A leitura e a interpretação


Interessante como certos conceitos e fenômenos neste país passaram a incorporar novas interpretações a partir de 2003 quando o Partido dos Trabalhadores, após três derrotas consecutivas, assume o Poder no Brasil. Democracia, liberdade de expressão e de imprensa, gestão, oposição política, republicanismo e republicano, e outros mais agora não lembrados, passaram a ter significações bem próprias para se adaptarem ao discurso de oposição aos novos mandatários do Poder Executivo da nação. 
Liberdade de imprensa, por exemplo, cujo significado histórico se contém na própria expressão, ou seja, a autonomia da mesma frente a QUALQUER Poder, seja político, econômico, religioso, militar, judiciário ou social, a partir de janeiro de 2003 passa a sobrelevado com todas as ênfases como feroz e libertina contraposição ao governo central. E o paroxismo dessa conveniente adaptação é alcançado quando ela própria, imprensa, se auto proclama oposição política ad hoc, mesmo que sem mandato – oficial ou oficioso – para tal mister. Leia mais>>>

Será que todo mundo está errado em relação ao Lula?

Blog do Charles Bakalarczyk: Será que todo mundo está errado em relação ao Lul...:


O texto que segue, do Marcos Coimbra, remete ao seguinte cenário hipotético: caso o golpe contra Lula, que está sendo gestado há anos nos corredores da grande mídia empresarial, com recente aval disfarçado de setores da alta cúpula do Judiciário e apoio explícito da direita demotucana (e da esquerda festiva, leia-se PSOL), pois caso esse  golpe obtenha sucesso, qual seria a reação do mundo?

Penso que o golpe “branco” ainda não saiu do campo das idéias para a realidade pelo temor dos golpistas com a reação da comunidade internacional. Lula é o “cara” até para o Obama, então a direita golpista restringe-se às reuniões conspiratórias, mas sem uma ação prática de ataque direto.

O “Mensalão” provou aos golpistas que ... para ler mais, clique aqui!

Navalhada do PHA


Rose é perfeita.
Ela é o “fato” que faltou para condenar o Dirceu.
Além disso, ela tem a propriedade de atingir o núcleo do sistema dominante, muitas vezes chamado, em Alta Corte, de “núcleo quadrilheiro”: pela ordem cronológica, a cair, Dirceu, Lula e Dilma.
Ela trabalhou com Dirceu, foi nomeada pelo Lula e mantida no cargo pela Dilma.
“Homicídio triplamente qualificado” !
Não será o maior escândalo da História da Humanidade, porque este já tem dono.
É o escândalo do “domínio sem fato”. O da Rose será o segundo.
E, por isso mesmo, o Ministério Público partirá para cima da Rose com a espada flamejante do brindeiro Gurgel.

Instagram lançou badges para que os perfis apareçam em sites e blogs

do Olhar Digital

Badges do Instagram
Cada vez mais, o Instagram se distancia da ideia original de ser uma rede social exclusiva para o universo móvel. Depois de lançar perfis abertos para a web tradicional, ontem, 21, a empresa apresentou um recurso que ajuda a divulgar essas páginas.

A partir de agora, é possível colocar ícones próprios da rede em blogs e sites, com links que levam ao perfil de pessoa - ou empresa.

"Adicione eles ao seu blog pessoal, site de marca ou a campanhas promocionais, para direcionar novos seguidores ao seu perfil de web do Instagram e encorajar outros a descobrirem e se interagirem com seu conteúdo do Instagram", diz a rede.

Há duas formas de criar uma badge: no perfil, clique em seu nome e acesse o link correspondente, que fica num menu drop down; ou então vá ao instagram.com/accounts/badges diretamente.

Aqueles que vivem do antilulismo


Acho que também seria interessante pensar "do outro lado do balcão": 
Nos últimos dez anos cresceu uma vasta indústria cultural cujo principal produto é falar mal do Lula e de tudo que pode representar os governos petistas. Com o tempo muita gente percebeu que falando mal deles, das cotas, de qualquer política que possa representar um avanço civilizatório - como o casamento gay, a liberação da maconha, o reconhecimento de direitos difusos, etc... dá sempre ibope numa determinada faixa da população que se confunde com os leitores de veja e as camadas rancorosas das classes médias e altas. 
Esses segmentos são relevantes como consumidores de cultura e de outras mercadorias, além de elevarem o patamar de prestígio dos jogadores de lama que alimentam & açulam a raiva deles. Logo ele atrai e vai continuar atraindo alguns, ou muitos, jornalistas & intelectuais que, como quaisquer outros grupos, também querem "se dar bem". 
No universo intelectual, que conheço um pouco melhor, sempre sobra gente no caminho e não só a ganância, como também a vaidade acabam empurrando indivíduos para o caminho da vociferação bem pagante e auto congratulatória. 
A coisa funciona mais ou menos assim:  "não dou a mínima para aqueles colegas que não me reconhecem, já que o Merval me cita na coluna que é lida por milhões e, de quebra, ainda me chamam para dar umas palestras bem remuneradas ou, pelo menos, posso ter certeza que as coisas que eu publicar vão ser recomendadas na veja e vão vender bem".   
Assim, se estou certo, a indústria do antilulismo vai continuar. 
Tem, e vai continuar tendo, tanto produção quanto freguesia... 
por Robertog

Crônica dominical de A. Capibaribe Neto


A soma dos dias passados
Imagine-se hoje, aqui, agora, diante da soma de todos os dias da sua vida. Feche os olhos e pense principalmente na pessoa que está na sua companhia. Há quanto tempo estão juntos? Um ano, dez, vinte? 

Experimente passar um filme bem rápido na sua memória, lembrando o segundo exato em que se conheceram. Agora imagine onde você estava dez segundos antes do encontro e na possibilidade de evitar que vocês se conhecessem. Por exemplo, se você, ao invés de ter seguido em frente e deixar que tudo acontecesse como aconteceu ou se pudesse voltar no tempo, evitaria todas as consequências em decorrência desse encontro até o momento em que você parou diante da soma de todos os dias da sua vida; se pudesse escolher virar a esquina, para tomar um cafezinho ou se deter numa banca de jornal, nem que fosse por cinco segundos para ler uma manchete de jornal ou perguntar as horas a alguém... 

O que você faria, honestamente? 

Seguir em frente e deixar que tudo acontecesse como estava escrito ou mudar o destino que o trouxe até aqui? 

Algumas vezes, de brincadeira, fiz essa pergunta a várias pessoas. De vinte, apenas duas responderam que seguiriam em frente e teriam, sim, conhecido a pessoa com quem estavam. 

Dezoito teriam parado para o cafezinho e dessas dezoito, doze responderam que mudariam depressa a direção que estavam seguindo. 

Quem pensa assim, carrega uma bagagem enorme de arrependimentos. 

Não estão felizes com a vida que levam e se lhes fosse permitido, teriam escolhido outro caminho, outra estrada, beco, o que quer que fosse, mas que lhes possibilitasse ter uma experiência diferente da que tiveram. Mas tudo não passa de uma suposição só para permitir um momento de reflexão sobre o que já aconteceu e o que poderia ter acontecido. Ora, o que já aconteceu não pode mais deixar de ter sido e sonhar com o que poderia ter sido diferente é impossível. Se prever o futuro é muito difícil, prever o passado para mudar a soma de todos os dias dele é definitivamente impossível. 

Fiz isso também. Parei diante da soma de todos os meus dias. 

Escolhi uma determinada época e somei todos os meses desse período, todos os dias, todas as horas, minutos e segundos. Contei mais de 417 milhões de segundos; uma eternidade! Debrucei-me sobre esses segundos e tentei lembrar o que aconteceu desde o primeiro deles, quando sai de onde estava, caminhei menos de dez passos e a minha vida mudou. Radicalmente! Se tivesse parado para fazer uma ligação, beber um copo d´água, assinar um documento, abrir uma gaveta, seguramente tudo teria sido diferente, mas não foi. Sabendo de cada uma das consequências que advieram pelo fato de ter caminhado os passos que me levaram ao destino que seria traçado a partir daquele instante, cheguei à conclusão de que teria ficado onde estava e teria fechado a porta e ficaria ali por mais uma hora, um dia, um ano! Tanto arrependimento assim? Não, tantas coisas que teria evitado que acontecessem. Coisas que machucaram corações alheios e o meu também; coisas que arrancaram lágrimas nos olhos dos outros e o destino se vingou e arrancou dos meus também. Teria evitado alguns primeiros abraços, primeiros beijos, primeiras mentiras, desculpas e a bola de neve que ficou grande e rolou a montanha esmagando sonhos pelo caminho. E as coisas boas? Como ficam os milhões de segundos de felicidade, de alegria, de risos, gargalhadas, as taças de vinho, as viagens pelo mundo, as descobertas, as fugas românticas, os encontros ardentes? 

A soma dos segundos bons foi bem maior, é verdade, mas eles valeram a pena? 

Não teria sido melhor mesmo ficar trancado na sala? 

Nunca vamos saber por que é a mesma coisa que ficar planejando que faríamos se ganhássemos na loto. E aí, quando sabemos do resultado tudo vira fumaça até o próximo sorteio, até a próxima reflexão sobre a soma de todos os dias passados...

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