Homem bom

Homem bom é aquele que te joga na parede e puxa o seu cabelo com jeito. Que consegue tirar o seu fôlego com apenas um beijo. Que quando coloca a mão na sua cintura te segura firme, deixando passar pela sua cabeça que ele quer te proteger, que ele te quer por perto. Então ele se torna realmente homem, porque ele não grita aos quatro cantos do mundo que ele te ama, ele fala isso no seu ouvido, ou olhando firme em seus olhos. Eles deixa transparecer o que sente em simples gestos. Homem bom é aquele que te faz sentir as melhores sensações, te dá os melhores beijos, os melhores amassos , as melhores mordidas, os melhores sonhos, os melhores desejos, os melhores momentos.Homem bom é aquele que te traz segurança, paz, prazer, felicidade, e que te faz sentir única.

O fim da miséria é apenas um começo



por Luiz Fernando Verissimo
Durante quinze anos trabalhei como redator na MPM Propaganda. No fim dos quinze anos sabia tanto sobre como funciona ou deixa de funcionar a publicidade quanto no meu primeiro dia.
Amiúde (sempre quis usar a palavra “amiúde”!) me surpreendia com o resultado de uma campanha publicitária ou de marquetchim. Não entendia como, muitas vezes, boas campanhas não davam resultado enquanto outras, medíocres, tinham efeito imediato. Mas mesmo sem, literalmente, saber o que eu estava fazendo durante os quinze anos, foram quinze anos, e alguma coisa eu aprendi.
Aprendi, por exemplo, que o bom slogan publicitário é o que com poucas palavras tem mais de um sentido. Quando eu estava lá a MPM ganhou a conta da Riocel, uma empresa de celulose que, do outro lado do Guaíba, o rio que não é rio, mandava maus odores sobre Porto Alegre, revoltava a população e provocava críticas ferozes da imprensa.
Dependendo da direção do vento, o cheiro de ovo podre era mesmo insuportável. Para se defender, a Riocel começou a instalar um sistema antifedor — filtros, ou coisa parecida — e contratou a MPM. Para melhorar a sua imagem. Bolamos uma campanha convidando os porto-alegrenses a visitarem a fábrica e descobrirem o que estava sendo feito para acabar com o mau cheiro e ouvir as explicações dos seus técnicos.
O slogan da campanha era “Conheça o outro lado”. O outro lado do Guaíba e os argumentos contra os ataques que a Riocel sofria, o outro lado da questão. Hein? Hein? Está bem, não era genial. Mas funcionou.
Se alguém me pedisse (ninguém pediu) um exemplo perfeito do duplo sentido que vende eu responderia sem hesitar: o nome do xampu anticaspa Head and Shoulders, ou Cabeça e Ombros.
Como sabe quem tem, a caspa não é um problema só dos cabelos, é também dos ombros, quando se está vestindo roupa escura. E em inglês, quando se quer dizer que alguma coisa é muito superior a outras, se diz que está cabeça e ombros acima das outras, “head and shoulders”.
O xampu vende sua eficiência contra a caspa nos cabelos e nos ombros e ao mesmo tempo a sua superioridade sobre as outras marcas, com um sutil autoelogio.
Isto tudo é para comentar o slogan — se é que é um slogan para durar e não uma frase de ocasião — do PT: “O fim da miséria é apenas um começo.” Não sei se o slogan acabará como exemplo de propaganda enganosa ou se a realidade vai confirmá-lo, mas de um ponto de vista puramente publicitário é ótimo.

Ricardo Noblat: a imprensa e Lula , bons aliados


Jose Campos de Jesus, leitor
Será que os jornalistas brasileiros não tem outro assunto a não ser o Lula?
Lula é assunto permanente da imprensa brasileira porque está na crista da política brasileira desde que foi candidato a presidente da República pela primeira vez em 1989. Antes, como líder metalúrgico, já era notícia. Depois virou notícia obrigatória.
Que outro político foi candidato cinco vezes consecutivas à presidência da República? Perdeu três, ganhou duas.
Que outro político fez seu sucessor na presidência?
O general Ernesto Geisel fez. Mas não era político.
Dilma foi eleita porque Lula pediu para que votassem nela.
E Dilma continua sob o tacão de Lula porque ele disse que sairia de cena ao fim do seu governo e não saiu. Nem sairá. Coitada da Dilma!
Lançou Dilma candidata à reeleição. Mas se o destino conspirar a seu favor, será ele o candidato a presidente em 2014. É o que deseja.
De resto, Lula tudo faz para chamar nossa atenção. Ontem, por exemplo, se comparou a Lincoln. E para variar, bateu duro na imprensa.
Como ignorá-lo? E para que ignorá-lo? Para que seus seguidores nos acusem de sabotagem?
Apanhamos porque falamos dele. Apanharíamos se não falássemos.
Lula e a imprensa são grandes aliados. Os dois lados sabem disso. Mas fingem ignorar.

Ciro Gomes: sou proscrito


- Não almeja mais ser candidato à Presidência da República? Não, desisti. Só quero ser [candidato] agora se as coisas se organizarem para isso. Porque tenho uma tragédia na vida, da qual não me arrependo, que me traz à situação em que me encontro nesse momento: hoje, até por demérito dos outros, sou o político mais treinado, que tem a experiência mais extensa, municipal, estadual, federal ângulo tal, ângulo outro, acadêmico e com juventude relativa, 55 anos, e estou completamente proscrito do debate. Meu partido não me chama para nada, eu sou um inconveniente para todo mundo. Isso porque eu não acho que vale a pena compactuar com o que está aí. Esse banquete fisiológico, clientelista, quando não corrupto, PT-PMDB.  Nós outros, PDT, PCdoB, PSB, comendo migalhas embaixo da mesa, sem ter a menor influência numa agenda progressista para o Brasil. Sequer o debate existe. Não me agrada esse império das conveniências, dos oportunismos. Talvez eu esteja ficando fora de moda. Mas eu sigo lutando. Amo a política, amo o povo brasileiro. Aos 34 anos de luta, nunca respondi sequer uma representação, nem para ser inocentado. Isso já tendo ocupado a chefia da economia do País. Continuo estudando, viajo para o estrangeiro, faço palestras, enfim, sou um militante e gostaria de ser o presidente do Brasil, mas, confesso, não quero mais brigar.
‘Governo Dilma está preso a coalizão fisiológica’
- E as declarações atribuídas ao senhor, segundo as quais Aécio Neves, Eduardo Campos e Marina Silva não teriam condições de governar o país…? Veja bem a fraude que é a nossa mídia. Não disse isso. Eu disse o seguinte:

MPE-SP se recusa a investigar José Serra

O escândalo já ocupa a mídia há alguns dias e eu tenho evitado comentá-lo, mas hoje um ex-diretor da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), Milton Leme, executivo no órgão na época em que o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP) era o secretário de Educação do Estado, afirma ter recebido uma oferta de dinheiro para acusá-lo.


O escândalo foi deflagrado pelo analista de sistemas Roberto Grobman, que trabalhou com Chalita na Secretaria de Educação do Estado. Ele afirmou ao Ministério Público Estadual (MPE-SP), e depois à mídia, que Chalita, quando secretário, recebia malas de dinheiro e teve a reforma de um apartamento paga por uma empresa que trabalhava na área da educação, a COC, em troca de contratos na Pasta.

As acusações de Grobman levaram o MPE-SP a instaurar 11 inquéritos contra Chalita. Ao fazê-las, ele disse estar acompanhado pelo jornalista Ivo Patarra, que então trabalhava na campanha de José Serra. Patarra já confirmou que acompanhou Grobman quando ele foi fazer as denúncias.

A oferta de dinheiro a Milton Leme

Segredos escondidos

Espaco literario