(R)Estadão
Qual é o melhor smartphone?
Antes de mais nada, é preciso que se diga. Caso você escolha qualquer um desses aparelhos, tenha certeza: você não vai se arrepender. Temos aqui alguns dos melhores exemplos do que a mais alta tecnologia pode fazer em termos de smartphones. Então, pode ficar tranquilo, qualquer que seja sua escolha entre eles, você vai ficar satisfeito. Claro: cada um tem pontos fortes e fracos, mas as diferenças são pequenas, e muitas vezes a escolha entre um ou outro vai ter mais a ver com preferências pessoais do que com critérios técnicos. Então, vamos aos testes. Vamos começar pelo que primeiro chama a atenção em qualquer aparelho...
Telas
Quando o negócio é tecnologia de telas, aqui a há para todos os gostos. iPhone 5, Lumia 920, LG Optimus e Xperia S optam pela tecnologia LCD. A única diferença aqui é que o Xperia S é o único que não usa a tecnologia IPS, que confere um desempenho superior aos LCD. O Galaxy S3 e o Motorola se mantêm fiéis à tecnologia Super Amoled. Na prática, e nos nossos testes, isso significou o seguinte: o S3 e o Motorola chamam a atenção pelo contraste. Os tons de preto na tela são profundos e, consequentemente, as outras cores são super vibrantes. São imagens de encher os olhos. Mas, o Super Amoled tem a tendência de “esverdear” ligeiramente as imagens. Nesse sentido, os aparelhos que optaram pelo IPS LCD levaram a melhor. Apesar do contraste não ser tão alto, as cores pareceram mais naturais e mais precisas. Aqui, quem saiu na frente foi o iPhone 5, com a reprodução mais natural de cores entre todos. Mas, vale uma ressalva em favor do Nokia. A tela do aparelho foi a que melhor se adaptou às variações de luz, oferecendo boa visibilidade, mesmo em ambientes super iluminados, com luz do sol, por exemplo. Além disso, o Nokia é o único que permite regular a sensibilidade do toque na tela. Ou seja, dá para usar o aparelho até usando luvas. Se algum aparelho ficou um pouco atrás aqui foi o Xperia. O LCD da Sony foi quem apresentou o desempenho mais fraco em relação a cores e contraste.
Vaticano terá Ficha Limpa em próximo Conclave
"Precisamos de um Papa forte, jovem e santo que não passe a vida sentado no trono", declarou Bento
LIMBO - Estupefato com as revelações de que a Igreja Católica é administrada por seres humanos, o futuro ex-Papa Bento XVI anunciou que abrirá os arquivos da Santa Sé e divulgará todos os documentos parcialmente vazados pelo Vatileaks. "Estamos negociando com José Simão e com o jornal Meia Hora, do Rio de Janeiro", revelou Bento em um confessionário, observando, porém, que não autorizará sequer a divulgação de uma simples bula papal pela Rede Record.
Rumores sugerem a existência de um conjunto de malfeitos infinitamente mais nefando do que o já trazido à luz pelo jornal La Reppublica, que nesta quinta-feira publicou denúncias sobre corrupção e redes de meretrício dentro do Vaticano. "Isso é café pequeno”, revelou uma fonte próxima às investigações, “membros da guarda suíça disseram que José Dirceu, em pessoa, fazia visitas mensais a cardeais e sacerdotes".
Em nome da transparência religiosa, dezenas de parlamentares do PSDB partiram em romaria para o Vaticano, acompanhados de Yoani Sánchez. "Vamos fazer uma petição online para que a eleição seja através do voto aberto", informou Otávio Leite.
Agindo nas sombras e alheio ao espetáculo público da oposição, Michel Temer articula a indicação de José Sarney e Renan Calheiros para, respectivamente, os cargos de camerlengo-vitalício e supervisor geral dos tesouros do Vaticano. Se eleito, a primeira medida de Calheiros será transferir os afrescos da Capela Sistina para o teto da Associação de Aleitamento Materno Renildo Calheiros, entidade social administrada por sua esposa Renane Calheiros na cidade de Murici, Alagoas.
Canção do amor imprevisto
Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoísta e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.
Mas tu apareceste com a tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...
E o homem taciturno ficou imóvel, sem compreender nada, numa alegria atônita...
A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos.
by Mário Quintana
Elio Gaspari: o melhor cabo eleitoral do PT é a oposição
Anunciado como se pudesse vir a ser o discurso do então desconhecido companheiro Obama na convenção democrata de 2000, o grito de guerra do senador Aécio Neves foi um pronunciamento pedestre. Suas críticas à década petista têm alguma procedência, mas terminam caindo na armadilha de quem tem muitas opiniões sem que elas formem um ponto de vista. Viu o futuro no retrovisor.
Se a exibição das contradições morais, políticas e econômicas do comissariado levasse a algum lugar, Lula não teria sido reeleito, muito menos colocado os postes Dilma Rousseff no Planalto e Fernando Haddad na prefeitura de São Paulo.
O tucanato continua encantado pela crença segundo a qual se uma pessoa ficar com duas vezes mais raiva do PT, terá direito a dois votos nas próximas eleições. Só a falta de assunto explica o fato de os tucanos terem caído numa finta petista, aceitando uma antecipação precoce e descosturada da sucessão presidencial do ano que vem.
Tome-se o espaço que o senador dedicou à Educação. Exatamente 21 palavras: “O governo herdou a universalização do ensino fundamental, mas foi incapaz de elevar o nível da qualidade na sala de aula”. Médio. Segundo o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep, em 2007 havia 7,1 milhões de crianças matriculadas na zona de mau ensino, com avaliações abaixo de 3,7 no Índice de Desenvolvimento do Ensino Básico. Em 2011, esse número baixou para 1,9 milhões.
Há tucanos que fazem melhor? Em Minas Gerais, com certeza. Em Alagoas, não.
Do outro lado da mesa estão as políticas sociais do governo. Se a oposição admitir que algumas delas funcionam, todo mundo lucra, sobretudo ela. Dois exemplos: o desempenho escolar das crianças beneficiadas pelo Bolsa Família, e a discussão do estímulo à criação do turno único nas escolas.
A velha demofobia ensina que dar dinheiro a pobre é assistencialismo barato. No século XIX dizia-se que a abolição da escravatura estimularia o ócio e a embriaguez dos negros. Hoje há gente que acredita que o Bolsa Família remunera a preguiça da miséria e, como o ensino público é ruim, as crianças fogem das aulas ou, quando comparecem, não aprendem. É a ignorância a serviço da demofobia.
Crônica dominical de Luis Fernando Veríssimo
Brigadeiros
Cena: festa de aniversário de criança. Dois pais lado a lado.
— Você é o pai da...
— Da Laura. Você?
— Do Miguel. Aquele ali com a espada, batendo na... Miguel! Não se bate assim nas pessoas. Pede desculpa!
— Nós não nos vimos no...?
— No aniversário da Luiza.
— Certo. Estou me lembrando. Bolo de chocolate com amêndoas.
— Isso. E sorvete de creme
— Sou eu que sempre trago a Laurinha nos aniversários.
— Sua mulher já desistiu...
— Não. É que eu gosto.
— Sabe que eu também?
— São um inferno, claro. É preciso ter paciência. Mas tem seu lado bom
— Exatamente. Eu... Miguel! Me dá aqui essa espada! Você ainda vai quebrar alguma coisa!
— Eu sou tarado por brigadeiro de aniversário.
— Eu também! Brigadeiro e guaraná morno, tem coisa melhor?
— Notei que você pega dois brigadeiros cada vez que passa a bandeja, mas não come. Põe de lado.
— Para comer depois dos cachorrinhos-quentes. De tanto vir a festas de aniversário com o Miguel, desenvolvi uma técnica. Primeiro como os cachorrinhos-quentes...
— Ou as empadinhas.
— Ou as empadinhas, ou os croquetes, e depois os brigadeiros. Primeiro o salgado, depois o doce.
— O problema é que estas festas geralmente são desorganizadas. Servem os doces antes dos salgados. Não há nenhum critério. As crianças não ligam. A Laurinha não parou de comer brigadeiro desde que chegou. Ela é aquela ali, com o vestido marrom. Era branco quando ela saiu de casa, agora é marrom.
— Outra coisa. Só servem o bolo depois de cantarem o “parabéns pra você” e assoprarem as velinhas.
— E nós aqui, namorando o bolo de longe. Do que você acha que esse é...
— Meu palpite é morangos com nata batida.
— Mmmmm...
— Mas vamos ter que esperar.
— Paciência...
— Olha, acho que estão vindo as empadinhas. E croquetes!
— Até que enfim...
— Miguel, desce daí!
Torquato Gaudêncio: Sonháticos e performáticos na rede
O leitor pode enxergar excesso na comparação, mas a carga litúrgica que embalou a recém lançada Rede de Sustentabilidade (quantos sabem o significado desse termo, 3%?) dá a entender que a ex-ministra Marina Silva, ao tentar imprimir diferenciação ao seu movimento, organiza um modelo mais assemelhado à religião que a um ente político.
A começar pelo tratamento com que correligionários a saúdam – “a missionária” – passando pela semântica seletiva que abriga proibições e tempo de exercício de mandatos, culminando com a estética de véus coloridos que animaram uma tribo disposta a marcar contraste “entre nós e eles”.
O termo tribo, usado aqui de maneira proposital, vem de encontro ao eco dos “povos da floresta”, cerne da mensagem marineira e, por conseguinte, ao discurso da sustentabilidade, servindo ao propósito dos fundadores da Rede de fixar identidade asséptica, limpa de impurezas da velha política e longe de tramóias que se lêem na cartilha do espectro partidário.
Não há dúvida que o partido de Marina (ops, a Rede), sairá do papel, não devendo surgir dificuldades para alcançar as 500 mil assinaturas necessárias para a legalização. A estética de “santa” – vestimenta comedida, cabelos trançados à moda de nossos tataravós, fio de voz agudo e marcante – funciona como logomarca a puxar a lista de “sonháticos”, os aderentes da nova igreja.
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