PML: economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins

Em minha humilde ignorância, confesso que não entendo quem diz que o plebiscito sobre reforma política pode custar caro demais. Meio bilhão, disse alguém.
Até ministros do STF tocaram neste assunto. 
Data Venia, eu acho estranho. 
Falar em meio bilhão ou até mais é falar de uma pechincha. 
Nós sabemos que o Brasil tem um dos sistemas eleitorais mais caros do mundo. Isso porque é um sistema privado, em que empresas particulares disputam o direito de alugar os poderes públicos para defender seus interesses em troca de apoio para seus votos. As estimativas de gastos totais – é disso que estamos falando -- com campanhas eleitorais superam, com facilidade, meio bilhão de reais. São gastos que ocorrem de quatro em quatro anos, aos quais deve-se acrescentar uma soma imponderável, o caixa 2. Sem ser malévolo demais, não custa recordar que cada centavo investido em campanha é recuperado, com juros, ao longo do governo. Quem paga, mais uma vez, é o contribuinte.  
O debate não é apenas este, porém.   
Um plebiscito pode dar um impulso decisivo para o país construir um sistema de financiamento público, em que os recursos do Estado são empregados para sustentar a democracia – e não negócios privados. 
Explico. Nos dias de hoje, o limite dos gastos eleitorais é dado pelo volume dos interesses em jogo. Falando de um país com um PIB na casa do trilhão e uma coleção de interesses que giram em torno do Estado na mesma proporção, você pode imaginar o que está em jogo a cada eleição. 
Bancos contribuem com muito. Empreiteiras e grandes corporações, também. Como a economia não é feita por anjos nem a política encenada por querubins, o saldo é uma dança milionária na campanha. Troca-se o dinheiro da campanha pelo favor do governo. Experimente telefonar para o gabinete de um simples deputado e pedir para ser atendido. Não passará do cidadão que atender o telefone e anotar o recado, certo? 
Mas dê um milhão de reais para a campanha deste deputado e conte no relógio os segundos que irá esperar para ouvir sua voz ao telefone. Não é humano. É político. 
Não venha me falar que isso acontece porque o brasileiro está precisando tomar lições de moral na escola e falta colocar corruptos na cadeia em regime de prisão perpétua. 
O sistema eleitoral norte-americano é privado, os poderes públicos são alugados por empresas de lobistas e muito daquilo que hoje se faz por baixo do pano, no Brasil, pode-se fazer às claras nos EUA. 
A essência não muda, porém. Empresas privadas conseguiram impedir uma reforma do sistema de saúde que pudesse atender à maioria da população a partir de uma intervenção maior do Estado, como acontece na Europa. Por causa disso, os norte-americanos pagam por uma saúde mais cara e muito menos eficiente em comparação com países de desenvolvimento semelhante. 
A força do dinheiro privado nos meios políticos explica até determinadas aventuras militares, estimulando investimentos desnecessários e nocivos ao país e mesmo para a humanidade. 
Só para lembrar: na Guerra do Iraque, que fez pelo menos 200.000 mortos, George W. Bush beneficiava, entre outros, interesses dos lobistas privados do petróleo, negocio dos amigos de sua família, e de empresas militares, atividade do vice Dick Cheney. 
Essa é a questão. A reforma política poderá consumar a necessária separação entre dinheiro e política, ao criar um sistema de contribuição pública exclusiva para campanhas eleitorais, ponto decisivo para uma política feita a partir de ideias, visões de mundo, valores e propostas – em vez de interesses encobertos e fortunas de bastidor. 
Pense na agenda do país para os próximos anos. Os interesses privados, mais do que nunca, estarão cruzados no debate público. Avançando sobre parcelas cada vez maiores da classe média e dos trabalhadores, os planos privados de saúde só podem sobreviver com subsídios cada vez maiores do Estado. O mesmo se pode dizer de escolas privadas. 
Não se trata, é obvio, de uma batalha fácil. Não faltam lobistas privados para chamar o financiamento público de gigantismo populista e adjetivos do gênero. Eles não querem, na verdade, perder a chance de votar muitas vezes. No dia em que vão à urna, como eu e você. No resto do mandato dos eleitos, quando pedem a recompensa por seus favores. 
Com este dinheiro, eles garantem um privilégio. Impedem a construção de um país onde cada eleitor vale um voto. 
Os 513 congressistas que irão debater a reforma política são filhos do esquema atual. Todos têm seus compromissos com o passado e muitos se beneficiam das receitas privadas de campanha para construir um patrimônio pessoal invejável. As célebres “sobras de campanha” estão na origem de muitas fortunas de tantos partidos, não é mesmo? 
O plebiscito é um caminho para se mudar isso. Permitirá um debate esclarecedor a esse respeito. Caso o financiamento público seja aprovado, colocará a opinião da população na mão dos deputados que vão esclarecer a reforma.
por Paulo Moreira Leite

Hipocrisia pura

A imagem abaixo desnuda todos os discursos hipócritas do Papa Francisco

  • "evitem a lógica do poder humano"
  • "o perigo de pensar de uma forma mundana"
  • "uma Igreja pobre para pobres"
Alguém pensa que esses dourados da foto é tinta, folheados a ouro?...
Alguém pensa que o cordão, os anéis e pulseiras que o Papa usa são bijuterias?...

São não meus amigos. É tudo ouro puro, maciço.
Diamantes, pérolas e todo tipo de joias que você possa imaginar, no Vaticano tem.

Portanto, quer sustentar o luxo da Igreja? Sustente. Mas, que não venha tentar me convencer a pagar dízimo em nome dos pobres.

Quando eu tiver de fazer caridade, faço diretamente. Sem intermediários.

Passar bem. 

Esta postagem dedico a um arrecadador de fundos para obras de caridade que tentou conseguir algum trocado meu.


A Globo não assume que sonegou, mas confirma que pagou multa

Em comunicado oficial, a Globo Comunicação e Participações confirmou neste sábado (29) que pagou multa de mais de R$ 270 milhões à Receita Federal em 2006. O motivo da multa foi — no entendimento da Receita — irregularidades na operação de compra dos direitos exclusivos de transmissão da Copa do Mundo de 2002. A notícia sobre o auto de infração lavrado contra a emissora foi dado pelo repórter e blogueiro Miguel do Rosário.
No total, a emissora teve de desembolsar entre multa (R$ 274 milhões) , juros de mora (R$ 157 mi) e imposto não pago (R$ 183 milhões) um total de mais de R$ 615 milhões. A emissora “disfarçou” a compra dos direitos sobre a rubrica “investimentos e participação societária no exterior”, utilizando para esse fim um paraíso fiscal, as Ilhas Virgens. O Fisco discordou da estratégia contábil e aplicou a multa, que já foi paga, segundo a emissora.
O processo correu em sigilo até então.
Usando de eufemismo, a assessoria que responde pela Globo nesse assunto (uma assessoria particular, e não a CGCom) tentou a princípio tergiversar.
“A Globo Comunicação e Participações esclarece que não existe nenhuma pendência tributária da empresa com a Receita Federal referente à aquisição dos direitos de transmissão da Copa do Mundo de Futebol de 2002. Os impostos devidos foram integralmente pagos.”
Ao ser novamente questionada pelo fato de que não havia respondido à pergunta inicial e fundamental desta coluna — a Globo foi multada ou não pela Receita? –, a assessoria enviou uma nova nota esclarecendo que, sim, a TV Globo fora multada.
“Todos os procedimentos de aquisição de direitos de transmissão da Copa do Mundo de 2002 pela TV Globo deram-se de acordo com as legislações aplicáveis, segundo nosso entendimento. Houve entendimento diferente por parte do Fisco. Este entendimento é passível de discussão, como permite a lei, mas a empresa acabou optando pelo pagamento”, informava uma segunda nota oficial enviada neste sábado.
A Receita Federal entendeu que houve erro ou sonegação, não aceitou as justificativas contábeis e fez a cobrança.
“A pessoa jurídica realizou operações simuladas, ocultando as circunstâncias materiais do fato gerador de imposto de renda na fonte”, afirma página do processo 0719000/0409/2006, obtida pelo blog de Rosário.

Haddad: Fui criticado por abrir diálogo com "vândalos"

Uma semana depois de anunciar que baixaria as tarifas de ônibus na cidade, o prefeito Fernando Haddad recebeu a Folha em seu gabinete para um balanço.
Disse que a prefeitura está "insolvente" e que seu problema agora é fechar as contas até dezembro. Afirmou que não pode "desperdiçar" a energia das ruas e que pretende, se necessário, "comprar briga" com os usuários de carro para melhorar o transporte público.
Para Haddad, que é professor de ciência política, ainda não está clara a agenda das manifestações que tomaram conta do país. Tanto podem ser "progressistas" quanto "desaguar em retrocessos". Leia abaixo os principais trechos da entrevista:
Folha - O senhor foi insensível e tratou como técnico um problema que era político, inclusive demorando para receber os manifestantes?
Fernando Haddad - Discordo. Os fatos não são esses. Nas duas primeiras manifestações aqui na Prefeitura, nós tínhamos uma comissão para receber aqueles jovens [do Movimento Passe Livre]. E eles disseram que não havia o que negociar. Era baixar ou baixar [a tarifa de ônibus]. Os jornalistas registraram a recusa [de diálogo]. E escreveram inclusive que eu não deveria negociar com vândalos. Fui criticado por abrir diálogo com aqueles que eram considerados vândalos. E que hoje são festejados pela mesma imprensa que os acusou.
E o que diria a eles?

Oração Arabe


A eterna competição

por Clara Gentil
Sempre ouvi as pessoas falarem : Toda vez que estou acompanhado sou mais paquerado(a) !

Verdade, observo isto desde muito jovem, percebi tb como a maioria das minhas queridas e fiéis amigas davam em cima dos meus namorados. E depois destas experiencias descobri que nada mais é um certificado de garantia, ter alguém interessante na sua companhia quer dizer que a probabilidade de ter algum valor é maior. ( lógico tudo isto pode ser consciente e até inconsciente ).

Evidente que posso estar errada, e se alguém tiver outra teoria, YUPI, vou adorar . Deixando de observar o outro e sim me testemunhando, notei que nunca me interesso por homens que dão em cima ou se relacionam com mulheres que não tenho admiração. Que vai da Física,Mental e Emocional. 

Todo mundo quer ser especial, e ser mais uma , alguma não é nada cativante ao contrário. Nada mais atraente em ter alguém que pode ficar com qualquer uma mais quer ficar com vc, que escolhe criteriosamente, sabe o que quer. Delícia estar com um indivíduo que distingam tanta admiração e as pessoas tb sentem o mesmo. 

Homem e mulher que realmente quer se relacionar de forma evolutiva, vai gostar de conviver com outro belo (que se cuida), mais culto, mais inteligente.. gentil, não só para vc, mais porque a pessoa é assim, sem personagens conforme a necessidade. Ou seja queremos confirmações,  queremos referencias rápidas, além da eterna competição.

A chama da alma

Havia um rei que apesar de ser muito rico, tinha a fama de ser um grande doador, desapegado de sua riqueza. De uma forma bastante estranha, quanto mais ele doava ao seu povo, auxiliando-o, mais os cofres do seu fabuloso palácio se enchiam.

Um dia, um sábio que estava passando por muitas dificuldades, procurou o rei. Ele queria descobrir qual era o segredo daquele monarca. Como sábio, ele pensava e não conseguia entender como é que o rei, que não estudava as sagradas escrituras, nem levava uma vida de penitência e renúncia, ao contrário, vivia rodeado de luxo e riquezas, podia não se contaminar com tantas coisas materiais. Afinal, ele, como sábio, havia renunciado a todos os bens da terra, vivia meditando e estudando e, contudo, se reconhecia com muitas dificuldades na alma. Sentia-se em tormenta. E o rei era virtuoso e amado por todos.

Ao chegar em frente ao rei, perguntou-lhe qual era o segredo de viver daquela forma, e ele lhe respondeu: “Acenda uma lamparina e passe por todas as dependências do palácio e você descobrirá qual é o meu segredo. Porém, há uma condição: se você deixar que a chama da lamparina se apague, cairá morto no mesmo instante. O sábio pegou uma lamparina, acendeu e começou a visitar todas as salas do palácio. Duas horas depois voltou à presença do rei, que lhe perguntou: Você conseguiu ver todas as minhas riquezas?”

O sábio, que ainda estava tremendo da experiência porque temia perder a vida, se a chama apagasse, respondeu: “Majestade, eu não vi absolutamente nada. Estava tão preocupado em manter acesa a chama da lamparina que só fui passando pelas salas, e não notei nada.” Com o olhar cheio de misericórdia, o rei contou o seu segredo: “Pois é assim que eu vivo. Tenho toda minha atenção voltada para manter acesa a chama da minha alma que, embora tenha tantas riquezas, elas não me afetam. Tenho a consciência de que sou eu que preciso iluminar meu mundo com minha presença e não o contrário.”

O sábio representa na história as pessoas insatisfeitas, aquelas que dizem que nada lhes sai bem. Vivem irritadas e afirmam ter raiva da vida.


O rei representa as criaturas tranqüilas, ajustadas, confiantes. Criaturas que são candidatas ao triunfo nas atividades que se dedicam. São sempre agradáveis, sociáveis e estimuladoras.
Quando se tornam líderes, são criativas, dignas e enriquecedoras.
Deste último grupo saem os que promovem o desenvolvimento da sociedade, os gênios criadores e os grandes cultivadores da verdade.


Com ligeiras variações, é o lar que responde pela felicidade ou a desgraça da criatura. É o lar que gera pessoas de bem ou os candidatos à perturbação.
É na infância que o espírito encarnado define a sua escala de valores que lhe orientará a vida.


Por tudo isto, o carinho, na infância, o amor e a ternura, ao lado do respeito que merece a criança, são fundamentais para a formação de homens saudáveis, ricos de beleza, de bondade, de amor que influenciam positivamente a sociedade onde vivem.


Em nossas mãos, na condição de pais, repousa a grande decisão: como desejamos que sejam os nossos filhos tranquilos como o rei ou atormentados como o sábio.

Equipe de Redação do Momento Espírita