Plebiscito x Referendo

Plebiscito: 
você vota... os políticos engolem.

Referendo: 
os políticos votam... você engole.

Abra o olho.

Fique esperto.

As manifestações e a falência das instituições

A primeira coisa que se nota nisso aí, quando analisamos a fundo: a falência das instituições. No mundo pós-moderno, ela é colocada em xeque. As instituições no Brasil, foram montadas para agradar determinada classe social, "Os Donos do Poder", como chamou Faoro.
Na contramão disso tudo, tem-se as redes sociais, o motim de jovens que querem mudar rápido, que endossam o  discurso da corrupção. Não é que ela não exista, mas se conhecessem mais profundamente a História do país, perceberiam que a corrupção existe desde quando Cabral colocou os pés na Bahia. Na dúvida, vide Triste Bahia, de Gregório ou, então, os relatos de Frei Vicente do Salvador sobre o que acontecia por aqui.
Mas o fato é que, em tempos de crise, curiosamente, a direita que sempre mandou invoca o discurso e ganha as ruas, porque sabemos que o cranco existe, mas é um discurso manipulado, como sabemos, mas não a maioria que está aí, que não tem a consciência política, ainda, amadurecida. Então, desde o golpe da República quando as oligarquias pegaram Floriano de pijama para destituir Pedro II, que temos este vai e vem do referido discurso na mudança do regime, ou seja, da monarquia para a república.Leia mais »

Marcos Coimbra: o sentido das manifestações

Enquanto perdem fôlego e amainam as manifestações de protesto que afetaram o País nas últimas semanas, está na hora de procurar entender seu significado. 
Uma das maiores dificuldades para compreendê-las é que não tiveram sentido único. Salvo, talvez, nos primórdios, quando usuários de transportes públicos foram às ruas em São Paulo para reclamar do aumento no preço das passagens. Lá, ainda tínhamos o cenário que explica as mobilizações sociais mais características: causa concreta, pessoas afetadas concretamente, reivindicações concretas. 
Muito se diz que as manifestações seguintes foram novas. Diferentes, por exemplo, das que a direita fez pela deposição de João Goulart ou das que empurraram o governo Collor para a crise final.
Mas, será que a “horizontalidade” e a “difusão” das atuais as tornam mesmo originais? 
Não terá existido, nas manifestações deste mês de junho, um segmento que desempenhou papel definidor análogo ao dos anticomunistas e dos conservadores católicos nas marchas de 1964? Dentre os muitos tipos de gente que foi às ruas, não houve um que forneceu personalidade ao “movimento”?   
Para identificar o sentido das que aconteceram agora, temos o perfil mais típico dos participantes, suas bandeiras mais características e as reações mais comuns que suscitaram. 
Nada ilustra melhor a mudança do perfil socioeconômico dos manifestantes que a imagem veiculada pela TV Globo nos primeiros jogos do Brasil na Copa das Confederações: madames vestidas a caráter e cheias de balangandãs, brandindo cartazes sobre o “fim da corrupção” e fazendo propaganda de um endereço no Twitter. Os jovens que, no YouTube, se tornaram astros dos “insatisfeitos”, parecem seus filhos ou irmãos. 
No conteúdo, o elemento central da “ideologia das ruas” foi a crítica à representação política e às instituições, particularmente os partidos políticos. Os manifestantes gritaram País afora que não se sentiam representados por ninguém, que estavam na rua para denunciar os “políticos” e “fazer política com as próprias mãos”. As vagas perorações em favor de “mais verbas para a educação e a saúde” ou contra os “gastos exagerados na Copa do Mundo” nada mais foram que pretextos para externar sua aversão ao sistema político e ao governo.     
Quem monitorou as redes sociais durante esses dias percebeu que os defensores mais entusiastas das passeatas foram os antipetistas radicais. Esses é que se sentiram em íntima comunhão com os participantes e torceram para que as manifestações escalassem, enfraquecendo o governo e prejudicando as chances de reeleição da presidenta. 
Para dizer o óbvio, quem deu o sentido das manifestações foi a classe média antipetista, predominantemente de direita. Nem sempre, nem todos os participantes, mas em seu núcleo característico. 
Ou seja: embora tenham participado do movimento desde punks neonazistas a adolescentes apenas curiosos (e mesmo gente genuinamente progressista), seu rosto é nítido.   
A classe média antipetista tem motivos reais para estar insatisfeita com a representação que tem. Ao contrário do cidadão que simpatiza com o PT e outros partidos de esquerda, e que majoritariamente aprova o governo, ela se sente mal representada.   
Faz tempo que Fernando Henrique Cardoso lhe dá razão. Em texto de 2011, em que tentava explicar a vitória de Dilma e definia novos caminhos para a oposição, propunha ao PSDB que deixasse o “povão” para o PT e fosse procurar a classe média: “É a essa que as oposições devem dirigir suas mensagens prioritariamente”. Dizia que  o partido precisava “mergulhar na vida cotidiana” e encontrar “ligações orgânicas com grupos que expressem as dificuldades e anseios do homem comum” (leia-se, de classe média). 
Lembrava que havia “toda uma gama de classes médias”, empresários jovens, profissionais, “novas classes possuidoras”, que estariam “ausentes do jogo político-partidário, mas não desconectadas das redes de internet, Facebook, YouTube, Twitter, etc.”. Considerando seu “pragmatismo”, o discurso para atraí-las não deveria ser “institucional”, mas centrado em temas como a corrupção, o trânsito, os problemas urbanos, os serviços públicos. 
FHC queria uma oposição que “suscitasse o interesse” da classe média e lhe “oferecesse alternativas”. Se não conseguisse ser “uma alternativa viável de poder, um caminho preparado por lideranças nas quais confie”, sequer adiantaria “se a fagulha da insatisfação produzisse um curto-circuito”. 
Falou, mas não fez. Nessa, como em outras oportunidades, as oposições brasileiras mostraram-se mais competentes na conversa que na ação. Perceberam os desafios, mas não lhes deram resposta.
Foram de Serra, quando precisavam renovar-se. Apresentam Aécio como prosseguidor da “herança de FHC”. Nada fizeram para “organizar-se pelos meios eletrônicos, dando vida a debates verdadeiros sobre os temas de interesse dessas camadas”, como sugeria o ex-presidente.  
Presas de seus paradoxos, as oposições criaram a crise de representação dos setores da sociedade a quem pretendiam (e deveriam) expressar. Talvez principalmente, foi a impaciência das classes médias antipetistas com a oposição que as levou às ruas.
Depois, é claro, de um ano de ataque da mídia conservadora ao governo. Seus estrategistas acharam que conseguiriam, através de incursões cirúrgicas, eliminar somente as lideranças do PT. O que fizeram foi ferir valores fundamentais da democracia.

Yami no Ichinichi - O Crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil

O filme será exibido às 23h00. A TV Assembleia é exibida pela Vivo TV nos canais 66 ou 69, na NET pelos  canais 7 (digital) ou 13 (analógico) e pela TV Digital Aberta pelo no canal 61.


Yami no Ichinichi - O Crime que abalou a Colônia Japonesa no Brasil traz a saga de Tokuichi Hidaka, que, em 1946, aos 19 anos de idade, foi um dos autores do assassinato do coronel Jinsaku Wakiyama, em crime atribuído a uma entidade denominada Shindo Renmei (Liga dos Caminhos dos Súditos). 

Entregou-se à polícia com o restante do grupo e cumpriu 15 anos de prisão. Em liberdade, sofreu a punição da colônia japonesa: foi discriminado, condenado ao ostracismo, sem oportunidade para contar a sua versão. 

Décadas mais tarde, Hidaka inicia uma busca por amigos e pessoas desse período para reconstruir a memória da época e encontrar o sentido da sua vida no Brasil. Nesta nova versão do documentário, integrantes da família Wakiyama falam do papel exercido por Jinsaku na comunidade nipo-brasileira paulista dos anos 1940 e expõem seu ponto de vista sobre os fatos.

Emagreci 75 quilos só com dieta e exercícios

O turismólogo Mauro Estrêla, de 25 anos, conta como perdeu, em menos de dois anos, quase metade de seu peso – sem remédios ou cirurgia

EM DEPOIMENTO A NATHALIA TAVOLIERI

"Tem coisa melhor do que comer? Eu sempre gostei, desde pequeno. Era um menino gordinho, mas nada fora do normal. Comia bem e parte das guloseimas extras era compensada pelo esporte praticado na escola. No começo da adolescência, a coisa desandou assustadoramente. Com o fim das aulas de Educação Física, parei com o pouco exercício que fazia. Só estudava, dormia e, claro, comia. E muito. Em um único almoço, por exemplo, comia grandes porções de macarrão, arroz, feijão, macaxeira frita, purê e três tipos de carne. De sobremesa, sorvete, bolo ou os dois. À tarde, lanchava biscoitos recheados com refrigerante e milk-shake. Isso não era só aos finais de semana ou em uma data especial. Enfiava o pé na jaca todos os dias.
Mauro enfiava "o pé na jaca" todos os dias (Foto: Arquivo pessoal)
Passei de gordinho a obeso mórbido. Quando ia à casa de amigos, atacava a geladeira e a despensa deles. Como me conheceram gordo, estavam acostumados com o meu peso. E me agradavam com comidas gostosas. Nos passeios de carro não podia sentar na janelinha, só no meio – para não desequilibrar o veículo. Se a viagem era de avião, os passageiros faziam cara feia quando percebiam que eu sentaria ao lado. Meus amigos me chamavam de Nhônho (em alusão ao amigo gordo do Chaves, personagem da série homônima da televisão mexicana) e faziam piadinhas. Eu levava na esportiva. Apesar do excesso de gordura, não deixava de ir à praia, a festas e baladas – lembro que, numa delas, quebrei a catraca da entrada. Aos 22 anos, havia passado da casa dos 160 quilos. Dizia que não queria emagrecer, que estava bem daquele jeito.
Parei para pensar quando minhas calças número 62 não entravam mais. Os modelos tinham que ser feitos sob medida ou comprados no exterior. Eram feios e sem corte. Vaidoso, decidi que não queria mais engordar.
Comecei a reduzir as porções do que estava acostumado a comer. Só com a diminuição, perdi 20 quilos em oito meses. Percebi que poderia existir uma versão magra do Mauro. Foi aí que tracei a meta de emagrecer pra valer. Cortei sal, doces, frituras e farinha branca. Como havia frequentado dezenas de nutricionistas e endocrinologistas ao longo da vida, já sabia o que fazer. Só faltava força de vontade. E agora eu tinha.
Mauro passou a malhar todos os dias - sem desculpas (Foto: Arquivo pessoal)
Não voltei a médicos, não tomei remédio e não fiz cirurgia. Meu emagrecimento foi natural. Perdia quatro quilos em uma semana, dois na outra ou até nenhum. Não pirava nem passava fome. Com a ajuda do meu irmão, que é educador físico, passei a caminhar pelas ruas de Teresina, cidade onde moro. Confesso que, por vergonha, enrolei para me matricular na academia. Hoje, não saio mais dela. Malho uma hora e meia todos os dias. É sagrado. Se estou viajando, levo corda, faço flexões no quarto do hotel ou saio para bater perna pela cidade. Se passo mais de dez dias fora, procuro uma academia nos arredores. Em dias atarefados, acordo mais cedo ou durmo mais tarde para malhar. Levo sempre uma mochila com roupa de ginástica dentro do carro. Não tem desculpa. Se vou a uma festa, levo minha marmita light ou, dependendo da intimidade com o anfitrião, peço para fazer uma saladinha. Em casa, gosto de ir para a cozinha e preparar meus pratos. Não como os salgadinhos fritos de que tanto gostava, como coxinha, nem sob tortura. Encaro como se fossem uma droga. Já bolo caseiro não abro mão. De vez em quando, não resisto a uma fatia do de laranja ou de nata com um cafezinho.
Em menos de dois anos, Mauro conseguiu perder 75 quilos (Foto: Arquivo pessoal)
Minha alimentação saudável mudou a de todo mundo lá de casa. Meu pai perdeu dez quilos e minha mãe, sete. Eles sentem muito orgulho da minha conquista. Lutaram a vida toda para que eu emagrecesse. Em um ano e oito meses perdi 75 quilos. Tenho 1,84 metros e cheguei a pesar 85. Aí já estava magro demais. Queria ficar forte. Intensifiquei a malhação e ganhei 10 quilos de massa magra. Meu percentual de gordura é 13%.
Mauro (Foto: Arquivo pessoal)
Se eu disser que foi difícil, estaria mentindo. Ver no espelho o reflexo do meu esforço era minha motivação. Hoje, não sou mais o gordo da balada. Visto roupas descoladas, estou bonitão. No sexo, estou mais disposto e meu condicionamento físico melhorou 100%. Posso sentar em qualquer lugar, inclusive na janelinha. Não tenho ‘projeto verão’, ‘carnaval’ ou do tipo ‘tanquinho definido’. Meu projeto é ser saudável para o resto da vida. Brinco que é o ‘projeto caixão fit’."   
Mauro Estrêla vai à academia todos os dias (Foto: Arquivo pessoal)


Globo rouba no padrão Fifa

1,2 bi de reais é o valor atualizado do que a plimplim deveria pagar ao Fisco brasileiro e empurra com a barriga, com a conivência do judiciário.

Para ter uma ideia do que é isso, Hum bilhão e duzentos milhões de reais, veja o que o Geraldinho disse que fez para cobrir a anulação do aumento de 0,20 centavos na tarifa de transporte público de  São Paulo:

  • Extinguiu uma secretaria
  • fundiu órgãos
  • fechou 2.036 cargos comissionados
  • reduziu a frota em 4 mil carros 
  • pôs à venda um helicóptero


Isso tudo diz ele, representa uma economia de 129 milhões de reais este ano.

É amigo, roubar não é para qualquer um não. É coisa para gente de categoria, Vênus Platinada.


Lula desmente a Folha de São Paulo

A GAFE - Globo, Abril, Folha, Estadão - mentem descaradamente, são desmentidos e fazem cara de paisagem. Amanhã virão com muitas outras mentiras mais.
São fantasiosas, sem qualquer base real, as opiniões que me foram atribuídas pela Folha de S.Paulo, em matéria (de Catia Seabra ( ???) e Márcio Falcão – PHA) publicada hoje na página 4 do jornal. Não fiz qualquer crítica nem em público, nem em privado à atuação da presidenta Dilma Rousseff nos recentes episódios. Ao contrário, minha convicção é de que a companheira Dilma vem liderando o governo e o país com grande competência e firmeza, ouvindo a voz das ruas, construindo soluções e abrindo caminhos para que o Brasil avance, nossa democracia se fortaleça e o processo de inclusão social se consolide. 

Em particular, a presidenta mostrou extraordinária sensibilidade ao propor a convocação de um plebiscito sobre a reforma política. A iniciativa tem o mérito de romper o impasse nessa questão decisiva, que há décadas vem entrando e saindo da agenda nacional, sem lograr mudanças significativas. Ouvindo o povo, nosso sistema político poderá se renovar e aperfeiçoar. É o que se espera dele.

Luiz Inácio Lula da Silva