Carta Maior - a dupla farsa

Um cubano em meu lugar
A denúncia da médica Junice Maria Moreira, estampada na 1ª página da 'Folha', desta 6ª feira, é só o primeiro fruto da colheita algo sôfrega, com a qual a mídia conservadora busca ansiosamente reverter o jogo do 'Mais Médicos': 'Disseram que eu tinha que dar lugar a um cubano', disparou a doutora. O programa, combatido com a beligerância habitual dedicada a tudo que afronte a irrelevância incremental do liberalismo, caiu na simpatia da população. É forçoso desmonta-lo. E a isso se oferecia o grito anti-cubano da doutora Junice. O fruto suculento vendido pela  'Folha' no café da manhã ancorava-se em dupla farsa. 
  • A primeira: o programa não permite a substituição de médicos contratados por estrangeiros. 
  • A segunda:  alguns cliques no Google evidenciaram que a 'grave denúncia' era só mais uma baga podre do jornalismo que já ofereceu falsificações grotescas, com intenções sabidas, em outros momentos sensíveis. 
Basta acessar o serviço CNESNet da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde. Foi o que fez o professor universitário André Borges Lopes. Associado ao nome da doutora Junice  surgem quatro vínculos empregatícios ativos. 
  • Dois deles de 40 horas no Programa de Saúde da Família. 
  • Outros dois de 24 horas cada como médico clínico. 
Total: 128 horas semanais, ou seja, improváveis 18 horas e meia por dia, de segunda a segunda. Com um detalhe: os vínculos públicos são com prefeituras de três cidades diferentes no interior baiano (Murici, Queimadas e Jiquiriçá). Segundo o Google Maps, distantes 357 km entre si, 4h40 de viagem. 

Pergunta: por que o diligente jornalismo da casa Frias não providenciou esses esclarecimentos, antes de disparar a exclamativa manchete desta 6ª feira? 

Resposta: pelo mesmo motivo que publicou uma ficha falsa da Dilma em 2009.

Leveza dominingal


Rabicu, o guru vândalo analisa o destino dos homens com as mulheres
Conselho de Rabicu, o guru vândalo para os homens - os que ainda restam -.

Meus amados filhos aprendam uma coisa: as mulheres têm sempre razão, ainda que não tenham nenhuma. E tem mais um paradoxo: não adianta discutir com elas, assim como não adianta concordar, de todo jeito o esporro é certo: se discutirem vão ser taxados de grossos e insensíveis; se concordarem dirão que vocês não têm personalidade, são uns bananas... E quando estão completamente erradas e sem nenhum argumento, choram copiosamente e passam a ter razão.

Portanto, meus queridos e amados filhos, conformem-se com seu destino de estarem sempre errados, afinal o prazer que ela vos proporciona tem seu preço.

Rabicu sabe, Rabicu diz.

Onde estavam JB, Celso de Mello, Gilmar Mendes e cia neste tempo?

Quem conhece a história recente do Brasil (e também o passado ‘republicano’ de nossas elites – com Convênio de Taubaté, Encilhamento etc…) sabe bem que o tal “mensalão do PT” está longe de ter sido o “maior escândalo da história política brasileira” – como pretendem augustos, mervais e outros quetais do jornalismo elitista. Mas quem ainda tinha dúvidas ganha, agora,  mais uma chance para desfazê-las: o novo livro do jornalista Palmério Dória.

Não foi “o pessoal do Norte” quem inventou a reeleição, muito menos a compra de votos. “Foi uma criação do senhor Sérgio Motta e do senhor Fernando Henrique Cardoso”, Narciso Mendes

A compra dos votos para a reeleição, frisa Narciso, “se dava às escâncaras”. Seria “muita ingenuidade”, diz ele, considerar inverossímil que, no episódio da troca de cheques pré-datados por dinheiro vivo, os deputados saíssem carregando R$ 200 mil em sacolas. Afinal, em notas de R$ 100,00 seriam duas mil notas, ou o dobro se fossem notas de R$ 50,00. Duzentos pacotes de mil reais: volume considerável. “Tinha de ser em sacolas!”, diverte-se ele.
O que Narciso diz é que cheques foram antecipados e, posteriormente — depois da aprovação da emenda — trocados por dinheiro.

Que dizem os mininistros Gilmar Merda, o Tucano Celso de Mello e o Joaquim Barbosta sobre isso? Nada!
São um bando de FHCs - farsantes, Hipócritas, Canalhas e cínicos -. Leia mais>>>

Não há inocentes na imprensa, Luciano Martins Costa

A leitura de jornais já foi no Brasil, em tempos não muito distantes, uma das mais gratificantes atividades para os espíritos curiosos. Abrir um diário era como escancarar uma janela para o mundo. Apesar de encontrar interpretações da realidade com as quais eventualmente não concordasse, o leitor ou leitora tinha a convicção de que, mesmo as parcialidades que lhe impunha a imprensa, buscavam sua legitimação num esforço de objetividade. Assim, o conservadorismo do Estado de S. Paulo e a ligeireza do Globo podiam ser comparados à afoiteza impertinente da Folha de S. Paulo e à austera obsessão do Jornal do Brasil pela acuidade, e podia-se perceber o valor simbólico de seus conteúdos.

Diogo Costa - Com o voto aberto, as pressões do poder econômico e midiático serão elevadas à enésima potência!

Sincera e honestamente, tenho todas as dúvidas do mundo sobre o fim do voto secreto no parlamento. 

A historiografia brasileira registra inúmeros exemplos da perversidade do voto de cabresto, existente no Brasil até a reforma eleitoral de 1932. O voto de cabresto nada mais era do que o voto distrital vigente na época (curral eleitoral), temperado com o indigesto voto aberto nas eleições. 

Esta era a receita da manutenção do poder do coronelismo na república velha, tudo devidamente 'fiscalizado' por capangas que acompanhavam e anotavam, com incrível rigor, qual era a vontade dos eleitores (para premiá-los ou puni-los logo em seguida). 

O voto secreto instituído por Getúlio Vargas foi um dos fatores de aperfeiçoamento da democracia brasileira, livrou os eleitores do jugo dos capangas e lhes deu liberdade para votar em quem quisessem, sem sofrer pressões por isso. 

O voto secreto e o fim do voto distrital (vigente desde o tempo do Império) foram avanços indesmentíveis, e libertaram as forças democráticas no Brasil. 

Pois bem, sabemos todos que o poder econômico captura e torna a democracia brasileira refém do dinheiro. Uma das poucas garantias que os parlamentares tem para agir com alguma independência é o voto secreto. 

Com o voto aberto, as pressões do poder econômico e midiático serão elevadas à enésima potência! 

Portanto, não concordo com o fim do voto secreto no parlamento. Os parlamentares erram e acertam, como cada um de nós faz a vida inteira. Mas colocar a faca no pescoço dos mesmos, por intermédio dos financiadores de campanha e da mídia oligopólica, não me parece ser o caminho adequado para aperfeiçoar o sistema político brasileiro. 

Ao contrário, parece-me que tal medida apenas tornaria os políticos, os partidos políticos e a própria política ainda mais reféns de forças escusas que capturam a vontade e a soberania do voto popular.

Além de tudo isso, esse projeto de fim do voto secreto é na verdade apenas uma medida cosmética, não toca nem de longe no ponto essencial que é a reforma política. Esta sim seria um vetor de avanço democrático, instituindo o financiamento público exclusivo, o voto em lista e o fim das coligações proporcionais.

BLOG DO ANDRÉ VARGAS

BLOG DO ANDRÉ VARGAS


PIB cresce 3,3% e chega a R$ 1,2 trilhão

Posted: 30 Aug 2013 11:07 AM PDT

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 3,3% no segundo trimestre de 2013 em comparação com o mesmo período em 2012. O destaque foi da agropecuária (13%), seguida por indústria (2,8%) e serviços (2,4%). Em relação ao primeiro trimestre de 2013, o aumento foi de 1,5%. A agropecuária apresentou o maior crescimento (3,9%), seguida por indústria (2%) e serviços (0,8%). Os dados foram publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística nesta sexta-feira (30). 

Todos os subsetores que formam a indústria apresentaram resultados positivos, com destaque para o desempenho da construção civil (3,8%). A indústria de transformação apresentou aumento do volume do valor adicionado de 1,7% em relação ao trimestre imediatamente anterior, seguida pela extrativa mineral (1,0%) e por eletricidade e gás, água, esgoto e limpeza urbana (0,8%). 

Dentre os serviços, destaque para o crescimento do comércio (1,7%). As demais atividades também registraram aumento do volume do valor adicionado em relação ao trimestre anterior: intermediação financeira e seguros (1,1%), transporte, armazenagem e correio (1%), serviços de informação (0,9%), outros serviços (0,7%) e atividades imobiliárias e aluguel (0,7%).

Saiba mais sobre os dados no site do IBGE.

Fonte: Blog do Planalto

Médico cubano dá lição de dignidade a colegas brasileiros

Posted: 30 Aug 2013 06:57 AM PDT


O médico cubano Juan Delgado, que foi vaiado e chamado de "escravo" por médicos do Ceará, deu uma lição de dignidade ao responder às ofensas dirigidas a ele durante o protesto da categoria. Em entrevista à Folha de S. Paulo, Delgado se mostrou surpreso com as atitudes dos colegas brasileiros e disse que não entendeu o motivo da hostilidade, já que está no País para ser "escravo da saúde e dos pacientes doentes, pelo tempo que for necessário".

Os ataques ao médico cubano e a outros profissionais estrangeiros aconteceram na segunda-feira (26), após o primeiro treinamento do programa Mais Médicos. Juan foi estampado numa foto com duas mulheres de jaleco branco, aparentando boas condições financeiras, que o vaiavam.

"Vamos ocupar lugares onde eles não vão", disse Delgado, em referência ao manifesto dos médicos cearenses. O médico cubano ficou impressionado com a reação dos colegas de profissão e ressaltou que os estrangeiros que chegaram ao Brasil "não vão tirar os postos de trabalho dos brasileiros". Delgado se candidatou ao Mais Médico por vontade própria e já atuou no Haiti.

Durante a entrevista, ele deu um caminho mais civilizado para os médicos brasileiros evitarem a contratação de outros estrangeiros. "Eles [médicos brasileiros] deveriam fazer o mesmo que nós, ir aos lugares mais pobres prestar assistência", opinou. Para ele, o comportamento ofensivo não está partindo de toda a classe, mas apenas de alguns que rejeitam os cubanos.

Delgado comentou sobre as dificuldades que os médicos cubanos podem encontrar nas áreas mais remotas do país. "O trabalho vai ser difícil, porque vamos a lugares onde nunca esteve um médico e a população vai precisar muito de nossa ajuda", disse Delgado, completando que é possível oferecer uma assistência eficiente à população, mesmo em condições de infraestrutura precária.

Na terça-feira (27), o Ministério da Saúde e outras entidades da classe médica no Ceará pediram desculpas aos médicos cubanos ofendidos e classificaram como "intolerância, racismo e xenofobia" a atitude dos médicos do Simec.

O presidente do sindicato, José Maria Pontes, alegou que as vaias não foram dirigidas aos profissionais cubanos, mas aos gestores do curso e a expressão "escravos" não teve um sentido pejorativo. A presidente Dilma Rousseff também comentou o incidente, com a frase "Eu achei bom os aplausos".

Fonte: PT na Câmara