos donos de títulos públicos, a chamada bolsa-banqueiro”.

A trajetória de queda da Selic é bem-vinda e essencial. No patamar em que ainda se encontra, no entanto, permanece sendo uma barbaridade. Sem uma redução drástica, vamos levar décadas para resolver problemas que, em poucos anos, estariam equacionados com investimentos públicos e privados.

A nefasta influência da taxa alta no câmbio


Sem falar na nefasta influência das taxas de juros no câmbio e do custo financeiro e tributário que nossas empresas transferem para o preço de nossos produtos. Pelo comunicado divulgado pelo COPOM ao término de sua reunião, o mercado avalia que há a real possibilidade de continuidade de redução da taxa de juros até abril, quando poderá chegar a 9,5% ao ano - Selic em um dígito, como quer o governo.

É pouco, mas o caminho deve ser este se o que buscamos é estimular a economia brasileira. Aguardemos a próxima reunião do COPOM no início de março. Até lá, o governo já terá anunciado seus cortes no orçamento.

Dependendo da economia a ser feita, teremos um cenário mais claro sobre como conduzir a política monetária e condições de nos focarmos no que realmente interessa: investimentos em educação, saúde, infraestrutura, ciência e tecnologia, segurança...

por Zé Dirceu

PROUNI deve ter 1.100.000 inscritos

O Programa Universidade para Todos (Prouni) deve receber 1,1 milhão de inscrições, informou hoje (19) o ministro da Educação, Fernando Haddad, acrescentando que há 195 mil bolsas de estudo disponíveis nas universidades particulares. Com isso, o Prouni atingirá, em janeiro, a marca de 1 milhão de bolsas concedidas a estudantes de baixa renda. 


No programa Bom Dia Ministro, Haddad disse ainda que o Enem é o “passaporte de ingresso à educação superior” no Brasil e anunciou a ampliação do Fies para a pós-graduação.


“É meu papel também dizer a revolução que o Enem promoveu no país, do ponto de vista do acesso à universidade pública e particular, por meio do programa de bolsas que nós criamos, e que vai conceder, agora, em janeiro, a milionésima bolsa de estudos para a população de baixa renda, egressa de escola pública. O Enem era uma prova de autoavaliação, se transformou numa prova respeitada, do ponto de vista pedagógico, que vem alterando a realidade do Ensino Médio”, disse Haddad.


O ministro da Educação, que deixará o cargo na próxima semana, lembrou os investimentos feitos pelo governo federal da creche à pós-graduação. Segundo ele, descontada a inflação, o orçamento do Ministério dobrou nos últimos nove anos. Além disso, nesse período, o MEC reduziu à metade a relação entre os investimentos feitos no aluno da educação básica em comparação com o estudante do ensino médio.


“Quando nós chegamos ao governo, se investia dez vezes mais num aluno da educação superior do que da educação básica. Hoje, esse número é de cinco vezes, sendo que a nossa meta é continuar progredindo, não pelo corte de investimentos na educação superior, mas pelo incremento dos investimentos na educação básica, que é o que nós estamos fazendo. Então, é um movimento virtuoso que nós pretendemos continuar. Esse número deve chegar na casa de quatro, três vezes, porque o custo do aluno na educação superior é sempre maior porque envolve pesquisa, extensão e uma série de outras atividades, mas ele não podia permanecer naquele patamar escandaloso que foi herdado pelo nosso governo.”


Para Fernando Haddad, o desafio de seu sucessor é a educação no campo, onde o índice de analfabetismo ainda é elevado.


“Nós temos pronto um plano chamado Pronacampo, que está sendo entregue para o ministro Mercadante e para a presidenta Dilma, que eu penso que vai ajudar a resolver os problemas ainda existentes. O campo é um nó a ser desatado, é um problema, e a população do campo tem uma grande expectativa de que nós possamos avançar mais. Melhoramos o transporte escolar, melhoramos a informatização das escolas do campo, levamos o Licenciatura para o campo. Algumas coisas foram feitas, providências foram tomadas, mas nós não conseguimos entrar na sala de aula, nós não conseguimos melhorar as condições, pelo menos na dimensão necessária, para resgatar essa dívida com a população do campo”, defendeu.


Fernando Haddad será substituído no Ministério da Educação pelo ministro da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante.

Dilma sanciona Plano Plurianual 2012 - 2015

 Com ênfase na área social e tendo como prioridade o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o programa Brasil Sem Miséria, o Plano Plurinual 2012-2015 (Lei 12.593/12) foi sancionado nesta quarta-feira (18) pela presidente Dilma Rousseff. 

O PPA, aprovado pelo Congresso Nacional em 20 de dezembro de 2011, corresponde ao planejamento de médio prazo do governo e define diretrizes e metas da administração pública federal para o próximo quadriênio.

O Plano prevê dispêndios totais de R$ 5,4 trilhões, além de R$ 102 bilhões em emendas, acrescentados durante a tramitação no Legislativo. A peça está estruturada em 65 programas temáticos divididos em quatro grandes áreas: Social, Infraestrutura, Desenvolvimento Produtivo e Ambiental e Especiais.